sábado, 30 de novembro de 2019

30 DE NOVEMBRO - EARL BELLAMY


EFEMÉRIDE - Earl Bellamy, realizador norte-americano, morreu em Albuquerque, Novo México, no dia 30 de Novembro de 2003. Nascera em Minneapolis, Minnesota, em 11 de Março de 1917. Trabalhou principalmente na TV, onde realizou mais de 1 600 episódios de uma grande variedade de séries. Trabalhou pouco no cinema, quase sempre em modestos faroestes
Filho de um engenheiro ferroviário, Bellamy graduou-se no City College, de Los Angeles, em 1935. Nesse mesmo ano, empregou-se como mensageiro na Columbia Pictures
Em 1939, já era realizador-assistente. A partir de meados da década de 1950, passou a realizar os seus próprios filmes, geralmente produções baratas, para completar programas nas salas exibidoras.
A sua carreira, entretanto, foi construída principalmente na televisão, em séries como “Jungle Jim”, “The Lone Ranger”, “The Adventures of Rin Tin Tin”, “The Virginian”, “Get Smart” e “Starsky and Hutch”. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, alistou-se na Marinha como fotógrafo. Casou-se com Gail Bellamy, em 1977, e com ela teve três filhos. A união durou até à sua morte, em 2003, com 86 anos, na decorrência de um infarto do miocárdio.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

29 DE NOVEMBRO - DENNY DOHERTY


EFEMÉRIDE - Dennis “Denny” Gerrard Stephen Doherty, cantor, compositor e actor canadiano, um dos fundadores e vocalista da famosa banda dos anos 1960, The Mamas & The Papas, nasceu em Halifax no dia 29 de Novembro de 194o. Morreu em Mississauga, em 19 de Janeiro de 2007. 
Em 1960, aos dezanove anos, foi um dos fundadores do grupo de música folk, ‘The Colonials’, em Montreal. Quando conseguiram um contrato com a Columbia Records, mudaram o nome para The Halifax Three. alcançando algum êxito com o tema “The Man Who Wouldn’t Sing Along With Mitch”, mas acabaram por se dissolver em 1963. 
Ainda em 1963, estabeleceu amizade com Cass Elliot, quando ela fazia parte da banda The Big Three. Alguns meses depois, partiu para Nova Iorque com o seu acompanhante, Zal Yanovsky. Elliot preocupou-se com eles e convenceu o seu empresário a ajudá-los. Juntaram-se assim aos The Big Three, aumentando o número de elementos da banda para quatro. Em pouco tempo, depois de terem adicionado ainda mais elementos à banda, mudaram o nome para The Mugwumps
No início de 1965, Cass Elliot recebeu um convite para a formação de uma nova banda - The Magic Cyrcle. Seis meses depois, em Setembro de 1965 o grupo assinou um contrato com a Dunhill Records. Mudando o seu nome para The Mamas & the Papas, a banda rapidamente começou a gravação do seu álbum de estreia, “If You Can Believe Your Eyes and Ears”. 
Pouco a pouco, porém, o interesse do público diminuiu. Enquanto tentavam criar um novo álbum, Elliot deixou o grupo, conduzindo ao fim de The Mamas & the Papas. A banda desmembrou-se finalmente no Verão de 1968. 
Elliot e Doherty mantiveram-se amigos. No rescaldo do fim da banda, Elliot fez um espectáculo a solo, com grande sucesso. Ela chegou a pedir que Doherty a desposasse, mas ele recusou. Doherty ficaria destroçado, ao saber do falecimento dela em 1974, aos 32 de idade. Ele e os outros membros da banda compareceram no funeral. 
Em 1982, Doherty fez uma reconstituição de The Mamas & the Papas, com John Phillips, a sua filha Mackenzie Phillips e Elaine Spanky McFarlane, apresentando velhos êxitos e novos temas escritos por John Phillips. Doherty produziu um espectáculo na Broadway, intitulado “Dream a Little Dream”, que consistia na narração da história de The Mamas & the Papas, segundo a sua perspectiva. Foi bem recebido e teve críticas favoráveis. 
Doherty actuou também no cinema, tendo - por exemplo - interpretado o papel de um agente do FBI, num episódio de “Trailer Park Boys”, filmado pouco antes da sua morte. 
Denny Doherty faleceu aos 66 anos, na sua casa em Mississauga, Ontário, vítima de um aneurisma. Foi sepultado no Gate of Heaven Cemetery, em Halifax, cidade onde nascera.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

28 DE NOVEMBRO - LAURA ANTONELLI


EFEMÉRIDE - Laura Antonelli, de seu verdadeiro nome Laurinda García Antonaz, actriz italiana, muito popular nas décadas de 1970 e 1980, nasceu em Pola no dia 28 de Novembro de 1941. Morreu em Ladispoli, em 22 de Junho de 2015. 
Laura era professora de Educação Física em Nápoles, quando foi convidada a fazer anúncios para a Coca-Cola, começando então uma carreira artística.
Casou-se, aos 24 anos, com o antiquário Enrico Piacentini. Fez o primeiro filme em 1965, seguido da sua estreia no cinema norte-americano, numa comédia erótica com Vincent Price, iniciando então diversas participações em filmes italianos do género, como “Malícia”, de 1973, comédia picante com grande sucesso de bilheteira, que a transformou num sex-symbol italiano da época e elevou o seu cachet, por filme, de 4 milhões para 100 milhões de liras. 
No início dos anos 1970, protagonizou alguns filmes franceses dos realizadores Philippe Labro e Claude Chjabrol. Durante estas filmagens, conheceu o actor francês Jean-Paul Belmondo, de quem se tornaria companheira. Separou-se do marido e instalou-se em Paris, na casa onde Jean-Paul vivia com os seus três filhos. A relação durou até 1980. 
Laura começou a fazer filmes mais relevantes a partir do meio da década de 1970, como “O Inocente” de Luchino Visconti e “Esposamante” de Marco Vicario, em 1977. 
Premiada com um David di Donatello, em 1973, e com o Nastro d’Argento, prémio da crítica italiana, em 1974, Laura continuou a filmar na década de 1980, com realizadores como Dino Risi, Luigi Comencini, Ettore Scola, Mauro Bolognini e Luchino Visconti, sendo considerada uma das grandes estrelas italianas daquele tempo, até ver a sua carreira subitamente interrompida, em Maio de 1991.
A polícia encontrou 36 gramas de cocaína durante uma busca em sua casa, motivada por denúncia anónima. Acusada de tráfico de drogas, foi condenada a prisão domiciliária de três anos e seis meses. Com a sua carreira estragada, Laura lutou quase dez anos contra a condenação, sendo finalmente inocentada da acusação de tráfico, transformada em dependência química, em 2000. Recebeu mesmo uma indemnização do Estado
Para agravar o estado mental da actriz, uma operação plástica, a que se submeteu, foi malsucedida e desfigurou-lhe a cara. A outrora bomba sexual tornou-se - desde então - cada vez mais fechada, acabando por ser internada temporariamente na ala psiquiátrica de um asilo sanitário, no final de 1996.
Decidiu afastar-se do mundo, retirando-se na sua casa de Ladispoli. Numa manhã de Junho de 2015, a sua empregada encontrou-a morta, provavelmente vítima de infarto.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

27 DE NOVEMBRO - ROBERTO MANCINI


EFEMÉRIDE - Roberto Mancini, treinador e ex-futebolista italiano, nasceu em   Jesi no dia 27 de Novembro de 1964. Como jogador, era avançado. É actualmente técnico da Selecção Italiana
Na sua carreira profissional, Mancini alinhou pelo Bologna FC (onde começou a jogar aos 16 anos), UC Sampdoria, SC Lazio e CFC Leicester. No Sampdoria, formou uma óptima dupla de ataque com Gianluca Vialli, que levou o clube ao seu único Scudetto em 1991, a quatro Taças de Itália (1985, 1988, 1989 e 1994) e a uma Taça da UEFA, em 1990. No Sampdoria, a dupla Mancini-Vialli ficou conhecida como “os gémeos do golo”: na temporada 1991 da Serie A, Mancini marcou 12 golos, enquanto Vialli meteu 19, numa campanha em que o clube apenas perdeu três jogos.
Com a Lazio, conquistou o seu segundo Scudetto, em 2000, a sua segunda Taça da UEFA em 1999 e, também, mais duas Taças de Itália, em 1998 e 2000. 
Apesar do seu sucesso como jogador, Mancini nunca se tornou titular pela Selecção Italiana. Ele só disputou 36 partidas e marcou 4 golos pelo seu país e o seu principal feito foi participar no Euro 1988 e na Copa do Mundo de 1990
Depois de se aposentar como jogador, Mancini fez um estágio de alguns meses na Lazio, que deixou para jogar pelo Leicester. Depois de encerrar definitivamente a sua carreira de jogador, Mancini foi convidado a treinar a ACF Fiorentina, clube onde esteve durante uma temporada. Na época 2002/03, voltou à Lazio para ser o técnico principal, antes de se transferir para o Internazionale de Milão, em 2004. Ganhou a Taça de Itália com ambos: Fiorentina (2001) e Lazio (2004).  Dirigindo o Inter, conquistou duas Taças da Itália (2005 e 2006), duas Supertaças (2005 e 2006) e três Scudettos (2005/06, 2006/07 e 2007/08), transformando-se, assim, no mais bem-sucedido treinador do Inter nos últimos dez anos. Apesar disso, acabou por ser demitido em 2008, por ter fracassado em todas as vezes que disputou a Liga dos Campeões, e acabou por ser substituído por José Mourinho.
Em Dezembro de 2009, foi anunciado oficialmente como técnico do Manchester City FC, onde esteve até Maio de 2013.
Em Setembro de 2013, Roberto Mancini acertou com o Galatasaray SK por três temporadas. Porém, na primeira temporada, pediu a rescisão do contrato - em Junho de 2014: «Eu comuniquei a decisão de encerrar a minha experiência no Galatasaray e, por decisão consensual com o clube. decidimos findar a relação de trabalho. Como treinador, eu entendo as necessidades do meu clube», afirmou o técnico em comunicado.
Sucedeu a Walter Mazzarri como técnico do Internazionale, em Novembro de 2014. A sua segunda passagem pelo clube durou menos de dois anos. Ele deixou o Inter em Agosto de 2016. 
Em 1 Junho de 2017, assinou contrato com o FC Zenit. Em Maio de 2018, rescindiu o contrato, de comum acordo. Dias depois, assumiu a liderança da Selecção Italiana de Futebol.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

26 DE NOVEMBRO - FORD BEEBE


EFEMÉRIDE - Ford Ingalsbe Beebe, guionista, realizador e produtor norte-americano, nasceu em Grand Rapids, Michigan, no dia 26 de Novembro de 1888. Morreu em Lake Elsinore, na Califórnia, em 26 de Novembro de 1978. Realizou e escreveu mais de 200 filmes, entre 1915 e 1960.
O primeiro guião que escreveu foi para a série “The Girl and the Game”, em 1915, e o primeiro filme que realizou foi a série “The White Horseman”, em 1921. 
A sua especialidade eram os westerns e séries cinematográficos, entre os quais se destacam as de acção, tais como “Buck Rogers” e “Flash Gordon”.
Até 1934, Beebe trabalhou principalmente para produtores independentes e para os Poverty Row, tais como a Mascot Pictures. Depois de uma breve fase na Columbia Pictures, passou a maior parte da sua carreira na Universal Pictures (1936/1945) e na Monogram (1947/1952), onde realizou várias cenas de “Bomba the Jungle Boy”.
Dos 13 filmes que produziu, salientam-se as séries de “The Adventures of Smilin’Jack” (1943) e “Gang Busters” (1942). Actuou uma única vez, num pequeno papel não creditado, em “The Railroad Raiders” (1917). A sua última contribuição para o cinema foi o guião de “King of the Wild Stallions”, em 1959.
A partir dos anos 1960, muitas das suas antigas séries foram reeditadas como filmes para televisão (o último foi lançado em 2011, “The Green Hornet Movie Edition”), utilizando cenas de arquivo. 
Ford Beebe morreu no dia do seu aniversário dos 90 anos, sendo cremado. 
Foi casado com Frances Caroline Willey, desde Dezembro de 1912, com quem teve 5 filhos. Divorciou-se em Agosto de 1929, casando-se com Kitty Winifred Delevanti, em Fevereiro de 1933, com quem teve mais um filho e com quem ficou até ao fim da vida. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

25 DE NOVEMBRO - JOE GANS


EFEMÉRIDE - Joe Gans, pugilista norte-americano, campeão mundial dos pesos-leves entre 1902 e 1908, nasceu em Baltimore no dia 25 de Novembro de 1875. Morreu na mesma cidade em 10 de Agosto de 1910. Foi o primeiro negro, nascido nos Estados Unidos, a conquistar um título mundial. 
Considerado por muitos como o melhor pugilista peso-leve de toda a história do boxe, Joe Gans começou a sua carreira profissional em 1891, tendo acumulado mais de 70 vitórias e apenas 5 derrotas na primeira década da sua vida desportiva. 
Gans desafiou o campeão Frank Erne, na sua primeira tentativa para conquistar o título mundial dos pesos-leves, em 1900. Atingido por uma cabeçada acidental, que ocasionou um grave corte no olho esquerdo, Gans solicitou a interrupção da luta, no 12º round, e Erne manteve o título. 
Dois anos mais tarde, Gans decidiu subir novamente ao ringue, contra o campeão Frank Erne e o título mundial dos pesos-leves acabaria por mudar de mãos, depois de Gans vencer por KO, no primeiro assalto. 
Uma vez campeão mundial dos leves, Gans defendeu pelo menos oito vezes o seu título, até meados de 1904, quando decidiu enfrentar o campeão mundial dos meios-médios, Joe Walcott, num combate em que não houve disputa de títulos mundiais. 
Obtendo um empate contra o grande Joe Walcott, após vinte assaltos de uma luta bem disputada, Gans parecia determinado a buscar o título mundial dos meios-médios. Contudo, um segundo encontro entre Gans e Walcott acabou por não se realizar, uma vez que Walcott se feriu gravemente numa mão, num infeliz acidente, que o obrigou a ficar afastado dos ringues durante mais de um ano.
Dessa maneira, e após esperar um ano inteiro pela recuperação de Walcott, logo no início de 1906, Gans venceu por KO Mike Twin Sullivan, numa luta que foi anunciada como válida para o título mundial dos meios-médios. Poucos dias após esse combate, contudo, Walcott resolveu voltar à actividade, no intuito de prevenir que o seu título começasse a ser posto em causa. 
No entanto, no seu combate de regresso, Walcott não demonstrou estar inteiramente recuperado da sua lesão, apesar de vencer, mediante uma suspeita desqualificação de seu adversário no 3º assalto. Tendo isso em vista, Joe Gans não esperou mais do que dois meses para reeditar o seu duelo com Mike Sullivan, num novo combate anunciado como válido para o título mundial dos meios-médios.
Vitorioso uma segunda vez contra Sullivan, Gans estava a caminho de se tornar o novo campeão mundial dos meios-médios. Todavia, quando - em meados de 1906 - Walcott convincentemente bateu por KO Jack Dougherty, os planos de Gans de usurpar o cinturão de Walcott foram definitivamente encerrados. 
Não obstante a sua fracassada tentativa de se tornar campeão dos meios-médios, entre 1904 e 1907, Gans continuou a defender o seu título mundial dos pesos-leves, em pelo menos mais sete ocasiões, dentre as quais se incluem uma dramática luta contra Jimmy Britt, além de uma épica vitória sobre Battling Nelson, que mais tarde viria a ser o seu “algoz”. 
Tendo contraído tuberculose por volta de 1907 ou 1908, Gans já começava a sentir os efeitos debilitantes da doença, quando teve o seu título mundial tomado por Battling Nelson, em meados de 1908. Dois meses após perder o seu trono, Gans ainda tentou recuperar o título contra Nelson, porém, acabou por ser superado. 
No início de 1909, Gans realizou o derradeiro combate da sua carreira, que acabou por ser abreviada por causa da doença, que lhe viria a tirar a vida, em Agosto de 1910.  O seu corpo encontra-se sepultado no Mount Auburn Cemetery, em Baltimore. 
Em 1990, Joe Gans fez parte da primeira selecção de boxeurs, que entraram para a galeria dos mais distintos pugilistas de todos os tempos, e que hoje estão imortalizados no International Boxing Hall of Fame.

domingo, 24 de novembro de 2019

24 DE NOVEMBRO - HÉCTOR CAMACHO


EFEMÉRIDE - Héctor Camacho Matías, também conhecido como Héctor “Macho”, pugilista porto-riquenho, morreu em San Juan no dia 24 de Novembro de 2012. Nascera em Bayamón, em 24 de Maio de 1962. 
Héctor passou a profissional em 1980. Conquistou quatro títulos de campeão mundial, ao longo da sua carreira: como super-pena WBC em 1983; como ligeiro WVC em 1985; e como médio-ligeiro WBO em 1989 e 1991. 
Era extravagante e extremamente rápido. Um dos seus filhos, Héctor Camacho Junior, é igualmente pugilista.
Faleceu após uma paragem cardiorrespiratória. Baleado na cabeça por desconhecidos, quando se encontrava na sua viatura, já estava em estado de morte cerebral há dois dias.
Héctor Camacho é membro do International Boxing Hall of Fame desde 2016.

sábado, 23 de novembro de 2019

23 DE NOVEMBRO - BORIS KARLOFF


EFEMÉRIDE - Boris Karloff, de seu verdadeiro nome William Henry Pratt, actor britânico, nasceu em Dulwich, Londres, no dia 23 de Novembro de 1887.Morreu em Midhurst (Sussex), em 2 de Fevereiro de 1969. 
O pai trabalhava na administração consular da Índia inglesa. O pequeno William era o mais novo de nove irmãos. Os pais morreram ainda ele era criança, sendo educado pelos irmãos.  
Interpretou o monstro de “Frankenstein” em 1931 e veio a especializar-se em filmes de terror e fantasia. Voltou a fazer o mesmo personagem por duas vezes: em “A Noive de Frankenstein” (1935) e em “O Filho de Frankenstein” (1939)). Também fez o mesmo papel em algumas adaptações teatrais.  
Mostrou o seu talento de actor dramático, sobretudo na peça “Arsénico e Velhas Rendas” de Joseph Kesselring. 
Protagonizou dezenas de personagens em quase 170 filmes (cinema e televisão).  Actor bastante prolífico, não acumulou, porém, grande fortuna, como se poderia imaginar.
O seu último trabalho foi em “Targets” (1968). Casou cinco vezes. Morreu aos 81 anos, vítima de graves problemas respiratórios.
Em Junho de 2019, o “The New York Times Magazine” listou Boris Karloff entre centenas de artistas cujo material teria sido destruído num incêndio nos Universal Studios, em 2008.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

22 DE NOVEMBRO - DIONÍSIO CASTRO


EFEMÉRIDE - Dionísio da Silva Castro, ex-atleta português, especialista de corridas de fundo, nasceu em Fermentões, Guimarães, no dia 22 de Novembro de 1963. É irmão gémeo do também atleta de fundo Domingos Castro. 
Deu os primeiros passos no atletismo, ao serviço do Lameirinho. Em 1984, passou para a equipa da Grundig e, no ano seguinte, ingressou no Sporting CP, onde começou a ser treinado pelo conceituado técnico Mário Moniz Pereira. 
Em 1998, assinou pela equipa brasileira Pão de Açúcar, onde esteve até se retirar, em 2000. 
Participou em duas edições dos Jogos Olímpicos: em Seul 1988, nos 10 000 metros, não conseguiu o acesso à final, e, em Barcelona 1992, na prova da Maratona, desistiu.
Participou três vezes nos Campeonatos do Mundo, sempre na prova de 5 000 metros: em Roma 1987, obteve o 8º lugar; em Tóquio 1991, ficou novamente na 8ª posição; e em Atenas 1997, ficou no 14º lugar. 
Participou em dois Campeonatos da Europa: em Estugarda 1986, na prova de 10 000 metros, onde obteve o 11º lugar; e em Split 1990, na prova de 5 000 metros, obteve o 4º lugar. 
Foi recordista mundial dos 20 000 metros, com a marca de 57m 18s4, obtida em 31 de Março de 1990, em La Flèche (França), marca que ainda é recorde da Europa. Na mesma prova, Dionísio continuou a correr durante mais 943 metros, numa tentativa de bater o recorde mundial de Jos Hermens na corrida de uma hora, mas falhou por um metro. 
Em conjunto com o seu irmão Domingos Castro, é proprietário da Castro Brothers, empresa que organiza eventos desportivos e representa diversos atletas. Em Maio de 2018, apresentou-se como candidato à presidência do Sporting.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

21 DE NOVEMBRO - GOLDIE HAWN


EFEMÉRIDE - Goldie Jeanne Hawn, actriz e produtora de cinema norte-americana, nasceu em Washington no dia 21 de Novembro de 1945. Premiada com um Oscar
Goldie é filha de um músico presbiteriano, descendente de um dos signatários da Declaração de Independência dos Estados Unidos, e de mãe judia, filha de imigrantes húngaros. Apesar de crescer no judaísmo, Goldie ia à igreja com a família e comemorava o Natal. Aos três anos, começou a aprender ballet e sapateado, e - aos quinze - estreou-se nos palcos, como Julieta, numa produção de “Romeu e Julieta” de Shakespeare. 
Em 1964, após deixar a faculdade para se tornar professora de ballet, participou num musical, como dançarina, na Feira Mundial de Nova Iorque e, no ano seguinte, estabeleceu-se como dançarina go-go profissional
Na segunda metade da década de 1960, Hawn estreou-se como actriz em televisão, personificando diversas vezes o estereótipo cómico da ‘loira burra e meiga’, que a tornaria famosa em três comédias românticas de grande sucesso, nos anos seguintes, no cinema: “Liberdade Para as Borboletas”, “Caiu uma Moça na Minha Sopa” e “Flor de Cacto”, com Walter Matthau e Ingrid Bergman nos papéis principais e que lhe garantiu o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante de 1969. 
Nos anos 1970/80, Goldie consagrou-se como actriz e produtora, primeiro com o papel principal no thriller de estreia de Steven Spielberg no cinema, “Asfalto Quente” e, depois, principalmente, em comédias rasgadas ou dramáticas como “Alta Tensão”, “A Recruta Benjamim” e “A Morte Lhe Cai Bem”, esta também produzida por ela e que lhe rendeu uma nomeação para o Oscar de Melhor Actriz de 1980. 
Nos anos 1990, a sua carreira entrou num ritmo mais lento e os sucessos de bilheteira foram menores, o maior deles foi em “O Clube das Divorciadas” com Bette Midler e Diane Keaton, em que ela mostrou também os seus dotes de cantora num álbum com a banda sonora do filme. 
Depois do fiasco, tanto junto do público como da crítica, de “Mistérios do Sexo Oposto”, um filme de 2000, fez “As Manas do Rock” em 2002. 
Fez uma pausa de quinze anos, só voltando aos ecrãs em 2017, com “The Christmas Chronicles”.
Goldie foi casada, entre 1969 e 1976. com Gus Trikonius, de quem se divorciou para casar com Bill Hudson do trio musical Hudson Brothers, e de quem se divorciou igualmente em 1980. Desta relação, tem dois filhos, ambos actores. Desde 1982, tem mantido um relacionamento estável com o também actor Kurt Russell, com quem tem igualmente um filho. Tem seis netos. 
Judia por parte da mãe, Hawn converteu-se ao budismo nos anos 1970 e pratica a religião, tendo criado os seus filhos dentro das filosofias judaica e budista. Não abre mão das suas raízes judaicas e descreve-se como «meio judia e meio budista». 
Em 2003, criou a Fundação Hawn vocacionada para ajudar crianças necessitadas.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

20 DE NOVEMBRO - CLYDE CESSNA


EFEMÉRIDE - Clyde Vernon Cessna, aviador e engenheiro norte-americano, fundador da Cessna Aircraft Company, morreu em Wichita (Kansas) no dia 20 de Novembro de 1954. Nascera em Hawthorne (Iowa), em 5 de Dezembro de 1879.
Quando ele tinha dois anos, a família mudou-se para Rago, no condado de Kingman, no Kansas. Durante a infâncias, tinha o hábito de aprender, por si mesmo, as inovações e as competências em mecânica, a fim de melhorar as máquinas agrícolas e desenvolver novos métodos de trabalho no campo. Tornou-se, depois, um próspero concessionário do ramo automóvel, em Enid (Oklahoma). 
O seu gosto pela aviação nasceu em 1910, quando de um meeting aéreo no Kansas. Foi este evento que o conduziu, nos anos seguintes, a prosseguir a sua carreira na aviação.  Devido ao seu interesse pelos aviões, Clyde deixou Oklahoma e instalou-se em Nova Iorque, onde trabalhou durante um curto período na Queen Aeroplane Company. Foi aqui que aprendeu a construir aviões. 
Em 1911, começou a construção do seu primeiro avião, ao qual deu o nome de Silverwing. Era um monoplano, construído em madeira, que tinha a forma de uma versão americana do francês Blériot XI. O motor era o de um barco, modificado. Ele levou o seu aparelho, não testado, para um campo plano em Great Salt Lake, perto de Enid (Oklahoma). 
A sua primeira tentativa de voo acabou numa queda, que lhe custou 100 dólares em reparações. Cessna tentou voar treze vezes, mas todas elas falharam, de uma maneira ou de outra. 
Finalmente, quando do 13º ensaio, Cessna teve um luar de esperança, quando o avião ressaltou no ar, brevemente, antes de se esmagar sobre as árvores, quando ele tentava fazer uma viragem. Frustrado, exclamou depois do acidente: «Vou fazer voar esta coisa, senão vou queimá-lo e nunca mais terei algo a ver com aviões!». 
Em Junho de 1911, Cessna conseguiu enfim fazer o seu primeiro voo. As mesmas multidões que tinham rido dos seus falhanços, mudaram de tom e começaram a considerá-lo como um «herói audacioso» e a apelidaram-no «o homem-pássaro de Enid». Cessna continuou, nos meses seguintes, a aprender, sozinho, até Dezembro de 1911, em que voou com sucesso durante 8 km, conseguindo aterrar no ponto de onde partira. 
Depois do sucesso do Silverwing, deixou definitivamente a indústria automóvel. Entre 1912 e 1915, desenvolveu vários monoplanos, todos equipados com motor em estrela de 6 cilindros de 30-60 cv. Ao mesmo tempo, fazia demonstrações aéreas, quando havia festas e feiras agrícolas. 
Em 1916, comprou um local para construir um novo avião destinado à temporada de meetings aéreos de 1917. A sua fábrica serviu um segundo objectivo, abrindo igualmente uma escola de pilotagem, onde estavam inscritos cinco alunos. Porém, em Abril de 1917, depois da declaração de guerra dos Estados-Unidos à Alemanha, o mercado dos aviões de meeting foi-se abaixo.  A sua principal fonte de rendimentos desaparecida, Cessna voltou à sua antiga casa, no Kansas, onde retomou o trabalho no quinto familiar. 
Nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial, o interesse do sector privado pela aviação cresceu, o que levou Cessna a associar-se à Walter Beech et Lloyd Stearman e a fundar, em 1925, a   Travel Air Manufacturing Company em Wichita, no Kansas. Presidida por Clyde Cessna, a empresa alcandorou-se rapidamente ao nível dos principais construtores de aviões nos Estados-Unidos. Este sucesso pode ser atribuído aos modelos de aviões coim uma nova concepção, que atingiram notoriedade internacional ao estabelecer vários recordes de velocidade e de distância.   Ao fim de dois anos, no entanto, Cessna, que estava em desacordo com os seus sócios sobre o tipo de aparelho a construir - monoplano ou biplano - deixou a empresa com a intenção de montar o seu próprio negócio.
A Cessna Aircraft Company foi fundada em Setembro de 1927 e Clyde Cessna começou desde logo a trabalhar na concepção e construção de um monoplano eficaz. O ‘AW’ foi acabado no fim de 1927. Este monoplano atingiu a velocidade de 233 km/h e podia voar durante sete horas.  Nos anos seguintes, a empresa entregou numerosos aviões de competição, reconhecidos pela sua segurança, performances e economia. 
Nas vésperas da crise de 1929 e da Grande Depressão, o sucesso do novo modelo levou a empresa a investir demasiado, o que levou à falência e depois ao seu fecho completo em 1931. Três anos mais tarde, Cessna reabriu a sua fábrica de Wichita, que vendeu aos seus sobrinhos em 1936. Cessna regressou às origens, na agricultura. A pedido dos sobrinhos, aceitou ter uma quota na sociedade, mas limitava-se a cerimónias oficiais, sem se interferir na gestão quotidiana. 
Clyde Cessna faleceu em Wichita, aos 74 anos de idade. 

terça-feira, 19 de novembro de 2019

19 DE NOVEMBRO - TOM EVANS


EFEMÉRIDE - Thomas “TomEvans, músico e baixista britânico, morreu em Londres no dia 19 de Novembro de 1983. Nascera em Liverpool, em 5 de Junho de 1947. Foi membro da banda de rock britânica Badfinger
Evans começou a carreira com uma banda de Liverpool chamada Them Calderstones. Nesta banda, fazia a voz principal e tocava guitarra ritmo. Em 1967, Pete Ham convidou-o para se juntar ao grupo The Iveys. A partir desse momento, nasce uma grande amizade e uma grande parceria musical.
Com o seu novo grupo, muda-se para Londres. Evans era um compositor muito bom e ajudou imenso nas harmonias da banda. Em 1968, The Iveys assinaram contrato com a Apple Records, a gravadora dos Beatles, e lançaram a sua primeira canção, “Maybe Tomorrow”, em 1969. Um LP com o mesmo nome foi lançado no mesmo ano. 
Para não serem confundidos com uma banda de nome parecido, mudaram o nome do grupo para Badfinger. O então Beatle Paul McCartney - que deu grande apoio ao grupo nessa fase da sua carreira - entregou-lhes a música “Come and Get It”, que fazia parte da banda sonora do filme “The Magic Christian”.  
Evans foi o escolhido para fazer a voz principal da canção, que ficou entre as 10 mais pedidas na parada da revista “Billboard”. Evans foi co-autor - junto com Pete Ham - do sucesso “No Matter What” e, principalmente, do maior êxito do Badfinger, a canção “Without You”, que teve inúmeras regravações (entre elas, de artistas como Paul Anka e Mariah Carey). 
Nessa época, Evans ainda teve participação na gravação do disco “Imagine”, do ex-Beatle John Lennon, e - junto com Pete Ham - também participou nas gravações de discos dos também ex-Beatles George Harrison Ringo Starr. 
Em 1970, Stan Polley assumiu o cargo de empresário do grupo. Polley tinha muito mais experiência do que o empresário anterior Bill Collins. Apesar disso, a banda gostava muito de Collins e tentou fazer com que ele continuasse a gerir a parte dos negócios, mas Collins não aceitou. 
Polley reorganizou as finanças da banda e supostamente estava a garantir o futuro deles, mas - no final das contas - eles não viram a cor do dinheiro. Nessa época, a banda começou a viver com esposas, filhos e namoradas numa casa, em comunidade, recebendo uma mesada bem curta dada por Polley. Segundo o empresário, o grosso do dinheiro era investido em equipamentos e na divulgação da banda. Tom, Joey Molland e Mike Gibbins - os outros membros da banda - fizeram severas críticas a Stan por isso. Porém, Pete Ham tinha total confiança em Polley e tudo ficou assim. 
Em 24 de Abril de 1975, Pete Ham comete suicídio por enforcamento. O suicídio de Ham deveu-se a imbróglios financeiros com a gravadora da banda e que culminou com a fuga do empresário Stan Polley, com todo o dinheiro do grupo. Sentindo-se culpado pela situação, matou-se. O episódio abalou todo o Badfinger e, particularmente, Evans. 
Com a morte de Ham, o grupo Badfinger terminou e Evans e Bob Jackson (que entrara para o lugar de Ham) fundaram o The Dodgers. O outro membro do Badfinger, Joey Molland, ficou com a sua Natural Gas, que foi a banda de apoio de Peter Frampton. 
Em 1979, a gravadora Elektra contratou Molland e Evans, exigindo que eles utilizassem de novo o nome Badfinger, independentemente da banda que eles viessem a montar. Lançaram o disco “Airwaves” que não teve grande êxito. Saíram em tournée com a ajuda de músicos como Tony Kaye, mas não conseguiram o sucesso esperado. 
Em 1981, ainda com Kaye na banda, lançaram “Say No More”. Apesar da canção “Hold On” ter entrado no top 50, o disco não ‘descolou’ e nem chegou a ser realizado um tour para a sua promoção. A instabilidade entre Molland e Evans apressou o final do ‘novo’ Badfinger.
Fortes desentendimentos entre os dois amigos fizeram com que cada um montasse o seu próprio Badfinger.  Joey procurou o sindicato e conseguiu impedir Evans de usar o nome da banda, que ele próprio havia criado. Os dois encontraram-se pouco tempo depois e novamente entraram em forte atrito, pois Evans alegou ter assumido diversos compromissos e de ter vários contratos assinados, que exigiam que ele se apresentasse como Badfinger. Joey não deu atenção a Evans, mal sabia ele que aquela tinha sido a última vez que se encontravam. 
Tom Evans, em profundo estado de depressão, cometeu também o suicídio, como o seu amigo Pete Ham tinha feito anos atrás, enforcando-se no quintal da sua residência. Desaparecia assim aos 36 anos de idade. 
Em 1993, dez anos após a morte de Evans, foi lançado um álbum póstumo que ele havia gravado juntamente com o músico Rod Roach e chamado “Over You: The Final Tracks”. Em 2000, foi lançado também um álbum póstumo do grupo Badfinger intitulado “Head First”.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

18 DE NOVEMBRO - DON CHERRY


EFEMÉRIDE - Don Cherry, trompetista de jazz norte-americano, nasceu em Oklahoma City no dia 18 de Novembro de 1936. Morreu em Málaga, em 19 de Outubro de 1995. Foi um inovador e esteve associado com o saxofonista Ornette Coleman. Cresceu em Los Angeles e viveu, uns tempos, em Paris e em Estocolmo. 
Cherry tornou-se conhecido no mundo do jazz em 1958, quando tocou com Ornette Coleman no controverso disco “The Shape of Jazz to Come”. Ao longo da década de 1960, actuou com os principais músicos da época. Tocou com John Coltrane, gravou e foi em digressão com Sonny Rollins e depois com Albert Ayler e George Russell. Fez parte dos New York Contemporary Five, em Manhattan.
Além do bebop, Cherry incorporou na sua música influências do Médio Oriente, da África e da Índia. O seu álbum “Relativity Suite” é notável, neste aspecto. 
Participou no álbum de Coleman, de 1971, “Science Fiction” e, entre 1976 e 1987, reuniu-se com Dewey Redman, Charlie Haden e Ed Blackwell, no conjunto Old And New Dreams, com quem gravou os álbuns “Old And New Dreams – live” (1976) para a editora Black Saint, “Old And New Dreams – live” (1979) para a editora ECM, Playing e “One for Blackwell – live” (1987) de novo para a Black Saint
Entre 1978 e 1982, gravou ainda três álbuns com o conjunto de jazz fusion Codona, que integrava o percussionista Naná Vasconcelos e Collin Walcott no sitar e tabla. 
Durante os anos 1980, voltou a gravar - com o quarteto original de Ornette Coleman - o disco “In All Languages” e um dueto com Ed Blackwell, “El Corazon”. 
É o pai do músico Eagle-Eye Cherry e padrasto de Neneh Cherry. Faleceu em, Espanha, vítima de hepatite.

domingo, 17 de novembro de 2019

17 DE NOVEMBRO - VÍTOR OLIVEIRA


EFEMÉRIDE - Vítor Manuel Oliveira, treinador de futebol português, nasceu em Matosinhos no dia 17 de Novembro de 1953.
Nos primeiros anos de carreira, treinou, entre outros: o FC Paços de Ferreira (1990-1991), a A. Académica de Coimbra (1996-1997), o União D. de Leiria (1997-1998), o CF Belenenses (1998-1999) e o Leixões SC (2006-2007). 
No final da época 2007/2008, mudou-se da União de Leiria e assumiu a função de Director-Geral do Leixões.
Em Junho de 2009, foi anunciado como treinador do CD Trofense. Em Setembro de 2011, foi contractado para suceder a Henrique Nunes no cargo de treinador do FC Arouca
Seguiram-se: o Moreirense FC (2013-2014), o CFD União da Madeira (2014-2015), o G. Desportivo de Chaves (2015-2016), o Portimonense SC (2016-2017), o Paços de Ferreira (2018-2019) e, actualmente o Gil Vicente FC
É considerado o «campeão das subidas de divisão», tendo já conseguido promover 11 equipas da Segunda para a Primeira Liga do futebol português. 
Na divisão maior, contabiliza 14 presenças. Entre os desempenhos na I Liga, sobressai um sétimo lugar pelo Portimonense, bem como um oitavo e um nono pelo Gil Vicente.
Em 2016, conseguiu conduzir o Desportivo de Chaves à Primeira Liga, onde não estava há 17 anos.  No ano seguinte, conseguiu o mesmo com o Portimonense
Depois de conquistar mais um título e uma subida ao maior escalão do futebol nacional, anunciou a sua saída do Paços de Ferreira, e mudou-se para o Gil Vicente, que está a treinar na época presente. 
Na Segunda Liga, conquistou no total cinco títulos: 1990-1991, 1997-1998, 2006-2007, 2013-2014 e 2018-2019. 

sábado, 16 de novembro de 2019

16 DE NOVEMBRO - NÉLSON SEMEDO


EFEMÉRIDE - Nélson Cabral Semedo, futebolista português, nasceu em Lisboa no dia 16 de Novembro de 1993
Alinhou pelo SU Sintrense (2011/2012), tendo assinado pelo SL e Benfica em 2012. Esteve emprestado ao CD. de Fátima na temporada 2012/2013. 
Voltou ao Benfica na época seguinte, prosseguindo a sua formação. Evoluiu na equipa B, mas rapidamente passou a ser visto como um titular para o lugar de Maxi Pereira. O treinador Rui Vitória integrou-o na equipa principal, nomeadamente num jogo da Super Taça de Portugal e em alguns jogos do campeonato. 
A sua ascensão foi travada por uma lesão contraída num jogo internacional da Selecção Portuguesa, onde se estreara em Outubro de 2015. Disputou a Liga dos Campeões da UEFA 2015/2016 pelo Benfica
Assinou pelo FC Barcelona em Julho de 2017, pelo montante de 30 milhões de euros mais 5 milhões de bónus. Estreou-se conta o Juventus FC, com uma vitória por 2-1.  Durante a sua primeira temporada, ganhou o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei, dividindo a titularidade com Sergi Roberto. 
O seu primeiro golo no Barcelona surgiu na época 2018/2019, no encontro para o Campeonato Espanhol contra o Girona FC, que o Barcelona venceu por 2 a 0. Passou à condição de titular em 2019/2020.
Do seu palmarés fazem parte, pelo Benfica: 2 Ligas de Portugal (2015/16 e 2016/2017); uma Taça de Portugal (2017); uma Taça da Liga (2016); e uma Super Taça Cândido de Oliveira (2016). Pelo Barcelona: 2 Campeonatos de Espanha (2017/2018 e 2018/2019); uma Copa do Rei (2018); uma Super Taça de Espanha (2018); uma International Champions Cup (2017); e o Troféu Joan Gamper (2017). 
Com a Selecção Portuguesa, venceu a Liga das Nações da UEFA (2018/2019), fazendo parte dos 11 melhores jogadores desta competição. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

15 DE NOVEMBRO - HERBERT RAWLINSON


EFEMÉRIDE - Herbert Rawlinson, actor britânico de teatro, cinema, televisão e rádio, nasceu em New Brighton, na Inglaterra, em 15 de Novembro de 1885. Morreu em Los Angeles no dia 12 de Julho de 1953. Actuou em mais de 390 filmes, entre 1911 e 1953, sendo 130 deles já na era sonora. Foi também produtor. 
Emigrou para o Canadá e depois para os Estados Unidos, para iniciar a sua carreira, começando como actor de circo, depois de teatro e finalmente de cinema. 
Iniciou-se no cinema, na era muda, em 1911, com o filme “The Cowboy and the Shrew”, para a Selig Polyscope Company, ao lado de Tom Mix, e logo passou a protagonizar os mais diversos filmes, para estúdios como a Universal Pictures e a Rayart Pictures Corporation. Em 1919, personificou o famoso detective fictício Craig Kennedy, na série “The Carter Case”. Este detective, criado por Arthur B. Reeve, foi personagem de vários filmes e séries de televisão. 
Entre 1930 e 1934, além da actuação no cinema, Rawlinson actuou também no teatro, na Broadway, em várias peças, tais como “Citty Haul”, com três meses de representações, e “When Ladies Meet”, entre outras. 
Apesar de ser primariamente um actor dramático, além do teatro, durante os mais de 40 anos de carreira, Rawlinson actuou em diversos géneros de filmes, desde comédias até westerns e séries, além da rádio. Fez a transição para a era sonora, chegando a protagonizar algumas séries de televisão.
Nos últimos anos, o seu trabalho na rádio incluiu programas como “Cavalcade of America” e “Escape”. Foi também o anfitrião e narrador da temporada inicial de “Hollywood Star Playhouse”, uma antológica série dramática que começou na CBS, em 1950. 
Rawlinson casou, em 1917, com a actriz de teatro Roberta Arnold, cujo nome verdadeiro era Minerva Arnold, e divorciou-se em Novembro de 1922. Em Janeiro de 1924, casou-se com Loraine Abigail Long, de quem se divorciou em 1947, tendo tido dois filhos.
Rawlinson faleceu vítima de cancro de pulmão em 1953, após completar as cenas do filme “Jail Bait”, que foi lançado no ano seguinte. 
Pela sua contribuição para a indústria cinematográfica, tem uma estrela na Calçada da Fama, no Hollywood Boulevard.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

14 DE NOVEMBRO - WILLIAM STEIG


EFEMÉRIDE - William Steig, cartoonista, ilustrador e escritor de literatura infantil norte-americano, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, em 14 de Novembro de 1907. Morreu em Boston no dia 3 de Outubro de 2003. 
Os seus livros mais conhecidos são “Sylvester and the Magic Pebble”, “Abel’s Island” e “Doctor De Soto” (premido com o National Book Award, em 1983). Escreveu e ilustrou o livro “Shrek!” (1990), que inspirou a popular série de filmes com o mesmo nome.
Filho de imigrantes polacos judeus, o pai era pintor e a mãe costureira, sendo ela que o encorajou com as suas inclinações artísticas. Em criança, envolveu-se na pintura e era um ávido consumidor de literatura. Entre outras obras, dizia ter sido especialmente fascinado por “Pinóquio”. Além de trabalhos artísticos, também praticou atletismo. 
Graduou-se na Townsend Harris High School com 15 anos, mas nunca concluiu a faculdade. 
O irmão Irwin foi jornalista e pintor; outro irmão - Henry - foi escritor, tocava saxofone e pintava; e o terceiro irmão - Arthur - foi escritor e pintava «tão bem como Picasso ou Matisse», segundo William Steig. 
Quando a família ficou com problemas financeiros, durante a Grande Depressão, ele começou a desenhar caricaturas como artista independente, tendo vendido o seu primeiro desenho animado ao “The New Yorker”, em 1930. Viveu em Gaylordsville, Connecticut, onde logo se tornou muito bem-sucedido e, nos anos que se seguiram, contribuiu com mais de 1600 cartoons para revistas, levando a “Newsweek” a apelidá-lo de ‘Rei dos Desenhos’.
Decidiu tentar a sua sorte noutra actividade artística e, em 1968, escreveu o seu primeiro livro para crianças. Destacou-se nesta área, igualmente, e o seu terceiro livro, “Sylvester and the Magic Pebble” (1970), ganhou a prestigiosa Caldecott Medal. Passou a escrever livros para crianças e fê-lo até aos 95 anos.
William Steig morreu de causas naturais, a pouco mais de um mês de completar 96 anos. Steig casou-se quatro vezes e teve três filhos. 
Os autores dos filmes “Shrek” prestaram-lhe homenagem escrevendo nos genéricos: «Em memória de William Steig».

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

13 DE NOVEMBRO - CHARLES-SIMON FAVART


EFEMÉRIDE - Charles-Simon Favart, escritor francês, nasceu em Paris no dia 13 de Novembro de 1710. Morreu em Belleville, em 12 de Maio de 1792.  Escreveu, sobretudo, peças de teatro e óperas. 
O primeiro sucesso de Favart na literatura foi “La France delivrée par la Pucelle d’Orléans”, poema sobre Joana d’Arc, que obteve um premio da Académie des Jeux Floraux.
A sua mulher, Marie-Justine Duronceray, tornou-se célebre pelos seus talentos de cantora, dançarina e actriz. O seu segundo filho, Charles Nicolas Favart, também escreveu comédias.
Favart fez os seus estudos no colégio Louis-le-Grand, que deixou por motivos de saúde.  Perdeu o pai quando era ainda muito jovem e, para ajudar a mãe, consagrou-se à ópera cómica.  
A sua primeira peça, “Polichinelle comte de Paonfier” (1732) foi representada anonimamente num teatro de marionetas. 
Começou por se dedicar a comédias, como “Les Demoiselles”, representada na Ópera-Cómica em 1734 que teve um sucesso considerável. 
La Chercheuse d’esprit” (1741), verdadeira obra-de-arte no género, conheceu um triunfo, com mais de 200 representações, que a tornaram célebre. 
Favart dirigiu o Teatro da Moeda de Bruxelas, entre 1746 e 1748, com grande sucesso. O casal Favart regressou a Paris, conhecendo de novo um enorme êxito. Charles-Simon escreveu para o Théâtre-Italien uma série de peças. Em 1757, torna-se co-director da Opéra-Comique.  
A nível musical e dramatúrgico, “Annette et Lubin” (1762) marcou uma viragem na sua concepção de ópera-cómica - o lado cómico deu lugar a sentimentos naïfs e virtuosos. 
L’Anglais à Bordeaux” (1763) foi escrita quando da conclusão da paz com a Inglaterra. 
Em 1772, a esposa morreu e ele presta-lhe homenagem, nas sias “Memórias”. Favart veio a falecer vinte anos depois, na sua casa de Belleville, que habitava há um quarto de século.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

12 DE NOVEMBRO - WILLIAM ALISON


EFEMÉRIDE - William Pulteney Alison, médico, reformador social e filantropo escocês, nasceu em Edimburgo no dia 12 de Novembro de 1790. Morreu na mesma cidade em 22 de Setembro de 1859. 
Foi um distinto professor de Medicina na Universidade de Edimburgo, presidente da Sociedade Médico-Cirúrgica de Edimburgo (1833) e presidente do Colégio Real de Médicos de Edimburgo (1836/1838). 
Na sua juventude, escalou o Monte Branco e outras montanhas como passatempo. Em 1811, licenciou-se em Medicina na Universidade de Edimburgo
Impressionado com a pobreza que encontrou, Alison buscou defender os pobres na Escócia, indo além da ajuda apenas aos doentes e enfermos para incluir também os pobres saudáveis. Esta foi uma atitude radical, uma vez que a ética da época era a de recusar ajuda aos pobres, considerados seres indolentes e pecadores. 
Alison acreditava também na teoria do contágio das doenças, afirmando que a sua propagação era facilitada pela pobreza e pela superpopulação. Argumentava que a pobreza era consequência de factores sociais, não do pecado e da preguiça, e que salários mais altos deveriam ser pagos aos trabalhadores para reduzir a doença, diminuindo o efeito da superlotação e da miséria. 
Numa sua publicação de 1840, Alison argumentou que o governo e os seus serviços tinham um papel importante na diminuição da pobreza e que esta tarefa não deveria ser deixada a cargo de grupos religiosos ou instituições de caridade privada. Defendeu a utilização de taxas públicas para ajudar viúvas, órfãos e os pobres desempregados, e criticou o governo por ignorar aqueles que estavam aptos, porém empobrecidos. As conclusões da Comissão Real de 1844 sobre as Leis dos Pobres (Escócia) deram apoio aos pontos de vista de Alison. 
Alison promoveu a medicina social preventiva e iniciou um programa para vacinar as crianças contra a varíola, fundando também o Conselho da Febre de Edimburgo, para combater as epidemias. Defendeu o diagnóstico rápido das doenças e, quando fossem consideradas contagiosas ou infecciosas, recomendou a fumigação e a ventilação da residência e o internamento imediata do paciente. Os seus métodos frutificaram durante a epidemia de cólera de 1831/1832, em que o governo local tomou medidas imediatas e eficazes para mitigar o surto, sem aguardar instruções de Londres. 
Ao defender firmemente a intervenção do governo para diminuir a pobreza, como um meio para combater as doenças, Alison esteve à frente do seu tempo, mas viveu para ver a opinião pública aproximar-se das suas iniciativas.
Ataques de epilepsia forçaram-no a aposentar-se em 1856, falecendo três anos depois. Deixou publicada a obra “Outlines of physiology” (1831).

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

11 DE NOVEMBRO - BEVERLY BAYNE


EFEMÉRIDE - Beverly Bayne, de seu verdadeiro nome Pearl Beverly Bain, actriz de cinema norte-americana que actuou especialmente na era do cinema mudo, nasceu em Minneapolis no dia 11 de Novembro de 1894. Morreu em Scottsdale, no Arizona, em 18 de Agosto de 1982. 
Actuou em 160 filmes e ficou particularmente conhecida por formar, ao lado de Francis X. Bushman, um par romântico que se tornou popular não apenas no cinema, por protagonizarem juntos vários filmes, mas também na vida real, tendo-se casado em 1918. 
Mudara-se para Chicago aos seis anos de idade. Com 16 anos, estudou na Hyde Park School, que estava sitiada ao lado dos Essanay Studios. Por curiosidade, visitou os estúdios e lá, aperceberam-se que ela tinha um «rosto fotogénico» … 
Os seus primeiros filmes foram” The Loan Shark” e “The Rivals”, ambos em 1912. Por essa altura, Gloria Swanson estava sob contrato com a Essanay e - diz-se - que Swanson chorou porque os olhos dela eram azuis e não castanhos como os de Bayne. Na época, olhos castanhos eram considerados preferíveis para a fotografia. Outros actores desses tempos foram Wallace Beery, Charlie Chaplin e Francis X. Bushman. Este último “exigiu” Beverly para contracenar consigo e, em breve, eles formaram uma dupla romântica, aparecendo em mais de vinte filmes como par romântico, além de outros filmes em que actuaram juntos, noutros papéis. 
Assinando contrato com a Quality Pictures Corporation, cujos filmes eram distribuídos pela Metro Pictures Corporation, o primeiro filme de Bayne e Bushman juntos foi “Pennington’s Choice” (1915) e, em 1917, o casal actuou em “Romeo and Juliet”, o que gerou um lucro considerável. Actualmente, o filme está considerado perdido, talvez pela decomposição do nitrato, talvez por negligência da produção cinematográfica. 
Bayne e Bushman trabalharam para a Metro Pictures Corporation de 1916 a 1918, creditados como o primeiro par romântico dos ecrãs. Casaram-se em 1918. Em 1920, o casal estreou-se no teatro, actuando na peça “The Master Thief”, que foi bem recebida. Mais tarde, apareceram no vaudeville e como estrelas convidadas em dramas. O último filme, juntos, foi “Modern Marriage”, em 1923.
Bayne e Bushman divorciaram-se em 1925 e as suas carreiras entraram em declínio a partir de então, começando a ser preteridos. Bushman acreditava que o seu apagão no cinema fora causado por ter desprezado inadvertidamente Mayer, pois este magnata do cinema tinha-o chamado para uma tournée de aspecto pessoal e ele não correspondera. Outros afirmam que Hollywood desaprovou a separação do casal, após tantos anos a viver em comum. 
O último filme mudo de Beverly foi “Passionate Youth”, em 1925. Sem conseguir voltar ao cinema, trabalhou no teatro na Broadway, nos anos 1930 e 1940. No início dos anos 1940, Bayne actuou ainda na rádio e ocasionalmente noutras peças de teatro. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou seriamente para a British War Relief Society, uma organização humanitária. 
O seu único filme sonoro que, na verdade, seria também o seu último filme, foi “The Naked City” (1948), ao lado de Barry Fitzgerald e Howard Duff, num papel não-creditado. Após isso, actuou apenas num episódio da série de televisão “The Philco Television Playhouse” - o episódio “Hour of Destiny”, transmitido em Abril de 1951. 
Deu por finda a sua carreira e passou a residir em Scottsdale, falecendo aos 87 anos, vítima de infarto agudo do miocárdio. Está sepultada nos Paradise Memorial Gardens, em Scottsdale. Pela sua contribuição para a indústria do cinema, tem uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood.

domingo, 10 de novembro de 2019

10 DE NOVEMBRO - CLAUDE RAINS


EFEMÉRIDE - William Claude Rains, actor britânico, naturalizado norte-americano (1939), nasceu em Londres no dia 10 de Novembro de 1889. Morreu em Laconia, New Hampshire, USA, em 30 de Maio de 1967. 
Na Primeira Grande Guerra Mundial, num dos combates, foi atingido, ficando quase cego de um olho para o resto da vida. 
O seu primeiro papel em Hollywood foi, em 1933, no filme “O Homem Invisível”, onde apenas a sua voz marcante era ouvida e a sua face só aparecia no final. 
Após “O Homem Invisível”, os estúdios tentaram impor-lhe papéis em filmes de terror, mas isso não aconteceu graças às nomeações para os Oscars, pelos personagens de senador corrupto em “Mr. Smith Goes to Washington” (1939) e de polícia francês em “Casablanca” (1944).
Em 1946, Rains tornou-se o primeiro actor a receber o salário de um milhão de dólares, pelo papel de ‘Júlio César’ no filme “Caesar and Cleopatra”. Neste mesmo ano, foi escolhido por Alfred Hitchcock para o filme “Notorious”.
Dois dos seus mais destacados papéis no cinema foram em “Lawrence of Arabia”, de 1962, onde fez o personagem ‘Dryden’, e em “The Greatest Story Ever Told”, de 1965, no papel de ‘Rei Herodes’, e que foi o último filme em que actuou. 
Contracenou com actrizes célebres, como Kay Francis, Lana Turner, Vivien Leigh, Ingrid Bergman, Ann Todd e, sobretudo, Bette Davis, para a qual ele era o actor preferido. 
Morreu de hemorragia interna, aos 77 anos de idade. Tem uma estrela na Calçada da Fama, no Hollywood Boulevard. No total, foi nomeado quatro vezes para os Oscars (1939, 1944, 1945 e 1947). 

sábado, 9 de novembro de 2019

9 DE NOVEMBRO - HOLGER MEINS


EFEMÉRIDE - Holger Klaus Meins, integrante da organização de extrema-esquerda alemã Fracção do Exército Vermelho (Rote Armee Fraktion ou RAF), morreu em Estugarda no dia 9 de Novembro de 1974. Nascera em Hamburgo, em 26 de Outubro de 1941.  O aludido grupo foi também conhecida por Baader-Meinhof
Estudante de cinematografia, Holger juntou-se à RAF em 1970. Tornou-se uma figura importante do grupo e um dos seus líderes desde o começo das actividades da RAF, com grande envolvimento nos atentados cometidos pela organização nos primeiros anos da década de 1970. Ficou famoso por criar um dispositivo que imitava uma barriga de grávida, extremamente eficiente para transportar bombas, a serem colocadas pelas integrantes do grupo em locais pré-estabelecidos. 
Meins foi preso em Junho de 1972, juntamente com o líder do Baader-Meinhof, Andreas Baader, e outro dos dirigentes da organização, Jan-Carl Raspe, numa emboscada policial em Hamburgo. Encarcerado na prisão de Wittlich, promoveu várias greves de fome e morreu - pesando 39 kg, em 1,86 m de altura. Mais de 5 000 pessoas assistiram às cerimónias fúnebres.
A sua morte provocou dezenas de manifestações de esquerdistas em Francoforte, Colónia, Berlim e Estugarda, protestando contra as condições carcerárias a que eram submetidos os integrantes da RAF e obrigando o governo a mudar o tratamento dos presos, impedindo futuras greves de fome com alimentação forçada. No dia seguinte, um juiz da Corte Superior de justiça da Alemanha, Von Drenkmann, foi assassinado como resposta à morte de Holger.
A morte de Meins polarizou a Alemanha Ocidental com acusações de assassinato por omissão do governo e criou mais simpatizantes para as causas da RAF. Outros, revoltados com a morte do juiz Von Drenkmann, exigiam ao governo que acabasse com o terrorismo por qualquer meio que fosse necessário. 
Seis meses depois, o comando de guerrilheiros que tomou de assalto a embaixada alemã-ocidental em Estocolmo, na Suécia, foi baptizado com o seu nome.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

8 DE NOVEMBRO - VIRNA LISI


EFEMÉRIDE - Virna Pieralisi “Lisi”, actriz italiana, nasceu em Ancona no dia 8 de Novembro de 1936. Morreu em Roma, em 18 de Dezembro de 2014. 
Virna começou nos ecrãs em 1952, com “… e Napoli canta!”. Em 1955, quando Mario Mattoli realizou “Le diciottenni”, remake de “Ore 9 lezione di chimica”, Virna retomou o papel, antes interpretado por Irasema Dilián. No ano seguinte, teve o papel principal em “A Mulher do dia” de Francesco Maselli. 
Durante os anos 1960, assinou um contrato de exclusividade com o estúdio Paramount e protagonizou vários filmes em Hollywood, entre os quais “How to Murder Your Wife”, de Richjard Quine. Sentindo-se bloqueada no papel de «nova Marilyn» decidiu rescindir o seu contrato. 
Em Abril de 1960, casou com Franco Pesci, com quem teve um filho, nascido em 1962.  
 Em 1980, a sua actuação em “La Cicala” de Alberto Lattuada, relançou a sua carreira e recebeu o premio David de Donatello de Melhor Actriz
Em 1994, recebeu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Cannes e o prémio César, no ano seguinte, pelo seu trabalho em “A Rainha Margot” de Patrioce Chéreau. Neste filme, interpretou o papel de Catarina de Medici.
Vedeta internacional, com uma carreira prolífica, sobretudo no cinema, durante várias décadas, começou a aparecer menos nos anos 1990, dedicando-se à televisão a partir de 2002.
Virna Lisi morreu «tranquilamente, durante o sono», em Dezembro de 2014, um mês depois de receber o diagnóstico de cancro num pulmão, revelou o filho, que divulgou oficialmente o falecimento da mãe.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

7 DE NOVEMBRO - VICTOR McLAGLEN


EFEMÉRIDE - Victor Andrew de Bier Everleigh McLaglen, pugilista e actor inglês, naturalizado norte-americano, morreu em Newport Beach no dia 7 de Novembro de 1959. Nascera em Turnbridge Wells, em 10 de Dezembro de 1886. Recebeu um Oscar em 1936. 
Primogénito entre uma dezena de irmãos, McLaglen levou uma vida aventureira, antes de se dedicar ao cinema. Após trabalhar numa fazenda no Canadá, deambulou pelos Estados Unidos como pugilista, conseguindo exibir-se em circos e shows de variedades, tendo inclusivamente lutado contra o campeão dos pesos-pesados Jack Johnson, num combate-exibição. Procurou, em vão, ouro na Austrália. Foi soldado nas Índias, guarda-costas de um marajá e, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, lutou ao lado dos Fuzileiros da Irlanda. Depois de ser chefe de polícia em Bagdad, voltou aos ringues onde, aos trinta e três anos de idade, foi descoberto por um produtor de cinema.
Após estrelar vários filmes em Inglaterra, McLaglen transferiu-se para Hollywood, onde protagonizou “O Bruto Querido” (1924). O actor de finas maneiras do cinema mudo acabou por se especializar em personagens rústicos e durões na era sonora, em virtude da sua voz áspera e do sotaque excessivamente regional. A sua actuação em “O Delator” (1935), de John Ford, valeu-lhe o Oscar de Melhor Actor no ano seguinte. A partir de meados da década de 1930, os papéis principais começaram a rarear, apesar da sua alta popularidade, e McLaglen tornou-se coadjuvante. Como tal, recebeu outra indicação para os Oscars, com “Depois do Vendaval” (1952), também dirigido por Ford (o vencedor, porém. foi Anthony Quinn, em “Viva Zapata!”, de Elia Kazan). 
McLaglen trabalhou com realizadores como Raoul Walsh, com quem fez, entre outros, os aclamados “Sangue por Glória” (1926) e a sua continuação “O Mundo Às Avessas” (1929); Howard Hawks (“Uma Noiva em Cada Porto”, 1928); e George Stevens (“Gunga Din”, 1939). No entanto, o seu nome estará sempre associado a John Ford, com quem rodou uma dúzia de filmes. 
Em 1935, publicou uma autobiografia prematura, “Express to Hollywood”. Casou-se, em 1919, com Enid Lamont, com quem teve dois filhos. Enid faleceu em 1942 e, no ano seguinte, McLaglen casou com Suzanne Brueggeman, de quem se divorciaria em 1948. Nesse mesmo ano, casou-se novamente, então com Margaret Pumphrey, com quem ficou até ao fim da vida. 
Depois de estrelar “Rapto Macabro” (1957), realizado pelo seu filho, Andrew V. McLaglen, voltou a Inglaterra, para encerrar a carreira com o filme “Porto de Fúrias” (1958). Faleceu no ano seguinte, de ataque cardíaco. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park em Glendale, Los Angeles.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

6 DE NOVEMBRO - DOMINGOS MONTEIRO


EFEMÉRIDE - Domingos Monteiro Pereira Júnior, advogado, poeta e um dos mais reconhecidos escritores portugueses entre os anos 1940 e 1960, nasceu em Barqueiros, Mesão Frio, no dia 6 de Novembro de 1903. Morreu em Lisboa, em 17 de Agosto de 1980. E provavelmente o mais importante novelista português do século XX. 
Era filho de um lavrador abastado. Entre 1918 e 1920, foi aluno interno do Liceu Central de Camilo Castelo Branco, em Vila Real. Veio para Lisboa e concluiu a licenciatura em Direito na Universidade de Lisboa, em 1927, com a classificação de 18 valores. 
Em 1938 casou com Maria Palmira de Aguilar Queimado, de quem se divorciou em 1946. Deste casamento, nasceu a sua única filha, que viria a ser professora da Faculdade de Medicina de Lisboa. Em 1971 contraiu segundo matrimónio, com Ana Maria de Castro e Mello Trovisqueira, que o iria auxiliar na edição dos seus livros, nomeadamente na última fase da existência do escritor. Era conhecido como exímio caçador e um grande admirador da natureza, da qual tinha um conhecimento profundo. 
Domingos Monteiro, que exerceu a advocacia, foi no início da sua carreira defensor de diversos opositores ao regime político então vigente. A sua preocupação democrática levou-o também a fundar, ainda muito jovem, o Partido da Renovação Democrática, bem como, mais tarde, o “Diário Liberal”. 
A vocação literária acabou por se sobrepor à actividade forense e política, e foi como escritor que ganhou projecção e reconhecimento. Exerceu também algumas actividades afins, como as de jornalista, crítico, editor e foi ainda responsável pelo Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1948, fundou a Sociedade de Expansão Cultural, que veio a ter uma acção notável na divulgação dos autores portugueses. 
Ainda durante o ensino liceal em Trás-os-Montes, publicou alguns poemas em “O Dilúculo”, um jornal local de jovens, que se publicou entre Dezembro de 1918 e o primeiro trimestre de 1921, dirigido por Joaquim Rodrigues Grande. Com apenas dezasseis anos, estreou-se nas letras com a edição do seu primeiro livro de versos, “Orações do Crepúsculo”. Este livro foi elogiosamente prefaciado por Teixeira de Pascoaes, a quem Domingos Monteiro dedicou o seu segundo livro, também de poesia, “Nau Errante”, em 1921. Três décadas mais tarde, voltaria a publicar poesia, com “Evasão” (1953) e, em 1978, publicou o seu último livro de versos, “Sonetos”. 
Domingos Monteiro fez também algumas incursões no domínio da história (de que se destaca uma “História da Civilização” em três volumes), do ensaio, da crítica e do teatro. Foi sobretudo como ficcionista que alcançou renome. Dentro da ficção, a sua forma preferida de criação era a novela, género intermédio entre o conto e o romance, em matéria de complexidade de enredo e extensão. 
Escritor realista, a que todavia não era estranho o fantástico, muito influenciado pelo naturalismo francês e russo, publicou mais de uma quinzena de títulos, de que se destacam, entre outros, “O Mal e o Bem”, “O Primeiro Crime de Simão Bolandas”, com o qual obteve o Prémio Nacional de Novelística e o Prémio “Diário de Notícias”, e ainda “Letícia e o Lobo Júpiter”, agraciado também com o Prémio Nacional de Novelística. Vários livros e contos foram traduzidos em castelhano, catalão, inglês, alemão, polaco e russo, e outros foram incluídos em diversas antologias nacionais e estrangeiras.
Em 2003, o concelho de Mesão Frio, fez-lhe uma homenagem, dando o seu nome a uma rua. Há igualmente uma rua com o seu nome, em Lisboa, uma perpendicular à Avenida da República.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

5 DE NOVEMBRO - SAM SHEPARD


EFEMÉRIDE - Samuel “SamShepard Rogers, actor, realizador, guionista e escritor norte-americano, com uma carreira de 54 anos, nasceu em Fort Sheridan no dia 5 de Novembro de 1943. Morreu em Midway, em 27 de Julho de 2017. 
Foi autor de 44 peças de teatro, livros de contos, ensaios e memórias. Recebeu o Prémio Pulitzer de Teatro (1979), com a peça “Buried Child”. Foi nomeado para o Oscar de Melhor Actor Coadjuvante pelo seu papel em “The Right Stuff”, protagonizando o piloto Chuck Yeager. Recebeu, em 2009, o PEN/Laura Pels International Fou"ndation for Theater Award, por «excelência em drama», tendo sido descrito pelo “New York Magazine” com um dos maiores dramaturgos de sua geração. 
O pai foi professor e serviu na Força Aérea dos Estados Unidos como piloto de bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial. Nas suas memórias, Sam lembrava-se do pai como um alcoólatra. A mãe também era professora. Quando adolescente, Sam trabalhou num rancho e, depois de se formar no ensino médio, em Los Angeles, em 1961, ingressou na Faculdade Mt. San Antonio, para estudar Agronomia. Contudo, depois de conhecer o trabalho de Samuel Beckett, de se interessar por jazz e pelo expressionismo, Sam largou o curso para ingressar num grupo itinerante chamado Bishop’s Company
No começo dos anos 1960, Sam chegou à cidade de Nova Iorque, onde conseguiu emprego como garçon na boîte The Village Gate. Em 1962, entrou para o meio teatral, através de Ralph Cook, chefe dos garçons do Village Gate. Foi por volta dessa época que adoptou o nome artístico de Sam Shepard. Muitos dos seus primeiros textos foram para os palcos. Após ganhar 6 Prémios Obi, premiação anual do jornal “The Village Voice”, ganhou notoriedade ao trabalhar com Robert Frank, no guião de “Me and My Brother” (1968), e com Michelangelo Antonioni, em “Zabriskie Point” (1970). 
The Unseen Hand” (1969) foi a sua primeira peça de ficção científica, influenciada pelo musical “The Rocky Horror Show”. A sua peça “Cowboy Mouth” foi feita em colaboração com a sua namorada na época, Patti Smith, em Abril de 1971. 
A sua carreira como actor foi iniciada verdadeiramente quando foi escalado para interpretar um charmoso fazendeiro no filme “Days of Heaven” (1978), junto de Richard Gere e Brooke Adams. O papel acabou por lhe valer nomeações para vários outros trabalhos, como “Resurrection” (1980) e a sua interpretação bastante elogiada de Chuck Yeager em “The Right Stuff” (1983. Os seus trabalhos nos anos seguintes levaram-no a ser capa da revista “Newsweek”.
Ao longo dos anos, Sam trabalhou muito no teatro, escrevendo peças, produzindo, dando aulas e seminários sobre o tema, em universidades e cursos da especialidade. Foi eleito para a American Academy of Arts and Letters e para a Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos, em 1986.
Quando começou a escrever peças de teatro, ele não as dirigia. Vários directores diferentes fizeram a direcção das suas peças, mas mais frequentemente ficavam com Ralph Cook. Nos anos 1970, Sam começou a colocar a sua visão nas suas peças, passando a dirigi-las, mas em geral não dirigia peças de outros autores. Realizou dois filmes, mas este não era o seu principal interesse. 
De 1969 a 1984, foi casado com a actriz O-Lan Jones, com quem teve um filho, em 1970. Teve um caso extraconjugal com Patti Smith, de 1970 a 1971. Com o fim do seu relacionamento com Patti, Sam mudou-se com a esposa e o filho para Londres e voltou aos Estados Unidos em 1975, fixando-se em Mill Valley, na Califórnia. 
Em 1983, Sam conheceu a actriz Jessica Lange no set do filme “Frances”. Divorciado em 1984 de O-Lan Jones, Jessica e Sam viveram juntos durante 30 anos, tendo tido dois filhos. O casal separou-se em 2009.   O seu filho mais velho, Jesse, publicou um livro de contos em 2003 e Sam escreveu o prefácio. 
Em Janeiro de 2009, Sam Shepard foi preso, acusado de conduzir em alta velocidade e embriagado. Sam declarou-se culpado das acusações, sendo sentenciado a 24 meses de condicional, aulas sobre alcoolismo e 100 horas de serviços comunitários. Em Maio de 2015, voltou a ser detido, por conduzir de novo alcoolizado.
Dois anos depois, Sam Shepard faleceu na sua residência em Midway, no Kentucky. Segundo o porta-voz da família, ele tivera complicações relacionadas com a esclerose lateral amiotrófica de que padecia.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

4 DE NOVEMBRO - JULISSA GOMEZ


EFEMÉRIDE - Julissa D’anne Gomez, uma das grandes esperanças da ginástica artística norte-americana, nasceu em San Antonio no dia 4 de Novembro de 1972. Morreu em Houston, em 8 de Agosto de 1991.
Julissa foi considerada uma das estrelas da elite da ginástica norte-americana e treinava com Béla Károlyi, em Houston, desde os dez anos de idade. 
Em Maio de 1988, durante um aquecimento, um pé escorregou no trampolim e a cabeça foi embater no cavalo de saltos, com extrema violência. O acidente deixou-a paralisada.
Para cúmulo da desdita, houve um acidente subsequente no hospital, para onde fora conduzida. Desligaram-na inadvertidamente do ventilador que a assistia, de que resultaram danos cerebrais graves e irreversíveis, deixando-a em estado catatónico.
 A família ainda cuidou dela durante três anos, mas veio a falecer vítima de uma infecção. Tinha apenas dezoito anos de idade.

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