segunda-feira, 30 de abril de 2018

30 DE ABRIL - TONY FERNANDES


EFEMÉRIDE - Anthony “Tony” Francis Fernandes, homem de negócios malaio, de ascendência portuguesa, nasceu em Kuala Lumpur no dia 30 de Abril de 1964.
Tony Fernandes é filho de um médico e de uma professora de piano. Aos doze anos, deixou a Malásia para prosseguir os estudos num pensionato britânico, o Epsom College, onde se apaixonou por práticas desportivas. Diplomou-se em Contabilidade na London School of Economics.
Durante 14 anos, trabalhou na indústria da música, sendo ex-executivo da Virgin Records. Foi controlador financeiro do Grupo Virgin criado por Richard Branson.
Regressou depois à Malásia, onde foi nomeado vice-presidente do Warner Music Group para o sudeste da Ásia.
É proprietário da AirAsia desde 2001, tendo transformado esta companhia - então falida - na líder do transporte low cost da Ásia. Adquiriu participações no capital de várias companhias aéreas baseadas nas Filipinas, Tailândia e Indonésia.
Lançou outras empresas, agrupadas na holding Tune. Em 2007, fundou a cadeia de hotéis Tune, com preços acessíveis.
Recriou a equipa Lotus F1 Racing para a disputa da temporada de Fórmula 1 de 2010 e, em 2012, a equipa adoptou o nome de Caterham F1 Team. Na temporada de 2014, após fracos resultados, decidiu vender a escuderia.
É o investidor principal (66%) e presidente do clube de futebol londrino Queens Park Rangers FC. Antes, em 2011, estivera interessado no West Ham United FC.
Tony Fernandes foi feito oficial da Legião de Honra em 2010. Promovido a comendador em 2013. Em 2011, fora igualmente nomeado comendador da Ordem do Império Britânico.

domingo, 29 de abril de 2018

29 DE ABRIL - JEAN-GEORGES NOVERRE


EFEMÉRIDE - Jean-Georges Noverre, bailarino e professor de ballet francês, nasceu em Paris no dia 29 de Abril de 1727. Morreu em Saint-Germain-en-Laye, em 19 de Outubro de 1810.
Destacou se na historia da dança por ter escrito um conjunto de cartas sobre o ballet da sua época. O título dessa obra teórica sobre dança é “Lettres sur la Danse”. A primeira versão foi editada em 1760 em Estugarda e Lyon; depois, surgiu a edição inglesa de 1783 e, quase meio século mais tarde, as de 1804 e 1807, de São Petersburgo e Paris. Em todas elas, Noverre manteve-se fiel às quinze cartas da primeira edição. Nas novas edições acrescentou algumas cartas sobre música e duas dirigidas a Voltaire.O seu pensamento iluminista focalizava a actuação do intérprete e discutia sobre o que separa o ballet da dança e da pantomima, começando a priorizar a coreografia e a interpretação. Noverre representa a continuidade do tipo de dança da Académie Royale de Musique et Danse fundada pelo rei Luís XIV, conhecido como o Rei Sol. Ele é o autor da obra decisiva para o futuro da dança teatral. Noverre fazia os seus estudos desde o ponto de vista do palco, pois dançou quase toda a sua vida.
Começou na dança ainda adolescente, como aluno de Louis Dupré, na Académie Royale de Musique et Danse (futura Opéra de Paris). Estreou-se em público na Opéra-Comique. Mais tarde, graças à indicação de uma bailarina famosa, Marie Sallé, Noverre apresentou-se na corte de Fontainebleau. Em seguida, esteve um tempo em Berlim ao serviço de Frederico da Prússia, tendo convivido com bailarinos famosos.
Ao voltar a Paris, assumiu o posto de mestre da Opéra-Comique e organizou as danças da companhia, de modo a granjear receitas. Começou a ser mais reconhecido, quando criou o “Ballet Chinês”, o seu primeiro ballet de sucesso. Foi convidado pelo actor e empresário inglês David Garrick, para se apresentar em Londres, ganhando então fama internacional. Em 1760, publicou a primeira versão de ‘Cartas sobre a Dança’. De Lyon, foi para Estugarda como mestre de ballet do duque Württemberg.
Os ballets tornaram-se cada vez mais famosos em toda Europa, expandindo a produção e divulgação da dança. Ao longo da primeira metade do século XVIII, já existia um grande contingente de bailarinos, compositores, cenógrafos, figurinistas e músicos a circular na maioria das cidades europeias.
Noverre ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. A sua proposta era atribuir expressividade à dança, utilizando as mãos, braços e feições para, segundo ele, sensibilizar e emocionar. Sugeriu a simplificação na execução dos passos e subtileza nos movimentos, para uma ideal expressividade na interpretação da dança.
Sentia-se orgulhoso de ter simplificado as alegorias na vestimenta e de exigir acção, movimentações na cena e expressão à dança. A grande reforma que distingue o século XVIII do XVII e o aproxima do XIX é a criação do “ballet-pantomima”, termo utilizado por Noverre e que se conservou sem alteração até ao século XIX.
Jean-Georges é considerado como o criador do ballet moderno. O dia do seu nascimento, 29 de Abril, tornou-se o Dia Internacional da Dança.


sábado, 28 de abril de 2018

28 DE ABRIL - CLARA PETACCI


EFEMÉRIDE - Clara (Claretta) Petacci, jovem da alta burguesia italiana, que se tornou amante - desde 1936 - do ditador italiano Mussolini, que conhecera em 1932, morreu em Giulino di Mezzegra no dia 28 de Abril de 1945.  Nascera em Roma, em 28 de Fevereiro de 1912.  O pai, Francesco Petacci, possuía uma clínica privada e tinha sido médico pessoal do Papa. Claretta era vinte e nove anos mais nova que Mussolini.
Em 27 de Abril de 1945, Mussolini e Petacci foram capturados por guerrilheiros comunistas, quando viajavam num comboio tentando fugir para a Suíça. No dia seguinte, foram levados para Mezzegra e fuzilados. Em 29 de Abril, os corpos de Mussolini e Petacci foram transportados para Piazzale Loreto, em Milão, e pendurados pelos pés junto de um posto de combustível. Foram fotografados enquanto a multidão descarregava sobre eles a sua ira.
Um livro com os diários íntimos de Clara Petacci foi publicado na Itália, em Novembro de 2009. Nesta obra, estão reunidos textos escritos entre 1932 e 1938, que revelam aspectos menos conhecidos do ditador.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

27 DE ABRIL - ELLEN BAKER


EFEMÉRIDE - Ellen Louise Shulman Baker, médica e astronauta norte-americana, nasceu em Fayetteville no dia 27 de Abril de 1953. Veterana de três missões espaciais, ocupa actualmente o cargo de chefe da secção médica-educacional do departamento de astronautas da NASA.
Estudou na Bayside High School. Em 1974, obteve o bacharelato em Geologia, na Universidade de Búfalo. Doutorou-se em Medicina na Universidade de Cornell e obteve o mestrado em Saúde Pública na Universidade do Texas, onde trabalhou como interna. 
Baker entrou para a NASA em 1981, trabalhando como médica, baseada no Centro Espacial Lyndon Johnson, em Houston, no Texas. Seleccionada para o curso de astronautas da NASA em 1984, foi qualificada em Junho de 1985 e, a partir daí, exerceu diversos cargos e funções de apoio às operações das naves espaciais e da Estação Espacial Internacional.
Foi pela primeira vez ao espaço em Outubro de 1989, na missão Atlantis STS-34, a missão que colocou a sonda Galileu em órbita e a caminho de Júpiter. Nela, Baker realizou diversas experiências médicas em microgravidade. Segunda missão, em Junho/Julho de 1992, na nave Columbia STS-50, a primeira com um período extenso de duração, duas semanas, e com a tripulação a realizar experiências nos campos da dinâmica de fluido, crescimento de cristais e biologia.
O seu terceiro e último voo espacial foi na Atlantis STS-71, em Junho de 1995, aos 42 anos de idade. Esta foi a primeira viagem do programa Shuttle-Mir, a primeira acoplagem e troca de tripulação entre uma nave espacial dos Estados Unidos e uma estação orbital russa. A Atlantis também levou ao espaço o laboratório científico Spacelab, onde foram realizadas várias experiências conjuntas dos dois países. Ao todo, Ellen realizou mais de 686 horas no espaço. É casada com Kenneth J. Baker, com quem tem dois filhos.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

26 DE ABRIL - JEAN-PIERRE BELTOISE


EFEMÉRIDE - Jean-Pierre Maurice Georges Beltoise, piloto automobilista francês, nasceu em Paris no dia 26 de Abril de 1937. Morreu em Dacar, em 5 de Janeiro de 2015.
Antes de iniciar a sua carreira como piloto de Fórmula 1, e depois de dois anos de serviço militar na Argélia, Beltoise ganhou onze títulos nacionais de motociclismo durante apenas 3 anos. Passou seguidamente pela Fórmula 3 e Fórmula 2, sendo então contratado pela escuderia Matra, na temporada de Fórmula 1 de 1967. No ano seguinte, ficou em segundo lugar no Grande Prémio da Holanda.
Na temporada de 1969, inscreveu-se pela escuderia de Ken Tyrrell, ao lado de Jackie Stewart, sendo o seu melhor resultado novamente um segundo lugar no Grande Prémio de França.
Em 1971, pilotando de novo pela Matra, envolveu-se num acidente que causou a morte do piloto Ignazio Giunti, em Buenos Aires, o que lhe fez perder a licença durante algum tempo.
Regressou em 1972, pela decadente escuderia BRM, vencendo - sob forte chuva - o Grande Prémio do Mónaco. Foi o último triunfo da BRM na Fórmula 1. Retirou-se das pistas em 1974, aos 37 anos.
Após o seu afastamento da Fórmula 1, passou a competir nas corridas da Classe Turismo em França, chegando a ganhar por duas vezes o Campeonato Francês com a BMW. Participou ainda em Rallies, ganhando um campeonato francês com um Alpine-Renault. Durante os anos 1980, voltou a participar em campeonatos da Classe Turismo.
Faleceu em 2015, na decorrência de um AVC. Jean-Pierre Beltoise foi o símbolo da renovação do desporto automóvel francês, tendo corrido 86 Grandes Prémios da Fórmula 1. 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

25 DE ABRIL - ALBERT KING


EFEMÉRIDE - Albert Nelson King, influente guitarrista, compositor e cantor americano de blues, nasceu em Indianola no dia 25 de Abril de 1923. Morreu em Memphis, em 21 de Dezembro de 1992. Foi considerado o 13º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana “Rolling Stone”.
Um dos “Três Kings” da guitarra Blues (juntamente com B.B. King e Freddie King), ele possuía uma figura imponente de 1,93 m de altura e 118 kg (o “Buldózer de Veludo”). Nasceu no seio de uma família humilde em Indianola, Mississippi, numa plantação de algodão, onde trabalhou durante a juventude. Uma das suas primeiras influências musicais foi o pai, Will Nelson, que tocava guitarra. Durante a infância, também cantou gospel numa igreja local.
Albert começou a sua carreira profissional num grupo chamado In the Groove Boys, em Osceola, Arkansas.
O seu primeiro sucesso foi “I'm A Lonely Man”, lançado em 1959. Entretanto, foi apenas em 1961 - com o lançamento de “Don't Throw Your Love On Me So Strong”-  que o seu nome se tornou conhecido. Em 1966, assinou contrato com a famosa gravadora Stax Records e, em 1967, lançou o seu lendário álbum “Born Under a Bad Sign”. Em 1968, foi contratado por Bill Graham para abrir os shows de John Mayall e Jimi Hendrix no Fillmore West, em San Francisco. A platéia logo descobriu de onde vinha a pegada blues de Mayall e Hendrix.
Albert King era canhoto e tocava uma guitarra Gibson Flying V virada de forma que as cordas graves ficavam para baixo.
Albert King influenciou milhares de guitarristas, incluindo músicos famosos como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Mike Bloomfield, Stevie Ray Vaughan e Gary Moore. O solo de Eric Clapton na música “Strange Brew” (1968) é uma cópia nota-a-nota do solo de King na música “Pretty Woman”.
Albert King morreu vítima de uma crise de pancreatite aguda, sendo sepultado no Paradise Gardens Cemetery, em Edmondson, Arkansas.

terça-feira, 24 de abril de 2018

24 DE ABRIL - CARL SPITTELER


EFEMÉRIDE - Carl Friedrich Georg Spitteler, escritor suíço de língua alemã, nasceu em Liestal no dia 24 de Abril de 1845. Morreu em Lucerna, em 29 de Dezembro de 1924.
Estudou Direito na Universidade de Zurique em 1863. De 1865 a 1870, estudou Teologia em Zurique, Heidelberg e Basileia. Foi preceptor na Rússia até Agosto de 1871.
Desde 1914, tomou posição firme pela neutralidade, o respeito das minorias e a unidade do país, numa Suíça desencantada entre os pró-alemães e os pró-franceses.
Escreveu o poema alegórico em prosa “Prometeu e Epimeteu” (1880/1881) sob o pseudónimo de Carl Felix Tandem. Posteriormente, reeditou-o com o seu próprio nome, sob o título “Prometeu Paciente”. Entre 1900 e 1905, escreveu o poema épico-alegórico “Primavera Olímpica” e, em 1906, publicou a novela autobiográfica “Imago”, que viria a ser uma das leituras favoritas de Freud, que deu o mesmo título à primeira revista psicanalítica que existiu.
Muitos dos seus trabalhos eram simultaneamente pessimistas e heróicos. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1919.
O seu espólio literário encontra-se nos Arquivos Suíços em Berna, na Biblioteca Central de Zurique e no Dichter-und Stadtmuseum em Liestal.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

ALBERT KING - "Oh, Pretty Woman"


23 DE ABRIL - D. AFONSO II DE PORTUGAL


EFEMÉRIDE - Afonso II, rei de Portugal de 1211 até à sua morte, nasceu em Coimbra no dia 23 de Abril de 1185. Morreu na mesma cidade em 25 de Março de 1223. Apelidado de “Afonso, o Gordo”, era filho do rei Sancho I e de sua esposa Dulce de Aragão.
Os primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos (1211/16) entre Afonso II e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Santa Sancha de Portugal (a quem o pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer -, com as respectivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos), numa tentativa de centralizar o poder régio. Este conflito foi resolvido com a intervenção do papa Inocêncio III. O rei indemnizou as infantas com muito dinheiro, a guarnição dos castelos foi confiada a cavaleiros templários, mas era o rei que exercia as funções soberanas sobre as terras.
No seu reinado, foram criadas as primeiras leis escritas e pela primeira vez reunidas cortes com representantes do clero e nobreza, em 1211, na cidade de Coimbra, na altura a capital. Foram realizadas inquirições em 1220, inquéritos feitos por funcionários régios com vista a determinar a situação jurídica das propriedades e em que se baseavam os privilégios e imunidades dos proprietários. As confirmações validavam as doações e privilégios concedidos nos anteriores reinados, após analisados os documentos comprovativos ou por mercê real. Todo o seu reinado foi um combate constante contra as classes privilegiadas, isto porque o seu pai e o avô deram grandes privilégios ao clero e nobreza e Afonso II entendia que o poder real devia ser fortalecido.
O seu reinado caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Leão, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado terem sido tomadas aos mouros as cidades de Alcácer do Sal, Borba, Vila Viçosa, Veiros, em 1217, e - possivelmente - também Monforte e Moura, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo consolidar a estrutura económica e social do país.
O primeiro conjunto de leis portuguesas é de sua autoria e visavam principalmente temas como a propriedade privada, o direito civil e a cunhagem de moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objectivo de estabelecer tratados comerciais. Apesar de não ter tido preocupações militares, enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península Ibérica contra os muçulmanos.
Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa portuguesa com o papa. Com vista à obtenção do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo papa Honório III, Afonso II prometeu rectificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política.
Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seu sucessor, pôde finalmente Afonso II descansar em paz no Mosteiro de Alcobaça (foi o primeiro monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real).

domingo, 22 de abril de 2018

22 DE ABRIL - YORDANOV


EFEMÉRIDE - Ivaylo Stoimenov Yordanov, antigo jogador de futebol búlgaro, nasceu em Samokov no dia 22 de Abril de 1968.
Disputou 50 jogos pela Selecção Búlgara. Sete destes jogos foram para os Mundiais de 1994 nos Estados Unidos e de 1998 em França. Participou igualmente nos Europeus de 1996, em Inglaterra.Yordanov jogou pelas equipas do FC Rilski Sportist em Samokov (1987/89), do FK Lokomotiv em Gorna Oryahovitsa (1989/91) e do Sporting CP (1991/2001). Foi o primeiro capitão estrangeiro e um símbolo do Sporting.
Do seu palmarés, fazem parte: Melhor Marcador da Bulgária (1991), 4º lugar nos Mundiais de 1994, Taça de Portugal de 1995, Jogador Búlgaro do Ano (1998) e Campeão de Portugal de 2000.

sábado, 21 de abril de 2018

21 DE ABRIL - DIOGO RODRIGUES


EFEMÉRIDE - Diogo Rodrigues de Azevedo, navegador português, morreu em Goa no dia 21 de Abril de 1577. Nascera em local desconhecido, provavelmente em 1500.
Explorou o Oceano Índico no século XVI e, em 1528, descobriu e nomeou várias ilhas a este de Madagáscar incluindo a ilha Rodrigues, que mantem o seu nome.
Diogo Rodrigues explorou o arquipélago das Mascarenhas, assim por ele chamadas em homenagem ao seu compatriota e companheiro Pedro de Mascarenhas, que as terá visitado em 1512 e que compreende a Reunião, Maurícia e Rodrigues.
De acordo com o historiador José Nicolau da Fonseca, Diogo Rodrigues foi sepultado em Goa, estando o seu túmulo assinalado com a inscrição: «Acqui jaz Diogo Rodrigues o do Forte, Capitão desta Fortaleza, o qual derrubou os pagodes destas terras. Falleceu á 21 de Abril de 1577 annos».

sexta-feira, 20 de abril de 2018

20 DE ABRIL - ARTUR CORREIA


EFEMÉRIDE - Artur Costa Correia, ilustrador e realizador de cinema de animação português, nasceu em Lisboa no dia 20 de Abril de 1932. Morreu na mesma cidade em 1 de Março de 2018, com 85 anos de idade.
Estudou na Escola Industrial Machado de Castro. Trabalhou como ilustrador, antes de se dedicar ao cinema de animação, em 1965. Encontra-se vária colaboração de sua autoria na revista “Foguetão” (1961).
Em 1967, alcançou - no estrangeiro -  vários prémios de desenho animado publicitário. Em 1970, rodou o primeiro filme português de animação para o grande público, “Eu Quero a Lua”. Foi fundador, com Ricardo Neto, do primeiro estúdio de animação em Portugal, a Topefilme, onde adaptou alguns contos tradicionais portugueses.
Colaborou igualmente nas seguintes publicações: “O Papagaio”, “Zorro”, “Pisca-Pisca”, “Fungagá da Bicharada”, “Mundo de Aventuras” e “Correio da Manhã”.
No “Cavaleiro Andante”, notabilizou-se com bandas hilariantes que ficaram famosas, como por exemplo: “As Aventuras de Dom Cebolinha”, “Tufão no México”, “O Roubo do Elefante Branco” e “O Neto de Robin dos Bosques”.
No campo do cinema de animação, em 1967, conquistou prémios em Veneza e Annecy. Foi também distinguido em Bilbao, Cannes, Hollywood, Argentina, Zagreb, Lucca e na sua terra natal, Lisboa.
Foi um dos nossos cineastas de publicidade mais premiado mundialmente. Em 1972, trabalhou num dos filmes de uma série do veterano Robert Balser, em Barcelona.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

19 DE ABRIL - PIERRE CURIE


EFEMÉRIDE - Pierre Curie, físico francês, pioneiro no estudo da cristalografia, magnetismo, piezoelectricidade e radioactividade, morreu em Paris no dia 19 de Abril de 1906. Nascera na mesma cidade em 15 de Maio de 1859. Recebeu o Prémio Nobel de Física de 1903, juntamente com a sua mulher Marie Curie, outra famosa física, e com Henri Becquerel.
Pierre foi um dos fundadores da física moderna. Não frequentou a escola primária nem a secundária, sendo educado em casa pelos pais. Nos primeiros anos da sua adolescência revelou uma forte aptidão para a matemática e a geometria. Aos 16 anos, obteve o bacharelato em Ciências e, aos 18 anos, já tinha estudos equivalentes a um grau superior, mas não seguiu imediatamente para o doutoramento por falta de dinheiro. Em vez disso, trabalhou como instrutor de laboratório.
Em 1880, Pierre e o seu irmão mais velho, Jacques Curie, demonstraram que se gerava um potencial eléctrico quando se comprimiam cristais, a piezoelectricidade, e esse comportamento foi utilizado mais tarde em gira-discos e altifalantes. Pouco depois, em 1881, demonstraram a existência do efeito inverso: que os cristais podiam ser deformados quando submetidos a um campo eléctrico. Quase todos os actuais circuitos electrónicos digitais recorrem a este fenómeno.
Antes dos seus famosos estudos de doutoramento sobre o magnetismo, concebeu e aperfeiçoou uma balança de torsão extremamente sensível para medir os coeficientes magnéticos. Os investigadores que o seguiram nesta área utilizaram regularmente este equipamento. Pierre Curie estudou o ferromagnetismo, o paramagnetismo e o diamagnetismo para a sua tese de doutoramento, descobrindo o efeito da temperatura sobre o paramagnetismo que é actualmente conhecido por lei de Curie. A constante material da lei de Curie é conhecida como a constante de Curie. Também descobriu que as substâncias ferromagnéticas apresentam uma temperatura crítica de transição, acima da qual as substâncias perdem o seu comportamento ferromagnético. Esta temperatura é conhecida por ponto de Curie.
Pierre trabalhou com a sua mulher Marie Curie no isolamento do polónio e do rádio. Eles foram os primeiros a usar o termo “radioactividade”, sendo pioneiros no seu estudo.
Pierre Curie e um estudante seu foram os primeiros a descobrir a energia nuclear, ao identificarem a emissão contínua de calor das partículas do rádio. Ele também investigou as emissões de radiação das substâncias radioactivas e conseguiu demonstrar, com o recurso a campos magnéticos, que as emissões apresentavam carga positiva, negativa ou eram neutras. Essas emissões correspondem às partículas alfa, beta e radiações gama.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

18 DE ABRIL - GUILLERMO GONZÁLEZ CAMARENA


EFEMÉRIDE - Guillermo González Camarena, engenheiro, cientista e inventor mexicano, morreu em Las Lajas no dia 18 de Abril de 1965. Nascera em Guadalajara, em 17 de Fevereiro de 1917. Em 1940, inventou um sistema para transmitir televisão a cores: o sistema tricromático sequencial de campos. Também inventou, mais tarde, nos anos 1960, um sistema simplificado de geração de cores - o sistema bicolor simplificado. Guillermo lançou a televisão a cores no México, anos antes da implementação do sistema NTSC.
Quando era criança, adorava fabricar brinquedos movidos a energia eléctrica, que idealizava no seu local de trabalho: um laboratório na cave da sua casa. Com apenas 9 anos de idade, inventou um alarme sísmico, que - quando a terra começava a tremer - ouvia-se uma cigarra e acendiam-se algumas luzes. Com 12 anos, já tinha construído o seu primeiro transmissor amador.
Assim, ninguém estranhou que ele viesse a cursar Electrónica no Instituto Politécnico Nacional Mexicano. Somente com 17 anos, já tinha fabricado a sua própria televisão, usando peças avulsas de rádio. Devido às suas primeiras experiências com a televisão, muitos amigos e parentes achavam que ele estivesse louco, porque para eles parecia ficção científica.
Em 1930, licenciou-se na Faculdade de Engenharia Mecânica e Eléctrica do Instituto Politécnico Nacional; obtendo a sua primeira licença de Rádio dois anos depois.
Em 1940, inventou o adaptador cromoscópico para televisão, antecessor do sistema de transmissão de televisão a cores. A patente foi registada nos Estados Unidos em 1941.  Apresentou melhorias da sua patente em 1960 e 1962.
Em Agosto de 1946, enviou a primeira transmissão a cores, desde o seu laboratório na sede da Liga Mexicana de Experiências em Rádio, na Cidade do México.
Ele também contribuiu no campo da radiodifusão. Em 1945, o Ministério das Comunicações e Obras Públicas do México encomendou-lhe um estudo sobre o volume, ruído e atenuação dos sistemas de comunicação eléctrica, a fim de estabelecer as unidades legais de referência no quadrante da rádio. Quatro anos mais tarde, elaborou as leis que regulavam o funcionamento e a operação das estações de rádio mexicanas, onde foi incluída a televisão, a frequência modulada, as ondas curtas, as ondas largas e o rádio fac-símile. Em 1948, fundara os Laboratórios Gon-Cam.
Os seus trabalhos estenderam-se ao campo da medicina, quando começou a usar a televisão a preto e branco, depois a cores, como meio de ensino.
Em 18 de Abril de 1965, quando voltava da inspecção ao transmissor do Canal 5 em Las Lajas, Guillermo sofreu um acidente automobilístico, morrendo de imediato. Em sinal de luto, as emissoras de televisão ficaram fora do ar durante todo aquele dia.

terça-feira, 17 de abril de 2018

17 DE ABRIL - RICCARDO PATRESE


EFEMÉRIDE - Riccardo Gabriele Patrese, ex-piloto automobilista italiano, nasceu em Pádua no dia 17 de Abril de 1954. É o 3° piloto que mais corridas disputou na história da Fórmula 1 (256). Disputou as temporadas de 1977 a 1993, sendo superado apenas em 2008 pelo piloto brasileiro Rubens Barrichello. Além da carreira na F-1, sagrou-se Campeão Mundial de Kart em 1974 e Campeão da Europa de Fórmula 3 em 1976.
Começou a carreira pela equipa Shadow Racing Cars (1977) e, depois, passou pela Arrows (1978 a 1981), Brabham (1982 a 1983 e 1986 a 1987), Alfa Romeo (1984 a 1985), Williams (1988 a 1992), onde se sagrou vice-campeão em 1992, e terminou a carreira na Benetton em 1993. Recusou ainda uma proposta de Frank Williams para substituir Ayrton Senna em 1994.
Durante a sua carreira, apenas em 1985, quando era piloto da Alfa Romeo, não pontuou.
Em Setembro de 2008, foi anunciado que Patrese, então com 54 anos, voltaria a pilotar um carro de Fórmula 1 num teste para a equipa Honda, 15 anos após ter abandonado a categoria. O teste teria sido uma homenagem ao seu recorde de 256 grandes prémios disputados, que permaneceu até este mesmo ano, quando foi superado por Barrichello.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

16 DE ABRIL - ROLAND TOPOR


EFEMÉRIDE - Roland Topor, desenhador, pintor, escritor, cenarista e actor francês, conhecido pela natureza surrealista dos seus trabalhos, morreu em Paris no dia 16 de Abril de 1997, vítima de hemorragia cerebral.  Nascera na mesma cidade em 7 de Janeiro de 1938. Era descendente de judeus polacos, que se refugiaram em França para fugir ao nazismo.
Estudou nas Belas-Artes de Paris a partir de 1955 e, em 1958, realizou a capa da revista “Bizarre”. Em 1960, foi feita uma exposição dos seus trabalhos e publicado o seu primeiro livro de desenhos, “Les Masochistes”. Publicou igualmente a sua primeira novela, “L’amour fou”, na revista “Fiction”, onde passou a colaborar regularmente.
A obra literária mais famosa de Topor é o romance “O Inquilino” (“Le Locataire Chimérique”), publicado pela primeira vez em 1964. O livro conta a história de um parisiense, descendente de polacos, que aluga um apartamento e começa a ter problemas depois da mudança. O livro explora os temas da alienação e identidade, e faz perguntas perturbadoras sobre como definimos quem somos. O livro foi adaptado ao cinema pelo realizador polaco Roman Polanski, em 1976.
Roland Topor trabalhou em diversos filmes de animação, em parceria com o realizador francês Rene Laloux. A primeira curta-metragem desta dupla foi “Les Temps Morts”, de 1964, seguida por “Les Escargots”, em 1965.
O seu filme mais famoso foi a longa-metragem “La Planète Sauvage”, de 1973. O filme mostra um planeta habitado por gigantescos humanóides azuis que têm seres humanos como animais de estimação. Foi premiado em Cannes.
Topor também trabalhou no cinema, como actor. O seu papel mais conhecido é o de Renfield no filme “Nosferatu: Phantom der Nacht”, de Werner Herzog, em 1976.
Entre outras actividades: criou o Movimento Pânico (teatro), com Alejandro Jodorowsky e Fernando Arrabal (1962); de 1061 a 1965, colaborou nas revistas francesas “Hara Kiri” e “Elle”; criou os desenhos de introdução do filme “Viva La Muerte”, de Arrabal (1971); e lançou a popular série de TV francesa “Téléchat”, uma paródia de telejornal apresentado por marionetas (1983).
Em 1988, empreendeu uma adaptação cinematográfica da vida do marquês de Sade.
Entre várias homenagens recebidas durante a sua carreira, foi-lhe entregue - em 1990 - o Grande Prémio da Cidade de Paris.

domingo, 15 de abril de 2018

15 DE ABRIL - CORRIE TEN BOOM


EFEMÉRIDE - Corrie ten Boom, de seu nome completo Cornelia Johanna Arnolda ten Boom, escritora e resistente holandesa, que ajudou a salvar a vida de muitos judeus ao escondê-los dos nazis durante a II Guerra Mundial, nasceu em Amesterdão no dia 15 de Abril de 1892. Morreu em Placentia, Califórnia, em 15 de Abril de 1983.
Ten Boom escreveu, entre outros livros, a sua autobiografia “O Refúgio Secreto”, que foi posteriormente adaptada ao cinema num filme com o mesmo título. Em Dezembro de 1967, foi homenageada pelo Estado de Israel com a inclusão do seu nome na lista ‘Justos entre as Nações’.
Nasceu numa família cristã, sendo a mais nova de quatro irmãos. Poucos meses depois do seu nascimento, a família mudou-se para Haarlem. O pai era relojoeiro. A mãe morreu de ataque cardíaco aos 63 anos de idade. Corrie começou a aprender relojoaria em 1920 e, em 1922, tornou-se na primeira mulher relojoeira licenciada na Holanda. Mais tarde, seria também, além de escritora, professora itinerante.
Em 1940, os nazis invadiram a Holanda e, em 1942, Corrie e a família tornaram-se activistas na resistência holandesa, escondendo refugiados em sua casa. Dessa forma, livraram muitos judeus da morte certa pelas mãos dos SS nazis. A família ten Boom era conhecida pela sua atitude prestativa para com todos e, em relação aos judeus isso foi ainda mais evidente.
Em Maio de 1942, uma mulher muito bem vestida chegou à porta dos ten Boom. Nervosamente, disse que era judia, que o seu marido havia sido preso meses antes e que o seu filho queria esconder-se. Corrie e o pai prontamente concordaram. Assim começava ‘o refúgio secreto’.
Receberam vários refugiados, alguns dos quais eram judeus, outros, membros da resistência procurados pela Gestapo e a sua congénere holandesa. Havia diversas salas extras na casa, que foram escamoteadas.
Em Fevereiro de 1944, os alemães prenderam toda a família, com a conivência de um informador holandês. Foram enviados para a prisão de Scheveningen (onde o pai de Corrie morreu dez dias após a prisão), em seguida para o campo de concentração Vught (ambos na Holanda), e - finalmente - para o campo de Ravensbrück, na Alemanha, onde Betsie, a irmã de Corrie, morreu também. Corrie foi solta um dia após o Natal de 1944. Soube mais tarde que a sua libertação se devera a um erro administrativo. As prisioneiras da sua idade, que ficaram no campo, foram todas mortas uma semana depois.
Em 1977, aos 85 anos, mudou-se para Orange (Califórnia). Vítima de ataques cerebrais, em 1978, viu reduzida a sua capacidade de comunicação e ficou inválida. Em 15 de Abril de 1983, dia do seu 91º aniversário, veio a falecer.
Ten Boom foi homenageada pela rainha da Holanda, em reconhecimento da sua actividade durante a Grande Guerra, e um museu em homenagem da família foi criado na cidade de Haarlem.

sábado, 14 de abril de 2018

14 DE ABRIL - PERCY SLEDGE


EFEMÉRIDE - Percy Sledge, cantor de soul e R&B norte-americano, morreu em Baton Rouge (Louisiana) no dia 14 de Abril de 2015. Nascera em Leighton (Alabama), em 25 de Novembro de 1940. Ficou mundialmente conhecido por interpretar a canção “When a Man Loves a Woman”.
Percy Sledge, que ficou órfão de pai aos dois meses, ambici0onou ser jogador de basebol, mas deixou cedo a escola para ocupar vários pequenos empregos, trabalhando depois no0 Colbert County Hospital, antes de se tornar famoso.
Começou por cantar numa igreja e em pequenos grupos musicais. Depois de ser ouvido pelo produtor Quin Ivy, obteve um contrato com uma editora discográfica. “When a Man Loves a Woman” foi o primeiro single resultante desse contrato e não demorou muito para que a canção se tornasse um hit. Lançado em 1966, alcançou o 1º lugar nas paradas americanas e canadianas e ficou em 4º lugar no Reino Unido.
Sledge alcançaria sucesso com outras composições, como “Warm and Tender Love”, “It Tears Me Up”, “Take Time to Know Her” e “Cover Me”.
Voltou a figurar nas paradas de sucesso em meados dos anos 1980, quando o seu trabalho foi usado num comercial da marca de jeans Levi's.
Em 2005, Percy Sledge foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll. Em Maio de 2007, entrou para o Hall da Fama da Música de Louisiana pelas suas contribuições para a música. O seu nome encontra-se igualmente no Delta Music Museum, em Louisiana.
Sledge morreu de cancro de fígado na sua casa em Baton Rouge, aos 74anos. Foi casado duas vezes, tendo tido doze filhos dos dois casamentos.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

13 DE ABRIL - TEATRO NACIONAL D. MARIA II


EFEMÉRIDE - O Teatro Nacional D. Maria II, localizado na Praça de D. Pedro IV (Rossio), em Lisboa, foi inaugurado em 13 de Abril de 1846, durante as comemorações do 27º aniversário de D. Maria II (1819/53), passando por isso a exibir o seu nome na designação oficial. Na inauguração, foi apresentado o drama histórico em cinco actos “O Magriço e os Doze de Inglaterra”, original de Jacinto Heliodoro de Aguiar Loureiro.
A história do Teatro Nacional D. Maria II começara dez anos antes da sua inauguração. Na sequência da revolução de 9 de Setembro de 1836, Passos Manuel assumiu a direcção do Governo e uma das medidas que tomou nesse mesmo ano foi encarregar, por portaria régia, o escritor e político Almeida Garrett de pensar o teatro português em termos globais, incumbindo-o de apresentar «sem perda de tempo, um plano para a fundação e organização de um teatro nacional, o qual, sendo uma escola de bom gosto, contribua para a civilização e aperfeiçoamento moral da nação portuguesa». Por esse mesmo decreto, Almeida Garrett ficou encarregue de criar a Inspecção-Geral dos Teatros e Espectáculos Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramática, instituir prémios de dramaturgia, regular direitos autorais e edificar um Teatro Nacional «em que decentemente se pudessem representar os dramas nacionais».
O ambiente Romântico que se vivia nessa altura em toda a Europa determinou a urgência em encontrar um modelo e um repertório nacionais.
A escolha de um arquitecto italiano, Fortunato Lodi, para projectar e executar o Teatro Nacional, não foi isenta de críticas e, só em 1842, Almeida Garrett conseguiu dar início às obras.
Durante um largo período de tempo, o Teatro Nacional foi gerido por sociedades de artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão. A companhia Rosas e Brasão esteve neste espaço entre 1881 e 1898. A gestão mais duradoura foi a de Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro, que permaneceu no teatro de 1929 a 1964.
Em Dezembro de 1964, o Teatro Nacional foi “palco” de um brutal incêndio que apenas poupou as paredes exteriores. O edifício que hoje conhecemos e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e, só em 1978, reabriu as suas portas.
Neste teatro, têm brilhado muitas estrelas e muitos talentos se revelaram. Entre muitos outros, cite-se:  Amélia Rey Colaço, Eunice Muñoz, Lurdes Norberto, Carmen Dolores, Ruy de Carvalho, Laura Soveral, Mariana Rey Monteiro, Catarina Avelar, João Perry, Fernanda Borsatti, Jacinto Ramos, Beatriz Batarda, Fernanda Lapa, Lia Gama, Glória de Matos, João Grosso e João Lagarto. Em 2012, o teatro foi reclassificado como monumento nacional.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

PERCY SLEDGE - "When A Man Loves A Woman"


12 DE ABRIL - INCA GARCILASO DE LA VEGA


EFEMÉRIDE - Inca Garcilaso de la Vega, de seu verdadeiro nome Gómez Suárez de Figueroa, conhecido também como El Inca, cronista e escritor peruano, nasceu em Cuzco no dia 12 de Abril de 1539. Morreu em Córdova, em 23 de Abril de 1616. Tinha ascendência espanhola e inca, sendo considerado o “príncipe dos escritores do Novo Mundo”.
Residiu em Cuzco, antiga capital do Império Inca, até 1560, ano da morte do seu pai. Deixou então definitivamente o Peru, para se instalar em Espanha.
Pertenceu à época dos cronistas pós-toledanos, durante o período colonial da história do Peru. O pai era um conquistador estremenho, Sebastián Garcilaso de la Vega, e a mãe, uma princesa inca, Isabel Chimpu Ocllo.
Era tido como o peruano mais insigne da colónia, tendo sabido expressar a sua exaltada nacionalidade na sua obra-prima “Comentários Reais dos Incas”, a qual chegou a ser vetada, nos vice-reinos do Peru e Buenos Aires, pela coroa espanhola, por ser considerada judiciosa e perigosa para os seus interesses.
Seguindo as correntes humanistas em voga na época, Garcilaso iniciou um ambicioso e original projecto historiográfico centrado no passado americano e em especial no do Peru. Considerado como o pai das letras do continente americano, em 1605 deu a conhecer em Lisboa a sua “História da conquista da Flórida”.  
A primeira parte do título mais célebre de Inca Garcilaso (“Comentarios reales) apareceu em 1609, também em Lisboa. Escrito a partir das suas próprias recordações de infância e juventude, de contactos epistolares e visitas a personagens destacados do Vice-reino do Peru, o relato constitui, apesar dos problemas das suas fontes orais e escritas e das incongruências de muitas datas, uma das tentativas mais conseguidas, tanto conceptual como estilisticamente, de salvaguardar a memória das tradições da civilização andina. Por esta razão, é tomado como o ponto de partida da literatura latino-americana. A segunda parte foi publicada, em Córdova, no crepúsculo da sua vida.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

11 DE ABRIL - D. JOÃO I DE PORTUGAL


EFEMÉRIDE - D. João I, rei de Portugal e dos Algarves de 1385 até à sua morte, nasceu em Lisboa no dia 11 de Abril de 1357. Morreu na mesma cidade em 14 de Agosto de 1433. Conhecido como o Mestre de Avis e apelidado de “O de Boa Memória”, foi o primeiro monarca português da Casa de Avis. Filho ilegítimo do rei D. Pedro I e de uma dama galega chamada Teresa Lourenço, foi escolhido e aclamado como rei durante a Crise de 1383/1385.
Com o apoio do Condestável do reino, Nuno Álvares Pereira, e dos aliados ingleses, travou a Batalha de Aljubarrota contra o reino de Castela, que invadira o país. A vitória foi decisiva: Castela retirou-se, acabando - anos mais tarde - por o reconhecer oficialmente como rei. Para selar o Tratado de Aliança Luso-Britânica, ainda hoje vigente, D. João I casou com Filipa de Lencastre (1387), dedicando-se desde então ao desenvolvimento do reino.
Terminada a guerra com Castela, em 1411, foi assinado um tratado de aliança e de paz com aquele reino, reconhecendo sem quaisquer reservas D. João I como 10º rei de Portugal. O tratado de paz foi reconfirmado em 1431.
Em 1415, conquistou Ceuta, praça estratégica para a navegação no norte de África, o que iniciaria a expansão portuguesa. Aí foram armados cavaleiros os seus filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, apelidados por Camões de “ínclita geração”.
Cronistas seus contemporâneos descrevem D. João I como um homem arguto, cioso em conservar o poder, mas ao mesmo tempo benevolente e de personalidade agradável. Na juventude, a educação que recebeu como Grão-Mestre da Ordem de Avis transformou-o num rei invulgarmente culto para a época.
No reinado de D. João I foram descobertas as ilhas de Porto Santo (1418), da Madeira (1419) e dos Açores (1427), além de se fazerem expedições às Canárias. Teve início, igualmente, o povoamento dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
D. João I faleceu em 1433. Jaz na Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, mandado construir por ele, em co0memoração da vitória em Aljubarrota. Foi cognominado “O de Boa Memória”, pela lembrança positiva do seu reinado na memória dos portugueses.

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