terça-feira, 31 de agosto de 2010

EFEMÉRIDERichard Tiffany Gere, actor e produtor norte-americano, nasceu em Filadélfia no dia 31 de Agosto de 1949.
Estudou Filosofia e Arte Dramática na Universidade de Massachusetts e apresentou-se em bandas de rock, antes de dar início a uma carreira teatral na Broadway. Esteve dois anos em Londres.
De volta a Nova Iorque, fez papéis dramáticos e estreou-se no cinema com “Report to the Commissioner” (1975). Nos seus três primeiros filmes de grande destaque - “Cinzas no Paraíso” (1978), “Gigolô Americano” (1980) e “A Força do Destino” (1982) - interpretou personagens inicialmente destinados a John Travolta que os tinha recusado.
Durante os anos 1980 não foi muito feliz na escolha dos filmes em que entrou. Foi apenas com “Justiça Cega” e “Uma Linda Mulher”, ambos de 1990, que recuperou o seu prestígio.
Trabalhou depois com o realizador japonês Akira Kurosawa (“Rapsódia em Agosto”, 1991) e contracenou com estrelas como Kim Basinger, Uma Thurman, Jodie Foster e Sharon Stone.
Converteu-se ao budismo tibetano, tornando-se também vegetariano e tem estado envolvido em causas ligadas à paz, aos direitos do homem e aos direitos dos animais em todo o mundo.
Em 1999, aos 50 anos, Richard Gere foi eleito “Homem vivo mais sexy” pela revista “People”.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

EFEMÉRIDECharles Bronson, de seu verdadeiro nome Charles Dennis Buchinsky, actor norte-americano, faleceu em Los Angeles no dia 30 de Agosto de 2003. Nascera em Ehrenfeld, em 3 de Novembro de 1921.
Foi casado três vezes (todos longos casamentos) e, no fim da vida, sofreu da doença de Alzheimer, morrendo de pneumonia aos 81 anos.
Filho de um mineiro lituano, cresceu na Pensilvânia sem falar uma palavra de inglês. Apesar de ter completado o segundo grau dos estudos, esperava-se que ele se juntasse ao pai e aos irmãos no trabalho em minas de carvão. Porém, foi no cinema que ele se notabilizou e, apesar da longa carreira, que teve início nos anos 1950, somente ganhou popularidade na década de 1970. Nessa fase, ficou conhecido como “homem de poucas palavras e muita acção”, pelas características dos seus personagens.
Antes de participar em qualquer filme, Bronson somente pôde conhecer o mundo, além do local onde cresceu, quando serviu no exército americano, durante a Segunda Guerra Mundial.
Bronson veio para a Europa em 1968, onde os actores de filmes de acção estavam a ter melhores oportunidades.
Nos anos 1970, regressou aos Estados Unidos e faria sucesso como o maior astro de filmes de acção. O seu primeiro grande filme, nessa nova fase, foi “Assassino a preço fixo”. O maior “empurrão” na sua carreira foi dado com o clássico “Desejo de matar”, que o consagrou definitivamente e do qual foram feitas mais quatro séries.
Com um físico impressionante e uma cara de duro, Charles Bronson interpretou muitos personagens viris que se tornaram lendários.
Conviveu com grandes actores do seu tempo, como Steve McQueen, Gary Cooper, Yul Brynner, Lee Marvin, Henry Fonda, Anthony Quinn e Lino Ventura. Trabalhou com grandes cineastas como Vincente Minnelli, Terence Young e Sydney Pollack, entre outros. Fez igualmente mais de 150 filmes para televisão, entre 1952 e 1998.

domingo, 29 de agosto de 2010

EFEMÉRIDECharles Christopher Parker, Jr., saxofonista de jazz e compositor norte-americano, nasceu em Kansas City no dia 29 de Agosto de 1920. Faleceu em Nova Iorque, em 12 de Março de 1955.
Começou por cantar no coro da sua escola, apaixonando-se depois pelo jazz, de que Kansas City era a capital, ao mesmo tempo que era também um centro de jogo, de prostituição, de droga e de tráfico do álcool (em tempos de proibição).
Aos 11 anos já tocava saxofone, vindo a integrar a orquestra da sua escola aos catorze.
Parker é considerado um dos melhores músicos de jazz de sempre. O seu talento é comparado com os lendários Louis Armstrong e Duke Ellington. A sua reputação como um dos melhores saxofonistas é tal, que alguns críticos dizem que ele é insuperável.
A sua forma inovadora para a melodia, o ritmo e a harmonia exerceram uma incalculável influência no jazz. Varias canções de Parker tornaram-se standards do repertório do jazz e inúmeros músicos têm estudado a música de Parker e absorvido elementos do seu estilo.
Parker tornou-se um ícone e foi uma “figura chave” no desenvolvimento conceptivo do jazz, como artista descomprometido e intelectual. Por várias vezes, fundiu o jazz com outros estilos musicais, do clássico à música latina, abrindo um caminho que foi seguido por outros bastante mais tarde.
Com absoluto domínio técnico do instrumento, Parker era um virtuoso, que conseguia combinar a mais complexa organização harmónica, rítmica e melódica com uma clareza muito rara de encontrar em instrumentistas anteriores ou posteriores a ele.
No pós-guerra, ao lado do trompetista Dizzy Gillespie, Parker tornou-se um dos fundadores do “be-bop”, o novo estilo sofisticado com o qual o jazz se tornaria definitivamente uma música “para ouvir”, substituindo a música “para dançar” que havia sido a marca das bandas dos anos 1940.
Consumido pelo álcool e pelas drogas, teve uma existência breve e trágica, que motivou criadores como o escritor argentino Julio Cortázar (que se inspirou nele para delinear o personagem central do conto “O Perseguidor”) e o cineasta Clint Eastwood (que recebeu o seu primeiro Globo de Ouro com o filme “Bird”, nome pelo qual Parker era também conhecido).
Tentou duas vezes o suicídio e esteve internado num hospital psiquiátrico durante seis meses, antes de chegar a um fim prematuro aos 34 anos de idade. Os estragos causados no seu organismo pela vida desregrada que levara eram tão grandes, que o médico legista que observou o seu corpo lhe atribuiu uma idade compreendida entre os 50 e os 60 anos.

sábado, 28 de agosto de 2010

EFEMÉRIDEBoris Pahor, escritor esloveno, nasceu em Trieste, pertencente então ao Império Austro-Húngaro, no dia 28 de Agosto de 1913.
Em 1920, assistiu ao incêndio da Casa da Cultura Eslovena pelos fascistas italianos. Quando os nazis tomaram o controlo da região em 1944, juntou-se ao Exército de Libertação Jugoslavo. Preso, foi deportado para a Alsácia (Natzweiler-Struthof) e depois para a Alemanha (Dachau e Bergen-Belsen).
A maior parte dos seus romances tem a sua origem nestes acontecimentos. Boris Pahor é hoje considerado um dos escritores eslovenos mais importantes da sua época.
Tem obras traduzidas, sobretudo em língua francesa, como “Nekropola" (Le Pèlerin parmi les ombres), onde narra a sua experiência nos campos de extermínio, e “Printemps difficile”.
Foi candidato ao Parlamento Europeu em 2009.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

EFEMÉRIDECesária Évora, cantora com maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana, nasceu no Mindelo em 27 de Agosto de 1941. O género musical com o qual é maioritariamente relacionada é a “morna”, apesar de ter também sucessos noutros géneros musicais.
O pai tocava cavaquinho, violão e violino e a mãe trabalhava em cozinhas de brancos ricos, que adoravam sobremaneira a comida que ela fazia. A mãe foi a sua confidente durante toda a vida. O pai faleceu quando ela tinha sete anos.
Em jovem foi viver com uma avó, que tinha sido educada por freiras, e assim passou por uma experiência que a ensinou a desprezar todas as morais mais severas.
Cesária começou muito cedo a cantar e actuava aos domingos na praça principal da sua cidade, acompanhada por um irmão que tocava saxofone.
Aos 16 anos conheceu um marinheiro, que lhe ensinou os tradicionais estilos de música cabo-verdiana, como a morna e a coladera. As mornas são canções ligadas à tristeza, à mágoa e aos desejos impossíveis de serem realizados. Évora começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou estímulo para desenvolver as suas habilidades e já era considerada pelos fãs como a “Rainha da Morna”. Tornava-se famosa em Cabo Verde mas, internacionalmente, ainda era pouco conhecida.
Aos vinte anos foi convidada para trabalhar como cantora para a “Congelo”, uma companhia de pesca criada por capital local e português, e ficou emocionada ao poder fazer parte do que ela considerava uma notável empresa. O salário provinha das suas actuações, que tinham lugar basicamente durante jantares.
Em 1975 Cabo Verde tornou-se independente, mas o seu líder histórico, Amílcar Cabral, não pôde testemunhar esse momento, porque fora assassinado dois anos antes. Frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas às dificuldades económicas e políticas de Cabo Verde, desistiu de cantar para melhor poder sustentar a família. Évora ficou sem cantar durante dez anos. Durante esse tempo lutou contra o alcoolismo.
Cesária Évora retomou as suas apresentações após ter sido encorajada por Bana (líder de banda e empresário cabo-verdiano que vivia em Portugal). Ele fez-lhe convites para realizar shows em Portugal, os quais ela aceitou e fê-lo com o patrocínio de uma organização local de mulheres.
Em Cabo Verde um francês persuadiu-a para ir a Paris e, ali, Cesária gravou um álbum em 1988 “La diva aux pieds nus” (A diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Ao contrário do que é divulgado, ela canta descalça simplesmente por gostar, por se sentir assim mais segura, e não em solidariedade para com os “sem-abrigo” e as mulheres e crianças pobres do seu país. Esse álbum foi aclamado pela crítica e proporcionou-lhe a gravação de “Miss Perfumado” em 1992. Tornara-se assim uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2003 conquistou um Grammy Award. Em 2009 o presidente francês Nicolas Sarkozy distinguiu-a com a medalha da Legião de Honra Francesa. Nesse mesmo ano, apresentou-se com muito êxito em Telavive.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

EFEMÉRIDECharles Boyer, actor e cantor francês, naturalizado norte-americano, morreu em Phoenix, Arizona, no dia 26 de Agosto de 1978. Nascera em Figeac, em 28 de Agosto de 1897.
Depois de ter frequentado o Conservatório, fez teatro e muito cinema. Entre a sua estreia em 1920, no filme “L'Homme du Large”, e “A Matter of Time”, realizado em 1976 e seu último trabalho, participou em mais de oitenta filmes.
As grandes actrizes da sua época contracenaram com ele: Bette Davis, Greta Garbo, Marlène Dietrich, Danielle Darrieux, Olivia de Havilland e Ingrid Bergman.
Foi nomeado quatro vezes para os Oscars, sendo um dos actores com mais actividade nos anos 1940, 50 e 60.
Suicidou-se com barbitúricos em 1978, dois dias antes de completar 81 anos e dois dias depois do falecimento de sua esposa, a actriz Pat Paterson, em consequência de um cancro.
Em 1948 tinha sido feito cavaleiro da Legião de Honra Francesa.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

EFEMÉRIDEClaudia Schiffer, actriz e modelo alemã, nasceu em Rheinberg, Nordrhein-Westfalen, no dia 25 de Agosto de 1970.
Surgiu na década de 1980 juntamente com outras notáveis top models, como Linda Evangelista, Cindy Crawford e Naomi Campbell.
Durante os anos 1990 foi provavelmente o manequim mais popular no Ocidente. Com 1,79 de altura, tem olhos verdes e cabelos loiros.
Pensava tornar-se advogada e trabalhar no escritório jurídico do pai, quando foi descoberta numa discoteca de Dusseldorf por Michel Levaton, o proprietário e presidente da agência de modelos “Metropolitan Models”.
Tornou-se uma revelação no mundo da Moda, iniciando uma carreira internacional e sendo considerada uma das mais belas mulheres do mundo.
Ícone mundial, fez a capa de mais de 500 revistas o que a fez entrar no Guinness Book. Desfilou para os maiores costureiros do mundo: Gianni Versace, Ralph Lauren, Yves Saint-Laurent, etc. Foi inspiradora de Karl Lagerfeld da Chanel e cabeça de cartaz da L'Oréal e Citroën.
Relacionou-se durante algum tempo com o príncipe Alberto II do Mónaco e com o mágico David Copperfield.
Em Maio de 2002 casou-se com o produtor de cinema inglês Matthew Vaughn, em Coldham Hall no nordeste de Londres, onde passou a residir oficialmente. Foi mãe em Janeiro de 2003 e Novembro de 2004. Habita igualmente em Nova Iorque, Paris, Mónaco e Maiorca. Começou entretanto uma auspiciosa carreira no cinema.
Como modelo, arrecadou uma fortuna calculada em 120 milhões de dólares. É embaixatriz da UNICEF.
Em Janeiro de 2010, anunciou que estava grávida pela terceira vez. Em Maio, nascia com efeito uma menina.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

EFEMÉRIDEJosé Bosingwa da Silva, futebolista português actualmente a jogar no Chelsea, nasceu em Mbandaka (R.D. do Congo) no dia 24 de Agosto de 1982.
Ainda com tenra idade, mudou-se para Seia, no distrito da Guarda. Começou a jogar futebol no Fornos de Algodres. Como juvenil, rumou ao Boavista, onde ficaria até Dezembro de 2000, sendo depois emprestado ao Freamunde.
Jaime Pacheco, treinador do Boavista naquela época, satisfeito com a evolução de Bosingwa, ordenou o seu regresso, multiplicando-se em experiências posicionais com o jogador.
Bosingwa, com a camisola das quinas, chegou a ser utilizado como falso líbero ou como lateral direito. Procurou fixar-se como médio defensivo, mas passou grande parte do seu tempo no Boavista como extremo. Duas épocas depois, no arranque da temporada 2003/2004, José Mourinho acenou-lhe com um convite do FC Porto.
Bosingwa, em poucos jogos, afirmou-se como alternativa válida e despertou a cobiça do seu país de nascença. Em Abril de 2004, a Selecção Nacional do Congo procurou cativar o jogador, nessa altura internacional sub-21 por Portugal. Ele recusou, optando pelas cores lusas e garantindo a sua presença nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.
A época 2004-2005 foi infeliz para Bosingwa. Na madrugada de uma segunda-feira, um jipe BMW por si conduzido despistou-se em plena estrada, na zona de Valongo, e a um dos ocupantes da viatura teve mesmo de ser amputado um pé. Bosingwa terminaria assim da pior forma a temporada, mas tudo seria diferente na época seguinte, individual e colectivamente. Convertido a lateral, a título praticamente definitivo, reforçou a sua influência e conseguiu, inclusive, assumir-se como indiscutível na defesa a três.
O FC Porto possibilitou-lhe a conquista de vários títulos: três Ligas Portuguesas (2004, 2006 e 2007), uma Taça de Portugal (2006), uma Liga dos Campeões (2004), uma Taça Intercontinental (2004) e duas Super Taças de Portugal (2004 e 2006).
Em Maio de 2008 Bosingwa mudou-se para o Chelsea por 20,5 milhões de euros, ganhando a Taça e a Super Taça de Inglaterra em 2009.
Já jogou 23 vezes na Selecção Portuguesa. Em Outubro de 2009 lesionou-se gravemente no joelho esquerdo e esteve ausente dos relvados até Fevereiro de 2010. Em Março o Chelsea anunciou, no seu site oficial, que Bosingwa deveria ser novamente operado ao mesmo joelho. Falhou assim o fim da temporada no Chelsea e igualmente os Mundiais de 2010 por Portugal.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

EFEMÉRIDEPaulo Menotti Del Picchia, poeta, jornalista, advogado, político, romancista, cronista e ensaísta brasileiro, faleceu em São Paulo no dia 23 de Agosto de 1988. Nascera na mesma cidade em 20 de Março de 1892.
Com cinco anos mudou-se para a cidade de Itapira. Estudou em Campinas e diplomou-se em Ciências e Letras em Pouso Alegre. Cursou depois a Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1913 publicou “Poemas do Vício e da Virtude”, o seu primeiro livro de poesias. Foi agricultor e advogado. Fundou o jornal político “O Grito” e escreveu os poemas “Moisés” e “Juca Mulato”. Colaborou em vários jornais, entre os quais: Correio Paulistano, Jornal do Comércio e Diário da Noite. Em 1924 foi um dos criadores do “Movimento Verdamarelo”, de tendência nacionalista. Publicou vários romances, entre eles “Flama e Argila”, “O Homem e a Morte”, “República 3000” e “Salomé”, além de vários livros de ensaios e de crónicas.
Foi membro de Partido Republicano Paulista durante a República Velha, participando na Revolução de 1932 como ajudante do governador Pedro de Toledo. Escreveu um livro sobre esta revolução, chamado “A Revolução Paulista”. Exerceu inúmeros cargos públicos.
Foi director de “A Noite e A Cigarra”, entre 1920 e 1940, e de diversos outros jornais e revistas. Foi um dos mais combativos militantes da Estética Modernista.
Em 1943 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, sendo também Presidente da Associação dos Escritores Brasileiros (Secção de São Paulo). Foi agraciado com o título de “Intelectual do Ano” em 1968 e aclamado “Príncipe dos Poetas Brasileiros” em 1982.
Em 1960 recebeu o Prémio Jabuti de Poesia, concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Em sua homenagem, foram fundados na cidade de Itapira o Parque Juca Mulato e a Casa Menotti Del Picchia (1983), onde podem ser vistos objectos e livros que pertenceram ao autor.
República 3.000” é uma das mais importantes obras de Menotti Del Picchia, editada também em Itália e em França, na qual é descrita uma visão futurista da técnica e da cibernética, antecipando descobertas e propondo problemas, numa história que absorve o leitor, do começo até ao fim.

domingo, 22 de agosto de 2010

EFEMÉRIDEDorothy Rothschild Parker, poetisa, guionista, dramaturga e crítica norte-americana, nasceu em Long Branch, Nova Jersey, em 22 de Agosto de 1893. Faleceu em Nova Iorque no dia 7 de Junho de 1967.
Ficou conhecida pelo seu humor cáustico, as suas palavras espirituosas e o olhar agudo com que fixou a sociedade urbana do século XX.
Os seus amigos viam-na simultaneamente como fonte de divertimento e de tragédia. Tentou suicidar-se pelo menos três vezes.
Escreveu guiões para vários filmes rodados em Hollywood por realizadores célebres como Alfred Hitchcock, Otto Preminger e Oscar Wilde.
Nos anos 1950 foi uma das vítimas do “maccarthismo” e inscrita na lista negra do cinema.
Morreu num quarto de hotel, tendo apenas por companhia o seu cão e uma garrafa de álcool. Tinha 73 anos. Legou todos os seus bens ao movimento de Martin Luther King.

sábado, 21 de agosto de 2010

EFEMÉRIDELeon Trotski, intelectual marxista e revolucionário bolchevique, fundador do Exército Vermelho e rival de Estaline na tomada do PCUS após a morte de Lenine, morreu em Coyoacán, no México, em 21 de Agosto de 1940. Nascera em Ianovka no dia 7 de Novembro de 1879.
Nos primeiros tempos da União Soviética, desempenhou um papel político importante, primeiro como Comissário do Povo (Ministro) para os Negócios Estrangeiros e, posteriormente, como criador e comandante do Exército Vermelho e fundador e membro do Politburo do Partido Comunista da União Soviética.
Afastado do controlo do partido, Trotski foi expulso do PCUS e exilado da União Soviética, refugiando-se no México, onde veio a ser assassinado por Ramón Mercader, um agente de Estaline. As suas ideias políticas, expostas em várias obras, deram origem ao trotskismo, corrente ainda hoje importante no marxismo.
Participou desde jovem na oposição clandestina ao regime autocrático dos czares, organizando em 1897 a Liga Operária do Sul da Rússia, motivo da sua primeira prisão em 1898, tendo sido condenado a dois anos de detenção.
Em 1900 foi condenado a quatro anos de exílio na Sibéria. Aprofundou os seus estudos marxistas, iniciados na prisão e começou a escrever artigos de crítica literária e cultural para a imprensa local.
Em 1902 conseguiu fugir da Sibéria rumo a Londres, onde se aproximou da figura que já então despontava na oposição no exílio: Vladimir Lenine.
Por volta de 1903, Trotski entrou em contacto com o socialista alemão, Alexander Helphand, o qual havia elaborado o primeiro esboço do que viria a ser a Teoria da Revolução Permanente: a ideia de que a futura revolução russa não seria como pensavam os mencheviques – dirigida pela burguesia liberal, buscando construir um Estado capitalista - nem como pensavam os bolcheviques – dirigida pela classe operária ou pelo campesinato mas cumprindo as mesmas tarefas democráticas e construindo um Estado capitalista à revelia da burguesia. Trotski propunha, alternativamente, que as tarefas democráticas, de carácter burguês, só poderiam ser cumpridas na Rússia sob a direcção da classe operária, mas que esta, no processo de implantação das reformas burguesas, necessariamente tenderia para o socialismo.
Dois anos depois de romper com Lenine, regressou à Rússia para participar na revolução de 1905, chegando a presidente do primeiro conselho revolucionário, o soviete de São Petersburgo. Fracassada a revolução, o seu envolvimento numa greve geral em Outubro e o apoio à rebelião armada que dela decorreu levaram à condenação a exílio perpétuo, novamente na Sibéria. Em Janeiro de 1907 conseguiu de novo escapar e regressar a Londres. Em Outubro desse ano mudou-se para Viena, onde, um ano mais tarde, fundou um periódico social-democrata bissemanal em língua russa, o “Pravda” (A verdade), dirigido aos trabalhadores russos. Distribuído clandestinamente, este jornal foi uma das publicações revolucionárias mais populares da época.
Esteve seguidamente na Sérvia, Bulgária e Roménia como correspondente do jornal liberal ucraniano “Pensamento de Kiev”. Mais tarde, em 1914, perante a ameaça de ser detido como cidadão de um país inimigo, aquando da eclosão da I Guerra Mundial, mudou-se da Áustria para a Suíça e posteriormente para França. Por instigação do embaixador russo em Paris, acabou por ser deportado para Irún, em Espanha, onde foi detido pela polícia e forçado a embarcar para os EUA. Fixou-se em Nova Iorque, onde colaborou no jornal “Novy Mir” [Mundo Novo]. Entretanto, com o derrube do Czar Nicolau II, iniciou-se a Revolução Russa de 1917, o que o levou regressar ao seu país.
No decurso da revolução, Trotski deixou de acreditar na unificação de todas as facções da oposição, abandonou a sua trajectória anterior de socialista independente e juntou-se ao partido bolchevique de Lenine. Destacando-se pelo seu talento como organizador e agitador, foi eleito presidente do soviete de Petrogrado, participando activamente na luta para derrubar o Governo Provisório de Alexander Kerenski e liderando o Comité Militar Revolucionário que planeou e concretizou o assalto ao Palácio de Inverno, que consumou a Revolução de Outubro.
Desde 1920 que Lenine receava cada vez mais a burocratização do Partido e do Estado. A sua morte, em 1924, gerou um vazio de poder que acirrou a disputa interna entre o sector burocratizado e o sector que defendia uma maior sovietização do regime. Trotski acabou por perder o poder para uma “Troika”, constituída por Estaline, Kamenev e Zinoviev. Posteriormente Estaline dissolveria este triunvirato com purgas aos seus próprios camaradas, concentrando em si todo o poder.
Importantes discordâncias afastaram irremediavelmente Trotski de Estaline, o que culminou com a sua exclusão do partido em 1927, o exílio em Alma Ata e finalmente a sua expulsão da União Soviética em 1929. Passou pela Turquia, França e Noruega, fixando-se depois no México, a convite do pintor Diego Rivera, vivendo temporariamente em casa deste e mais tarde em casa da esposa de Rivera, a pintora Frida Kahlo.
No dia 20 de Agosto de 1940, Ramón Mercader, agente de Estaline, conseguiu sob disfarce entrar pacificamente na sua sala para um encontro e, aproveitando um momento de distracção, aplicou com uma picareta um golpe fatal no seu crânio. Ao ouvir o ruído, os guarda-costas de Trotski precipitaram-se para a sala e quase mataram Mercader, mas Trotski deteve-os, exclamando «Não o matem! Esse homem tem uma história para contar!». Trotski faleceu no dia seguinte.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

EFEMÉRIDE Salvatore Quasimodo, poeta italiano, nasceu em Módica, na Sicília, em 20 de Agosto de 1901. Faleceu em Nápoles no dia 14 de Junho de 1968.
A família transferiu-se em 1908 para Messina, no dia seguinte a um grande terramoto que lhe causou uma permanente impressão. Concluiu os estudos secundários em Messina e, já na década de 1920, foi para Roma estudar grego e latim, dedicando-se aos clássicos que mais tarde viriam a ser a sua maior inspiração.
Em 1926 fixou-se em Reggio Calabria, por razões profissionais. A partir de 1931 foi funcionário do departamento de obras de vários municípios italianos. Chegado a Milão em 1934, viu-se num ambiente cultural extremamente rico, estabelecendo relações de amizade com vários pintores e escritores. Dois anos mais tarde, abandonou a sua profissão para se dedicar integralmente à literatura e à poesia.
Foi tradutor de obras clássicas e contemporâneas, desde Shakespeare a Neruda, passando por vários líricos gregos.
O seu poema “Tu chiami una vita” foi musicado para servir de banda sonora ao filme “Washington Square” de Agnieszka Holland.
Quasimodo é, juntamente com Giuseppe Ungaretti e Eugenio Montale, um dos três maiores poetas italianos do século XX e uma das grandes figuras do hermetismo contemporâneo, hermetismo natural que emergiu dos grandes mitos ancestrais da sua Sicília natal. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1959.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

EFEMÉRIDEMarco Materazzi, futebolista italiano que joga actualmente no Inter, nasceu em Lecce no dia 19 de Agosto de 1973. Tornou-se especialmente famoso pelo episódio em que teria insultado a irmã do jogador francês Zidane, na final dos Mundiais de 2006, recebendo como resposta uma cabeçada no peito. A Itália sagrou-se Campeã Mundial.
É conhecido pelo seu jogo duro e às vezes agressivo, sempre chegando à bola com muita garra e determinação. Começou a sua carreira nas divisões inferiores do Campeonato Italiano, jogando pelo Tor di Quinto (1991-92), pelo Marsala (1993-94) e pelo Trapani (1994-95). O Perugia contratou-o em 1995.
Na temporada 1998/1999, Materazzi transferiu-se para o Everton de Inglaterra, mas acabou por voltar ao Perugia na temporada seguinte. Foi contratado depois pelo Internazionale de Milão por 10 milhões de euros. Com o Inter, ganhou a Taça de Itália por três vezes e a Super Taça por quatro. Foi capitão da equipa por diversas vezes.
Foi penta Campeão de Itália de 2005/2006 a 2009/2010. O seu maior feito, a nível de clubes, foi ter vencido a Liga dos Campeões 2009/2010 sob o comando de José Mourinho. Este fez entrar Materazzi em campo, quando faltavam apenas alguns minutos para o final da partida, dando ao jogador o reconhecimento e o prazer de jogar uma final da Champions. No final do encontro, e quando só se falava na ida do técnico José Mourinho para o Real Madrid, as objectivas captaram uma despedida muito emocionada entre Materazzi e Mourinho que se abraçaram a chorar.
Estreou-se na Selecção Italiana de Futebol em 2001. Desde então, competiu em quatro torneios: Mundiais de 2002, Europeus de 2004, Mundiais de 2006 e Europeus de 2008, tendo sido internacional 41 vezes.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

EFEMÉRIDE – (Rajmund) Roman (Liebling) Polański, actor, guionista, realizador e produtor de teatro, ópera e cinema franco-polaco, nasceu em Paris no dia 18 de Agosto de 1933.
Estudou na Escola Nacional de Cinema de Łódź (1959), tendo iniciado a sua carreira na Polónia. Tornou-se depois célebre e o seu filme “O Pianista” (2002) foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, com 7 Césars e 3 Oscars.
Quando saiu da Polónia, foi viver em França durante alguns anos, antes de se mudar para Inglaterra. Em 1968 fixou-se nos EUA, fazendo alguns filmes importantes em Hollywood, entre eles “Chinatown” com onze nomeações para os Oscars.
É considerado um dos melhores realizadores mundiais, também conhecido pelas suas polémicas e por uma vida privada turbulenta e controversa. Em 1969, a sua esposa Sharon Tate, que estava grávida de oito meses, foi assassinada brutalmente por membros da “família Manson”, liderados por um psicopata. Em 1977, Roman foi detido durante 47 dias para exames psiquiátricos em Los Angeles, por ter mantido relações sexuais com uma menor de treze anos. Conseguiu fugir dos Estados Unidos antes do julgamento, aproveitando uma libertação caucionada.
Entre inúmeros prémios e nomeações, Roman Polański recebeu o Urso de Ouro no Festival de Berlim (1965); o Urso de Prata no mesmo festival (1965 e 2010) e os Césars de Melhor Filme e Melhor Realizador (1980). Em 1998 foi eleito membro da Academia de Belas Artes do Instituto de França.
Mais recentemente, esteve sob prisão na Suíça (onde tinha ido para receber um Prémio de Carreira), ao abrigo de um mandato de detenção internacional pendente desde 1978. Esteve eminente a sua extradição para os Estados Unidos. A jovem americana, agora com cerca de 46 anos, já o tinha entretanto perdoado, escrevendo mesmo em 2003 à Academia dos Oscars dizendo que «deviam julgar a obra e não o homem». Em 2008 assistiu igualmente a um documentário sobre Polański, tendo reiterado o seu desejo de encerrar o assunto. A justiça helvética decidiu finalmente pela sua libertação.

Cada um é para o que nasce...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

MAR DO SUL, MAR TROVADOR

1

Mar do Sul, Mar Trovador
Banhando terra sagrada,
Dalém trazes o amor
Duma moira encantada.

2

Ligas gentes diferentes,
Trazes e levas amor,
Tu beijas dois continentes,
Mar do Sul, Mar Trovador!
*


Gabriel de Sousa



* Menção Honrosa nos 40ºs Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo - 2010 (Fuseta)

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Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...