segunda-feira, 30 de setembro de 2019

30 DE SETEMBRO - JACK WILD


EFEMÉRIDE - Jack Wild, actor britânico de cinema e teatro, nasceu em Royton, Lancashire, no dia 30 de Setembro de 1952. Morreu em Tebworth, Bedfordshire, em 1 de Março de 2006. Ficou famoso pela sua actuação em “Oliver!”, filme musical que recebeu o Oscar de Melhor Filme em 1968 e pelo qual ele foi nomeado para o Oscar de Actor Coadjuvante, aos 16 anos de idade. 
Wild nasceu numa família da classe trabalhadora.  O pai era operário e a mãe, açougueira. Mudaram-se para Hounslow, a oeste de Londres. Foi descoberto durante uma partida de futebol, por June, mãe de Phil Collins, da banda Genesis. Jack foi educado na Barbara Speake Stage School, em Acton, Londres. 
Na estreia do filme “Oliver!”, em 1968, encontrou os irmãos Sid e Marty Krofft, que o convidaram para o show “H.R. Pufnstuf”. Wild estreou-se na TV, com aquele espectáculo, em 1969. Wild estrelou depois o filme “Pufnstuf”, em 1970. Com a carreira em ascendência, fez um álbum para a Capitol Records e dois para a Buddah Records, nos anos 1970. Os três álbuns foram denominados “The Jack Wild Album”, “Everything’s Coming Up Roses” e “Beautiful World”. 
O seu irmão mais velho, Arthur, também era actor e estrelou a versão teatral de “Oliver!”, em Londres. Arthur Wild morreu em Setembro de 2000.
Wild começou a beber e a fumar aos doze anos, o que viria arruinar a sua carreira e o seu casamento com a namorada de infância, Gaynor Jones, que o deixou em 1985, devido ao seu alcoolismo. O vício levou-o a 3 ataques cardíacos, com várias internações, até que - em 1989 - parou de beber. Wild, em meados de 2000, preveniu o actor britânico Daniel Radcliffe, do “Harry Potter”, sobre «o sucesso precoce e as suas consequências…». 
Após vencer o alcoolismo, Wild voltou ao cinema desempenhando papéis menores, como em “Robin Hood: Prince of Thieves”, de Kevin Costner, em 1991. Pensaram nele para uma comédia de TV com Suzi Quatro, mas os planos nunca se materializaram. Wild passou o resto da sua carreira a trabalhar no teatro. 
Wild faleceu aos 53 anos, após uma longa batalha contra um cancro bucal, diagnosticado em 2000. Ainda passou por uma cirurgia em Julho de 2004 e teve parte da língua e as duas cordas vocais removidas. Devido a esta cirurgia, perdeu a voz e comunicava através da sia nova esposa, Clare Harding, que conheceu quando estavam a actuar numa peça de teatro, em Worthing. Escreveu, entretanto, a sua autobiografia. 

domingo, 29 de setembro de 2019

29 DE SETEMBRO - MASAO TAKEMOTO


EFEMÉRIDE - Masao Takemoto, ginasta japonês que ganhou dois títulos mundiais e sete medalhas olímpicas, nasceu em Hamada, Shimane, em 29 de Setembro de 1919. Morreu em Kanagawa no dia 2 de Fevereiro de 2007. 
A primeira das sete medalhas olímpicas conseguiu-a nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, em 1952, onde ganhou a medalha de prata com a nota de 19,150 pontos, que era apenas 0,050 menos que o medalha de ouro Viktor Chukarin. Dois anos depois, em Roma, no Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 1954, sagrou-se campeão do mundo de exercícios no solo, que partilhou com o ginasta soviético Valentin Muratov, ambos com 19,250 pontos. Durante este torneio, também ganhou uma medalha de prata com a equipa japonesa e uma de bronze nas barras paralelas
Nos Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, Takemoto foi medalhado três vezes com a medalha de bronze, tendo terminado em terceiro na barra horizontal, barras paralelas e arco. Na competição por equipas, fez parte da equipa japonesa que recebeu a medalha de prata. Os seus dotes principais eram nos exercícios no solo e ele provou isso uma vez mais no Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 1954, onde defendeu o título com sucesso, desta vez sem ter que partilhar com outro ginasta. Também ganhou duas medalhas de prata no salto à vara e uma de bronze na barra horizontal por equipas. 
Dois anos depois, nos Jogos Olímpicos de Roma 1960, conseguiu os seus resultados finais a nível internacional e tornou-se campeão olímpico ao lado dos seus colegas de equipa Nobuyuki Aihara, Yukio Endo, Takashi Mitsukuri, Takashi Ono e Shuji Tsurumi. Em individuais, juntou mais uma medalha de prata ao seu palmarés, contabilizando um total de sete medalhas olímpicas, acabando em segunda posição, atrás de Takashi Ono na barra horizontal
Faleceu, perto de Tóquio, aos 87 anos de idade.

sábado, 28 de setembro de 2019

28 DE SETEMBRO - LUIZ SÁ


EFEMÉRIDE - Luiz Sá (ou Luís Sá), caricaturista brasileiro, nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 28 de Setembro de 1907. Morreu em Niterói, Rio de Janeiro, em 14 de Novembro de 1979. 
Foi criador dos personagens Reco-Reco, Bolão e Azeitona que, durante anos, apareceram na revista infantil “O Tico-Tico”. Foi também responsável pela criação de uma série de curtas-metragens de animação, que esteve perdida durante anos - “As Aventuras de Virgulino”. 
Foi para o Rio de Janeiro em 1928, quando expôs trabalhos aquarelados, que fixavam cenas e costumes do Ceará. Colaborou durante 20 anos na revista “O Malho”. 
Produziu ainda desenhos humorísticos para jornais cinematográficos. Luiz Sá também foi responsável pela criação de O Bonequinho, personagem usado na secção de crítica de cinema do “Jornal O Globo”.
Os seus desenhos eram caracterizados pelo uso quase exclusivo de linhas curvas, tendo a maioria dos personagens os rostos bastante arredondados. Por volta de 1950, Luiz Sá contribuiu muito com ilustrações para panfletos educativos e relacionados com a saúde, publicados pelo então Ministério de Educação e Saúde no Rio de Janeiro. 
Em 2016, a sua data de nascimento foi escolhida para ser o Dia Estadual dos Quadrinhos (BD), no   Ceará.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

27 DE SETEMBRO - JULIUS WAGNER-JAUREGG


EFEMÉRIDE - Julius Wagner-Jauregg, médico de neurologia e psiquiatria austríaco, criador da malarioterapia, morreu em Viena no dia 27 de Setembro de 1940. Nascera em Wels, em 7 de Março de 1857. 
Lutou durante trinta anos à procura de um meio de combater as perturbações provocadas pelo espiroqueta de Schaudinn (sífilis). Em Junho de 1917, utilizando um soldado contaminado pela malária, foi o sangue dele inoculado em doentes mentais. Ficou provado que a violenta febre ocasionada pela malária dissipava as «névoas do raciocínio perturbado pela sífilis».
A sua teoria estava confirmada: o único meio de atacar estes microorganismos portadores da loucura, quando localizados no cérebro, seria a elevação da temperatura até ao ponto de aniquilar o micróbio no seu próprio reduto. 
Foi agraciado com o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1927, por ‘introduzir o tratamento da loucura causada pela sífilis’.
Wagner-Jauregg contribuiu igualmente para uma reforma da legislação psiquiátrica. Durante a Primeira Guerra Mundial, a sua prática de tratamento com electrochoques das nevroses de guerra deixou-o exposto a problemas com a justiça. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

26 DE SETEMBRO - CRAIG CHAQUICO


EFEMÉRIDF - Craig Chaquico, guitarrista norte-americano de descendência portuguesa e nativo-americana, nasceu em Sacramento no dia 26 de Setembro de 1954
Chaquico frequentou a La Sierra High School. Começou a tocar guitarra ainda jovem e, aos 14 anos de idade, já tocava profissionalmente em night-clubs.
Durante grande parte da sua carreira, viveu nas proximidades de São Francisco e foi intimamente associado com a música daquela cidade. Paul Kantner, da banda de rock psicadélico Jefferson Airplane, viu-o tocar e convidou-o para o acompanhar numa série de sessões de gravação e shows.
Durante esse período, os membros do Airplane, Grateful Dead, Quicksilver Messenger Service e Crosby, Stills & Nash (and Young), frequentemente apareceram juntos em apresentações e gravações e Chaquico tocou ao lado deles  com uma série de músicos, incluindo Jerry Garcia, David Crosby, David Freiberg e Carlos Santana. A sua primeira gravação foi com Kantner e Grace Slick, em 1971, no seu álbum duplo, “Sunfighter”. 
Após, informalmente, se ter juntado ao recém-renomeado Jefferson Starship, ele esperava voltar à escola depois de uma tournée. Em vez disso, Slick e Kantner aproximaram-se dele em 1974, convidando-o para se juntar à banda permanentemente. Chaquico aproveitou a chance.
Chaquico permaneceu na banda, quando Kantner saiu e a banda se transformou em Starship. Ele co-escreveu a canção “Find Your Way Back” do álbum “Modern Times”, lançado em 1981. Uma versão smooth jazz desta mesma melodia também aparece no álbum a solo de Chaquico, “Planet Acoustic”, de 1994. 
Quando o grupo Starship se separou, Chaquico formou a Big Bad Wolf, uma banda de hard rock na mesma linha de Starship. Gravaram apenas um álbum, antes de se separarem. 
Ele então aventurou-se numa nova carreira, como guitarrista de jazz contemporâneo/new age. Chaquico colaborou com Ozzie Ahlers, para os seus dez álbuns a solo desde 1993. O mais famoso deles é o segundo, “Planet Acoustic”, de 1994, que rendeu uma nomeação para o Grammy Award de Melhor Álbum de New Age. Desde então, Chaquico tem consolidado a sua posição como um dos artistas que mais vendem, no estilo jazz contemporâneo e new age.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

25 DE SETEMBRO - LEWIS MILESTONE


EFEMÉRIDE -      Lewis Milestone, de seu verdadeiro nome Leib Milstein, realizador, produtor e cenarista de cinema russo, radicado nos EUA e naturalizado norte-americano em 1919, morreu em Los Angeles no dia 25 Setembro de 1980. Nascera em Kishinev, em 30 de Setembro de 1895.
Tinha por origem uma família de tradição judaica. Emigrou para os Estados Unidos aos 8 amos, antes da Primeira Guerra Mundial. Veio a exercer diferentes ofícios, antes de se alistar no Serviço de Transmissões do Exército, onde foi assistente-realizador para filmes/exercícios de treino durante a guerra.
Começou por se celebrizar pelo pacifismo da sua obra-de-arte “A Oeste, nada de novo” (1930). Produziu seguidamente vários filmes de propaganda antinazi, onde a sua atitude face à legitimidade da violência foi mais esbatida. Com aquele filme, ganhou o Oscar de Melhor Realizador. A diferença é que, na época, a Academia premiava um realizador pelo género Comédia e outro na categoria de Drama. Milestone já ganhara um Oscar, também na categoria de Comédia, pelo filme “Two Arabian Knights” (1929). 
Em 1936, casou-se com Kenda Lee, que morreu em 1978. Lewis Milestone faleceu, vítima das complicações de uma intervenção cirúrgica, cinco dias antes de completar 85 anos, sendo sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery.
Os seus arquivos e o espólio cinematográfico estão guardados na Academy of Motion Picture Art and Sciences, situada em Beverly Hills. Tem, desde 1960, uma estrela no Passei da Fama em Hollywood. Tinha sido nomeado para os Oscars, também em 1931 e 1940.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

24 DE SETEMBRO - HOWARD FLOREY


EFEMÉRIDE - Howard Walter Florey, farmacêutico australiano, nasceu em Adelaide no dia 24 de Setembro de 1898. Morreu em Oxford, em 21 de Fevereiro de 1968. 
Nascido na Austrália-Meridional, era conhecido por ser um estudante brilhante e um bom praticante desportivo. Estudou Medicina na Universidade de Adelaide, de 1917 a 1921. Na universidade, conheceu Ethel Reed, também estudante, que se tornaria sua esposa e colega de profissão. Howard obteve uma bolsa Rhodes, continuando os estudos no Queen’s College em Oxford. 
Depois de uns tempos passados nos Estados-Unidos e na Universidade de Cambridge, voltou a Oxford e tornou-se membro do Lincoln College, onde ficou à frente de uma equipa de pesquizas. 
Em 1938, leu um artigo de Alexander Fleming sobre os efeitos antibacterianos do bolor Penicillium notatum. A equipa passou a trabalhar na produção, em grande escala, daquele bolor e na extracção do ingrediente activo da penicilina. O sucesso foi tal que, em 1945, a produção de penicilina passou a ser um procedimento industrial para os aliados da Segunda Guerra Mundial.
Florey foi feito Cavaleiro em 1943 e recebeu nesse mesmo ano a Ordem de Mérito Britânico. Foi agraciado com o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1945, juntamente com Ernst Boris Chain e Alexander Fleming, pela contribuição para a descoberta da terapêutica com penicilina. Em 1946, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de São Paulo no Brasil. 
Florey teve um papel fundamental nos primeiros ensaios clínicos, em 1941, no Hospital Radcliffe Infirmary, em Oxford. 
Após ensaios em animais, Florey e a sua equipa testaram a penicilina no primeiro paciente humano, Albert Alexander, um polícia de 43 anos, que tinha uma infecção generalizada, provocada por um corte numa roseira. Durante quatro dias, foram-lhe administradas doses de penicilina e a melhoria do paciente foi notável logo após as primeiras 24 horas de tratamento. Contudo, o fornecimento de penicilina terminou antes do tratamento ter sido completado, pelo que o paciente acabou por falecer.
Dos cinco pacientes a serem tratados em seguida, quatro recuperaram das suas infecções, graças ao tratamento com penicilina. 
Para além do Prémio Nobel, Florey foi agraciado com o título de Barão (Barão Florey de Adelaide e Marston) em 1965. Foi presidente da Royal Society, de 1960 a 1965.
Depois do falecimento da sua primeira mulher, Ethel, casou-se com a sua colega e assistente Margaret Jennings (1967). Foi chanceler da Universidade Nacional Australiana entre 1965 e 1968. Faleceu de infarto do miocárdio aos 69 anos. 

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

23 DE SETEMBRO - CORRIE SANDERS


EFEMÉRIDE - Cornelius “Corrie” Johannes Sanders, pugilista sul-africano, morreu em Pretoria no dia 23 de Setembro de 2012. Nascera na mesma cidade, em 7 de Janeiro de 1966.
Profissional desde 1989, conquistou o cinturão dos pesos pesados da WBO em 8 de Março de 2003, quando derrotou Wladimir Klitschko por KO técnico no segundo assalto. 
Durante a sua carreira obteve 42 vitórias (31 por KO), perdendo apenas 4 combates. 
O seu último combate ocorreu em 2 de Fevereiro de 2008, quando foi derrotado pelo seu compratriota Osborne Machimana. 
Faleceu aos 46 anos, num hospital de Pretoria, depois de ter sido baleado numa mão e no estômago, durante p assalto a um restaurante, onde se encontrava com a família, a festejar o aniversário de um sobrinho.

domingo, 22 de setembro de 2019

22 DE SETEMBRO - FARAH JORGE FARAH


EFEMÉRIDE - Farah Jorge Farah, médico e criminoso brasileiro, morreu em São Paulo no dia 22 de Setembro de 2017. Nascera na mesma cidade em 11 de Março de 1949.
Clínico generalista, foi formalmente acusado e condenado em primeira instância por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e não dar chance de defesa à vítima) e ocultação e destruição do cadáver. O crime, cometido no dia 24 de Janeiro de 2003, com requintes de crueldade, foi praticado contra a sua paciente Maria do Carmo Alves, na época com 46 anos.
A fim de dificultar a identificação do corpo, Farah removeu cirurgicamente as peles faciais, das mãos e dos pés da vítima, desapareceu com as suas vísceras e guardou os restos mortais em sacos plásticos no porta-bagagens do seu veículo. 
Após o crime, Farah confessou à sobrinha o que tinha feito e deu-lhe a chave do carro para que ela verificasse o conteúdo do porta-bagagens. Ela chegou à garagem onde o veículo estava estacionado e, apesar do cheiro que exalava no local, certificou-se da veracidade dos factos, accionando a polícia em seguida. 
O exame psicológico realizado a Farah através do Teste de Rorschach considerou-o como um não psicopata e a psiquiatra que realizou o teste classificou-o como «uma pessoa boa e calma». 
Farah foi condenado em 2014 a uma pena de reclusão em regime fechado pelo assassinato e esquartejamento de Maria do Carmo Alves. A imprensa brasileira revelou que ambos seriam amantes. No entanto, a polícia não corrobora esta versão amplamente divulgada e atestou que o motivo da insistência da vítima em contactar o médico devia-se ao sofrimento que lhe fora causado, assim como a outras pacientes, pelas sias cirurgias plásticas efectuadas irregularmente, sistematicamente e de maneira mal feita (especialidade médica que Farah não possuía). Apesar disso, uma decisão de 2007 do Supremo Tribunal Federal permitiu que ele recorresse da sentença em liberdade. Farah chegou a ingressar no curso de Filosofia da Universidade Federal de São Paulo (campus Guarulhos) e na Universidade Paulista
Em Agosto de 2017, o relator do caso, ministro Nefi Cordeiro, atendeu um pedido do Ministério Público de São Paulo e votou pela imediata prisão do ex-médico (a sua licença médica foi cassada após a primeira condenação). No entanto, houve um pedido do ministro Sebastião Reis Júnior, que levou a conclusão do julgamento para o dia 21 de Setembro de 2017. Sebastião decidiu acompanhar o voto de Nefi Cordeiro. O STJ também negou o recurso da defesa de Jorge Farah, que pedia anulação do último júri. 
Após tomar conhecimento da decisão do STJ, que determinou o seu regresso à prisão, a polícia foi à casa do ex-médico para o prender. Ao chegar ao local, a polícia encontrou Farah morto, após cometer suicídio, cortando as veias femorais, o que acarretou a sua morte. 
A polícia informou que ele vestia roupas femininas e escutava música fúnebre. O corpo de Farah foi sepultado na manhã do dia seguinte, no Cemitério Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo.

sábado, 21 de setembro de 2019

21 DE SETEMBRO - FILIPE CAMPOS


EFEMÉRIDE - Filipe Campos, um dos mais destacados pilotos portugueses de Todo-o-Terreno, nasceu no Porto em 21 de Setembro de 1957.
Começou muito cedo a praticar desporto, mais precisamente a vela (com 13 anos), onde foi campeão nacional na classe “vaurien”, com António Carona. No princípio dos anos 1980, decidiu experimentar o windsurf, tendo vencido diversas regatas e chegando a sagrar-se campeão nacional na classe “leve”. Em 1985, fez algumas provas de Todo-o-Terreno de moto e, em 1987, fez a sua primeira prova de Todo-o-Terreno nos automóveis, não tendo parado desde então.
Actualmente, é mesmo o mais antigo piloto no activo em termos de Todo-o-Terreno nacional. Para a história do TT, fica o título conquistado com um Diesel (pela primeira vez, em Portugal) e a repetição da façanha 10 anos depois, entre um sem número de primeiros lugares em provas portuguesas e espanholas. 
Depois de ter assegurado os títulos de Portugal e Ibérico em 2009, Filipe Campos estabeleceu como objectivo voltar a vencer o Campeonato de Portugal de TT em 2010. Novamente aos comandos do BMW X3 CC do Yser Racing Team, apostou forte numa disciplina onde é um dos pilotos melhor sucedidos e voltou a vencer, desta vez em termos absolutos e no Agrupamento T1
Filipe Campos trabalhou numa empresa de importação de máquinas agrícolas e, em 1981, juntou-se ao pai na sua empresa, a João Vieira de Campos, Lda., onde permanece como gestor. Ele próprio esclareceu que, «as corridas sempre foram encaradas por mim como um hobby» e, mesmo não se assumindo ainda hoje como piloto profissional, ostenta um currículo de mais de 22 anos de Todo-o-Terreno.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

20 DE SETEMBRO - ABADE FARIA


EFEMÉRIDE - Abade Faria, de seu nome José Custódio de Faria, religioso e cientista luso-goês, que se destacou como um dos primeiros estudiosos da hipnose, morreu em Paris no dia 20 de Setembro de 1819. Nascera em Goa, Candolim, em 30 ou 31 de Maio de 1756.
Era filho de um antigo padre católico, mestiço de ascendência goesa católica, e de sua mulher, uma herdeira rica. Os dois separaram-se mais tarde para seguirem a vida religiosa. 
Chegou a Lisboa em 1771 e a Roma em 1772. Nesta última cidade, esteve até 1780, formando-se em Teologia e recebendo as ordens sacerdotais.
Pertenceu ao grupo de conspiradores que tentaram derrubar o regime português em Goa, em 1787. A chamada Conjuração dos Pintos foi denunciada e exemplarmente reprimida pelas autoridades portuguesas. Faria apressou-se a ir para França, em 1788. Defensor da Revolução Francesa (1789), comandou uma das secções que, em 1795, atacaram a Convenção Nacional. Foi professor de Filosofia nos Liceus de Marselha e de Nîmes
Iniciado na prática do magnetismo animal por Amand Marie Jacques de Chastenet, marquês de Puységur, no ano de 1813 abriu em Paris um gabinete de magnetizador. A prática de hipnose por sugestão trouxe-lhe uma enorme clientela e uma pronta reacção de descrédito da parte dos mais conservadores, que o rotularam de maníaco e bruxo. 
Os últimos anos da sua vida foram passados como capelão de um convento. Como cientista, demonstrou o carácter puramente natural da hipnose, tendo sido ele o primeiro a descrever com precisão os seus métodos e efeitos. Soube antever as possibilidades da sugestão hipnótica no tratamento das doenças nervosas. 
Uma versão ficcionada sua é uma personagem do romance “O Conde de Monte Cristo”, de Alexandre Dumas. 
Tem uma rua com o seu nome no Areeiro, em Lisboa, e outra em Mem Martins, Sintra. Foi emitido um selo em sua honra em 2006, para celebrar o 250º aniversário do seu nascimento. O Estado de Goa, sua terra natal, fez erigir uma estátua em sua homenagem. Completam-se hoje 200 anos do seu falecimento.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

19 DE SETEMBRO - SALLY POTTER


EFEMÉRIDE - Charlotte Sally Potter, actriz, compositora musical, cenarista, realizadora e produtora de cinema britânica, nasceu em Londres no dia 19 de Setembro de 1949
A mãe era professora de música e o pai, designer de interiores e poeta. O irmão mais novo foi baixista da banda de rock Van der Graaf Generator. Quando questionada sobre o seu passado e o que a influenciara para ser cineasta, ela respondeu: «Vim de uma família ateia e anarquista, o que significa que cresci num ambiente que estava cheio de perguntas, onde nada poderia ser tido como certo…». 
Antes de deixar a escola aos 16 anos para se tornar realizadora, Sally ingressou na London Filmmakers Coop e começou a criar pequenos filmes experimentais. Mais tarde, iniciou-se como dançarina e coreógrafa na London School of Contemporary Dance, antes de fundar a sua própria companhia, a Limited Dance Company
Sally Potter foi recompensada pelas suas performances como artista e como encenadora, nomeadamente com “Mounting, Death and the Maiden” e “Berlin”. Tornou-se também membro de vários grupos, como o Feminist Improvising Group e a Film Music Orchestra, e trabalhou como autora e cantora. A canção “Oh Moscow”, em colaboração com Lindsay Cooper, foi escutada na Europa, Rússia e América do Norte. 
O seu trabalho musical continuou mais tarde, quando compôs - juntamente com David Motion - a banda sonora do seu filme “Orlando” e a música da película “A Lição de Tango”. A sua música mais recente foi a banda original do seu filme “Yes”. 
Voltou à realização com um pequeno filme (“Thriller”, 1979), que fez sucesso no circuito de festivais internacionais. Seguiram-se: a sua primeira longa-metragem “The Gold Diggers” em 1983; um filme curto, “The London Story” em 1986; uma série de documentários para o Channel 4 (1986); e um programa a propósito das mulheres no cinema soviético (1988). 
O êxito de “Orlando”, em 1992, deu a Sally Potter uma larga audiência. O filme foi nomeado para dois Oscars e conquistou 25 prémios internacionais. 
O filme seguinte foi “A Lição de Tango”, no qual teve um papel interpretativo contracenando com o dançarino Pablo Veron. Apresentado em primeiro lugar no Festival de Veneza, veio a ganhar o prémio de Melhor Filme no Festival de Mar del Plata, na Argentina. 
Em 2002, realizou “The Man Who Cried”. Um dos filmes mais recentes de Sally (“Yes”) foi estreado no Reiuno Unidos e nos EUA em 2005.
Em 2007, dirigiu uma produção da English National Opera, “Carmen” de Bizet, estreada no Coliseu de Londres, em 20 de Setembro. 
Realizou o seu último filme, em 2012 - “Ginger & Rosa”. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

18 DE SETEMBRO - HEINRICH LAUBE


EFEMÉRIDE - Heinrich Rudolf Constanz Laube, ensaísta, dramaturgo, romancista e encenador/director de teatro alemão, nasceu em Szprotawa no dia 18 de Setembro de 1806. Morreu em Viena, em 1 de Agosto de 1884. 
Os seus dramas não eram marcados por originalidade ou beleza poética, o mérito residia no seu trabalho nos palcos. Como gestor de teatros, foi inigualável na Alemanha e os seus serviços nessa área asseguraram-lhe um lugar na história da literatura alemã. 
Heinrich estudou Teologia nas Universidades de Halle e de Breslau (1826/1829), fixando-se em Leipzig em 1832. Tonou-se proeminente com os seus ensaios políticos, na colecção intitulada “Das neue Jahrhundert”, em duas partes — “Polen” (1833) e “Politische Briefe” (1833) — e com a novela “Das junge Europa”, em três partes — “Die Poeten”, “Die Krieger” e “Die Bürger” (1833/1837). 
Por tais obras, nas quais ele criticava severamente o regime político alemão, e pelo seu papel no movimento literário conhecido como Junges Deutschland, Heinrich passou a ser vigiado pela polícia e os seus trabalhos foram confiscados. Em 1834, no seu regresso de uma viagem a Itália, foi expulso da Saxónia e preso durante nove meses em Berlin. 
Em 1836, casou-se com Iduna Hänel, viúva de um professor de medicina, com quem teve um filho.  Foi preso novamente, durante um ano, pela sua relação com grupos revolucionários. 
Depois de uma estadia em Paris com sua mulher, voltou a Leipzig em 1840 e começou a escrever peças de teatro. Entre as suas produções iniciais, destacaram-se: “Monaldeschi” (1845) e “Struensee” (1847); e as comédias “Rokoko, oder die alien Herren” (1846), “Gottsched and Gellert” (1847) e “Die Karlsschuler” (1847). 
Em 1848, foi eleito para o Parlamento de Francoforte, mas resignou no ano seguinte, quando foi apontado para director artístico do Burgtheater, em Viena. Permaneceu no cargo até 1867, tendo sido um período muito produtivo na sua carreira. 
Em 1869, tornou-se director do Stadttheater de Leipzig, mas regressou a Viena em 1870, onde - dois anos mais tarde - se tornou líder do novo Stadttheater. Apesar do curto período no cargo, geriu o teatro com grande sucesso até à sua saída da vida pública, em 1880. Heinrich deixou registos do seu trabalho em Viena e Leipzig, nos três volumes “Das Burgtheater” (1868), “Das norddeutsche Theater” (1872) e “Das Wiener Stadttheater” (1875).
Mesmo depois de se aposentar, nos últimos cinco anos de vida, escreveu os romances e novelas “Die Bohminger” (1880), “Louison” (1881) e “Der Schatten-Wilhelm” (1883). Faleceu no ano seguinte, com 77 anos, sendo sepultado em Viena.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

17 DE SETEMBRO - MAXIM TANK


EFEMÉRIDE - Maxim Ivanovich Tank, poeta, tradutor e político soviético, nasceu em Pilkovschina, actual Bielorrússia, no dia 17 de Setembro de 1912. Morreu em Minsk, em 7 de Agosto de 1995. 
Na adolescência, em 1928, integrou uma organização da juventude comunista, na sua escola, na cidade de Radashkovichy. No ano seguinte, foi expulso por participar em diversos protestos contra as autoridades da Polónia, que ocupava então o país. No início da década de 1930, participou clandestinamente no movimento comunista do seu país, passando a escrever para publicações alinhadas com a sua ideologia. Em 1932, foi preso e torturado em Vilnius, na Lituânia. 
No fim do mesmo ano, ao tentar cruzar ilegalmente a fronteira com a União Soviética, para se juntar a um grupo de esquerda em Minsk, foi preso pelas forças soviéticas, interrogado pela polícia secreta e, posteriormente, deportado. Ao voltar à cidade natal, não abandonou o activismo na ala jovem do Partido Comunista da Bielorrússia ocupada, tendo passado dois anos em diversas cadeias. Durante este período, também se refugiou e viveu na clandestinidade em vários locais. 
Após a unificação da Bielorrússia Ocidental com a União Soviética, Tank tornou-se correspondente do jornal “Vileiskaya Pravda”. Nos anos da guerra, continuou a trabalhar na imprensa. Em 1942, escreveu o poema “Yanuk Syaliba” e, em 1945 publicou dois livros com recolhas poéticas. 
Entre 1945 e 1948, foi redactor da revista humorística “Vozhyk”. Entre 1948 e 1966, foi o redactor principal da revista de literatura bielorrussa “Polymia”. 
Em 1965, tornou-se líder do Soviete Supremo da Bielorrússia, até 1971. Foi deputado do Soviete Supremo da União Soviética a partir de 1969 e membro da Academia de Ciências da Bielorrússia desde 1972. 
Foi laureado em 1968 como Poeta do Povo da Bielorrússia e, em 1974, como Herói do Trabalho Socialista.  Ganhou o Prémio Lenine da Paz em 1978, além de ter recebido a Ordem da Revolução de Outubro, a Ordem do Estandarte Vermelho e a Ordem pela Amizade dos Povos. Faleceu aos 82 anos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

16 DE SETEMBRO - GEORGE CHAKIRIS


EFEMÉRIDE - George Chakiris, actor, cantor e dançarino norte-americano, nasceu em Norwood, Ohio, no dia 16 de Setembro de 1934. É filho de imigrantes gregos e estudou na Escola Americana de Dança.
Chakiris estreou-se no cinema em 1947, no coro do filme “Song of Love”.  Durante vários anos, participou em diversos filmes, muitas vezes como dançarino ou membro dos coros. Participou inclusivamente no famoso número ‘Diamonds Are a Girl’s Best Friend’, ao lado de Marilyn Monroe, no filme “Gentlemen Prefer Blondes”, de 1953, e apareceu como dançarino, fazendo par com Rosemary Clooney, no filme “Natal Branco” (no número ‘Love, You Didn’t Do Right by Me’). Também pôde ser visto no número ‘Chop Suey’ do filme musical “Flower Drum Song”. 
O estrelato veio em 1961, com o musical “West Side Story”, pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Actor Coadjuvante, no papel de Bernardo, líder dos Sharks. Antes do filme, apareceu como Riff, líder dos Jets, na produção londrina do mesmo musical. Ele fez o papel de um médico, no filme de 1963, “Diamond Head”, e contracenou com Catherine Deneuve e Françoise Dorléac, no musical francês de 1967, “Les Demoiselles de Rochefort”.
Além de fazer cinema, também actuou na Broadway e participou em programas de TV. No começo da década de 1960, iniciou a carreira de cantor de músicas pop, com as quais obteve sucesso. Em 1960, gravou um single. 
George trabalhou mais em televisão nas décadas de 1970 e 1980, aparecendo em programas como “Wonder Woman”, “Medical Center”, “Hawaii Five-O”, “Dallas”, “Murder”, “She Wrote” e no drama “Santa Barbara”. 
Chakiris teve um papel recorrente na série “Superboy”, como professor Peterson, durante as duas primeiras temporadas, entre 1988 e 1990. A sua última actuação foi em 1996, num episódio da sitcom “Last of the Summer Wine”. 
Tem sido muito entrevistado, mas está praticamente reformado. O seu hobby de fazer jóias de prata transformou-se numa nova ocupação. Completa hoje 85 anos de idade. 

domingo, 15 de setembro de 2019

15 DE SETEMBRO - FERNANDA TORRES


EFEMÉRIDE - Fernanda Pinheiro Monteiro Torres, actriz, apresentadora, escritora e guionista brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 15 de Setembro de 1965. É filha dos actores Fernando Torres e Fernanda Montenegro.
Fernanda, na sua adolescência, começou a fazer entrevistas, que foram muito bem recebidas. Por outro lado, foi consumidora de drogas durante mais de dez anos e, apesar de vários tratamentos, só parou definitivamente de as consumir aos 30 anos de idade. 
O seu primeiro relacionamento amoroso foi aos 17 anos, com o apresentador Pedro Bial, com quem viveu durante três anos. Nessa época, conheceu diversos países, juntamente com ele, mas devido a constantes desentendimentos, acabaram por se separar. Vários anos depois, começou a namorar com o director de teatro Gerald Thomas, com quem morou durante quatro anos. Estiveram em Nova Iorque e no Rio de Janeiro. Após diversas brigas, o casal separou-se e Fernanda passou a viver sozinha. 
Em 1995, fixou-se definitivamente no Brasil. Três anos depois, passou a viver com o realizador Andrucha Waddington. Em 2000, nasceu o primeiro filho do casal. Em 2007, Fernanda engravidou, mas sofreu um aborto espontâneo. Logo depois, engravidou novamente e teve mais um filho (2008). 
Aos 13 anos, entrou para o Tablado. A sua primeira actuação nos palcos foi em 1978, na peça “Um Tango Argentino”, de Maria Clara Machado. Em 1979, estreou-se na televisão no programa “Nossa Cidade”, da TVE. No mesmo ano, fez a sua estreia na TV Globo, na série “Aplauso”, no episódio “Queridos, Fantásticos Sábados”. 
A estreia em novelas aconteceu em 1981, aos 15 anos, quando viveu a personagem Fauna Rosa França, em 30 capítulos de “Baila comigo”. Também nesse ano, interpretou Marília Ribeiro na novela “Brilhante”, de Gilberto Braga. Em seguida, assumiu o papel de Daisy Cantomaia em “Eu Prometo” (1983), de Janete Clair.
Em 1986, foi escolhida para viver a protagonista Simone Marques no remake de “Selva de Pedra”, telenovela de Janete Clair. Ainda nos anos 1980, trabalhou: na mini-série “Parabéns Pra Você”; no Caso EspecialO Fantasma de Canterville”, uma adaptação do conto homónimo de Oscar Wilde; e no musical “Concertos para a Juventude”, dividindo a apresentação com o actor Paulo Guarnieri. 
A sua estreia no cinema foi aos dezasete anos, em 1983, com o filme “Inocência”. Ainda no cinema, esteve em “A Marvada Carne” (1985), que lhe rendeu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Gramado. Entre os 24 filmes em que trabalhou,  destacam-se: “Eu Sei Que Vou Te Amar” (1986), de Arnaldo Jabor, com o qual foi eleita Melhor Actriz nos Festivais de Cinema de Cannes e de Cuba; “Com Licença, Eu Vou à Luta” (1986), Melhor Actriz no Festival de Cinema de Nantes (França) e indicação especial no Festival de Locarno (Suíça); “One Man’s War” (1991), cvom Anthony Hopkins; “Terra estrangeira” (1996); “O que é isso, companheiro?” (1997) – filme que concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1998; “Gémeas” (1999) e “Casa de Areia” (2005), ambos realizados por Andrucha Waddington, seu marido desde 1997 e pai dos seus dois filhos. 
No teatro, actuou em mais de uma dezena de peças, tendo recebido muitos elogios por trabalhos como “Orlando” (1989); “Da Gaivota” (1998); e “Duas Mulheres e um Cadáver” (2000). Foi a primeira actriz da Companhia de Ópera Seca, tendo actuado em três peças.  
Com excepção da mini-série “Luna Caliente” (1999), todos os trabalhos de Fernanda Torres na TV, a partir dos anos 1990, foram pautados pelo humor. 
De 2001 a 2003, protagonizou a série “Os Normais”, que mostrava com humor e inovação de linguagem as situações quotidianas vividas por um casal. Teve grandes audiências e foi adaptada ao cinema como longa-metragem.
De 2003 a 2008, fez sucesso com o monólogo “A Casa dos Budas Ditosos”, texto de João Ubaldo Ribeiro. Pela sua actuação, recebeu dois prémios de Melhor Actriz: o Qualidade Brasil – SP, na categoria Comédia, e o Prémio Shell de 2004. Em 2008, grávida do seu segundo filho, estrelou o quadro “Sexo Oposto”, exibido no programa “Fantástico”. 
De 2011 até 2015, protagonizou a série de comédia “Tapas & Beijos”. Em 2016, escreveu o guião da longa-metragem “O Juízo”, que tinha a sua mãe no elenco. Em 2018, protagonizou a segunda temporada da série “Sob Pressão”.

sábado, 14 de setembro de 2019

14 DE SETEMBRO - FERNANDA BORSATTI


EFEMÉRIDE - Fernanda Borsatti, actriz portuguesa, morreu em Lisboa no dia 14 de Setembro de 2017. Nascera em Évora, em 1 de Setembro de 1931. Actriz versátil, interpretou vários géneros teatrais - revistas, comédias, peças dramáticas. 
Um dos seus primeiros registos no teatro surgiu em 1948, num “Espectáculo essencialista” apresentado no Teatro-Estúdio do Salitre, em Lisboa. 
Durante a sua carreira,  integrou mais de 75 espectáculos e passou por mais de dez companhias de teatro, entre as quais o Teatro Maria Vitória, a Companhia Laura Alves, a Companhia Raúl Solnado, o Teatro Maria Matos, ou a Casa da Comédia, destacando-se a Empresa Vasco Morgado (10 espectáculos entre 1954 e 1965), a Companhia de Teatro da RTP - Radiotelevisão Portuguesa (6 espectáculos entre 1974 e 1975) e como parte do elenco do Teatro Nacional D. Maria II (15 espectáculos entre 1978 e 1999). 
Em forma de homenagem, uma placa com o nome de Fernanda Borsatti encontra-se afixada no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II, junto com nomes como Maria do Céu Guerra, Glória de Matos, Glicínia Quartin ou Raquel Maria. 
Casou em 1950, com o actor Armando Cortez, de quem se divorciou em 1958 e de quem foi primeira mulher. Tiveram um filho em 1953, que é médico. 
A sua experiência cinematográfica cimentou-se igualmente ao longo das décadas. Trabalhou com vários realizadores, entre os quais Henrique Campos e José Fonseca e Costa. 
Em televisão, actuou em diversas séries, sitcoms, peças de teleteatro e telenovelas. 
Em 2007, recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a Medalha de Ouro de Mérito, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro.
Fernanda Borsatti faleceu aos 86 anos, no Hospital da CUF, vítima de doença prolongada.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

13 DE SETEMBRO - VINNY APPICE


EFEMÉRIDE - Vincent “Vinny” Samson Appice, baterista norte-americano de rock n’roll e heavy metal, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, no dia 13 de Setembro de 1957.
Ficou famoso por tocar em importantes bandas, principalmente na Black Sabbath, na qual entrou em 1980 (após a saída de Bill Ward), para fazer a tournée de lançamento do álbum “Heaven and Hell”. Tocou também na banda Dio, junto com o vocalista Ronnie James Dio, gravando o álbum “Holy Diver” em 1983. 
Vinny ficou em 42º lugar na lista dos 50 Melhores Bateristas de Hard Rock e Metal de Todos os Tempos do site Loudwire
Vinny começou a tocar bateria aos 9 anos de idade, com o mesmo professor do seu irmão, que se tornou também um famoso baterista, Carmine Appice. 
Com 16 anos, Vinny conheceu John Lennon nos Record Plant Studios, em Nova Iorque. Gravou alguns projectos com o ex-Beatle e chegou a participar em 3 vídeos de Lennon. Estes clipes vieram a aparecer em “The John Lennon Video Collection”, que foi lançado em 1994. 
Em 1976, começou a tocar com Rick Derringer, na banda com o mesmo nome, na qual gravaram 3 álbuns. Em 1977, formou a banda Axis, que só gravou um álbum chamado “It's a Circus World”. Em 1980, juntou-se ao lendário grupo Black Sabbath, gravando “The Mob Rules” e “Live Evil”. Saiu da banda em 1983, juntamente com Dio. 
Já com Dio, gravou - ainda em 1983 - o álbum “Holy Diver”. Juntos, lançaram outros álbuns como: “The Last In Line”, “Sacred Heart”, “Intermission” e “Dream Evil”. Em 1990, foi para a World War III, banda com a qual gravou apenas um álbum, com som extremamente pesado. 
Em 1992, aconteceu o inesperado: Black Sabbath retornou à formação de 1980 para a gravação de mais um disco, chamando “Dehumanizer”, que é considerado o mais pesado de toda a história da banda, com destaque para algumas das faixas. 
Em 1993, Vinny e Dio juntaram-se mais uma vez para a gravação de “Strange Highways” e igualmente para uma tournée. Em 1996, gravaram “Angra Machenes” e fizeram uma nova e grande tournée, durante 1996 e o Verão de 1997. 
Em Junho de 1998, a Black Sabbath ofereceu a Vinny o lugar de baterista para uma tournée pela Europa.
Em 2000, Vinny participou na banda sonora do filme “Bedazzled”, estrelado por Brendan Frases e Elizabeth Hurley. Actualmente, está a tocar na banda “Big Noize”.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

12 DE SETEMBRO - LINDA GRAY


EFEMÉRIDE - Linda Gray, actriz norte-americana que se consagrou no papel de Sue Ellen na série de grande sucesso “Dallas”, nasceu em Santa Monica no dia 12 de Setembro de 1940
Antes de ser actriz, Linda Gray trabalhou como modelo nos anos 1960. Ainda como modelo, emprestou as suas pernas para Anne Bancroft, nos cartazes do filme “The Graduate” (1967). 
Em 1978, aceitou o papel de Sue Ellen na série de TV “Dallas”. Antes, Linda fora convidada para participar apenas em cinco episódios da primeira temporada de “Dallas”. Porém, a sua personagem fez tanto sucesso que ela continuou na série até 1989. Com o papel da alcoólatra Sue Ellen, Linda alcançou a fama internacional e recebeu vários prémios. Até hoje, nos EUA, o nome Sue Ellen é sinónimo para quem bebe demais
Linda Gray foi nomeada para um Globo de Ouro pelo seu notável trabalho em “Dallas”. As cenas em que ela aparecia bêbada comoviam e ao mesmo tempo divertiam o público. Linda encontrou o tom certo entre o drama e a comédia, sem deixar que a personagem caísse na caricatura. 
Após “Dallas”, Gray teve várias participações em diversas séries, incluindo a britânica “Lovejoy”. Também estrelou vários filmes para a televisão americana, incluindo “The Entertainers, Bonanza: The Return” (1993) e “Accidental Meeting” (1994). Ainda em 1994, Linda estrelou a série televisiva da FOX Melrose Place, interpretando a empresária Hilary Michaels. 
Em 2001, apresentou-se no West End theatre como a Mrs. Robinson, na peça teatral “The Graduate”. 
Linda Gray retornou a televisão na série “The Bold and the Beautiful”, interpretando Priscilla Kelly, em 2004. 
Em 2006, co estrelou a curta-metragem “Reflections of a Life”, escrita, realizada e estrelada por Kathi Carey. Aqui, retratou a melhor amiga de uma mulher em tratamento de um cancro na mama. Linda ainda fez uma tournée no Reino Unido, com a peça “Terms of Endearment”. 
Linda Gray foi casada com Ed Thrasher durante 21 anos. Deste casamento, nasceram os seus dois únicos filhos. De acordo com o seu site, Linda viajou recentemente para a Nicarágua a fim de filmar um documentário sobre questões de saúde das mulheres e das crianças, como parte do seu trabalho de embaixatriz da boa vontade das Nações Unidas. Completa hoje 79 anos de idade.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

11 DE SETEMBRO - ROBERT CRIPPEN


EFEMÉRIDE - Robert Laurel Crippen, ex-astronauta norte-americano, veterano de quatro missões no espaço, nasceu em Beaumont no dia 11 de Setembro de 1937
Depois de estudos na New Caney High School de New Cane, Crippen obteve um bacharelado em Engenharia Aeroespacial na Universidade do Texas, em 1960. Durante dois anos, foi piloto naval, servindo em porta-aviões, tendo depois passado para a Força Aérea, integrando a equipa de pilotos militares da Base Aérea de Edwards, na Califórnia. 
Tornou-se astronauta em Setembro de 1969, fazendo parte da equipa de apoio das missões Skylab e da missão conjunta americano-soviética Apollo-Soyuz, durante a década de 1970
Em Abril de 1981, foi ao espaço pela primeira vez, como piloto do primeiro voo orbital tripulado de uma nave espacial, a missão STS-1 na nave Columbia, juntamente com o comandante John Young, um dos astronautas das missões do Programa Apollo que poisaram na Lua. 
Nos anos seguintes, comandaria mais três missões: em 1983, levando a primeira astronauta norte-americana ao espaço, Sally Ride; em Abril de 1984, na primeira missão de reparação de um satélite em órbita terrestre; e novamente - em Outubro de 1984 - na primeira missão da nave espacial, com uma tripulação de sete elementos. 
Após a sua carreira de astronauta, Robert Crippen continuou ligado à NASA no fim dos anos 1980 e nos anos 1990, nomeado director de operações da nave espacial, junto do quartel-general da NASA em Washington, D.C. e - depois de se reformar da Marinha - assumiu o cargo de director do Centro Espacial John F. Kennedy, entre 1992 e 1995.
Durante o seu mandado, o Centro preparou, lançou e recuperou 22 naves espaciais. 
Após ter deixado a NASA, foi vice-presidente de Lockheed Martin Information Systems em Orlando, até 1996. Seguidamente, foi presidente da   Thiokol Propulsion (1996/2001).
Ao longo da sua longa carreira, recebeu inúmeros prémios notáveis. Em 1991, foi entronizado no International Space Hall of Fame no Museu de História do Novo-México e no United States Astronaut Hall of Fame em 2001. Foi eleito para a Academia Nacional de Engenharia dos EUA, em 2012. 

terça-feira, 10 de setembro de 2019

10 DE SETEMBRO - MARIAN KEYES


EFEMÉRIDE - Marian Keyes, escritora irlandesa, nasceu em Limerick no dia 10 de Setembro de 1963. Já foram vendidos, em todo o mundo, mais de 22 milhões de exemplares das suas obras, que estão traduzidas em 32 línguas. Participa também em debates televisivos e publica numerosos artigos na imprensa escrita. 
Licenciou-se em Direito na Universidade de Dublin, sem, contudo, ter exercido a profissão. Morou em Londres durante muitos anos, trabalhando ora como garçonete ora em escritórios. Neste mesmo período, começou a sua luta contra o vício do alcoolismo e tentou, inclusivamente, o suicídio. Depois de vencida a batalha, a partir dos 30 anos, veio a alcançar o sucesso como escritora. 
Em 1995, publicou o seu primeiro romance “Watermelon”. É autora de vários bestsellers do género Chick Lit, estilo de que foi uma das fundadoras. Os seus livros exploram o universo feminino com muito humor e leveza. Os seus temas centrais, no entanto, trazem à tona muitos assuntos delicados, tais como o luto, a depressão pós-parto e a violência doméstica. As personagens por si criadas possuem perfis realistas, que permitem ao leitor identificar-se com a trajectória de vida narrada.
Vive actualmente em Dún Laoghaire com o seu marido, Tony.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

9 DE SETEMBRO - DAVE STEWART


EFEMÉRIDE - David “Dave” Allan Stewart, autor-compositor-intérprete britânico, nasceu em Sunderland no dia 9 de Setembro de 1952.
Entrou no mundo musical literalmente por acidente. Tudo aconteceu aos 13 anos, após sofrer uma grave contusão a jogar futebol. Dave era um excelente jogador, tendo participado em algumas selecções. Durante a sua convalescença, deram-lhe uma guitarra para passar o tempo… 
Após formar um grupo, The Longdancer, no meio dos anos 1970, Dave acabou por encontrar Annie Lennox e resolveram casar-se. Ela era empregada de mesa num restaurante e também cantava. 
O começo foi bem difícil e eles aproveitavam qualquer chance que tinham para entrar num estúdio e ensaiarem as suas canções. Dave e o seu colega Peet Combies procuravam uma editora e só o conseguiram quando apresentaram Annie. 
O resultado foi o nascimento do grupo The Catch (1977), que lançou apenas um compacto - “Borderline” - antes de ser dissolvido. Os seus componentes formaram então The Tourists. A banda começou a ganhar alguns fãs. A mistura punk e pop, além da produção do lendário produtor alemão Conny Plank, fez a banda crescer em palco e até fazer tournées ao lado do Roxy Music
O grupo lançou três discos em dois anos - “The Tourists” (1979); “Reality Effect” (1979) e “Luminous Basement” (1980), conseguindo grande sucesso e um disco de platina. 
Apesar do êxito, Dave e Annie nunca gostaram muito do grupo ou do formato de banda de rock e resolveram acabar com a banda em 1981, após cinco compactos e muitas brigas internas. Depois de brigarem com a Logo Records, foram para a RCA e resolveram mudar-se para a Alemanha onde, mais uma vez, iriam trabalhar com Conny Plank. 
Com ele, começaram a produzir vários demos, contando até com alguns membros dos Can. A primeira providência adoptada por Dave e Annie foi a de tentarem nunca mais voltar a trabalhar com grupos. A partir de então, seriam apenas os dois. Para isso, escolheram um nome diferente: Eurythmics (e não The Eurythmics). O nome foi tirado de uma dança grega que Annie aprendera quando era criança. Dave disse à RCA que o nome tinha a ver com elementos «europeus e rítmicos». Mesmo sem convencerem a gravadora, o nome foi aceite.
Dave e Annie separaram-se, entretanto, e ambos voltaram a casar-se.  Ela com um indiano e ele com a cantora Siobhan Fahey do grupo Banamarina, com quem teve dois filhos. Divorciaram-se em 1996. Dave voltaria a casar em 2004, com uma fotógrafa holandesa de quem teve duas filhas.
Até 1985, Dave dedicara-se inteiramente ao Eurythmics e só depois começou a colaborar com vários artistas (Bob Dylan e Mick Jagger, entre outros), em diversas gravações.
Fundou, por esta época, a gravadora Anxious Records.  Foi com esta etiqueta que compôs a banda   original do filme “Lily Was Here” (1990), com o saxofonista Candy Dulfer e outros músicos.
Enquanto Annie Lennox se lançou numa carreira a solo, Stewart fundou afinal um novo grupo, Dave Stewart and the Spiritual Cowboys, lançando um álbum com o mesmo nome em 1990. Seguiram-se outros projectos, sendo paralelamente produtor e realizador musical.  
Em 2011, Dave Stewart fundou ainda o grupo SuperHeavy. Depois, passou a ocupar-se da carreira da sua filha Kaya Stewart, que publicou o primeiro single em 2015. 

domingo, 8 de setembro de 2019

8 DE SETEMBRO - JAYME CORTEZ


EFEMÉRIDE - Jayme Cortez, de seu nome original Jaime Cortez Martins, desenhador luso-brasileiro, autor de cartoons e de bandas desenhadas, considerado um dos maiores do Brasil e mestre de uma geração, nasceu em Lisboa no dia 8 de Setembro de 1926. Morreu em São Paulo, em 4 de Julho de 1987. Venceu o Prémio Jabuti de 1969, com a capa da obra “Barro blanco”.
Autodidacta, Cortez publicou, em Julho de 1944, o seu primeiro trabalho no semanário português “O Mosquito. Em Março de 1947, desembarcou no porto de Santos e fixou residência em São Paulo. No ano seguinte, casou-se com a brasileira Maria Edna, posteriormente conhecida no meio da banda desenhada como “Dona Edna, a fada madrinha dos quadradinhos”. 
Jayme Cortez passou por dificuldades inicialmente, chegando a vender doces com os seus primos, pelo interior do estado de São Paulo, aproveitando boleias de camiões. Logo a seguir, teve uma curta experiência como cartoonista no jornal “O Dia” e iniciou a sua carreira como desenhador de BD, fazendo tiras para o “Diário da Noite”. Depois, trabalha na “Gazeta Juvenil”, suplemento infantil do jornal paulista “A Gazeta”. Neste periódico, Cortez fez histórias de BD, cartoons e aprendeu o domínio das cores. Mais tarde, ingressou na editora La Selva, onde foi capista e director de arte. 
Na década de 1950, a autocensura imposta aos quadradinhos americanos pela Comics Code Authority, limitou a abordagem das histórias a temas muito simples. Isto abriu espaço para o trabalho dos artistas brasileiros. Na editora, Cortez aprimorou a sua arte. Fez todos os géneros de capas e foi responsável por grandes sucessos nas bancas, com revistas como: “Terror Negro”, “Sobrenatural” e também infantis, como “Contos de Fada “e “Varinha Mágica”. 
Depois de Jayme Cortez saiu da editora La Selva, foi um dos fundadores da editora Continental, depois renomeada Outubro, onde eram publicados exclusivamente artistas brasileiros. 
Cortez também participou em movimentos pelo reconhecimento e valorização da banda desenhada. Foi um dos idealizadores do projecto de reserva de mercado para a produção brasileira de BD, reservando dois terços do espaço para artistas locais, que chegou a ser entregue às autoridades, mas nunca foi implantado. 
Jayme Cortez foi igualmente um dos organizadores da 1ª Exposição Internacional de Histórias aos Quadradinhos, onde - pela primeira vez no mundo - as BD eram apresentadas e apreciadas como uma arte (Junho de 1951, no Centro Cultura e Progresso, em São Paulo). 
Foi professor da Escola Pan-americana de Arte e trabalhou na área publicitária como desenhador e director criativo da McCann Erickson, entre 1964 e 1976. Depois, passou a director de merchandising e animação das Produções Maurício de Sousa
Escreveu três livros; “A Técnica do Desenho”, “Mestres da Ilustração” e “Manual Prático do Ilustrador”. 
Em Novembro de 1986, Jayme Cortez foi homenageado em Lucca, Itália, com o prémio Caran D'Ache, no XX Festival Internacional de BD e Ilustração, pelos seus mais de 40 anos de actividade. 
De 17 a 19 de Julho de 2015, foi homenageado postumamente no 21º Fest Comix (São Paulo), com a exposição “Grande Mestre dos Quadradinhos: Jayme Cortez”. 
Jayme Cortez morreu, pouco antes de completar 61 anos, devido a um ataque cardíaco. Deixou organizado o álbum “Saga do Terror”, que reunia vários dos seus desenhos e que foi lançado postumamente pela editora Martins Fontes
Teve uma breve experiência como actor de cinema, participando em três filmes do realizador José Mojica Marins: “Delírios de um anormal” (1978), “Mundo - mercado do sexo” (1979) e “Perversão - Estupro” (1979). 
Na 1ª edição do Prémio Angelo Agostini, em 1984, Cortez recebeu o título de Mestre. No ano da sua morte, os organizadores do prémio criaram o Troféu Jayme Cortez, entregue anualmente «a uma personalidade ou instituição, em reconhecimento de contribuições para a BD no Brasil».

sábado, 7 de setembro de 2019

7 DE SETEMBRO - MILTINHO


EFEMÉRIDE - Miltinho, de seu nome completo Milton Santos de Almeida, cantor brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 7 de Setembro de 2014. Nascera na mesma cidade em 31 de Janeiro de 1928.
Começou a cantar na década de 1940, como integrante de diversos grupos vocais: Anjos do Inferno (que chegou a viajar até aos Estados Unidos, acompanhando Cármen Miranda), Namorados da Lua, Quatro Ases e Um Curinga, Milionários do Ritmo e Cancioneiros do Luar
Na década de 1960, lançou o seu primeiro disco a solo, “Um Novo Astro”, iniciando uma carreira de grande sucesso, marcada pela sua voz nasalada, afeita aos sambas de teleco-teco e às canções românticas. Consagrou-se com “Mulher de 30”. Com esta música, ganhou muito dinheiro e o reconhecimento do público. Recebeu vários prémios, participou nos principais programas de televisão da época e num filme estrelado por Mazzaropi. Pouco tempo antes, tinha lançado um CD com a participação de nomes como Chico Buarque, Elza Soares e Martinho da Vila, entre outros.
No total, gravou mais de cem discos mas, na década de 1970, com o declínio do seu género musical, saiu de cena nas grandes capitais, concentrando as suas apresentações em cidades do interior. 
Como sambista, também animou carnavais, com marchinhas como “Nós os carecas”. No seu aniversário dos 70 anos, em 1998, lançou o CD “Miltinho Convida”, com alguns dos seus ‘aprendizes’ confessos, como João Nogueira, João Bosco, Luiz Melodia e Chico Buarque, entre outros. Gravou também, com Zeca Pagodinho, Elza Soares, Martinho da Vila, Ed Motta e Mariana Baltar. 
Mulata assanhada”, “Palhaçada”, “O conde”, “Laranja madura”, “Volta” e “Menino moça” são outros dos seus êxitos, que lhe renderam a alcunha de “Rei do Ritmo”. 
«Eu não sou astro de coisa nenhuma. Sou apenas um mero cantor de samba. O que me honra muito», declarou numa entrevista. Elza Soares, uma das suas parceiras, elogiou-o: «Miltinho tem ritmo até na ponta da orelha (...) Para mim, ele é único!». 
De acordo com a sua filha, Miltinho parou de fazer shows logo que lhe foi diagnosticado o princípio da doença de Alzheimer. Faleceu aos 86 anos, vítima de paragem cardíaca. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

6 DE SETEMBRO - ROSIE PÉREZ


EFEMÉRIDE - Rosa María “RosiePérez, dançarina, actriz, realizadora de cinema e activista norte-americana, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, no dia 6 de Setembro de 1964
Rosie nasceu no bairro de Bushwick, numa família de porto-riquenhos. A mãe, Lydia Fontañez Pérez, uma cantora, era casada com Ventura Pérez quando Rosie nasceu. Entretanto, o pai biológico de Rosie é Ismael Serrano, um marinheiro mercante com quem a mãe tinha tido uma relação. Rosie passou grande parte da sua juventude em instituições de assistência social. Cursou o ensino médio na Grover Cleveland High School, no condado de Queens, em Nova Iorque, e o ensino superior numa faculdade comunitária de Los Angeles. 
Rosie Pérez iniciou a sua carreira no final da década de 1980, como dançarina do programa de televisão “Soul Train” e como coreógrafa dos videoclipes de Janet Jackson, Bobby Brown, Diana Ross e LL Cool J. Ela foi igualmente coreógrafa do grupo de dançarinas Fly Girls, presente em cada episódio de “In Living Color”. Pelo seu trabalho com as Fly Girls, recebeu três nomeações para o Emmy de Melhor Coreografia. Em 1989, o realizador de cinema Spike Lee ficou impressionado com ela, numa boîte, e decidiu contratá-la para aquele que seria o seu primeiro grande papel como actriz, no filme “Do the Right Thing”.
Em 1991, estrelou o filme “Night on Earth” de Jim Jarmusch. No ano seguinte, contracenou com Wesley Snipes e Woody Harrelson na comédia de sucesso “White Men Can't Jump”. Em 1993, foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz Coadjuvante, pelo seu papel no filme “Fearless”, dirigido por Peter Weir. Por este mesmo filme, recebeu uma menção especial no Festival de Berlim
Em 1997, estrelou - ao lado de Javier Bardem - “Perdita Durango”, o controverso filme de Alex de la Iglesia, que teve várias cenas de sexo, violência e nudez, alteradas na versão norte-americana. Estas cenas, entretanto, permaneceram intactas nas edições europeia e latino-americana. 
Em 2002, fez a sua estreia na Broadway com a peça “Frankie and Johnny in the Clair” de Lune de Terrence McNally. 
Mais recentemente, interpretou uma polícia corrupta no filme “Pineapple Express”. Em Outubro de 2009, teve uma participação especial num episódio da série policial “Law & Order: Special Victims Unit”. 
Rosie Pérez é uma activista pelos direitos dos porto-riquenhos. O filme “Yo Soy Boricua! Pa’ Que Tú Lo Sepas!”, realizado por ela, é um documentário sobre esse seu activismo. Estrelou igualmente e realizou a campanha em língua espanhola da PSA contra a AIDS para o Cable Positive e a Kismet Films. A campanha também contou com outros actores, vários apresentadores e com a Miss Universo Zuleyka Rivera. O presidente Barack Obama nomeou Rosie Pérez para o Conselho Presidencial Consultivo sobre HIV/AIDS. Tomou posse em Fevereiro de 2010. 
Tem mantido as suas actividades no cinema e na televisão, havendo já um trabalho programado para 2020. 

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

5 DE SETEMBRO - WILLIAM FRANCIS ALLEN


EFEMÉRIDE - William Francis Allen, erudito norte-americano, editor do primeiro livro de canções de escravos dos Estados Unidos, nasceu em Northborough, Massachusetts, no dia 5 de Setembro de 1830. Morreu em Madison, Wisconsin, em 9 de Dezembro de 1889.
William Allen graduou-se no Harvard College, em 1851. Posteriormente, viajou e estudou na Europa. Trabalhou num ministério, antes de optar por uma carreira literária e académica.
Em 1856, tornou-se director-assistente na English and Classical School em West Newton, Massachusetts. Em 1863/64, durante a Guerra Civil, ele e a esposa, Mary Lambert Allen, mantiveram uma escola para os escravos recém-emancipados nas ilhas oceânicas da Carolina do Sul. 
Em 1864/65, trabalhou como agente sanitário entre os refugiados de guerra, negros no Arkansas. Após o conflito, ensinou no Antioch College e, em 1867, tornou-se professor de Línguas Antigas e de História (em seguida, de Latim e de História de Roma), na Universidade do Wisconsin-Madison
Escreveu muitos artigos para jornais e revistas. As suas contribuições para os estudos clássicos, consistiram principalmente em livros didácticos publicados nas séries “Allen” e “Greenough”. 
Slave Songs of the United States”, uma colecção de música afro-americana publicada em 1867, da qual William Allen foi co-editor, era inspirada no seu trabalho junto de ex-escravos, sendo o primeiro livro do género até então publicado. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

4 DE SETEMBRO - SÉRGIO ROBERTO CORRÊA


EFEMÉRIDE - Sérgio Roberto Corrêa, militante da Acção Libertadora Nacional (ALN) no período da ditadura militar no Brasil. morreu em São Paulo no dia 4 de Setembro de 1969. Nascera em Mogi das Cruzes, em 27 de Julho de 1941. Morreu na explosão de um carro, juntamente com Ishiro Nagami. 
Sérgio estudou até ao ensino médio no Instituto de Educação Dr. Washington Luís, em Mogi das Cruzes. Em meados de 1960, mudou-se para São Paulo, onde cursou Filosofia, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo
Segundo os arquivos do DOPS, Sérgio tornou-se militante da Acção Libertadora Nacional em 1968, para combater a ditadura militar brasileira. No movimento, ele era conhecido pelo pseudónimo de “Gilberto” e participava no GTA, Grupo Táctico Armado. Apesar de nunca ter sido preso, Sérgio foi citado pelos seus companheiros como participante em várias acções da ALN de 1968 a 1969, entre elas: dois atentados a bomba contra a residência do director do Parque da Aeronáutica, uma acção contra o Banco do Brasil e outro atentado a bomba contra a Companhia Brasileira de Investimentos
Na madrugada de 4 de Setembro de 1969, Sérgio Roberto Corrêa e Ishiro Nagami morreram quando o Volkswagen em que estavam explodiu por causa de uma bomba que estava sendo transportada no veículo. Especula-se que os dois pretendiam atacar o edifício sede da Nestlé, localizado perto da Rua da Consolação, em São Paulo, onde ocorreu o acidente. Segundo a investigação sobre o caso, o explosivo teria detonado antes do tempo previsto, porventura devido aos solavancos do carro. 
Ishiro Nagami acabou por ser projectado na calçada, mas não morreu instantaneamente e foi logo identificado, pois a sua carta de condução não foi destruída com a explosão. Entretanto, levou algum tempo para que Sérgio fosse reconhecido como o segundo morto, pois o corpo havia sido desintegrado. Acreditava-se que seria uma mulher, por causa dos chumaços de cabelo. 
Aimar Biu informou que, no final de 1968, ele e Sérgio se tinham encontrado na residência de Hans Manz, para participarem num curso sobre explosivos. 
O corpo de Sério Roberto Corrêa não foi identificado. Por isso, acredita-se que tenha sido sepultado, no dia 19 de Setembro de 1969, como indigente, no Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo. Os familiares de Sérgio não fizeram requerimento à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos
Em 2010, equipas de buscas foram organizadas para encontrar os corpos de pessoas desaparecidas na época da ditadura militar no Brasil. Uma ossada, que supostamente seria a de Sérgio, foi localizada no Cemitério da Vila Formosa e exames foram feitos para verificar a suspeita. 
Apesar de ter morrido em 1969, no dia 21 de Março de 1975, Sérgio Roberto Corrêa foi sentenciado por ter participado em acções da ALN. Foi mesmo condenado a três anos e quatro meses de reclusão, com pena acessória de suspensão dos direitos políticos durante 10 anos. Sem comentários…

terça-feira, 3 de setembro de 2019

3 DE SETEMBRO - FREDDIE KING


EFEMÉRIDE - Freddie King, de seu verdadeiro nome Frederick Christian, cantor e guitarrista de blues norte-americano, nasceu em Gilner, no Texas, em 3 de Setembro de 1934. Morreu em Dallas no dia 28 de Dezembro de 1976. A mãe e um tio começaram a ensinar-lhe a tocar guitarra aos seis anos. 
Ficou mais conhecido pelas suas músicas “Hide Away”, “Have You Ever Loved a Woman” e “Going Down”. Foi considerado o 15º melhor guitarrista do mundo de todos os tempos pela revista norte-americana “Rolling Stone”. 
Em 1950, Freddie mudou-se com a família para o sul de Chicago. Ali, aos 16 anos, começou a frequentar bares locais e a ouvia músicos como “Muddy Waters”, “Howlin' Wolf”, “T-Bone Walker”, “Elmore James” e “Sonny Boy Williamson”. 
King tocava com uma palheta plástica no polegar e uma palheta de metal no indicador. Ele atribuiu a Eddie Taylor os ensinamentos sobre o uso das palhetas. A maneira de King usar a alça da guitarra no ombro direito, sendo destro, era única para a sua época. 
Freddie King era um dos artistas principais da cena do chamado Chicago blues dos anos 1950 e 1960, que foi o local e época principal no desenvolvimento do blues eléctrico. 
Em 1976, Freddie King faleceu vítima de uma úlcera no estômago e de problemas cardíacos. Tinha 42 anos de idade. Foi o primeiro dos grandes “Kings” do blues, a deixar-nos. Os outros dois eram Albert King (falecido em 1992) e BB King (falecido em 2015). 
Foi admitido no Rock and Roll Hall of Fame em 2012. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

2 DE SETEMBRO - HORACE SILVER


EFEMÉRIDE - Horace Silver, de seu verdadeiro nome Horace Ward Martin Tavares Silva, pianista e compositor de jazz norte-americano, nasceu em Norwalk (Connecticut) em 2 de Setembro de 1928. Morreu em New Rochelle no dia 18 de J unho de 2014. Era filho de um cabo-verdiano e de uma norte-americana, de origem irlandesa-africana. 
Foi influenciado por blues, gospel e rhythm and blues, sendo uma das figuras maiores da corrente hard bop e soul jazz.
O pai ensinara-lhe a música folclórica de Cabo Verde. Silver começou a sua história musical como sax-tenorista.  Actuava em clubes de Connecticut, onde foi descoberto por Stan Getz, em 1950. Entusiasmado, Getz levou-o numa tournée e gravou alguns títulos com ele. Foi na sua orquestra que Horace Silver se iniciou como compositor bebop
Horace partiu depois para Nova Iorque, onde mudou para o piano. Tocou no Birdland com saxofonistas de renome como Lester Young, Coleman Hawkins e Lou Donaldson. Trabalhou em seguida com Miles Davis, Milt Jackson, Lester Young e Coleman Hawkins. 
Em 1953, fundou com Art Blakey o quinteto Jazz Messengers. Deixou o grupo três anos depois, para fundar o Horace Silver Quintet que seria um dos principais trampolins para jovens talentos. 
Lançou grande parte dois seus discos através da gravadora Blue Note, com a qual era bastante identificado. “Song For My Father”, disco de 1964, é - como diz o título - uma homenagem musical ao seu pai e carrega influências musicais das origens cabo-verdianas da família paternal. 
Morreu de causas naturais, aos 85 anos de idade. 

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