terça-feira, 31 de dezembro de 2013

31 DE DEZEMBRO - FLORA GOMES



EFEMÉRIDEFlora Gomes, realizador da Guiné-Bissau, pioneiro do cinema no seu país e um dos mais representativos cineastas africanos, nasceu em Cadique no dia 31 de Dezembro de 1949. É conhecido pelo modo original como traça retratos africanos, recorrendo ao mito e à história actual, numa fusão com delicada carga poética e forte sentido universal.
Filho de pais iletrados, lutando contra toda a espécie de dificuldades, empenhou-se desde criança em superar a sua condição social de origem. Conheceu as adversidades que o sistema colonial português, gerido por Salazar, impunha aos seus súbditos. Viu com admiração os líderes do seu país baterem-se de armas na mão contra a injustiça e nunca escondeu a sua admiração por Amílcar Cabral que, nas suas palavras, terá sido «como um pai» para ele. Conheceu a dura experiência do exílio e, empenhado no seu próprio combate, estabeleceu laços de amizade com outros lutadores: não só do seu país como de Cabo Verde e de vários outros países africanos.
Estudou cinema em Cuba (1972) no Instituto Cubano de Arte e Industria Cinematográficas. Prosseguiu a sua aprendizagem no Senegal, no Jornal de Actualidades Cinematográficas Senegalesas. Co-realizou dois filmes com Sérgio Pina. Foi assistente de Chris Marker e de Anita Fernandez.
Regressado ao seu país, filmou a independência (24 de Setembro de 1974), satisfazendo o desejo de Amílcar Cabral de serem os próprios guineenses a registar em película esse momento histórico. A Guiné, que se libertara do jugo colonial, foi visitada por repórteres e cineastas progressistas e, dados os conhecimentos já adquiridos nas lides do cinema, Flora Gomes era bastante solicitado para os ajudar, o que enriqueceu o seu saber.
Trabalhou, no final da década, como fotógrafo e operador de câmara, colaborando com o ministério da Informação. Realizou documentários históricos. A sua primeira longa-metragem de ficção foi rodada em 1987 – “Mortu Nega”, um filme que evoca a luta pela independência. A obra foi exibida em vários festivais internacionais e Flora Gomes despertou a atenção de comentadores e críticos. Em França, foi acolhido de braços abertos, o que no futuro lhe permitiria reunir meios financeiros para a produção de novos filmes. Foi distinguido neste país, em 2000, com o título de Cavaleiro das Artes e das Letras.
Participou e foi premiado em diversos festivais, como os Veneza (1988) e Cannes (1996). Dada a sua nacionalidade e o facto de vários dos seus filmes serem co-produções com Portugal, Flora Gomes ocupa também um lugar especial na história do cinema português.
Podendo ter escolhido trabalhar no estrangeiro, Flora Gomes – apesar das dificuldades encontradas para a produção dos seus filmes na Guiné-Bissau – continua a viver e a trabalhar no seu país.

PAUL McCARTNEY - HEY JUDE


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

30 DE DEZEMBRO - ROBERT HOSSEIN



EFEMÉRIDERobert Hossein, actor, encenador e realizador francês, nasceu em Paris no dia 30 de Dezembro de 1927. Filho de um compositor de origem iraniana e de uma comediante ucraniana, começou a seguir muito cedo cursos de teatro. Desempenhou o seu primeiro papel aos 19 anos, na peça “Les voyous”. Durante um certo tempo, dedicou-se à encenação, nomeadamente com “Docteur Jekyll et Mister Hyde”, ”La Chair de l'orchidée” e ”L'Homme traqué”.
Em 1970, tomou a seu cargo o Teatro Popular de Reims. De volta a Paris, lançou-se numa série de grandes espectáculos, no Palácio dos Desportos e no Palácio dos Congressos de Paris – “O Couraçado de Potemkine”, “Notre-Dame de Paris” e “Danton et Robespierre”, entre outros. O musical “Os Miseráveis” teve igualmente grande sucesso e seria apresentado na Broadway. Entre 2000 e 2009, dirigiu o Teatro Marigny.
Em 1948, no filme “Le Diable boiteux” de Sacha Guitry, foi um dos figurantes. A sua carreira cinematográfica começou verdadeiramente com o filme de Jules Dassin “Du rififi chez les hommes”. Mais tarde, foi um dos actores favoritos de Roger Vadim e trabalhou com Yves Allégret e Nadine Trintignant, dando também réplica a Michèle Morgan, Françoise Arnoul, Brigitte Bardot, Catherine Deneuve, Annie Girardot, Sophia Loren e Monica Vitti.
Em 1955, realizou o seu primeiro filme, “Les salauds vont en enfer”, adaptação de uma peça de teatro de Frédéric Dard, filme em que foi também actor. Seguiram-se outras películas, na maioria das quais também fez parte dos respectivos elencos. De salientar, “O Vampiro de Dusseldorf” que realizou e interpretou, contracenando com Marie-France Pisier, sua companheira de então.
Multiplicou depois as suas aparições como actor, trabalhando com realizadores e actores de nomeada, como – por exemplo – Claude Lelouch e Jean-Paul Belmondo.
Em Dezembro de 1955, consorciou-se com Marina Vlady, de quem tem dois filhos, tendo-se divorciado posteriormente. Aos 34 anos, casou-se com Caroline Eliacheff, então com pouco mais de 15 anos. Mais um filho e novo divórcio, casando-se com Candice Patou em 1976.
Em 2007, apresentou a peça intitulada “N'ayez pas peur” sobre a vida do Papa João-Paulo II. Hossein convertera-se ao catolicismo aos quarenta anos, tendo uma grande devoção pela Santa Teresa de Lisieux.
Entre as distinções que recebeu, salienta-se: Molière de Honra (1995), Grande Medalha da Cidade de Paris (2000), Comenda da Legião de Honra (2005) e Comenda da Ordem de Mérito Cultural do Mónaco (2006).
Ao todo, já fez cerca de cem filmes, oito séries de televisão e mais de trinta peças de teatro, tendo encenado para cima de 50 peças teatrais e outros eventos de grande espectáculo.

domingo, 29 de dezembro de 2013

29 DE DEZEMBRO - ISALTINO MORAIS



EFEMÉRIDE – Isaltino Afonso Morais, jurista e político português, nasceu em São Salvador, Mirandela, no dia 29 de Dezembro de 1949. Está detido desde 24 de Abril de 2013, cumprindo uma pena por crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
Frequentou o Liceu Nacional de Bragança, entre 1961 e 1966, mas só terminou os estudos secundários em Lisboa, no Liceu Pedro Nunes, em 1976. Pelo meio, ficou órfão aos dezoito anos de idade e foi chamado a cumprir o serviço militar em Angola, onde permaneceu de 1970 a 1973. Em 1981, licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi monitor das disciplinas de Direito Constitucional, Direito Internacional Público e Direito Administrativo, de 1980 a 1985. Foi também magistrado do Ministério Público, entre 1981 e 1985, e consultor jurídico do Ministério da Justiça, de 1984 a 1985.
Em 1978, aderiu ao Partido Social Democrata, sendo depois presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa. Em 1985, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Oeiras. Em 1989, 1993, 1997 e 2001, foi reeleito.
Foi vice-presidente da Junta Metropolitana de Lisboa (1992/97) e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (1997/2002).
Representou o Governo de Portugal no Comité de Peritos para os Assuntos Sociais do Conselho da Europa (1987/91) e integrou o Comité das Regiões (1994/2002). De 1996 a 2002, foi presidente da Assembleia Geral do Parque de Ciência e Tecnologia -Taguspark.
No governo presidido por Durão Barroso, foi nomeado ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente (2002/03).
Em 2005, foi eleito novamente presidente da Câmara Municipal de Oeiras, então pelo movimento independente “Isaltino – Oeiras Mais à Frente”, depois de ter estado três anos afastado do Município. Em 2009, foi reeleito para novo mandato à frente da autarquia.
Isaltino Morais também possui várias obras publicadas, no âmbito de temas como Gestão Autárquica e Ordenamento do Território. Entre 2003 e 2005, desempenhou funções como consultor de várias empresas do sector privado. É membro da Maçonaria.
Em 2005, desvinculou-se do PSD, por este não apoiar a sua recandidatura à Câmara, dado o facto de ser arguido em processos de corrupção passiva, fraude fiscal, branqueamento de capitais e abuso de poder.
No seguimento dessas acusações, em Agosto de 2009, foi condenado a sete anos de prisão efectiva e perda de mandato, bem como a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado.
Para evitar a prisão e suspender a pena, Isaltino Morais interpôs 44 recursos desde que foi condenado até 2013, tendo desembolsado para cima de 150 000 euros.
Em Julho de 2010, o Tribunal da Relação de Lisboa reduziu de sete para dois anos de prisão a pena a que fora condenado em primeira instância. Em Outubro de 2011, os juízes do Tribunal Constitucional rejeitaram por unanimidade um novo recurso interposto por Isaltino Morais e de cuja decisão definitiva dependia a execução da sentença que o condenara a dois anos de prisão. 
Após mais algumas manobras dilatórias, acabou por ser detido em Abril de 2013, para cumprimento efectivo da pena de prisão a que fora condenado.

sábado, 28 de dezembro de 2013

AVE MARIA EM ALEMÃO por Helene Fischer



28 DE DEZEMBRO - BETO



EFEMÉRIDEBeto, de seu verdadeiro nome Albertino João Santos Pereira, um dos melhores cantores românticos portugueses da sua geração, nasceu em Peniche no dia 28 de Dezembro de 1967. Morreu nas Caldas da Rainha em 23 de Maio de 2010.
Começou a cantar aos 5 anos. Aos dezassete, foi viver para Torres Vedras, onde actuou em vários grupos musicais. Em 1992, fundou os Tanimara, que eram uma das melhores bandas da época. Actuavam no bar Xafarix em Lisboa.
Em 1998, foi convidado pelo maestro José Marinho para representar Portugal no Festival da OTI, na Costa Rica, com a canção “Quem Espera (Desespera)", ficando em 3º lugar.
A partir daí, vários colegas de profissão reconheceram-lhe o enorme talento e convidaram-no para participar nos seus álbuns, casos de Rita Guerra e de Paulo de Carvalho, em duetos, e em centenas de concertos, no caso de Luís Represas e Paulo Gonzo, por todo o país e em salas de prestígio como os Coliseus de Lisboa e Porto e o Centro Cultural de Belém. De salientar, o dueto “Brincando com o Fogo” com Rita Guerra, que ainda hoje é recordado pelo público.
Em 2000, foi convidado para gravar em duo com Rita Guerra. O álbum “Desencontros” deu origem a uma tournée com dezenas de espectáculos. Entre 2000 e 2003, gravou oito temas para bandas sonoras de telenovelas. Em Julho de 2003, lançou o seu álbum de estreia a solo, “Olhar em frente”. O disco vendeu, em quatro meses, mais de 13 000 cópias e foi Disco de Prata. Passado pouco mais de um ano do álbum estar à venda, entrou para os lugares cimeiros do Top de vendas nacional, onde permaneceu mais de 57 semanas consecutivas e atingiu o Disco de Platina (Dupla Platina, segundo as novas regras da Associação Fonográfica Portuguesa), sendo o disco português mais vendido em 2004 (cerca de 50 mil exemplares).
Em Maio de 2005, lançou o álbum “Influências”. Em apenas 6 meses, foi Platina, com quase 30 000 cópias vendidas. Para marcar o início de uma nova tournée, apresentou-se ao vivo no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
Em Outubro de 2005, a convite de Maria João Abreu e de José Raposo, estreou-se no teatro, em “A Revista é Liiiinda”, espectáculo que o empresário Hélder Freire Costa apresentou no Teatro Maria Vitória. Interpretou “Estrela Da Manhã” e “Podia Ter Sido Amor”, em dueto com Paula Sá.
Lançou “Porto de Abrigo”, um disco com uma sonoridade mais acústica e pura, tentando consolidar os laços já criados com o seu público. No dia 4 de Maio de 2010, realizou a sua última actuação no evento de solidariedade “Desmistifica, Simplifica”, organizado por alunos do Curso de Gestão de Lazer e Turismo de Negócios da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche.
Faleceu na manhã do dia 23 de Maio de 2010, num hotel das Caldas da Rainha, vítima de acidente vascular cerebral. Tinha apenas 42 anos de idade.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

27 DE DEZEMBRO - SERAFIM LEITE



EFEMÉRIDE Serafim Soares Leite, padre jesuíta, escritor e historiador português, morreu em Roma no dia 27 de Dezembro de 1969. Nascera em São João da Madeira, em 6 de Abril de 1890. Viveu muitos anos no Brasil, primeiro na adolescência e, posteriormente, como pesquisador da actuação dos padres da Companhia de Jesus, que foram catequistas e educadores em terras brasileiras a partir do século XVI.
Iniciou os estudos na sua cidade natal e, terminada a instrução primária, ingressou no Internato dos Carvalhos, junto do Porto, com a ajuda de um tio que era abade, uma vez que os pais eram de origem muito humilde.
Aos quinze anos, acompanhando o pai, deixou Portugal em busca das oportunidades oferecidas pela Amazónia que vivia a febre da borracha.
Em 1910, deixou a selva e fixou residência na cidade de Monte Alegre, no estado do Pará, tornando-se guarda-livros de um negociante local. Foi nesta cidade, nas margens do rio Amazonas, que Serafim Leite fez a sua estreia como escritor, publicando no jornal local, “A Gazeta”, um conto intitulado “Joel e Fátima”, assinado com o pseudónimo João Madeira.
Escreveu mais tarde a monumental “História da Companhia de Jesus no Brasil”, em dez volumes, que lhe trouxe o Prémio Nacional de História, também conhecido por Prémio Alexandre Herculano, atribuído em 1938.
A obra do padre Serafim Leite, que é composta de muitos outros livros, foi – no dizer de outro historiador jesuíta, o padre Hélio Viotti – «tão importante que nunca se poderia ter escrito correctamente a história do Brasil e, por extensão, a do império português, se não tivesse sido publicada».
Contribuiu ainda para a emancipação municipal de São João da Madeira em 1926, quando liderou o Grupo Patriótico Sanjoanense, um grupo de notáveis «ansiosos pelo progresso constante da sua terra». Brindou também São João da Madeira com um brasão e um hino. O reconhecimento está bem patente numa das principais avenidas da cidade, que tem o seu nome.

SEBASTIÃO DA GAMA

Formatação de Fátima de Souza (Bahia)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

26 DE DEZEMBRO - CHARLES PATHÉ



EFEMÉRIDE Charles Pathé, industrial francês e produtor de películas para cinema, nasceu em Chevry-Cossigny (Seine-et-Marne) no dia 26 de Dezembro de 1863. Morreu em Monte-Carlo, em 25 de Dezembro de 1957.  
Os pais, alsacianos, foram proprietários de um talho/charcutaria, primeiro em Chevry-Cossigny e depois em Vincennes. Charles tinha três irmãos e duas irmãs. Deixou definitivamente a escola aos catorze anos, passando a ocupar muitas horas por dia para aprender o ofício de talhante num estabelecimento em Paris.
Em 1889, com 25 anos, começou a trabalhar como talhante ambulante, mas a vida que levava em casa dos pais não era do seu agrado. Reuniu algumas economias e, com a ajuda dos irmãos, decidiu partir para a Argentina com o intuito de se tornar empresário.
Tentou estabelecer-se com pequenas indústrias de diversos ramos. Aventurou-se mesmo na lavagem de roupas, baseada em máquinas de lavar industriais. Foram, no entanto, falhanços sucessivos, não conseguindo fixar-se em qualquer actividade e mudando de área com muita frequência. O seu sócio da época e ele próprio apanharam entretanto febre-amarela. Conseguiu salvar-se, contrariamente ao seu associado que acabou por sucumbir.
Regressou a França ainda doente e, depois de um novo fracasso no comércio de papagaios, casou-se – quase com 30 anos – em Outubro de 1893. Empregou-se então num advogado parisiense, mediante um modesto salário.
A reviravolta na sua vida e o verdadeiro início da sua carreira de industrial aconteceria em Agosto de 1894, quando descobriu o fonógrafo Edison na Feira de Vincennes, a actual Feira do Trono. Interessou-se de imediato por aquele aparelho e comprou um exemplar com o qual começou a fazer demonstrações em feiras. Depois, em Londres, descobriu também o kinétoscope, outro aparelho inventado por Thomas Edison. Alargou então a sua actividade ao comércio de projectores e de filmes, sendo também o criador dos primeiros jornais de actualidades cinematográficos. Em 1896, fundou a sociedade Pathé Frères e, com o seu irmão Émile, lançou-se igualmente na industrialização da gravação de som.
Charles compreendeu que o aluguer de filmes era uma actividade bem mais lucrativa que a sua venda. Associou-se então com alguns investidores, para aumentar o capital da empresa. Em Dezembro de 1897, os novos capitais permitiram-lhe dar novo impulso à sociedade Pathé Frères. Todos os sectores foram explorados, desde a produção, os laboratórios e a difusão, até à exploração de filmes. De 1902 a 1904, foram abertas diversas sucursais na Europa e nos Estados Unidos. A produção de filmes passou de setenta em 1901 para quinhentos em 1903. A sociedade criou em 1905 o logótipo do “galo gaulês”, que ficará até aos nossos dias como o símbolo da empresa.
C. Pathé especializou-se depois na produção e realização de filmes. Em 1905, a sociedade empregava já muito pessoal especializado (cenaristas, decoradores, operadores de câmara, realizadores, etc.).
Construiu assim um império cinematográfico, que consistia em produzir controladamente filmes por intermédio das suas agências. Para este fim, Charles Pathé criou numerosos estúdios na Europa e nos Estados Unidos, tornando-se a primeira empresa a explorar a produção cinematográfica à escala industrial e mundial.
A partir de 1926, partilhou com a Kodak o monopólio do fabrico de películas virgens para o cinema. Em 1929, retirou-se no Mónaco, onde acabou por falecer no dia de Natal de 1957, na véspera de completar 94 anos de idade.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

25 DE DEZEMBRO - RAUL POMPEIA



EFEMÉRIDERaul d'Ávila Pompeia, escritor brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 25 de Dezembro de 1895. Nascera em Angra dos Reis no dia 12 de Abril de 1863.
A família mudou-se para o Rio de Janeiro, ainda ele era muito jovem. Matriculado no Colégio Abílio, distinguiu-se como um bom aluno. Na época, já redigia o jornalzinho “O Archote”. Prosseguiu os seus estudos no Colégio Pedro II e publicou – em 1880 – o seu primeiro romance, “Uma tragédia no Amazonas”. Em 1881, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, participando nas correntes de vanguarda, materialistas e positivistas, que visavam fundamentalmente a abolição da escravatura e a implantação da República.
Participou intensamente em manifestações estudantis. Paralelamente, iniciou a publicação, no “Jornal do Commercio” do Rio de Janeiro, dos poemas em prosa “Canções sem Metro”. Terminou o curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, para onde se transferira juntamente com noventa colegas, provavelmente em consequência da defesa dos ideais abolicionistas e republicanos. De volta ao Rio de Janeiro, iniciou-se no jornalismo profissional, escrevendo crónicas, folhetins e contos. Integrava tertúlias boémias e intelectuais e, aos poucos, impôs-se nos meios literários.
Em 1888, deu início à publicação de um folhetim na “Gazeta de Notícias” e, no mesmo ano, publicou o romance impressionista “O Ateneu”, uma «crónica de saudades», que lhe deu a consagração definitiva como escritor.
Após a Lei Áurea e a Proclamação da República, prosseguiu nas suas actividades de jornalista político, engajando-se no grupo dos chamados “florianistas”. Tendo pronunciado um inflamado discurso junto ao túmulo de Floriano Peixoto (1895), foi demitido do cargo que ocupava na Biblioteca Nacional. Suicidou-se com um tiro no peito, na noite de Natal, no escritório da casa onde morava com a mãe, que assistiu à sua morte. Era membro da Academia Brasileira de Letras.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

24 DE DEZEMBRO - VALENTIM LOUREIRO



EFEMÉRIDEValentim dos Santos de Loureiro, militar, empresário, político e dirigente desportivo português, nasceu em Viseu no dia 24 de Dezembro de 1938.
Depois de ter feito o Curso Geral do Comércio na Escola Comercial e Industrial de Viseu, esteve matriculado no Instituto Comercial do Porto, acabando por ingressar na Academia Militar, onde completou o Curso Superior de Administração Militar em 1959. Como oficial do exército, fez duas comissões de serviço em Angola, onde – em 1965 – foi implicado no chamado “Caso das Batatas”. Afastado da vida militar entre 1967 e 1980, foi depois reintegrado, passando à situação de reserva, com a patente de major.
Dedicou-se à actividade empresarial, nos sectores do comércio, indústria e agricultura, distinguindo-se também como dirigente desportivo, tendo sido presidente da direcção do Boavista FC entre 1978 e 1997. É actualmente sócio de mérito e presidente honorário do clube. Foi igualmente presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional entre 1989 e 1994 e, novamente, de 1996 a 2006. Entre 1982 e 1999 foi cônsul da Guiné-Bissau no Porto.
Militante do Partido Social Democrata desde 1974, ajudou na implementação do partido no norte do país. Em 1986 e 1991, resolveu – no entanto – apoiar Mário Soares do Partido Socialista, nas duas candidaturas à presidência da República. Em 1993, assumiu um papel político mais activo, tendo sido eleito presidente da Câmara Municipal de Gondomar, renovando os mandatos em 1997 e 2001. Em 2005, na sequência do seu envolvimento no processo judicial “Apito Dourado”, o PSD recusou-lhe o apoio, invocando falta de credibilidade, mas Valentim Loureiro acabaria por renovar o mandato em 2005 e 2009, numa lista independente. Como presidente da Câmara, tinha à sua disposição um elevador exclusivo com ligação directa a um parque privativo, podendo assim entrar e sair sem ser incomodado. O elevador só subia até ao primeiro andar, onde ficava o gabinete da presidência, depois de introduzido um código secreto. No parque de estacionamento, só cabiam dois carros, o de Valentim Loureiro e o da filha.
No âmbito do caso “Apito Dourado”, foi condenado a quatro anos de pena suspensa, em Julho de 2008. Valentim Loureiro exerceu ainda a presidência da Junta Metropolitana do Porto, entre 2001 e 2005, e do Conselho de Administração do Metro do Porto.
Foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito por Mário Soares, em Setembro de 1989, e condecorado com a Medalha de Mérito Desportivo por Cavaco Silva, em 1990.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

23 DE DEZEMBRO - CLÁUDIA RAIA



EFEMÉRIDE – Maria Cláudia Motta Raia, modelo, dançarina e actriz brasileira, nasceu em Campinas no dia 23 de Dezembro de 1966. Fez o seu primeiro trabalho profissional aos dez anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandes. Aos onze anos, fez um tratamento para controlar o excesso de crescimento. Dois anos depois, já estava com 1m70 de altura, o que a fazia sentir-se «uma desengonçada».
Aos treze anos, ganhou uma bolsa para estudar ballet em Nova Iorque, onde ficou durante quatro anos. No início da sua curta carreira de bailarina, dançou nos Estados Unidos e na Argentina.
Estreou-se aos dezassete anos na televisão brasileira, contracenando com o actor Jô Soares em “Vamos Malhar”, transmitido no programa “Viva o Gordo” da Globo.
Participou na versão brasileira do musicalA Chorus Line”, fazendo o papel de Sheila, uma personagem dezoito anos mais velha do que ela. Em 1984, posou pela primeira vez para a edição brasileira da revista masculina “Playboy”, ainda com o nome de Maria Cláudia. Posou novamente em 1985 e 1986, já como Cláudia Raia.
Em 1987, fez o papel de feirante na novela “Sassaricando” e, no ano seguinte, surpreendeu tudo e todos, ao fazer o papel de uma detida em “As Presidiárias”, no programa “TV Pirata”. O enorme sucesso confirmou-a como uma grande actriz. Em 2002, interpretou uma vilã na telenovela “O Beijo do Vampiro”, quando estava grávida da sua segunda filha.  
Depois, na novela “A Favorita”, representou o papel de uma mulher que era acusada de um crime que tinha sido cometido pela sua melhor amiga. Foi a primeira presença de Cláudia no horário nobre e o sofrimento demonstrado no desempenho da personagem parecia tão real que causou emoção em todo o Brasil.
Em 2010, entrou na telenovela “Ti Ti Ti”, com a qual ganhou diversos prémios. De 2012 a 2013, interpretou novamente uma vilã, na novela “Salve Jorge”. A personagem era uma mulher sofisticada, com estilo, inteligente e acima de qualquer suspeita. Na sombra, porém, ocupava-se do tráfico de pessoas…
No que concerne à sua vida privada, em 1984, começou a namorar o humorista Jô Soares, num romance que durou dois anos. Acabou por se casar com o actor e modelo Alexandre Frota em Dezembro de 1986, tendo o casamento durado três anos. Foi casada depois, durante 17 anos, com o também actor Edson Celulari, por quem se apaixonou durante as gravações da telenovela “Deus nos Acuda”, na qual os dois representavam um par romântico (1992). Em 2012, Cláudia anunciou o seu namoro com o actor Jarbas Homem de Mello.
Cláudia Raia, ao longo da sua carreira, interpretou mais de trinta novelas e séries de televisão (1984/2012), cerca de dez peças teatrais e musicais (1984/2011) e oito filmes (curtas e longas-metragens, 1986/2011).
Entre os prémios que recebeu, saliente-se: APCA Revelação Feminina (1985), Troféu Imprensa Revelação do Ano (1986), Melhor Actriz Secundária (2005) e Melhor Actriz do Ano (2011).

domingo, 22 de dezembro de 2013

22 DE DEZEMBRO - MÁRIO DE AZEVEDO GOMES



EFEMÉRIDEMário de Azevedo Gomes, silvicultor, botânico, professor universitário e político português, nasceu em Angra do Heroísmo, nos Açores, em 22 de Dezembro de 1885. Morreu em Lisboa no dia 12 de Dezembro de 1965. Entre outras funções de relevo, foi responsável pelo ministério da Agricultura em 1923/24.
Licenciou-se em Engenharia Agronómica em 1907, enveredando por uma carreira na área da silvicultura e da investigação e ensino universitário. Foi admitido como professor no Instituto Superior de Agronomia em 1914, exercendo funções docentes até 1946. Voltou à docência em 1951, jubilando-se em 1955.
Foi fundador e primeiro director da Estação Agrícola Nacional e dirigiu os programas de extensão rural, então designados por instrução agrícola, entre 1919 e 1925.
De Dezembro de 1923 a Fevereiro de 1924, foi ministro da Primeira República, integrando o executivo presidido por Álvaro de Castro. Após o golpe militar de 28 de Maio de 1926, aderiu à oposição democrática, sendo uma das figuras mais ilustres da oposição anti-salazarista.
Foi colaborador da revista “Seara Nova” e membro da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática (MUD), que presidiu. Em 1946, foi-lhe instaurado um processo disciplinar por ter redigido um manifesto crítico sobre o posicionamento de Portugal face à Organização das Nações Unidas (ONU), de que resultou a sua demissão do lugar de professor da Universidade Técnica de Lisboa. Foi readmitido em 1951.
Em 1948, já depois da extinção do MUD, presidiu à comissão central da candidatura à presidência da República do general Norton de Matos.
Foi o primeiro subscritor do Programa para a Democratização da República (1961), um manifesto da oposição democrática assinado por outras figuras de grande prestígio nacional, entre as quais Jaime Cortesão.
Na década de 1950, elaborou vários estudos sobre os solos, clima e aspectos florestais do Parque da Pena, em Sintra. Muitos deles foram publicados em livro.

sábado, 21 de dezembro de 2013

21 DE DEZEMBRO - NELSON RODRIGUES



EFEMÉRIDENelson Falcão Rodrigues, jornalista e escritor, considerado o mais influente dramaturgo brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 21 de Dezembro de 1980. Nascera no Recife em 23 de Agosto de 1912.
A família mudou-se em 1916 para o Rio de Janeiro. Apenas com treze anos, Nelson começou a trabalhar no jornal “A Manhã”, que era propriedade do pai. Foi depois repórter policial durante longos anos, tendo acumulado uma vasta experiência para escrever as suas peças a respeito da sociedade.
A partir de 1940, começou a dividir-se entre o jornalismo, então n’ “O Globo”, e a dramaturgia. Em 1941, escreveu a sua primeira peça, “A Mulher sem Pecado”, que lhe deu os primeiros sinais de sucesso no mundo teatral. O êxito surgiria, a sério, com “Vestido de Noiva”, que trazia – em matéria de teatro – uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro no Brasil.
A consagração consumou-se com vários outros sucessos, transformando-o no grande representante da literatura teatral do seu tempo, apesar das suas peças serem classificadas muitas vezes como obscenas e imorais.
Em 1945, abandonou “O Globo” e passou a trabalhar nos “Diários Associados”. Em “O Jornal,” um dos órgãos de informação propriedade de Assis Chateaubriand, começou a escrever o seu primeiro folhetim, “Meu destino é pecar”, assinado com o pseudónimo "Susana Flag". O sucesso do folhetim foi tal que fez aumentar as vendas do jornal e estimulou Nelson a escrever a sua terceira peça – “Álbum de família”.
Em Fevereiro de 1946, o texto da peça foi submetido à Censura Federal e foi proibido. A representação de “Álbum de família” só seria autorizada em 1965. Em Abril de 1948, estreou “Anjo negro”, peça que possibilitou a Nelson a aquisição de uma casa no bairro do Andaraí. Em 1949, lançou “Doroteia”.
Em 1950, passou a trabalhar no jornal “Última Hora”, onde começou a escrever as crónicas “A vida como ela é”, o seu maior sucesso jornalístico. Na década seguinte, foi para a TV Globo, que acabava de ser fundada, participando na “Grande Resenha Esportiva Facit”, a primeira “mesa-redonda” sobre futebol na televisão brasileira. Nelson tinha uma grande paixão pelo futebol e era um adepto ferrenho do Fluminense FC. Em 1967, passou a publicar as suas “Memórias” no “Correio da Manhã”, jornal no qual o pai trabalhara cinquenta anos antes.
Já consagrado como jornalista e dramaturgo, a sua saúde começou a fraquejar. O período coincidiu com os anos da ditadura militar. Entretanto, o filho – também Nelson – tornou-se guerrilheiro e passou à clandestinidade. Por essa época, também aconteceu o fim do seu casamento com Elza e o início da sua relação com Lúcia. Divorciou-se de novo, ainda manteve um rápido relacionamento com a sua secretária e, finalmente, reatou o casamento com Elza.
Nelson faleceu numa manhã de domingo, aos 68 anos de idade, vítima de complicações cardíacas e respiratórias. No fim da tarde desse mesmo dia, um seu boletim do totobola brasileiro obtinha o primeiro prémio, em parceria com um irmão e alguns amigos de “O Globo”.
Dois meses depois, Elza atendeu o pedido que o marido lhe havia feito, fazendo gravar o seu nome ao lado do dele, na lápide do túmulo, sob a inscrição: «Unidos para além da vida e da morte. E é só.».

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

20 DE DEZEMBRO - PEDRO ABRUNHOSA



EFEMÉRIDEPedro Machado Abrunhosa, cantor e compositor português, nasceu no Porto em 20 de Dezembro de 1960, iniciando cedo os seus estudos musicais. Terminou o Curso de Composição no Conservatório de Música do Porto, após o que estudou e trabalhou com os professores Álvaro Salazar e Jorge Peixinho. Fez o Curso de Pedagogia Musical com Jos Wuytack. Aos dezasseis anos, já dava aulas na Escola de Música do Porto. Pouco depois, ensinava igualmente no ensino oficial, na Escola do Hot Clube, em Lisboa, e na Escola de Música Caiús. Desenvolveu estudos de contrabaixo e fundou a Escola de Jazz do Porto.
Foi convidado a juntar-se ao grupo de música contemporânea de Madrid do compositor Enrico Macias, com o qual fez alguns espectáculos em Espanha e em Portugal. Quando começou a tocar jazz, foi já como profissional.
Em Abril de 1994, foi editado o álbum “Viagens”, gravado conjuntamente com o grupo “Bandemónio”. O disco constituiu um enorme sucesso, atingindo a tripla platina. Fez mais de duzentos espectáculos em apenas dois anos. Apresentou-se nos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Macau, França, Suíça, Espanha, Luxemburgo e Itália, entre outros países.
Compôs a música “Se Eu Fosse Um dia o Teu Olhar” para a banda sonora do filme “Adão e Eva” de Joaquim Leitão, que bateu todos os recordes de bilheteira.
Em Novembro de 1996, editou “Tempo”, então com uma nova formação dos “Bandemónio”. Este CD vendeu acima das 180 000 unidades, ultrapassando a marca de quádrupla platina. Para este álbum, trabalhou em Minneapolis, Memphis e Nova Iorque com a banda de Prince, os “New Power Generation”, e Tom Tucker, o seu engenheiro principal. Participaram ainda Carlos do Carmo, “Opus Ensemble” e Rui Veloso. Foi publicado posteriormente o disco “Tempo – Versões e Remixes”.
Escreveu, compôs e produziu o musical “Rapaz de Papel”, encomendado pelo Festival dos Cem Dias.
Foi convidado por Caetano Veloso para realizar um espectáculo conjunto na Expo 98 em Lisboa. O realizador Manoel de Oliveira convidou-o também para protagonista masculino do filme “A Carta”, rodado em Paris, Itália, Nova Iorque, Lisboa e Londres. Contracenou com Chiara Mastroianni. Este filme foi laureado no Festival de Cinema de Cannes com o Grande Prémio do Júri.
Canções suas foram gravadas e interpretadas no Brasil por artistas como Caetano Veloso, Lenine, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, etc..
Em 1999, editou “Silêncio”, um disco de viragem extremamente importante para a carreira dos “Bandemónio”, mas que ficou aquém das vendas dos dois discos anteriores. Em 2002, gravou “Momento”, um êxito de vendas, que foi tocado em todas as rádios nacionais. Atingiu a dupla platina, com vendas superiores a 90 000 discos. Durante muito tempo, a canção “Momento (Uma Espécie de Céu)” foi a mais tocada em Portugal.
Em 2003, editou o triplo álbum “Palco”, resultado dos emblemáticos concertos ao vivo com os “Bandemónio” e os “HornHeads” de Prince. Atingiu 72 000 exemplares vendidos. Um dos discos incluiu duetos com Lenine e Zélia Duncan.
Em 2004, encerrou o Rock in Rio – Lisboa, concerto integrado na sua digressão 2002/2004, com mais de 120 espectáculos realizados.
Entretanto, fez palestras, debates e conferências por todo o país, sobretudo em faculdades, escolas e bibliotecas. Escreveu para a TSF, “Magazine Artes” e Fórum Estudante, tendo trabalhos publicados em diversos outros órgãos de imprensa. 
Em 2006, participou numa das músicas do álbum de estreia da banda portuguesa “Cindy Kat”. Editou ainda o livro “Canções”, que rapidamente esgotou. Continha partituras das suas mais conhecidas músicas.
Lançou, em Abril de 2007, “Quem me leva os meus fantasmas”, o primeiro single do novo álbum “Luz” que seria editado em Junho. O primeiro concerto de Pedro Abrunhosa e dos “Bandemónio”, após o lançamento deste álbum, teve lugar no espaço Paradise Garage em Lisboa, na noite de 26 de Junho de 2007.
Pedro Abrunhosa anunciou um novo álbum com as canções que tem vindo a apresentar ao vivo, agora separado dos “Bandemónio” e com a sua nova banda – os “Comité Caviar”.
Em Fevereiro de 2010, foi protagonista de uma aparatosa queda durante o programa “Ídolos” da SIC, quando se preparava para uma dupla actuação como convidado. Não sofreu porém quaisquer ferimentos graves e até reagiu com humor. O cantor portuense rapidamente se recompôs e interpretou os dois temas previstos.
Em Maio de 2010, foi apresentado o seu álbum “Longe”, na Casa da Música do Porto, ficando no 1º lugar do top de vendas.
Em 23 de Maio de 2010, apresentou-se num dueto, ao lado da cantora brasileira Ivete Sangalo, durante a Gala de entrega dos Globos de Ouro, promovida pela SIC, cantando uma canção da autoria do próprio Abrunhosa, chamada “Fazer o que ainda Não Foi Feito”.
Pedro Abrunhosa é um dos embaixadores da Associação Fonográfica Portuguesa no Combate à Pirataria na Internet.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

SUGESTÃO PARA A COLECÇÃO DE PRESÉPIOS DA PRIMEIRA DAMA...


19 DE DEZEMBRO - MIGUEL LOPES



EFEMÉRIDE – Hugo Miguel Almeida Costa Lopes, futebolista português, actualmente emprestado pelo Sporting CP ao Olympique Lyonnais, nasceu em Vila Nova de Famalicão no dia 19 de Dezembro de 1986.
Começou a praticar futebol no Alverca (2002/05), continuando depois no SL e Benfica, onde ascendeu à equipa B. Na época seguinte, a equipa B do Benfica foi extinta e ele ingressou no CD Operário (2006/07), onde realizou excelentes exibições.
Transferiu-se em 2007 para o Rio Ave FC, sendo primeira escolha para a posição de defesa direito. Disputou 24 jogos, ajudando a equipa a ser promovida à Liga Sagres. Na época seguinte, 2008/09, ajudou ainda o Rio Ave a ter um bom arranque de campeonato, com empates em casa com o Benfica e com o FC Porto. Após uma óptima temporada, começou a ser cobiçado pelo Benfica, pelo Porto e por outros clubes europeus.
Em Janeiro de 2009, assinou contrato com o Porto, disputando 28 jogos e sendo depois emprestado ao Bétis de Sevilha e ao SC Braga.
Em 2013, assinou pelo Sporting, num negócio que envolveu a transferência de Marat Izmailov para o Porto. Em Julho de 2013, foi emprestado por um ano ao Olympique Lyonnais. 
Tornou-se internacional pela Selecção de Portugal em Junho de 2012, num encontro contra a Turquia, em Lisboa. Do seu palmarés, fazem parte a Taça de Portugal e a Super Taça de Portugal de 2010, em representação do Porto.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

18 DE DEZEMBRO - ROBERT BRESSON



EFEMÉRIDERobert Bresson, realizador de cinema, considerado um dos maiores cineastas franceses do século XX e um dos grandes mestres do movimento minimalista, morreu em Droue-sur-Drouette no dia 18 de Dezembro de 1999. Nascera em Bromont-Lamothe, em 25 de Setembro de 1901.
Licenciado em Artes Plásticas e em Filosofia, tentou a carreira como pintor, antes de se tornar guionista, acabando por seguir a carreira cinematográfica. O seu primeiro trabalho foi a curta-metragem “Les affaires publiques”, em 1934. No início da Segunda Guerra Mundial, foi enviado como prisioneiro de guerra para um campo de concentração alemão, onde ficou durante mais de um ano.
Em 1943, produziu a sua primeira longa-metragem – “Les anges du péché”. Seguidamente, adaptou a obra “Jacques le fataliste” de Denis Diderot, que lhe serviu de inspiração para o filme “Les dames du Bois de Boulogne”, com diálogos de Jean Cocteau (1945). Decepcionado pelos desempenhos femininos nos seus primeiros filmes, decidiu passar a utilizar actrizes não profissionais, a quem chamava «os seus modelos».
A partir de “O diário de um padre” (1950), surgiu o estilo minimalista no cinema bressoniano, o que passou a caracterizar as suas obras. Em 1956, ganhou o Prix de Mise en Scène no Festival de Cannes, com “Le vent souffle où il veut”.
Em 1966, ao realizar “Au hasard Balthazar”, assinou a sua obra de arte e o filme mais dramaticamente complexo da sua carreira.
Em 1969, realizou o seu primeiro filme a cores, “Une femme douce”. Em 1975, publicou a obra “Notas sobre o Cinematógrafo”, uma recolha de anotações e aforismos próprios, através dos quais Bresson defende os seus pontos de vista acerca do cinema.
Em 1977, com a película “Le Diable probablement”, conquistou o Urso de Prata do Festival de Berlim. O seu último filme (“L’Argent”) foi a adaptação de uma novela de Tolstoï. Este filme, assobiado em Cannes, acabaria por receber o Grande Prémio de Cinema de Criação em 1983.
Bresson nunca conseguiu realizar o seu último projecto, “La genèse”, baseado na “Bíblia”. Em 1995, recebeu o Prémio René Clair da Academia Francesa, pelo conjunto da sua obra cinematográfica. Faleceu a menos de três meses de completar 98 anos de idade.

SER POETA (quadras)



Formatação de Fátima de Souza - Bahia

QUADRA SOLTA


Formatação de Fátima de Souza - Bahia

MENINO DE RUA (quadras)



Formatação de Fátima de Souza - Bahia

BRILHO DE ESPERANÇA (quadras)


Formatação de Fátima de Souza - Bahia

QUADRA BASEADA FRASE CHE


Formatação Fátima de Souza - Bahia

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

17 DE DEZEMBRO - EVA EKVALL



EFEMÉRIDEEva Mónica Anna Ekvall Johnson, modelo e apresentadora de televisão venezuelana, eleita Miss Venezuela em 2000 e 3ª classificada no concurso Miss Universo no ano seguinte, morreu num hospital de Houston, no Texas, em 17 de Dezembro de 2011. Nascera em Caracas no dia 15 de Março de 1983.
Filha de pai americano de origem húngaro/sueca, que vivia na Venezuela desde os anos 1980, analista político, e de mãe jamaicana que trabalhava como manequim, diplomou-se em Comunicações na Universidade de Santa Maria em Caracas. Seguiu depois cursos na escola de línguas da Academia Washington na capital venezuelana.
Foi apresentadora do programa “Las Rottenmayer” no canal Televen e, mais tarde, conduziu o “Noticiero Televen”. Foi modelo de vários magazines de moda e viveu algum tempo nos Estados Unidos.
Foi-lhe diagnosticado um cancro de mama em Fevereiro de 2010, acabando por fazer uma mastectomia dupla e perdendo os cabelos em virtude dos tratamentos de quimioterapia. Lançou um livro intitulado “Fuera de Foco”, mostrando em palavras e fotos a sua luta contra a doença.
Era casada com o produtor de rádio John Faro Bermúdez desde 2007 e tinha uma filha nascida em Julho de 2009.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

NO NATAL DA MINHA VIDA (quadras)




NO NATAL DA MINHA VIDA

1

No Natal da minha vida,
Só quero sossego e paz.
Junto de gente querida,
Ser feliz se for capaz.   (a)

2

Com gente feliz por perto
E não faltando comida,
Feliz estarei por certo
No Natal da minha vida.

Gabriel de Sousa

(a) – 3º Prémio no 18º Concurso Internacional de Quadras Natalícias – 2013 (Fuseta)

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