domingo, 31 de dezembro de 2017

31 DE DEZEMBRO - LAWRENCE BEESLEY


EFEMÉRIDE - Lawrence Beesley, professor, jornalista e autor britânico, nasceu em Wirksworth no dia 31 de Dezembro de 1877. Morreu em Londres, em 14 de Fevereiro de 1967. Após se formar em Cambridge, ensinou Ciências até se demitir em 1912. Em Abril desse mesmo ano, embarcou no transatlântico Titanic como passageiro de 2ª classe, para visitar a família na América. Quando o navio colidiu com um iceberg e se afundou a meio da viagem, Beesley embarcou num dos botes salva-vidas, sobrevivendo ao desastre.
Lawrence foi educado primeiramente na Derby School, onde obteve uma bolsa de estudo e, depois, no Caius College, Cambridge. Começou a ensinar em Wirksworth, na Grammar School local, em 1902, e dois anos mais tarde, passou a trabalhar no Dulwich College, como professor de Ciências.
Em 1912, demitiu-se do cargo de professor, de modo a poder partir para Toronto, onde vivia um irmão. Beesley embarcou no Titanic em Southampton, em 10 de Abril de 1912.
A viagem estava a ser tranquila e Beesley ocupava os dias a passear e a observar o mar. No domingo, dia 14, passou algum tempo na biblioteca. Beesley conviveu com alguns passageiros, nomeadamente com o reverendo Ernest Carter. De noite, antes de se deitar, juntou-se a outros passageiros na sala de jantar, para um serviço dominical presidido pelo reverendo Carter, entoando cânticos religiosos e, posteriormente, bebendo café e refrescos.
Quando o navio colidiu com um iceberg às 23:40h, Beesley encontrava-se deitado na sua cama. Não sentiu o choque da colisão, mas sentiu as máquinas serem desligadas, estranhando o facto. Beesley levantou-se e perguntou a um empregado o que tinha acontecido, mas responderam-lhe que não tinha ocorrido nada. Beesley subiu até ao convés, quando os botes salva-vidas começavam já a ser cheios com pessoas, mas decidiu regressar ao seu quarto. Ao descer as escadas, notou uma ligeira inclinação nos degraus, o que lhe dificultou a descida. Beesley vestiu um casaco, pôs alguns livros nos bolsos e subiu de novo para o convés.
Entretanto, o chão encontrava-se numa inclinação ainda maior. Beesley observou que os oficiais estavam a deixar subir homens para bordo do bote nº 13, enquanto os outros botes eram cheios dando prioridade a mulheres e crianças. Beesley subiu para bordo do bote 13, que foi finalmente lançado ao mar por volta da 01:25h, com 64 pessoas a bordo. Enquanto o bote descia, aproximou-se de uma das bombas hidráulicas do navio, que bombeava água para fora do Titanic, correndo o risco de o inundar. Quando o bote chegou ao mar, surpreendentemente intacto, a corrente puxou-o para debaixo do bote 15 (que iniciava a descida). Os gritos dos passageiros do bote 13 alertaram os oficiais no Titanic para o facto, atrasando a descida do bote 15 a fim de lhes dar tempo para se afastarem do navio.
Beesley observou o Titanic a afundar-se, a partir do bote. Quando as luzes se apagaram e o navio desapareceu debaixo da água, o professor tentou confortar um bebé que chorava aconchegando-o com um cobertor. Às 04:45h, o Carpathia, um navio que tinha vindo em socorro dos passageiros do Titanic, chegou ao bote 13 e Beesley subiu para bordo, tendo pisado terra firme em Nova Iorque.
Na confusão após o desastre, Beesley foi dado como desaparecido e um anúncio, publicado no “Daily Mail”, pedia informações quanto ao seu paradeiro. No dia seguinte, uma descrição do desastre feita pelo próprio Beesley foi primeira página do “Toronto Daily Star”.
Após o naufrágio, Beesley escreveu uma obra de sucesso sobre o assunto, publicada ainda em 1912: “The Loss of S.S. Titanic”. Em 1958, participou nas filmagens do filme “A Night to Remember”, que descreveu a tragédia.

sábado, 30 de dezembro de 2017

30 DE DEZEMBRO - JEFF LYNNE


EFEMÉRIDE – Jeffrey “JeffLynne, cantor-compositor e produtor musical inglês, nasceu em Birmingham no dia 30 de Dezembro de 1947. Foi co-fundador (com Roy Wood e Bev Bevan), guitarrista e vocalista da Electric Light Orchestra, nos anos 1970/80. Foi igualmente co-fundador dos Traveling Wilburys (com Bob Dylan, George Harrison, Tom Petty e Roy Orbison), no fim da década de 1980. Antes da Electric Light Orchestra, Lynne fora membro dos The Idle Race e, junto com Roy Wood e Bev Bevan, dos The Move.
Em 1987, produziu “Cloud Nine” de George Harrison e, sendo um fã dos Beatles, esmerou-se no trabalho. O disco serviu para o regresso de Harrison ao cenário musical.
Em 1989, co-produziu o aclamado disco “Full Moon Fever” de Tom Petty, com canções escritas em parceria. Este disco e “Traveling Wilburys Vol. 1” (também co-produzido por Lynne) foram nomeados para o Grammy de Melhor Álbum de 1989.
Em Fevereiro de 1994, realizou um sonho, ao trabalhar com os três Beatles sobreviventes, na sua série de discos “Anthology”. Também produziu discos individuais de George Harrison, Paul McCartney e Ringo Starr.
Já nos anos 2000, foi editado o DVD ao vivo de um show em Los Angeles. Também foi lançado, pelo canal VH-1, uma edição de Storytellers dedicada à música de Jeff Lynne, filmada perante uma plateia entusiasta em Nova Iorque.
Esteve profundamente envolvido na homenagem póstuma a George Harrison, “Concert for George”, que teve lugar no Royal Albert Hall em Londres (Novembro de 2002), com edição em DVD no ano seguinte, com direito a um Grammy.
Em Abril de 2009, recebeu o Prémio Nota de Ouro, que homenageia os compositores e cantores com carreiras notáveis. Tinham sido galardoados anteriormente, entre outros, Quincy Jones e Stevie Wonder.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

29 DE DEZEMBRO - MANUELA RAMALHO EANES


EFEMÉRIDE - Maria Manuela Duarte Neto Portugal Ramalho Eanes, esposa do ex-presidente da República Portuguesa Ramalho Eanes, primeira-dama entre 1976 e 1986, nasceu em Almada no dia 29 de Dezembro de 1938.
Frequentou o Liceu D. Filipa de Lencastre. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, é a fundadora e presidente do Instituto de Apoio à Criança.
Em 1971, foi directora da Pousada de Raparigas e participou no programa “Um Dia Com...” da RTP, onde comentou as actividades desenvolvidas pela Pousada e pela Colónia Balnear Infantil de Albufeira, pertencentes ao Instituto de Obras Sociais.
O casal tem dois filhos, nascidos em 1972 e 1977, e três netos.  Manuela Ramalho Eanes acompanhou o marido, enquanto primeira-dama, em muitas visitas oficiais.   
Deslocou-se também a vários países (por exemplo, aos Estados Unidos da América e à Bélgica), para discutir vários assuntos importantes da actualidade social (drogas e abusos sexuais, entre outros). Manuela Eanes inaugurou uma nova forma de estar das primeiras-damas portuguesas, que até então tinham tido um papel apagado na vida pública e na participação social efectiva.
Em 1983, ainda em Belém, ajudou a criar o Instituto de Apoio à Criança, uma iniciativa anterior à aprovação da convenção dos Direitos da Criança pelas Nações Unidas.
Recebeu condecorações de diversos países (Vaticano, Espanha, Alemanha, Noruega, Brasil, Bulgária, Egipto, Congo e Luxemburgo). Foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique em Maio de 1997.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

JEFF LYNNE - Mercy Mercy


28 DE DEZEMBRO - JOHN LEGEND


EFEMÉRIDEJohn Legend, de seu verdadeiro nome John Roger Stephens, cantor, pianista e compositor norte-americano, vencedor do Oscar de Melhor Canção Original com “Glory” (filme “Selma”), nasceu em Springfield no dia 28 de Dezembro de 1978.
Os pais, cristãos praticantes, iniciaram-no na música, através da igreja.  A música Gospel e outras canções religiosas levaram-no a lançar-se de corpo e alma no mundo musical.
Colaborou com Slum Village na música “Selfish” (Top 100 nos EUA), música em que Kanye West também participou. Legend actuou no CD “Late Orchestration” de Kanye West, tocando piano ao vivo em Londres. Também fez o backing vocal em “Encore” de Jay-z, “You Don't Know My Name” de Alicia Keys e “High Road” do Fort Minor. Em 2005, cantou o clássico “With you I'm born again” com Mariah Carey, no especial Save The Music.
Estudou Inglês, com especialização em Literatura Afro-americana, na Universidade da Pensilvânia. Na faculdade, participou num grupo de jazz chamado Counterparts. Foi apresentado à cantora Lauryn Hill e tocou piano na faixa “Everything Is Everything” do primeiro álbum a solo desta cantora. Quando iniciou a faculdade em 1999, começou a compor as suas próprias músicas, gravando dois álbuns independentes que eram vendidos durante as suas apresentações: “John Stephens” (2000) e “Live at Jimmy Uptown” (2001).
Participou igualmente no álbum “How I Got Over” (2009), do grupo de rap americano, The Roots.
Em Dezembro de 2011, começou a namorar a modelo Chrissy Teigen, tendo-se casado com ela em Setembro de 2013, em Como na Itália. A música “All of me” foi escrita especialmente para a esposa.
Em 2012, a sua canção “Who Did That to You” fez parte da banda sonora do filme “Django Unchained” de Quentin Tarantino.
A canção galardoada com o Oscar em 2015 conquistou igualmente um Globo de Ouro.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

27 DE DEZEMBRO - NED MADDRELL


EFEMÉRIDE - Edward “NedMaddrell, pescador da Ilha de Man, considerado o último falante nativo da língua manesa no mundo, morreu em Douglas (Ilha de Man) em 27 de Dezembro de 1974. Nascera em Cregneash (na mesma ilha) no ano de 1877.
Era um acérrimo defensor da cultura e língua da Ilha de Man, lutando contra o declínio do manês, sobretudo na década de 1960, devido à forte influência do inglês no Reino Unido. Existem gravações dele, falando manês com outros pescadores (1948), uma sua iniciativa para preservar a língua.  
Desde o falecimento da senhora Sage Kinvig (1870/1962), Maddrell era a única pessoa que falava o manês desde a infância, enquanto outros o falavam como 2ª língua. Ned tinha crescido na cidade de Cregneash, onde toda a gente de então falava manês. Partiu para a faina do mar aos treze anos, podendo assim guardar bem viva a sua língua, que não era falada nas outras cidades, mas era utilizada pelos colegas pescadores que eram da sua terra natal.  
Nas suas horas livres era sempre voluntário para ensinar o manês a todas as pessoas interessadas. Criticava publicamente os governos britânico e manês pela sua inacção no domínio linguístico (1964).

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

26 DE DEZEMBRO - MAURICE UTRILLO


EFEMÉRIDE - Maurice Valadon Utrillo, pintor francês, nasceu em Paris no dia 26 de Dezembro de 1883. Morreu em Dax, em 5 de Novembro de 1955.
Filho da pintora Suzanne Valadon, tornou-se alcoólatra desde os 16 anos, tendo sido frequentemente internado num asilo de desintoxicação, a partir de 1901. Os seus estudos foram por isso afectados, mas as ocupações terapêuticas terão contribuído – talvez - para revelar o seu génio. Quando a mãe descobriu o talento do filho, ensinou-o a desenhar e a pintar.  A partir de 1910, dedicou-se inteiramente à pintura.  Produziu centenas de telas, tendo sido muito plagiado.
Pintou numerosos locais de Montmartre e dos subúrbios parisienses, tendo chegado à celebridade nos anos 1920. Desde 1923, foi enclausurado pela família, que temia o seu comportamento com o álcool. Utrillo dedicou-se, então, a uma intensa produção, sobretudo de cartões-postais. Foi condecorado pelo governo francês com a cruz da Legião de Honra, em 1929. 
Casou-se em 1935, aos 51 anos de idade. Deixou a bebida e tornou-se muito religioso. Viveu, porém, os últimos temos de vida mergulhado numa grande depressão.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

25 DE DEZEMBRO - LUCILA NOGUEIRA


EFEMÉRIDE - Lucila Nogueira, escritora, crítica e tradutora brasileira, morreu no Recife em 25 de Dezembro de 2016. Nascera no Rio de Janeiro em 30 de Março de 1950.
De origem luso-galaica, publicou vinte e cinco livros de poesia e vários de ensaio, além de muitos artigos em livros, revistas e sites da internet.
Viveu no Rio de Janeiro com intervalos de permanência entre esta cidade e o Recife. Era também tradutora, editora e contista, além de professora de Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa, Literaturas Africanas, Literatura Pernambucana, Criação Literária e Teoria Literária, na Universidade Federal de Pernambuco. Leccionou também disciplinas como Teoria da Poesia, Teoria da Ficção, Ideologia e Literatura, Literatura e Loucura, Literaturas de expressão portuguesa do século XX e Literatura hispano-americana.
O seu livro “Zinganares” foi publicado e lançado em Lisboa, em 1998, na embaixada do Brasil. Tem poemas e contos publicados em França, Espanha, Colômbia, México, Panamá, Estados Unidos, Turquia e Portugal. Foi a primeira brasileira a participar no Festival Internacional de Poesia de Medellín (2006), considerado o maior do mundo em público e participantes. Representou igualmente o Brasil no XII Festival Internacional de Poesia de Havana, no XV Encuentro de Mujeres Poetas en el País de las Nubes, realizado em Oaxaca, México, onde desenvolveu um atelier de Poesia e Conto para crianças e adolescentes das comunidades indígenas mexicanas. Representou também o Brasil no México, no IV Encuentro Iberoamericano de Poesía Carlos Pellicer Câmara, em Vila Hermosa, onde actuou num atelier literário de capacitação para docentes (2007).
Representou igualmente o Brasil no V Festival Internacional de Poesia de Granada, Nicarágua, em 2009; no II FipLima-Festival Internacional de Poesia do Peru (2013); e no I Festival de Poesia de Houston (2013, com o lançamento de uma colectânea trilingue).
Está incluída na “Antologia de Poetas Brasileños” editada em Madrid (2007) e na “Antologie Poétique Nantes Recife”, publicada no mesmo ano. O seu livro “Saudade de Inês de Castro” foi publicado em 2008 pelas Éditions Lusophones, em Paris. Tem igualmente poemas publicados na revista portuguesa “A Ideia” (2014) e numa revista turca (2013).
Organizou edições, congressos e eventos culturais. Participou na primeira comissão artística do Prémio de Literatura da Portugal Telecom e integrou a equipa brasileira no Seminário Internacional de Lusografias 
Sobre a sua obra poética já se pronunciaram vários críticos, escritores e professores do Brasil, Espanha, França, Portugal, Argentina e República Dominicana.
Como ensaísta, publicou “Ideologia e Forma Literária em Carlos Drummond de Andrade” (3ª edição em 2002) e “A Lenda de Fernando Pessoa” (2003), entre outros.
Tinha trinta e três contos inéditos, tendo publicado apenas sete (2001). Recebeu a Medalha Euclides da Cunha da Academia Brasileira de Letras (2009). Foi galardoada igualmente com a comenda e medalha Luiz de Camões do Gabinete português de Leitura de Pernambuco (2014).

domingo, 24 de dezembro de 2017

24 DE DEZEMBRO - THOMAS MURNER


EFEMÉRIDE - Thomas Murner, humanista, teólogo católico, poeta e polemista alemão, nasceu em Oberehnheim, perto de Estrasburgo, no dia 24 de Dezembro de 1475. Morreu na mesma localidade em 23 de Agosto de 1537. Lutou pela reforma da Igreja Católica e atacou o Luteranismo.
Em 1490, com 15 anos, entrou para a Ordem Franciscana e, em 1495, começou a viajar.  Foi ordenado padre em 1497. Esteve a ensinar e a estudar em Freiburg-im-Breisgau, onde recebeu os diplomas de bacharel e de doutor em Teologia, respectivamente em 1500 e 1506. Foi para Paris e, em seguida para Cracóvia, onde estudou Filosofia e Matemática, indo depois para Estrasburgo, Praga e Basileia.
O imperador Maximiliano I condecorou-o com o título de Poeta Laureado, em 1505. Em 1513, foi nomeado guardião do Mosteiro Franciscano em Estrasburgo, cargo a que teve de renunciar no ano seguinte devido à publicação de um livro polémico. Mais tarde, em 1518, começou a estudar Jurisprudência na Universidade de Basileia e, em 1519, recebeu o diploma de doutor em Direito.
No Verão de 1523, a convite de Henrique VIII, foi para a Inglaterra, onde os seus escritos haviam chamado a atenção de Thomas More. John Headley atribui a Murner o conhecimento de Thomas More sobre a natureza radical da eclesiologia de Lutero. Henrique VIII tinha a certeza de que Murner representava uma importante influência ortodoxa em Estrasburgo e ofereceu-lhe 100 libras e uma carta para os magistrados da cidade.
Depois desta residência e de uma viagem para Itália, estabeleceu-se novamente em Estrasburgo. Incomodado, porém, com a Reforma Protestante, foi para o exílio em Lucerna, na Suíça, em 1526. Em 1533, foi nomeado sacerdote em Oberehnheim, onde veio a falecer.
Murner era de um carácter apaixonado e enérgico, mas fazia inimigos por onde quer que passasse. As suas sátiras estão carregadas de agressividade e eram dirigidas contra a corrupção da sua época, a Reforma e, especialmente, contra Martinho Lutero. A sua sátira mais poderosa - e que se tornou a sátira alemã mais virulenta da época - foi “Von dem grossen Lutherischen Narren wie ihn Doctor Murner beschworen hat”. De entre outras, pode-se realçar “A Invocação dos tolos”, 1512; “A Sociedade dos Malandros”, 1512; “Die Gäuchmatt” (Basileia, 1519), que trata dos tolos apaixonados; e uma tradução da “Eneida” de Virgílio (1515) dedicada ao imperador Maximiliano I.
Murner também escreveu obras humorísticas, além de uma tradução das “Instituições”, de Justiniano (1519).

sábado, 23 de dezembro de 2017

23 DE DEZEMBRO - IPPOLIT BOGDANOVICH


EFEMÉRIDE - Ippolit Fyodorovich Bogdanovich, classicista russo, escritor de poesia, nasceu em Perevolochna, Ucrânia, no dia 23 de Dezembro de 1743. Morreu em Kursk, na Rússia, em 18 de Janeiro de 1803. É conhecido sobretudo pelo poema “Dushenka”, escrito em 1778.
Nascido numa família nobre ucraniana, Bogdanovich estudou na Universidade de Moscovo até 1761. A sua carreira literária começou dois anos depois, quando deu início à publicação de um jornal literário. Em 1766, tornou-se secretário na embaixada russa em Dresden. Três anos depois, foi para São Petersburgo, onde começou a editar o único jornal oficial regular da cidade, o “Vedomosti”, entre 1775 e 1782. Em 1788, foi nomeado director dos arquivos do estado, um cargo que ocupou ao mesmo tempo que traduzia Voltaire, Diderot e Rosseau, nas horas livres.
Foi em 1778 que Bogdanovich publicou o conhecido “Dushenka”. Este longo poema, que se assemelha a um épico herói-cómico, foi inspirado em “Psyché” de La Fontaine, um tema que tinha sido originalmente criado por Apuleio, mas que Bogdanovich adaptou engenhosamente como um conto tradicional russo. A edição final do trabalho foi publicada em 1783 e tornou-se imediatamente conhecida. A heroína convencional de La Fontaine foi apresentada por Bogdanovich como «uma menina real e moderna de uma família da baixa nobreza e de meios medianos». Após a sua publicação, Bogdanovich foi reconhecido como o melhor escritor de poesia leve e foi admitido no círculo literário da princesa Dashkova, ao mesmo tempo que a imperatriz Catarina II o contratou para escrever várias comédias para o Teatro Hermitage.
Em 1841, a obra mais conhecida de Bogdanovich já tinha quinze edições. Hoje em dia, é conhecida principalmente pelas ilustrações neoclássicas feitas por Fyodor Tolstoy e pelas citações que Pushkin utilizou nos seus trabalhos, principalmente em “Eugene Onegin”. De facto, “Dushenka” influenciou bastante Pushkin, principalmente durante a sua juventude, quando o leu durante os anos de liceu.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

22 DE DEZEMBRO - FILIPPO TOMMASO MARINETTI


EFEMÉRIDE - Filippo Tommaso Marinetti, escritor, editor, ideólogo, jornalista e activista político italiano, nasceu em Alexandria, no Egipto, em 22 de Dezembro de 1876. Morreu em Bellagio no dia 2 de Dezembro de 1944. Foi o fundador do movimento futurista, cujo manifesto foi publicado no jornal parisiense “Le Figaro”, em Fevereiro de 1909. O movimento estético denominado futurismo foi a primeira vanguarda histórica do século XX.
Filho de um comerciante rico, fez os estudos na sua cidade natal e, também, em Paris, Pádua e Génova, onde se formou em Direito e viveu durante muito tempo.
As suas primeiras obras foram poemas que escreveu para revistas literárias e, mais tarde. para a sua própria revista – “Poesia” (1904). Publicou no jornal “Le Figaro”, de Paris, o famoso manifesto em que mostrou a sua oposição às fórmulas tradicionais e académicas, expondo a necessidade de abandonar as velhas regras e criar uma arte livre e anárquica, capaz de expressar o dinamismo e a energia da moderna sociedade industrial. Este não foi o único movimento italiano de vanguarda, tendo sido - no entanto - o mais radical de todos, por pregar ruidosamente a anti-tradição. Indicava que as artes deviam ignorar o passado e tudo o que significasse tradição, e celebrar a velocidade, a era mecânica, a electricidade, o dinamismo e mesmo a guerra.
Com a Grande Guerra (1914/18), porém, o futurismo quase morreu juntamente com os seus artistas, mortos em combate ou vencidos pelo renascimento do tradicionalismo.
Alguns jovens artistas tentaram reavivá-lo depois da guerra, mas sem sucesso. No entanto, a sua influência sobre os movimentos modernos que se seguiram foi importante e duradoura.
Marinetti radicou-se definitivamente em Itália e glorificou a Primeira Guerra Mundial como «o mais belo poema futurista». Alistou-se no exército italiano e defendeu a intervenção italiana na guerra.
Entre obras teatrais, romances e textos ideológicos de sua autoria, citam-se “Le Roi bombance” (1909), “Mafarka le futuriste” (1910) e “Guerra sola igiene del mondo” (1915).
Casou-se em 1923 com Benedetta Cappa, de quem teve três filhas. Foi feito cavaleiro da Legião de Honra Francesa em 1930. Morreu vítima de crise cardíaca, aos 67 anos de idade.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

21 DE DEZEMBRO - JAMES LANE ALLEN


EFEMÉRIDE - James Lane Allen, escritor norte-americano, nasceu em Lexington, no Kentucky, em 21 de Dezembro de 1849. Morreu em Nova Iorque no dia 18 de Fevereiro de 1925.
Os seus trabalhos representaram com frequência a cultura e os dialectos da terra natal. As suas obras são características do regionalismo do final do século XIX, quando os escritores tentaram capturar o vernáculo nas ficções de que eram autores. Allen tem sido descrito como «o primeiro romancista importante do Kentucky».
A sua juventude, passada na terra natal, durante os períodos da Guerra Civil e da Reconstrução, influenciaram fortemente o que escreveu.
Allen licenciou-se na Universidade da Transilvânia em 1872 e leccionou em Fort Spring, Richmond e Lexington. De 1877 a 1879, ensinou Línguas Modernas na academia da Universidade do Kentucky, onde foi director. Em 1880, foi professor de Latim e Inglês no Colégio de Bethany, em Bethany, Virgínia Ocidental. Tornou-se depois director de uma escola particular em Lexington.
Posteriormente, desistiu do ensino e, em 1893, mudou-se para Nova Iorque, onde se dedicou unicamente à literatura. Ali viveu até ao seu falecimento. Foi também colaborador do “Harper's Magazine”, de “The Atlantic Monthly” e de outras revistas populares na época. Allen está sepultado no cemitério de Lexington.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

20 DE DEZEMBRO - JAMES HILTON


EFEMÉRIDE - James Hilton, escritor inglês de romances e de guiões para cinema, morreu em Long Beach, Califórnia, Estados Unidos, em 20 de Dezembro de 1954. Nascera em Leigh, Lancashire, em Inglaterra, no dia 9 de Setembro de 1900. A sua obra de maior destaque foi o romance de 1933 “Lost Horizon”, em que idealiza o mito de Shangri-La.
Realizou os primeiros estudos em Londres, onde o pai era mestre-escola e, em 1921, formou-se em História na Universidade de Cambridge (Christ's College). Na adolescência, já revelara uma marcante inclinação literária, escrevendo o seu primeiro romance, “Catherine Herself”, aos dezassete anos de idade. Escrevia também uma apreciada coluna semanal para o jornal universitário “Iris Independent”. Ao acabar os estudos, passou a colaborar em vários jornais e veio a iniciar uma carreira de sucesso no mundo literário. Publicou o seu segundo romance, “And Now Goodbye”, em 1931, conseguindo um discreto acolhimento do público e da crítica. O verdadeiro sucesso veio com “Goodbye Mr. Chips”, em 1934, romance sobre um velho professor, narrado de maneira singela e despretensiosa. O êxito trouxe-lhe a redescoberta de outros romances escritos anteriormente, principalmente “Rage in Heaven” (1932) e “Lost Horizon” (1933).
Este último, um verdadeiro best-seller, fala simbolicamente da ambição humana e do ideal de paz e sabedoria, tal como se manifesta no reino de Shangri-La. Combinando habilmente a aventura com uma bela mensagem, o romance recebeu o Prémio Hawthorden.
Em 1935, partiu para Hollywood, onde permaneceu até ao final da vida, escrevendo guiões originais e adaptações cinematográficas dos seus próprios romances. Tornou-se uma figura extremamente popular nos Estados Unidos, não somente pelos seus livros e filmes, mas também por artigos em revistas, críticas literárias e aparições na rádio.
Excelente narrador, sobre ele disse um crítico do “The New York Times”: «Poderia contar uma história absorvente e excitante sobre quase nada». Hilton escreveu muitos romances. Além dos já citados, destacam-se ainda: “Knight Without Armour”(1933), “We Are Not Alone” (1937), “Random Harvest” (1941), “So Well Remembered” (1945) e “Morning Journey” (1951).
Entre os seus trabalhos para o cinema, destacam-se a narração para “Madame Curie” (1943) e o guião de “A Dama das Camélias” (1956), além das adaptações que fez dos seus próprios romances, a maioria deles levados à tela com grande êxito. Trabalhou com prestigiados realizadores, entre eles Alfred Hitchcock. Ganhou o Oscar de Melhort Guião Adaptado em 1943, com “Mrs. Miniver”.  Escreveu igualmente alguns livros policiais.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

19 DE DEZEMBRO - NATHAN OLIVEIRA


EFEMÉRIDE - Nathan Oliveira, pintor, gravurista e escultor americano, filho de imigrantes portugueses, nasceu em Oakland no dia 19 de Dezembro de 1928. Morreu em Palo Alto, em 13 de Novembro de 2010.
Desde o final da década de 1950, participou em quase uma centena de exposições individuais, além de ter obras expostas em centenas de exposições de grupo e em importantes museus e galerias em todo o mundo.
Durante anos, leccionou Pintura no California College of Arts, onde se tinha licenciado (1951/52). Posteriormente, tornou-se professor da Universidade de Stanford, Universidade de Chicago e UCLA, entre outras.
Em 1999, Nathan Oliveira recebeu o título de comandante da Ordem do Infante D. Henrique, concedido por Portugal, pelas suas realizações artísticas e culturais.
Durante os seus anos em Stanford, ocupou posições como artista visitante no Colorado e no Havai. Também actuou como membro do conselho honorário da Humane Society Silicon Valley em Milpitas, Califórnia, de 2007 até à sua morte em 2010.
Nathan Oliveira é considerado um dos pioneiros do regresso ao figurativo na pintura americana, movimento que nasceu na Califórnia nos amos 1950. Com os seus colegas e amigos, respondeu assim ao expressionismo abstracto que dominava a arte naquela época, regressando ao imaginário tradicional.
Era doutor honoris causa (belas-artes) pelo San Francisco Art Institute (1996) e pelo California College of Arts and Crafts de Oakland (1968) e membro da Academia Americana de Artes e Ciências de Cambridge (1994) e da National Academy of Design de Nova Iorque (1982).

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

18 DE DEZEMBRO - ADOLFO LUTZ


EFEMÉRIDE - Adolfo Lutz, médico e cientista brasileiro, pai da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil, nasceu no Rio de Janeiro em 18 de Dezembro de 1855. Morreu na mesma cidade em 6 de Outubro de 1940. Foi pioneiro na área da epidemiologia e na pesquisa de doenças infecciosas.
Era o terceiro filho de um casal de suíços. Os Lutz formavam uma das famílias mais tradicionais de Berna desde o século XVI. O avô de Adolfo Lutz foi uma figura de destaque na história da medicina suíça, tendo chefiado o serviço médico do exército da Confederação Helvética durante cerca de vinte anos.
Os pais de Adolfo chegaram ao Rio de Janeiro no princípio de 1850, no auge da epidemia de febre amarela que causou milhares de mortes na capital brasileira, e ali nasceram quase todos os dez filhos do casal. Em 1857, decidiram voltar a Berna, talvez motivados pela insalubridade do Rio que, além de recorrentes surtos de febre amarela, fora atingido também por uma devastadora epidemia de cólera em 1855. Adolfo tinha, portanto, dois anos quando foi conhecer a terra onde tinham nascido os seus antepassados.
Adolfo Lutz estudou medicina na Suíça, licenciando-se em 1879 na Universidade de Berna. Depois, foi estudar técnicas de medicina experimental em vários centros médicos de Londres, Lípsia (Alemanha), Viena, Praga e Paris (onde estudou com Louis Pasteur).
Regressado ao Brasil em 1881, começou por trabalhar como clínico geral em Limeira (São Paulo) durante seis anos. Desejando seguir a carreira como pesquisador, foi para Hamburgo (Alemanha), onde se especializou em doenças infecciosas e em medicina tropical.
Com o aumento da sua fama, foi convidado para assumir o cargo de director do Hospital Kalihi no Havai, onde fez pesquisas sobre hanseníase. Depois disso, trabalhou na Califórnia, antes de voltar para o Brasil em 1892, atendendo ao convite do governador de São Paulo para dirigir o Instituto de Bacteriologia. Mais tarde, este instituto seria baptizado de Instituto Adolfo Lutz em sua homenagem. A cidade de Santos sofreu uma severa epidemia de peste bubónica e Lutz foi trabalhar com outros dois jovens médicos brasileiros, Emílio Ribas e Vital Brazil. Brazil e Lutz tornaram-se amigos, sendo que este dava suporte às pesquisas pioneiras de Vital Brazil sobre antídotos para picadas de cobra, contribuindo decisivamente para a criação de outro instituto (Instituto Butantan) em São Paulo, totalmente dedicado àquele tipo de pesquisas.
Lutz foi o primeiro cientista latino-americano a estudar e confirmar os mecanismos de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypti, uma espécie de mosquito que é um reservatório natural e vector desta doença. Foi também o responsável pela identificação do blastomicose sul-americano. A sua dedicação à saúde pública fez com que lutasse e pesquisasse sobre várias epidemias de diversas regiões do Brasil, como a cólera, peste bubónica, febre tifóide, malária, ancilostomíase, esquistossomose e leishmaniose.
Outra das suas maiores realizações foi o seu pioneirismo sobre a Entomologia Médica e as propriedades terapêuticas das plantas brasileiras. Como zoologista, descreveu várias novas espécies de anfíbios e insectos, como o Anopheles lutzii (uma espécie de mosquito).
Depois de reformado em 1908, Adolfo Lutz mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro (Instituto Oswaldo Cruz), onde trabalhou durante mais 32 anos. 

domingo, 17 de dezembro de 2017

17 DE DEZEMBRO - D. MARIA I DE PORTUGAL


EFEMÉRIDED. Maria I (Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança), rainha de Portugal e Algarves de 1777 até 1815 e também rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a partir do final de 1815 até à sua morte, nasceu em Lisboa no dia 17 de Dezembro de 1734. Morreu no Rio de Janeiro em 20 de Março de 1816. Era apelidada de “Piedosa” (em Portugal) e de “Louca”, no Brasil. De 1792 até ao seu falecimento, o filho mais velho, João, actuou como regente do reino em seu nome devido à sua doença mental.
Quando o seu pai subiu ao trono em 1750 como D. José I, Maria tornou-se sua herdeira presuntiva e recebeu os títulos tradicionais de princesa do Brasil e duquesa de Bragança.
O seu primeiro acto como rainha, iniciando um período que ficou conhecido como a Viradeira, foi a demissão e exílio da corte do marquês de Pombal, a quem nunca perdoara a forma brutal como tratou a família Távora durante o Processo dos Távoras. Rainha amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses fugidos ao terror da Revolução Francesa (1789/99). Era, no entanto, dada à melancolia e ao fervor religioso, de tal modo que quando ladrões entraram numa igreja e espalharam hóstias pelo chão, decretou nove dias de luto, adiou os negócios públicos e acompanhou a pé, com uma vela, a procissão de penitência que percorreu Lisboa.
O seu reinado foi de grande actividade legislativa, comercial e diplomática, na qual se pode destacar o tratado de comércio que assinou com a Prússia em 1789. Desenvolveu a cultura e as ciências, com o envio de missões científicas a Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, e a fundação de várias instituições, entre elas a Academia Real das Ciências de Lisboa e a Real Biblioteca Pública da Corte. No âmbito da assistência, fundou a Casa Pia de Lisboa. Fundou ainda a Academia Real de Marinha, para formação de oficiais da Armada.
Em Janeiro de 1785, promulgou um alvará impondo pesadas restrições à actividade industrial no Brasil. Durante o seu reinado ocorreu o processo, condenação e execução do alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Mentalmente instável, desde Fevereiro de 1792, foi obrigada a aceitar que o filho tomasse conta dos assuntos de Estado. Obcecada com as penas eternas que o pai estaria sofrendo no inferno, por ter permitido a Pombal perseguir os jesuítas, via-o como «um monte de carvão calcinado».
Para a tratar, veio de Londres o Dr. Willis, psiquiatra e médico real de Jorge III, enlouquecido em 1788, mas de nada adiantaram os seus «remédios evacuantes».
Em 1799, a sua instabilidade mental agravou-se com os lutos pelo seu marido e por um filho, a marcha da Revolução Francesa e a execução do rei Luís XVI de França na guilhotina.
A família real portuguesa transferiu-se para o Brasil (1807) devido ao receio de ser deposta, à semelhança do que ocorrera nos países recentemente invadidos pelas tropas francesas.  Portugal ficou a mercê do invasor. Junot invadiu Lisboa, sendo nomeado governador de Portugal. Em Agosto de 1808, o duque de Wellington desembarcou em Portugal e iniciou-se a Guerra Peninsular. Entre 1809 e 1810, o exército luso-britânico lutou contra as forças invasoras de Napoleão, nomeadamente na Batalha do Buçaco. Quando Napoleão foi derrotado em 1815, Maria e a família real encontravam-se ainda no Brasil. Dos membros da realeza, porém, foi D. Maria a que se manteve mais calma, chegando a declarar: «Não corram tanto, vão pensar que estamos a fugir».
Incapacitada, Maria viveu no Brasil durante oito anos, sempre infeliz. Faleceu no Convento do Carmo, no Rio de Janeiro, aos 81 anos de idade. Após as cerimónias fúnebres, o seu corpo foi sepultado no Convento da Ajuda, também no Rio. Com a sua morte, o príncipe regente João foi aclamado rei de Portugal, Brasil e Algarves.
Em 1821, após o retorno da família real a Portugal, os seus restos mortais foram transladados para Lisboa e sepultados num mausoléu na Basílica da Estrela, igreja que ela mesma mandara erigir.

sábado, 16 de dezembro de 2017

NATAL 2017



 Vou viver este Natal,
Na ânsia de partir.
A solidão faz-me mal,
Tenho pressa de sair…
                                                                                              

Gabriel de Sousa

16 DE DEZEMBRO - JAMES McCRACKEN


EFEMÉRIDE - James McCracken, tenor norte-americano, nasceu em Gary, Indiana, em 16 de Dezembro de 1926. Morreu em Nova Iorque no dia 29 de Abril de 1988. O jornal de renome mundial “The New York Times” descreveu-o como «o tenor dramático de maior sucesso dos Estados Unidos e o pilar do Metropolitan Opera durante as décadas de 1960 e 1970».
A sua primeira experiência musical foi a cantar num coral de crianças da igreja. Quando interveio na Segunda Guerra Mundial, integrando a marinha norte-americana, também cantou no Blue Jacket Choir. Estudou música na Universidade de Columbia e com Elsa Seyfert em Konstanz, na Alemanha.
McCracken fez a sua estreia profissional operística em 1952, com a Ópera da Cidade Central, como Rodolfo, na ópera “La Bohème” (Giacomo Puccini). Cantou também em papéis menores no Metropolitan Opera de 1953 até 1957, enquanto continuava a estudar. Em 1957, mudou-se para a Europa e fez a sua estreia na Ópera Estatal de Viena. Fez grande sucesso igualmente com a Ópera de Zurique. Desde 1963, tornou-se um dos principais tenores dramáticos do Metropolitan Opera de Nova Iorque, cantando nas produções de “Otello” (1963 e 1972), “Carmen” (1972), “Aida” (1976), “Le Prophète” (1977) e “Tannhäuser” (1978).
McCracken fez inúmeras gravações, incluindo: “Le Prophète” (com Marilyn Horne e Renata Scotto, em 1976), “Carmen” (conduzido por Leonard Bernstein em 1972), “Fidelio” (com Birgit Nilsson em 1964), “Otello” (com Gwyneth Jones em 1968) e “Pagliacci” (1967).
Casou-se com a mezzo-soprano Sandra Warfield, com quem apresentou a obra “Sansão e Dalila” de Saint-Saëns no Metropolitan. Voltou a actuar nesta sala, algumas semanas antes da sua morte, aos sessenta e um anos de idade.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

15 DE DEZEMBRO - JOE D'AMATO


EFEMÉRIDE - Joe D'Amato, de seu verdadeiro nome Aristide Massaccesi, fotógrafo, cenarista, produtor e realizador de cinema italiano, nasceu em Roma no dia 15 de Dezembro de 1936. Morreu na mesma cidade em 23 de Janeiro de 1999.
Considerado o cineasta italiano mais prolífico de todos os tempos, com mais de 200 filmes realizados, produzidos ou fotografados, foi autor de numerosos filmes de horror e pornográficos. Privilegiando o lado comercial, em que era exímio, escolhia os filmes que estivessem mais na moda, tendo feito mesmo alguns westerns. O erotismo, porém, seria o fio condutor da sua carreira, sobretudo a partir dos anos 1980 e até ao fim da sua vida. Usou muitos pseudónimos para assinar os seus filmes, alguns mesmo femininos.
Duas das suas obras mais controversas foram “Antropophagus”, que continha uma cena de autocanibalismo ultra-chocante, e “Blue Holocaust”, sobre necrofilia. Estas películas traumatizaram numerosas pessoas, mas deram a D’Amato, em contrapartida, a notoriedade de ser um “mestre do horror”.
Faleceu de crise cardíaca. Um boato persistente dizia que teria morrido durante a rodagem de um filme porno no seu domicílio romano.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

14 DE DEZEMBRO - LUPERCIO LEONARDO DE ARGENSOLA


EFEMÉRIDE - Lupercio Leonardo de Argensola, poeta, historiador e dramaturgo espanhol, nasceu em Barbastro, Huesca, no dia 14 de Dezembro de 1559. Morreu em Nápoles, em Março de 1613.
Notável pela obra poética, de estilo clássico, e por ser um dos fundadores do teatro clássico espanhol, contribuiu para a escola renascentista do final do século XVI com duas tragédias que chegaram até aos nossos dias, “Isabela” e “Alejandra”, escritas durante a sua juventude. As poesias de sua autoria foram reunidas e publicadas pelo seu filho Gabriel juntamente com as do irmão, o também poeta, Bartolomé, com o título de “Rimas” (1634). Cronista do Reino de Aragão, publicou obras sobre as Alterações de Aragão e continuou o trabalho dos Anais da Coroa de Aragão.
Estudou Filosofia e Jurisprudência em Huesca e Retórica e História em Saragoça.  Concluídos estes estudos, mudou-se para Madrid, onde frequentou as academias poéticas e adoptou o pseudónimo de “Bárbaro”, jogando com o nome de Mariana Bárbara de Albión, com quem se casou em 1587.
Enquanto morou em Madrid, ocupou vários cargos públicos. Foi nomeado cronista-mor do Reino de Aragão em 1599, cargo que ocupou até à sua morte.
Com a morte da imperatriz Maria da Áustria, de quem era secretário, em 1603, Argensola deixou a corte e foi morar na sua propriedade de Monzalbarba, uma aldeia nos arredores de Saragoça. Em 1610, ao ser nomeado vice-rei de Nápoles o conde de Lemos, seguiu com ele, como seu secretário. Foi um dos principais impulsionadores da Academia dos Ociosos. Uma doença repentina causou-lhe, porém, a morte.
Apaixonado pelos clássicos, admirou principalmente os poetas Horácio e Marcial. A sua poesia é conhecida pelas suas raízes clássicas e um carácter moralizante. Escreveu sonetos, tercetos, canções, epístolas e sátiras.
Compôs também as tragédias “Filis”, “Alejandra” e “Isabela”, que foram elogiadas por Cervantes e que datam aproximadamente de 1580. Considerava imorais as comédias da época.
Como cronista, escreveu uma “Información de los sucesos de Aragón en 1590 y 1591”, documento histórico com base nos motins ocorridos em consequência do asilo concedido a Antonio Pérez em Aragão.
Demonstrou também domínio da poesia satírica, utilizando na justa medida a linguagem coloquial e o dito popular. Nas suas próprias declarações, afirmou escrever sátiras contra os vícios e não contra os indivíduos. Traduziu igualmente seis odes de Horácio de forma exemplar.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

13 DE DEZEMBRO - MARÍA TERESA LEÓN


EFEMÉRIDE - María Teresa León Goyri, romancista, ensaísta, dramaturga e cenarista espanhola, morreu em Madrid no dia 13 de Dezembro de 1988. Nascera em Logroño, em 31 de Outubro de 1903.
Filha de um coronel do exército espanhol, María Teresa cresceu numa casa rica e cheia de livros. Viveu em Madrid, Barcelona e Burgos. Leu numerosos livros de autores conhecidos como Victor Hugo, Alexandre Dumas e Benito Pérez Galdós.
Em virtude da mobilidade das funções ocupadas pelo pai, o nomadismo marcou profundamente a sua vida. A mãe enviou-a estudar na Institución Libre de Enseñanza, onde uma tia era professora. Licenciou-se em Filosofia e Letras.
Fez parte do grupo literário “Geração de 27”. No fim da guerra civil, exilou-se em França e depois na Argentina. Só voltou a Espanha em 1977.
Foi esposa do jornalista e escritor Gonzalo de Sebastián Alfaro e do poeta Rafael Alberti. Faleceu aos 85 anos.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

12 DE DEZEMBRO - PEDRO DE CRISTO


EFEMÉRIDE - Pedro de Cristo, compositor português do Renascimento, morreu em Coimbra no dia 12 de Dezembro de 1618. Nascera na mesma localidade entre 1545 e 1550. Foi um dos mais importantes polifonistas portugueses dos séculos XVI e XVII.
D. Pedro de Cristo passou a maior parte da sua vida em Coimbra, no Mosteiro de Santa Cruz, onde tomou hábito em 1571, embora tivesse estado também no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, pertencente à mesma congregação.
Mestre de capela do mosteiro, cargo de que foi titular a partir de 1597, ele foi ao mesmo tempo professor de música, cantor e tangedor de vários instrumentos, nomeadamente de tecla, harpa e flauta.
Dom Pedro - cujo nome secular era Domingos - pode ser considerado um dos maiores polifonistas do século XVI no domínio da música religiosa. É como compositor que tem o seu lugar na história, com a sua vasta obra vocal polifónica de 3 a 6 vozes, constituída por inúmeros motetos, responsórios, salmos, missas, hinos, paixões, lamentações, versos aleluiáticos, cânticos e vilancicos espirituais.
Pouco conhecido, em virtude da sua obra não ter sido ainda publicada na totalidade, é possível – todavia - avaliar a qualidade e o número dos seus trabalhos, através do que foi publicado sobre ele por Ernesto Gonçalves de Pinho, com alguns dados biográficos inéditos e uma informação valiosa sobre as suas obras, ainda manuscritas.
As informações que chegaram aos nossos dias sobre ele dizem respeito à “Crónica da Fundação de S. Vicente de Fora da Cidade de Lisboa”, da autoria de D. Marcos da Cruz, e ao “Rol dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho” da autoria de D. Gabriel de Santa Maria.
Das cerca de 220 peças musicais que compõem aproximadamente a totalidade da sua obra, apenas uma dúzia e meia foi publicada em notação musical actual. Elaboradas com simplicidade e elegância, inspiradas ou não na temática gregoriana, mantendo - por um lado - aquela técnica rigorosa herdada da maneira de compor quatrocentista de influência flamenga, conseguiu - por outro lado - libertar-se dos apertados esquemas de imitação nas linhas melódicas, de forma a produzir um contraponto de construção sóbria afastada dos grandes efeitos, mas que realça com clareza a palavra do texto sagrado.
As suas composições manuscritas encontram-se maioritariamente na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

11 DE DEZEMBRO - VÍCTOR BALAGUER


EFEMÉRIDE - Víctor Balaguer i Cirera, político, jornalista, poeta, dramaturgo e historiador espanhol, nasceu em Barcelona no dia 11 de Dezembro de 1824. Morreu em Madrid, em 14 de Janeiro de 1901. Conhecido como O trovador de Montserrat, ele foi uma das figuras principais da Renaixença.
Era filho único de um médico que morreu em 1834, deixando-o órfão de pai ainda criança. O relacionamento com a mãe foi sempre muito difícil, pois ela queria que ele fosse médico ou advogado e ele sentia-se vocacionado para a Literatura, o que tornava a convivência entre os dois cada vez mais difícil.
Em 1838, com apenas 14 anos de idade, publicou o seu primeiro drama histórico “Pepino, o Corcunda” e muitos outros vieram depois. Em 1843, obteve fama com “Henrique, o Dadivoso”. Então, entrou em confronto com a mãe, que acabou por deserdá-lo e ele precisou de escrever cada vez mais obras para poder sustentar-se. Balaguer ingressou na Universidade de Barcelona, onde entrou em contacto com as obras de Voltaire, Rousseau, Dumas, Victor Hugo e Walter Scott, entre outros. Nessa época, começou a colaborar com o jornal “El Hongo”.
Em 1845, depois de uma acalorada discussão com a mãe, mudou-se para Madrid sem ter concluído os estudos universitários e passou a levar uma vida por conta própria na capital. Começou a trabalhar para o escritor e editor Wenceslao Ayguals de Izco, que lhe ofereceu trabalho como tradutor espanhol para escritores franceses da época, que foram publicados na colecção “Museo de las Hermosas”. Esta situação durou somente alguns meses pois, devido à incerteza económica, Balaguer voltou para Barcelona, onde continuou a trabalhar como tradutor e jornalista. Em 1847, foi nomeado Poeta Oficial do Liceu. Mais tarde, também seria o Teatrólogo Principal, o que lhe deu muita popularidade a nível local.
Em 1851, casou-se com Manuela Carbonell i Català.  Um ano depois, fez uma série de palestras sobre a história da Catalunha, na Sociedade Filarmónica de Barcelona.
Durante a década de 1850, entrou em contacto com os generais Baldomero Espartero e Juan Prim y Prats e aderiu ao Partido Progressista, aumentando gradualmente o seu peso e influência dentro do partido. Foi nesse período que começou a recuperar a memória histórica da antiga Coroa de Aragão.
Também nessa época, começou a reivindicar a língua catalã como língua literária. O seu primeiro poema em catalão, “A la Verge de Montserrat”, foi publicado em 1857. Aos poucos, tornou-se muito activo no processo da Renaixença e da literatura catalã, promovendo a restauração dos Jogos Florais em Maio de 1859 e tornando-se membro do primeiro conselho. Deu também início aos seus primeiros textos historiográficos. Após os Jogos, foi para Itália trabalhar como correspondente, na Segunda Guerra de Independência Italiana. Entre 1860 e 1864, publicou em cinco volumes a “História da Catalunha e da Coroa de Aragão”, que foi um êxito de vendas sem precedentes e no qual Balaguer criticava o modelo da monarquia federal e a tradição de pactos entre as pessoas e o rei.
Entre 1865 e 1867, Balaguer ficou exilado na Provença por ter participado na conspiração do general Juan Prim y Prats. Aqui, conheceu Frédéric Mistral em 1865 e pôde participar em diversas actividades culturais.
Em 1867, voltou à Catalunha. Depois disso e durante todo o Sexénio Revolucionário envolveu-se activamente na política espanhola. Foi nomeado ministro do Exterior (1871) e das Obras Públicas (1872). Voltou a ocupar o cargo de ministro do Exterior em 1886.
A esposa morreu em 1881. Por não deixar descendentes, Víctor Balaguer entregou, em 1884, a sua pequena fortuna para a construção da Biblioteca Museu Víctor Balaguer, em Vilanova i la Geltrú, um serviço público que doou à cidade como gratidão por ter sido escolhido como membro do Parlamento por aquela localidade desde 1869. O seu legado foi colocado naquela instituição que, actualmente, conserva a sua biblioteca de 22 000 livros e a sua colecção de arte, na qual se destacam algumas peças egípcias, orientais e pré-colombianas, muito raras naquela época na Catalunha. Balaguer foi membro da Real Academia Espanhola e da Real Academia da História.

domingo, 10 de dezembro de 2017

10 DE DEZEMBRO - JOSÉ MÁRIO VAZ


EFEMÉRIDE - José Mário Vaz, conhecido como Jomav, economista e político guineense, presidente da Guiné-Bissau desde Junho de 2014, nasceu em Cacheu no dia 10 de Dezembro de 1957.
Economista licenciado em Portugal, José Mário Vaz apresenta-se como um homem que imprime rigor na administração pública e é um acérrimo defensor do trabalho, tendo já sido presidente da Câmara Municipal de Bissau e ministro das Finanças do governo deposto pelo golpe de Estado de 2012. José Mário Vaz, militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) desde 1989, é também conhecido como ‘o homem do 25’ por ter conseguido pagar pontualmente os ordenados da função pública no dia 25 de cada mês, quando era ministro das Finanças.
José Mário Vaz foi eleito presidente à segunda volta (61,9% dos votos), depois do PAIGC - que o apoiou -  ter conquistado a maioria absoluta nas legislativas, as primeiras eleições realizadas na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de Abril de 2012. As eleições permitiram normalizar as relações diplomáticas e de cooperação com a generalidade da comunidade internacional, que não tinha reconhecido as autoridades de transição nomeadas depois do golpe militar.

sábado, 9 de dezembro de 2017

9 DE DEZEMBRO - ANTÓNIO LOPES FERREIRA


EFEMÉRIDE - António Lopes Ferreira, também conhecido pelo pseudónimo ‘Ventura do Paço’, escritor e empresário português, nasceu em Vila do Conde no dia 9 de Dezembro de 1919. Morreu na mesma cidade em 22 de Setembro de 2000.
Frequentou a Escola Primária Conde Ferreira, em Vila do Conde, e a Escola Secundária Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, tendo depois ingressado no ensino superior, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Enquanto frequentava a faculdade, foi chamado a cumprir o serviço militar em Tavira, sendo depois destacado para a Ilha Terceira, nos Açores. Organizou grupos de teatro e escreveu poemas onde extravasava a saudade da sua terra natal.
Quando terminou o serviço militar, regressou a Vila do Conde e enveredou pelo negócio do pai: oficina, serralharia, pichelaria e acessórios de bicicletas, afirmando-se rapidamente no mercado local. Sendo, na cidade, pioneiro no negócio de automóveis, construiu, na sua casa comercial, e ofereceu aos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde um dos seus primeiros carros a motor, assim como um Austin (marca automóvel da qual era agente), que actualmente se encontram expostos no Museu dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde. Foi também pioneiro na venda de botijas de gás e dos motores Rabor.
Em Dezembro de 1957, contraiu matrimónio com Rosa Ribeiro Trabulo, natural de Braga, com quem teve seis filhos.
Como curiosidade, a casa onde viveu a partir da década de 1960, situa-se na rua onde viveram grandes vultos da literatura portuguesa, como Antero de Quental e Camilo Castelo Branco.
Foi sempre bairrista e apaixonado por Vila do Conde, tendo - ao longo da vida - dirigido e dado a sua colaboração a várias associações e colectividades vila-condenses. Foi catequista e colaborador da Igreja, foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde durante vários anos consecutivos e fez parte da direcção do Círculo Católico de Operários de Vila do Conde (onde era o sócio nº 2). Foi presidente da Comissão Municipal de Turismo e vereador da Câmara Municipal. Nos anos 1959/1961, exerceu os cargos de presidente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Vila do Conde e presidente do Rio Ave FC.
António Lopes Ferreira foi um grande impulsionador das Festas de São João, tendo sido presidente da comissão organizativa. Usou também a sua influência para a restauração da Fonte de São João e do Mirante da Praia do Mar à Vista. Foi igualmente um dos principais mentores da geminação de Vila do Conde com o Ferrol. Escreveu letras de música para o Orfeão do CCO de Vila do Conde e para o MAPADI da Póvoa de Varzim.
Foi colaborador e cronista de algumas revistas e jornais, portugueses e estrangeiros, entre eles: “Revista Náutica”, a “Flâmula”, o “Século Ilustrado”, a “Voz do Planalto”, a “Província de Bié”, o “Açoriano Oriental”, o “Jornal de Cerveira”, o “Jornal de Notícias”, o “La Voz de Galicia”, e localmente, a “Tribuna de Vila do Conde”, a “Renovação” (com o pseudónimo ‘Robin de Portugal’) e o “Terras do Ave”.
O pseudónimo ‘Ventura do Paço’, que muito utilizou, era uma homenagem ao seu avô Boaventura Lopes Ferreira e a sua avó Ermelinda Leites do Paço. Para colecções policiais, como a ‘Colecção Corvo’, usou o pseudónimo ‘Alf Land’ ou ‘Harry Lime’.
A sua obra literária estende-se de 1937 a 1996. Na década de 1950, foi galardoado com numerosos prémios em jogos florais e outros certames literários. Faleceu aos 80 anos de idade.

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Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...