quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Fernando Gonçalves Namora, escritor português, faleceu em Lisboa no dia 31 de Janeiro de 1989. Nascera em Condeixa-a-Nova, em 15 de Abril de 1919. Licenciou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, tendo exercido a profissão na sua terra natal, na Beira Baixa e no Alentejo. Foi também assistente no Instituto Português de Oncologia.
Estreou-se com um livro de poesia (Relevos) em 1938. Nesse mesmo ano, publicou o romance As Sete Partidas do Mundo, que venceu o Prémio Almeida Garrett. Escritor neo-realista, Fernando Namora era dotado de uma profunda capacidade de análise psicológica e de uma linguagem imensamente poética. Para além de poesia e romances, escreveu contos, novelas, memórias, narrativas de viagem e biografias romanceadas.
Entre os seus livros de prosa, salienta-se Casa da Malta (1945), Retalhos da Vida de um Médico (1949 e 1963), A Noite e a Madrugada (1950), O Trigo e o Joio (1954), Domingo à Tarde (1961), Prémio José Lins do Rego, e Os Clandestinos (1972).
A sua produção poética foi reunida num só livro, intitulado As Frias Madrugadas e publicado em 1959.
Os romances Domingo à Tarde e Retalhos da Vida de um Médico foram adaptados ao cinema. Deste último foi também realizada uma série televisiva. É dos escritores portugueses mais divulgados no estrangeiro.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

DESPENALIZAÇÃO DA IVG – Referendo 11 de Fevereiro
Aceitando o simpático repto de uma visitante deste blog, vou explanar de modo sucinto a minha opinião sobre o Referendo do dia 11 de Fevereiro

1 - VOTAR NÃO

- Mantém a lei actual. A IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez) continuará a ser ilegal e portanto a mulher que a quiser fazer terá de utilizar o serviço de parteiras clandestinas, com ausência de cuidados de higiene e, muitas vezes, com desconhecimentos técnicos. Porventura, posteriormente, com recurso a hospitais, para remediar complicações, infecções, perdas de sangue e, ainda por cima, pondo em risco a própria vida. Por fim, como se não fosse já suficiente, sujeitar-se à justiça penal, se for denunciada.
- Para as que têm condições económicas para isso, continua a fomentar-se a ida a Espanha (há clínicas junto da fronteira), a Londres ou a outro qualquer país desta Europa Medieval, como disse a Laurinda Alves ontem na Televisão, com uma "santa ignorância".
- Certas religiões, certos padres, o Papa, são pelo não. Mas que mal há nisso? Respeitemo-los! Oxalá eles respeitassem o lado contrário. Ninguém obriga as suas seguidoras a abortar. São mulheres livres... Ou não? Serão mulheres condicionadas? Pretende-se apenas que as mulheres que a queiram fazer, o façam de modo consciente, informado e responsável, e que não sejam penalizadas nem presas por isso. Doutro modo, limitam-se a dizer-lhes que é pecado, depois confessam-nas e perdoam-lhes, mediante uma qualquer penitência. Santa hipocrisia!

2 - VOTAR SIM

- É não penalizar as mulheres que decidem abortar até às 10 semanas.
- É dar às mulheres a possibilidade de o fazerem através do Serviço Nacional de Saúde, em condições humanas e como um acto médico normal.
- É acabar com as parteiras clandestinas.
- É acabar com as deslocações a Espanha para abortar.
Até há publicidade dessas clínicas na Imprensa portuguesa!- É evitar filhos indesejados e o abandono frequente após a nascença, vivos ou mortos.- É não fornecer tantas crianças para a adopção. Até já há casais, mesmo aqui em Portugal, que se dão ao luxo ou extravagância de adoptar uma criança de cada raça. Ao que isto chegou! Embora estas crianças possam vir a ser felizes, é o que mais desejo, ousaria (sem ofensa) chamar a isto coleccionismo.
- É desejar que se criem mais Consultas de Planeamento Familiar e se divulgue o uso de métodos contraceptivos.
- É adaptar as leis à realidade e a realidade é que as AVG continuarão sempre a ser feitas, o problema é decidir como, onde e em que condições.

CONCLUINDO:

- VOTAR NÃO, É DIZER NÃO A UMA VIDA DIGNA, DESEJADA, QUE NÃO SEJA OBRA DO ACASO OU DE "ACIDENTES".

- VOTAR SIM, É DIZER SIM A UMA VIDA DIGNA, TANTO DOS PAIS COMO DOS FILHOS DESEJADOS. DIZER SIM É TER RESPEITO PELA VIDA DA MULHER. DIZER SIM É DIVULGAR O USO DE CONTRACEPTIVOS.
EFEMÉRIDE - Damião de Góis, historiador e grande filósofo humanista português, nasceu em Alenquer, no dia 30 de Janeiro de 1574. Morreu na mesma localidade, em 2 de Fevereiro de 1502. Grande figura do Renascimento Português, foi um verdadeiro traço de união entre Portugal e a Europa culta do século XVI.
De família nobre, após a morte do seu pai, passou dez anos da infância na corte de D. Manuel I, como moço de câmara. Em 1523, foi colocado por D. João III em Antuérpia. Efectuou várias missões diplomáticas e comerciais na Europa, entre 1528 e 1531, visitando a Polónia, Lituânia, Dinamarca, Alemanha, Suécia, França e Itália. Em 1533, abandonou o serviço oficial e dedicou-se exclusivamente aos seus objectivos humanistas. Esteve em Basileia, em 1534, onde se tornou amigo íntimo de Erasmo, que o guiou nos estudos. Estudou depois em Pádua, entre 1534 e 1538, fixando-se seguidamente em Lovaina, durante seis anos.
Em 1548, foi nomeado Guarda-Mor dos Arquivos Reais da Torre do Tombo e, dez anos mais tarde, foi escolhido para escrever a Crónica oficial do Rei D. Manuel I, que foi completada em 1567. Certos trabalhos seus, no entanto, desagradaram a alguns nobres e, em 1571, Damião de Góis foi preso pela Inquisição. Abandonado mais tarde, até pela família, apareceu morto na sua casa de Alenquer, em condições muito misteriosas.
Além de todas as obras que nos deixou, também compôs música e traduziu várias obras do latim para português.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Anton Pavlovitch Tchekhov, escritor e dramaturgo russo, considerado um dos mestres do conto moderno, nasceu em Taganrog, na Ucrânia, em 29 de Janeiro de 1860 (calendário gregoriano), tendo morrido em Badenweiler, na Alemanha, em 2 de Julho de 1904, vítima de tuberculose.
O pai, antigo servo, deu-lhes no entanto uma educação esmerada, possibilitando-lhe a frequência de um dos melhores liceus da cidade. Além disso, teve aulas de francês e de música. Tchekhov cedo ficou fascinado pelo teatro, apenas não o frequentando mais vezes devido às dificuldades económicas da família. Como não era permitida a entrada a crianças, chegou a disfarçar-se de adulto, com uma barba postiça, para poder entrar.
Em 1877, a família mudou-se para Moscovo, para fugir às dívidas e ao risco de prisão do pai. Só Anton, com um irmão, ficou em Taganrog para acabar o liceu.
Em 1879, beneficiando de um subsídio de 25 rublos mensais da sua cidade, foi para Moscovo, reencontrando a família, que continuava a viver com sérias dificuldades. Estudou depois medicina, dando aulas particulares para sobreviver. Dedicou-se à leitura de diversos escritores, como Shakespeare, Cervantes, Victor Hugo, Harriet Beecher Stowe e Leon Tolstoi, e colaborou em variadíssimas publicações, conseguindo assim amealhar algum dinheiro.
Houve um período, no segundo semestre de 1890, em que viajou muito, documentando-se para a elaboração das suas obras. Esteve na ilha Sakalina, em Vladivostok, em Odessa e em Ceilão, regressando a Moscovo no fim do ano.
Os seus primeiros romances foram publicados, por capítulos, em diversos periódicos, o que juntamente com algumas encenações de peças de teatro, já lhe permitia viver com desafogo. Simultaneamente exercia a actividade de médico, mas sem exigir qualquer pagamento. Colaborou ainda, com o seu trabalho e na angariação de fundos, em diversos casos de epidemia.
Em 1895, viajou pela Europa ocidental, aproveitando para adquirir vários livros para oferecer à biblioteca da sua terra natal, como passou a ser seu hábito em todas as viagens. Continuou a escrever até à sua morte, peças de teatro, ensaios, contos, novelas e romances. Financiou a construção de várias escolas.

domingo, 28 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - José Julián Martí, poeta, pensador e revolucionário cubano, filho de pais espanhóis, nasceu em Havana, no dia 28 de Janeiro de 1853. Morreria em 19 de Maio de 1895, em Dos Rios, também em Cuba. É a personalidade mais glorificada pelo povo cubano, como apóstolo e mártir da luta pela independência.
Com apenas 16 anos, publicou um jornal artesanal separatista, "El Diablo Cojuelo" e o primeiro e único número da revista "La Patria Libre". No mesmo ano passou a distribuir um periódico manuscrito intitulado "El Siboney". Pouco depois foi preso por estar na posse de papéis revolucionários. Foi condenado a seis anos de trabalhos forçados, mas passou somente 6 meses na prisão. Em 1871, muito doente, conseguiu um indulto e foi deportado para Espanha durante quatro anos. Aqui publicou o seu primeiro trabalho importante: "El Presidio Político en Cuba", no qual expõe as crueldades e os horrores vividos quando tinha estado preso. Dedicou-se depois ao estudo de Direito, obtendo a licenciatura em Saragoça, no ano de 1874. Antes de regressar a Cuba, o seu exílio prosseguiu na França e no México. Uma amnistia permitiu então o seu regresso, mas foi de novo preso e reenviado para Espanha. Conseguiu depois instalar-se em Nova Iorque, onde viviam muitos exilados cubanos. Homem de grande cultura, foi durante algum tempo professor de Literatura francesa, inglesa, alemã e italiana, de História e de Filosofia, na Guatemala. Exerceu também o professorado na Venezuela. Chegou a ter um plano para invadir Cuba, mas as autoridades americanas sequestraram os barcos e as armas que ele conseguira reunir.
Desembarcou finalmente em Cuba em 1895, mas foi ferido seriamente durante a primeira batalha contra os espanhóis. Em virtude dos ferimentos, José Martí veio a falecer e o seu corpo foi mutilado pelos soldados e exibido à população.
A canção mundialmente conhecida Guajira Guantanamera é baseada no seu poema Versos Sencillos, escrito no ano da sua morte.

sábado, 27 de janeiro de 2007

A excepção...

Anestesia especial...
EFEMÉRIDE - Orlando da Costa, escritor português, morreu faz hoje um ano, em 27 de Janeiro de 2006, tendo nascido em Lourenço Marques, agora Maputo, em Julho 1929. Militante do Partido Comunista Português desde 1954, era pai de Ricardo Costa, director de programas do canal de televisão SIC e do ministro socialista António Costa.
De origem indiana, viveu até aos 18 anos em Margão, então “Índia Portuguesa”, vindo depois para Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Publicou o primeiro livro (poesia) em 1951. Para além de poesia, escreveu vários romances e peças de teatro. Recebeu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia de Ciências de Lisboa, em 1961, e o Prémio Eça de Queiroz da Câmara Municipal de Lisboa, em 1994 .
Foi preso por três vezes, entre 1950 e 1953, pela polícia política da ditadura. Da última vez, esteve encarcerado mais de cinco meses, “acusado de militar a favor da Paz”. Chegou a ser professor, mas foi impedido de seguir a carreira, também por motivos políticos. Para sobreviver, passou pela publicidade antes de se dedicar à Literatura.
Publicou o último livro “O Último Olhar de Manú Miranda” , seis anos antes da sua morte.
BOM ADVOGADO…
Decorria um julgamento por homicídio, com tribunal de júri. Havia fortes evidências sobre a culpa do arguido, mas o cadáver não existia. Quase no final das alegações finais, o advogado, temeroso que o seu cliente fosse condenado, recorreu a um truque:
-"Senhoras e senhores do júri, eu tenho uma surpresa para todos vocês", disse o advogado, olhando para o seu relógio.
Dentro de um minuto, a pessoa presumivelmente assassinada neste caso, vai entrar neste tribunal."E olhou para a porta. Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram olhando para a porta. Um minuto passou. Nada aconteceu.
O advogado, então, completou:
- "Realmente, eu falei e todos vocês olharam com expectativa. Portanto, ficou claro que vocês têm dúvida, neste caso, se alguém realmente foi morto. Por isso insisto para que vocês considerem o meu cliente inocente".Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final. Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:- "Culpado!"
- "Mas como?"
perguntou o advogado...
-"Vocês estavam em dúvida, eu vi todos vocês olharem fixamente para a porta!"E o juiz esclareceu:- "Sim, todos nós olhámos para a porta, mas o seu cliente não..."Moral da história:Não basta ter um bom advogado, o cliente tem de colaborar....
O AMOR É LINDO
Ele liga para casa:
-Oi amor, tudo bem?... Ah que bom...
-As crianças estão bem?... Perfeito!
-Comeram tudo hoje?... Sim?... Que bom!...
-Minha adorada deusa, o que é o jantar hoje?...
Yes
! Souflé de camarão, o meu prato preferido, meu anjo. É por isso que eu te adoro!
- E aí em casa, está tudo tranquilo?... Sim? - Olha, promete que hoje à noite vais usar aquela
lingerie
preta... essa, a que é totalmente transparente...
- Sim?... -Ah... é por isso que eu te amo tanto... Vou beijar-te todinha...
- Daqui a bocadinho a gente vê-se, ok?
- Agora faz-me um favorzinho... chama a patroa, sim?

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - José Mário dos Santos Mourinho Félix, treinador de futebol português e um dos melhores do Mundo, nasceu em Setúbal, no dia 26 de Janeiro de 1963. Treina actualmente a equipa inglesa do Chelsea, depois de ter sido treinador do Benfica, do União de Leiria e do Porto. Em Inglaterra, chamam-lhe The Special One, apesar de alguns se queixarem da sua arrogância excessiva e de um comportamento sempre a tocar os limites das regras de boa convivência.
O pai, Félix Mourinho, tinha sido um bom guarda-redes. José Mourinho seguiu uma carreira universitária de Educação Física, especializando-se no futebol. Na década de 90, esteve no Vitória de Setúbal e no Estrela da Amadora. Foi depois contratado para coadjuvar Bobby Robson, quando este treinou o Sporting, o Porto e o Barcelona.
Tendo-se tornado um profundo conhecedor do futebol espanhol, já não acompanhou Robson, quando este foi para o PSV, permanecendo no Barcelona como adjunto de Louis Van Gaal.
Em 2000, foi convidado para treinar o Benfica, mas ficou pouco tempo. Foi para o Leiria, onde permaneceu dois anos. Em Janeiro de 2002, foi contratado pelo Porto, ficando em 3º lugar na Liga Portuguesa, mas prometendo o título para o ano seguinte. E assim aconteceu - o Porto foi campeão nacional e vencedor de competições europeias em dois anos seguidos. Ganhou ainda uma Taça de Portugal.
O milionário russo, Roman Abramovitch, patrão do Chelsea, cobiçou-o e mais não foi preciso. Mourinho tornou-se no treinador mais bem pago do Mundo. Abramovitch aceitou que Mourinho se fizesse acompanhar da sua equipa técnica e que contratasse praticamente todos os reforços que queria.
Em 2004/2005 e 2005/2006, ganhou uma Taça da Liga Inglesa e dois Campeonatos de Inglaterra, prova que o Chelsea não ganhava há cinquenta anos. Na época que corre, espera vencer de novo o campeonato inglês, o que vai ser difícil, mas já é finalista da Taça da Liga.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Eusébio da Silva Ferreira, futebolista, considerado um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos e um dos melhores do mundo, nasceu em Lourenço Marques, agora Maputo, em 25 de Janeiro de 1942. Ficou conhecido pelo “Pantera Negra”.
Estreou-se na selecção portuguesa em 1961, tendo defendido as cores portuguesas por 64 vezes, durante doze anos. Em 1963, foi seleccionado para representar a equipa da FIFA no festival das Bodas de Oiro da Football Association, tendo voltado a ser escolhido para esta selecção em 1967.
Em 1966, no Mundial, foi o melhor marcador do campeonato. Foi igualmente duas vezes o melhor marcador europeu e três vezes o melhor marcador da Liga dos Campeões Europeus.
Em representação do Benfica, foi uma vez campeão europeu (finalista em três outras finais), onze vezes campeão nacional, vencedor de cinco Taças de Portugal e melhor marcador português em sete anos alternados. Ao todo marcou 733 golos em jogos oficiais. Foi igualmente campeão dos Estados Unidos e do México, em 1976.
Representou o Sporting de Lourenço Marques (1957/60), o Benfica (1960/75), o Boston Minutemen dos Estados Unidos (1975/76), o CF Monterrey do México (1976), de novo o Boston Minutemen (1976/77), o Toronto Blizzards do Canadá e o Las Vegas Quicksilver dos Estados Unidos (1977). De novo em Portugal, representou o Beira-Mar (1977/78) e o União de Tomar (1979).
Deixou de jogar em 1979, mas continua a fazer parte das comitivas oficiais tanto do Benfica como da Selecção Nacional Portuguesa. À entrada do estádio do Benfica, há uma estátua que o representa.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Despenalização das Mulheres em caso de
Interrupção Voluntário da Gravidez
EFEMÉRIDE - Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais, escritor e dramaturgo francês, nasceu em Paris, no dia 24 de Janeiro de 1732. Morreu na mesma cidade em 18 de Maio de 1799, vítima de apoplexia.
Entre as suas obras principais, salienta-se O Barbeiro de Sevilha e As Bodas de Fígaro, transformadas em óperas por Rossini e por Mozart, respectivamente.
Beneficiando dos favores da Corte de Luís XV, foi professor de harpa das princesas e teve ligações com o financeiro da Corte, Pâris Duverney, lançando-se em especulações que lhe trouxeram uma imensa fortuna.
No reinado seguinte, de Luís XVI, foi enviado a vários países europeus, em missões que se confundiam entre a diplomacia e a espionagem, chegando a estar preso na Áustria.
Perdeu e ganhou fortunas, tanto em heranças muito discutidas, como em negócios de armas.
As suas principais obras foram posteriormente adaptadas ao cinema, em várias línguas e sobretudo para a televisão.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, escritor brasileiro, nasceu na ilha de Itaparica, na Baía, em 23 de Janeiro de 1941.
Ao mesmo que estudava Direito, colaborou juntamente com Glauber Rocha, em diversas revistas e jornais culturais, participando assim no movimento estudantil da época. Apesar de nunca ter exercido a profissão de advogado, completou o seu curso com brilhantismo.
Em 1964, foi viver para Estados Unidos, primeiro com uma bolsa de estudos da Embaixada Americana e, mais tarde , como professor.
Voltou ao Brasil, começando a leccionar Ciências Políticas na Universidade Federal da Baía, onde permaneceu durante 6 anos, desistindo da carreira académica para se dedicar ao jornalismo e à vida literária.
Mudou-se para Lisboa, em 1981, graças a uma bolsa concedida pela Fundação Calouste Gulbenkian e aqui editou, juntamente com o jornalista Tarso de Castro, a revista Careta.
Regressou de novo ao Brasil, continuando a sua obra literária e colaborando no jornal “O Globo”, colaboração que dura até hoje.
Em 1994, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Participou, no mesmo ano, na Feira do Livro de Frankfurt, recebendo o Prémio Anna Seghers. É detentor da cátedra de Docente em Poesia, na Universidade de Tübigen, na Alemanha.
Os seus principais romances são Sargento Getúlio, Viva o Povo Brasileiro e O Sorriso do Lagarto. Além de Romances, escreveu também Contos, Crónicas, Ensaios e alguns livros de Literatura infanto-juvenil. Dominando magistralmente a língua inglesa, traduziu vários dos seus próprios livros para o Inglês.
Durante a IX Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em 1999, lançou o livro "A Casa dos Budas Ditosos", um romance sobre a luxúria, que obteve enorme sucesso de vendas, tanto no Brasil como em Portugal. Em Janeiro de 2000, foi homenageado pelos escritores portugueses. Várias das suas obras foram adaptadas ao cinema e à televisão, algumas por ele próprio.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - George Gordon Byron, poeta britânico, conhecido por Lord Byron, nasceu em Londres no dia 22 de Janeiro de 1788. Faleceu em Missolonghi, na Grécia, em 19 de Abril de 1824. Ao cair numa praia, cheio de febre, disse para o amigo que o acompanhava: «É chegada a hora de descansar!» e morreu.
Com uma vida muito extravagante e aventureira, defendeu no entanto algumas causas humanitárias, tendo lutado ao lado dos gregos, na guerra pela sua independência, sendo por isso considerado herói nacional da Grécia.
Muito novo ainda, apaixonou-se pela literatura, escrevendo os primeiros poemas e publicando o primeiro livro: “Horas Ociosas”. Em 1809, entrou para a Câmara dos Lordes, mas os debates parlamentares não o entusiasmavam.
Depois de uma viagem por vários países da Europa, entre os quais Portugal, publicou “Child Harold”, tornando-se num dos maiores escritores britânicos. O pequeno jovem coxo, outrora desprezado pelas raparigas, passou a ser idolatrado por todos, especialmente pelas mulheres. Segundo ele dizia, «Um dia, acordei famoso»…
A sua obra é constituída sobretudo por Poesia, mas também escreveu em Prosa e algumas Peças de Teatro.
A sua morte chocou toda a Europa. A Grécia assinalou-a com 36 tiros de canhão, tantos quanto os anos que ele tinha quando morreu. Quando esteve em Portugal, ficou maravilhado com o ambiente de neblina e mistério de Sintra e ainda hoje o seu nome é ali celebrado em vários locais.

domingo, 21 de janeiro de 2007

O MISTÉRIO DO QUARTO 311 - (caso verídico?)

Durante alguns meses, acreditou-se que o quarto 311, de um hospital municipal da África do Sul, tinha uma maldição.
Todas as sextas-feiras de manhã os enfermeiros descobriam um paciente morto neste quarto da unidade de cuidados intensivos. Claro que os pacientes tinham sido alvo de tratamentos de risco mas, no entanto, já não se encontravam em perigo de morte. A equipe médica, perplexa, pensou que existisse alguma contaminação bacteriológica no ar do quarto. Alertadas pelos familiares das vítimas, as autoridades conduziram um inquérito. Os pacientes do 311 continuaram, no entanto, a morrer a um ritmo semanal e sempre na sexta-feira. Por fim, foi colocada uma câmara de vídeo no quarto. E o mistério resolveu-se:
Todas as sextas-feiras de manhã pelas 6 horas, a senhora que fazia a limpeza naquele turno, desligava o respirador artificial do doente para ligar o aspirador de pó!!

no comments...
EFEMÉRIDE - Christian Dior, grande costureiro francês, nasceu em Granville, no dia 21 de Janeiro de 1905 . Morreu em Montecatini, Itália, em 24 de Outubro de 1957.
Embora desejasse uma carreira artística, os pais mandaram-no para Paris a fim de estudar Relações Internacionais e assim poder seguir a vida diplomática. Christian não se adaptou, porém, à profissão escolhida pelos pais e começou a frequentar ateliers de pintura e de desenho, chegando a pintar mesmo alguns quadros. Depois, abriu uma Galeria de Arte onde expôs quadros de Picasso, Matisse e Dali. Mais tarde, desenhou roupas para o Cinema e para o Teatro, mas acabou por ser a sua habilidade para desenhar roupas femininas que lhe trouxe a fama e o fez revolucionar a arte de vestir, transformando-o num ícone da alta-costura a nível mundial.
Fez, na época, as delícias dos industriais de tecidos, pois em vez dos três metros necessários para fazer um vestido antigo, os vestidos dele chegavam a precisar de vinte metros e mais. Em 1947, fez o primeiro desfile e já integrava na sua equipa o também futuramente célebre Pierre Cardin.
Seguindo os conselhos de um amigo de infância, alargou a sua influência aos perfumes. Com tudo isto, conquistou igualmente o mercado americano, tornando-se célebre e rico. Quando morreu, ainda relativamente novo, dizia-se que «Dior tinha sido chamado por Deus, para vestir os anjos».
HISTÓRIA DE GALOS

Um fazendeiro resolve trocar o seu velho galo por outro que desse conta das inúmeras galinhas. Ao chegar o novo galo, e percebendo que perderia as funções, o velho galo foi conversar com o seu substituto
- Olha, sei que já estou velho e é por isso que o meu dono o trouxe para aqui, mas será que você poderia deixar pelo menos duas galinhas para mim?
- Que é isso, velhote?! Vou ficar com todas.
- Mas só duas... Insistiu.
- Não. Já disse! São todas minhas!
- Então vamos fazer o seguinte, propõe o velho galo, apostamos uma corrida à volta do galinheiro. Se eu ganhar, fico com pelo menos duas galinhas. Se eu perder, são todas suas.
O galo jovem mediu o velho de cima em baixo e pensou que, certamente, ele não seria capaz de vencê-lo.
- Tudo bem, velhote, eu aceito.
- Já que, realmente as minhas chances são mínimas, deixe-me ficar vinte passos à frente, pediu o galo.
O mais jovem pensou por uns instantes e aceitou as condições do galo velho. Iniciada a corrida, o galo jovem arranca para alcançar o outro galo. O galo velho faz um esforço danado para manter a vantagem, mas rapidamente está sendo alcançado pelo mais novo. O fazendeiro pega na sua espingarda e atira sem piedade no galo mais jovem. Guardando a arma, comenta para a mulher:
- Não estou entendendo!... Já é o quinto galo gay que a gente compra esta semana! O filho da mãe largou as galinhas e estava correndo atrás do galo velho, como entender isto?
Moral da história: NADA SUBSTITUI A EXPERIÊNCIA!!

sábado, 20 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - José Abelardo Barbosa de Medeiros, conhecido por Chacrinha, comunicador e apresentador de rádio e televisão brasileiro, nasceu em Surubim, no dia 20 de Janeiro de 1916. Morreu, no Rio de Janeiro, em 30 de Junho de 1988.
Começou a estudar Medicina em 1936 e, três mais tarde, teve o seu primeiro contacto com a rádio, ao ser convidado para fazer uma palestra sobre o alcoolismo. Interrompeu, entretanto, os estudos que estava a fazer no Recife e foi para o Rio, onde a Rádio Tupi o contratou como locutor.
Em 1943, lançou, com grande sucesso um programa de músicas do Carnaval na Rádio Fluminense (Rei Momo na Chacrinha), do qual herdaria o nome porque ficou a ser conhecido.
Nos anos cinquenta, lançou vários sucessos da música brasileira, como por exemplo “Estúpido Cupido” de Celi Campelo, que foi também um êxito em Portugal.
Em 1956, estreou-se na televisão e trabalhou desde aí para variadíssimos canais. Usava roupas espalhafatosas e uma buzina, sendo acompanhado pelas sensuais “chacretes”, como baptizou as suas dançarinas. Uma frase sua muito citada é «Na televisão nada se cria, tudo se copia».
O seu funeral foi acompanhado por uma multidão de mais de 30 000 pessoas, que se queriam despedir do “Velho Guerreiro

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Eugénio de Andrade, de seu verdadeiro nome José Fontinhas, escritor português, nasceu no Fundão, em 19 de Janeiro de 1923. Morreu no Porto, no dia 13 de Junho de 2005, vítima de doença neurológica prolongada.
Depois de viver algum tempo em Castelo Branco, em 1932 veio morar para Lisboa , onde estudou no Liceu Passos Manuel e na Escola Técnica Machado de Castro. Escreveu os seus primeiros poemas com treze anos e publicou o primeiro livro aos dezassete (“Narciso”). Em 1939, mudou-se para Coimbra.
Após o serviço militar, tornou-se funcionário público, exercendo durante 35 anos as funções de inspector dos Serviços Médico-sociais do Ministério da Saúde, numa carreira que o levou para o Porto, a partir de 1950.
O seu primeiro êxito, como escritor, ocorreu em 1948, com a publicação de "As mãos e os frutos", que mereceu os aplausos unânimes da crítica.
Escreveu inúmeros livros de poemas, três em prosa e duas histórias infantis.
Entre os prémios recebidos contam-se: o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), o Prémio D. Dinis (1988), o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e o Prémio Camões (2001). Em 2003, o seu livro "Os sulcos da sede" foi distinguido com o Prémio de Poesia do Pen Clube. Em 1996, recebera o Prémio Europeu de Poesia da Comunidade.
Colaborou em muitas publicações, entre as quais : “Cadernos de Poesia”, “Vértice”, “Seara Nova”, “Sísifo”, “Gazeta Musical e de Todas as Artes”, “Colóquio, Revista de Artes e Letras”, “O Tempo e o Modo” e “Cadernos de Literatura”.
Tem obras traduzidas em muitos países Europeus, nos Estados Unidos, no México e na Venezuela. Pelo seu lado, traduziu vários poetas estrangeiros, nomeadamente o espanhol Federico Garcia Lorca.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Joseph Rudyard Kipling, escritor britânico, morreu em Londres, no dia 18 de Janeiro de 1936. Nascera em Bombaim, na Índia, em 30 de Dezembro de 1865. Em 1907, ganhou o Prémio Nobel de Literatura, sendo o primeiro autor de língua inglesa a recebê-lo e o mais jovem a ser galardoado com este prémio. Estudou em Inglaterra mas, em 1882, voltou à Índia, para trabalhar como correspondente de vários jornais ingleses. Começou a sua carreira literária em 1886 e tornou-se conhecido sobretudo pelos seus contos e pelo poema “Se”, no qual um pai aconselha o filho sobre a forma de ser um homem bom. Em 1894, publicou O livro da selva, que se tornou em todo o mundo um clássico para crianças, assim como o seu personagem principal: o pequeno Mowgli. Rudyard Kipling é considerado um dos maiores autores de literatura juvenil. Pertencia à Maçonaria.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

A FILOSOFIA DO CAMELO

O camelo-bebé perguntou à mãe:
- Porque os camelos têm bossas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das bossas para guardar água e por isso somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e porque as nossas pernas são longas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto.
- Certo! Então, porque nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham a minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protectora para os olhos. Eles ajudam na protecção dos olhos, quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto!
- Respondeu a mãe com orgulho.
- Ok! Então as bossas são para armazenar água, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios para proteger os olhos do deserto. Então o que é que estamos a fazer aqui no Jardim Zoológico?

Moral da história:
Habilidade, conhecimento, capacidade e experiência só são úteis se estivermos no lugar certo…
EFEMÉRIDE - Camilo José Cela Trulock, romancista, poeta e ensaísta espanhol, morreu em Madrid no dia 17 de Janeiro de 2002, tendo nascido em Padrón, na Galiza, em 11 de Maio de 1916. Foi Prémio Nobel da Literatura em 1989, Prémio Cervantes em 1995 e membro da Real Academia Espanhola desde 1957 até à sua morte.
Estudou Medicina, Filosofia e Letras, cursos que não concluiu. Dedicou-se ao jornalismo, após a Guerra Civil espanhola, em que combateu no exército de Franco. Pertenceu à Censura da ditadura franquista, mas mais tarde rejeitou essa política e tomou mesmo atitudes independentes e provocadoras para com o regime.
Publicou o seu primeiro romance A Família de Pascual em 1942. A Colmeia, a sua obra mais importante, foi editada em Buenos Aires no ano de 1951, pois fora proibida em Espanha pelas suas passagens eróticas.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Arturo Toscanini, músico italiano, considerado por muitos o maior regente de orquestra que o mundo já conheceu, morreu em Riverdale, no dia 16 de Janeiro de 1957, vítima de um ataque de apoplexia. Nascera em Parma, Itália, em 25 de Março de 1867.
Depois de estudos no Conservatório de Parma, entre 1876 e 1885, tornou-se violoncelista da companhia de ópera Rossi, de Milão.
O seu destino mudou quando, na noite de 30 de Junho de 1886, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, durante uma apresentação de Aida de Verdi, o maestro foi vaiado. Convidado a substituí-lo, Toscanini dirigiu a orquestra de tal modo que, no final, foi aplaudido calorosa e longamente pelo público. Jornais de todo o mundo noticiaram o acontecimento e Toscanini ganhou a partir daí grande destaque internacional.
Foi director musical do Scala de Milão durante vários períodos. Esteve muitos anos em Nova Iorque, onde se tornou regente do Metropolitan Opera House, da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque e da Orquestra Sinfónica da NBC.
Toscanini, que era declaradamente antifascista, afirmou um dia : «Abram as portas das prisões e soltem todos os criminosos. Não encontrarão ninguém pior que Mussolini».

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Martin Luther King Júnior, pastor e activista político americano, nasceu em Atlanta, no dia 15 de Janeiro de 1929. Morreu em 4 de Abril de 1968, assassinado em Memphis.
Pertencente à Igreja Batista, tornou-se num dos maiores defensores dos direitos civis (sobretudo para negros e mulheres), através de uma campanha de não-violência. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1964, tornando-se a pessoa mais jovem a recebê-lo.
Bacharelado em Sociologia, formou-se em 1951 no Seminário Teológico Crozer, em Chester, na Pensilvânia, tornou-se pastor em 1954 e doutorou-se em Teologia Sistemática em 1955.
A sua primeira batalha, juntamente com a também activista Rosa Parks, saldou-se por uma vitória: a Suprema Corte Americana tornou ilegal a segregação racial nos bus, restaurantes, escolas e outros locais públicos. King era seguidor da “desobediência civil não-violenta”, preconizada por Gandhi.
Em 1963, Martin Luther King proferiu o seu famoso discurso "Eu tenho um sonho", frente ao Memorial Lincoln em Washington, durante a "marcha pelo emprego e pela liberdade". Organizou e liderou numerosas marchas para conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, consagrada nas leis americanas.
Profundamente crítico da intervenção americana no Vietname, Luther King era também odiado por muitos separatistas do Sul, o que culminou no seu assassinato, atingido por um tiro, quando estava na varanda de um hotel da cidade de Memphis.

domingo, 14 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - John Rodrigo dos Passos, escritor e pintor americano, nasceu em Chicago, no dia 14 de Janeiro de 1896, filho de pai português. Morreu em Baltimore, em 28 de Setembro de 1970.
Durante a 1ª Guerra Mundial, foi motorista de ambulância em França e na Itália. No fim da guerra, ficou em Paris, começando os seus estudos em antropologia. Publicou o seu primeiro romance, com impacto, em 1925: “Manhattan Transfer”.
Em 1928, passou vários meses na Rússia, para estudar o sistema socialista e, durante a Guerra de Espanha, acompanhou o escritor Hemingway, ao lado dos republicanos.
Em 1932, é reconhecido como um dos maiores romancistas do século, ao publicar a Trilogia USA, sobre a vida americana.
Após a 2ª Guerra Mundial, John dos Passos, surpreendentemente, abandonou as suas ideias sociais e juntou-se à direita, mesmo extrema-direita, americana.
Em 1947, perdeu um olho num acidente de automóvel, em que morreu sua mulher. Defendeu mais tarde, activamente, a intervenção dos Estados Unidos no Vietname. Continuou a escrever até à sua morte, mas nunca mais atingiu a notoriedade dos anos 20/30.

sábado, 13 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - James Augustine Aloysius Joyce, romancista e poeta irlandês, faleceu em Zurique, em 13 de Janeiro de 1941. Nascera em Dublin, no dia 2 de Fevereiro de 1882. É considerado um dos maiores autores do século XX.
Embora Joyce tenha vivido fora do seu país a maior parte da vida adulta, a sua obra reflecte bem as suas origens. Apesar de inúmeras dificuldades familiares, Joyce foi para Paris, em 1902, para estudar medicina. No ano seguinte, porém, voltou à Irlanda em virtude de doença grave de sua mãe. Escreveu e exerceu a profissão de jornalista, deambulando depois um pouco pela Europa.
Começou cedo a padecer dos olhos, sendo operado por várias vezes na capital francesa. A publicação de Ulisses, romance que se desenrola num único dia, foi uma obra fundamental na história do modernismo da literatura de língua inglesa. O livro explora diversos aspectos da vida de Dublin, sobretudo a sua degradação e monotonia. Além disso, o livro é também um estudo minucioso sobre a cidade. Joyce costumava afirmar que «se Dublin fosse destruída por alguma catástrofe, poderia bem ser reconstruída tijolo a tijolo, usando como modelo a sua obra».
Na década de 30, a visão degradou-se ainda mais e passou a necessitar da ajuda de alguns jovens admiradores, entre eles Samuel Beckett, que escreviam o que ele ditava.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Joyce deixou Paris e voltou a Zurique, quase cego. No começo de 1941, morreria de úlcera duodenal perfurada e peritonite generalizada, durante uma operação cirúrgica.
A obra de Joyce foi objecto de estudos de quase todos os géneros, tendo tido influência em escritores tão diferentes como Beckett, Jorge Luís Borges, Salman Rushdie, William Burroughs e muitos outros.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Charles Perrault, escritor francês do século XVII, muito conhecido pelos seus contos infantis, a maioria dos quais escritos a partir de tradição oral, nasceu em Paris, no dia 12 de Janeiro de 1628. Morreu, também em Paris, em 16 de Maio de 1703.
Além de escritor, foi advogado e trabalhou para o rei Luís XIV. Começou por escrever poesia, em 1648, e entrou para a Academia Francesa, em 1671.
Tinha quase 70 anos, quando resolveu escrever e publicar em livro, as histórias que ouvia de sua mãe, quando era criança. O livro, que foi publicado em 1697, ficou a ser conhecido por “Contos da Mãe Gansa” e era constituído por oito contos. Entre eles, “A Bela Adormecida”, “O Barba Azul”, “Chapéuzinho Vermelho”, “Cinderela” ou “A Gata Borralheira”, “O Gato de Botas” e “O Pequeno Polegar”, populares ainda hoje em todo o Mundo. Para além de os ter escrito, Perrault deu-lhes um cunho moralista, fazendo deles verdadeiros instrumentos para o ensino das crianças de então.
Quase toda a gente conhece os seus contos, mas poucos conhecem as versões de Charles Perrault, que foram sendo alteradas ao longo dos tempos. Nelas, por exemplo, o Capuchinho Vermelho e a sua avó acabavam por ser comidas pelo lobo; A Bela Adormecida acordava sozinha e não com o beijo do Príncipe, etc., etc. Existem igualmente numerosas adaptações cinematográficas de várias destas histórias.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - José Oswald de Andrade Sousa, romancista, poeta, ensaísta e dramaturgo brasileiro, nasceu em São Paulo, no dia 11 de Janeiro de 1890. Morreu na mesma cidade, em 22 de Outubro de 1954.
É um dos grandes nomes do Modernismo Literário Brasileiro e, segundo a crítica, o seu elemento mais rebelde. Foi grande impulsionador da Semana da Arte Moderna de 1922, evento que teve importância fundamental na cultura brasileira. Por um lado, celebrava-se um século de independência política e, por outro, havia a necessidade de se definir o que era a cultura brasileira, o que era o sentir brasileiro e quais eram os seus modos de expressão próprios.
Foi com surpresa e satisfação que Oswald de Andrade descobriu, durante uma estada em Paris, na época do Futurismo e especialmente do Cubismo, que os elementos de culturas até aí consideradas como menores, como a Africana ou a da Polinésia, estavam a ser integrados na arte mais avançada. Assim, a arte europeia estava a ser renovada com a redescoberta de outras culturas. Oswald apercebeu-se que o Brasil, com toda a sua variedade cultural, tinha já uma vantagem e que assim se poderiam renovar as letras e as artes, fundindo os elementos da cultura popular com a erudita.
Oswald Andrade é autor de dois manifestos: O Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924), que acompanha os movimentos vanguardistas mundiais e onde defende uma poesia que seja “ingénua”, no sentido de não ser contaminada por formas preestabelecidas de pensar e fazer arte, e O Manifesto Antropófago (1928), que constitui uma síntese de alguns pensamentos do autor sobre o Modernismo Brasileiro, onde expressa a ideia de que a cultura brasileira é mais forte, pois embora tendo sido colonizada pela cultura europeia, digeriu-a e tornou-se superior a ela.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

O DONO DO CARRO

Dois amigos conversam:
— Tens carro?
— Sim… Não... Quer dizer, mais ou menos...
— Mas o que é isso, homem? Explica-te!
— Olha, é o seguinte. O carro é da minha mulher, quando ela vai às compras. É do meu filho, quando sai com a namorada. É da minha filha, quando vai à discoteca. Só é meu, quando fica sem gasolina!
EFEMÉRIDE - Gabriela Mistral, de seu verdadeiro nome Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, educadora, diplomata, feminista e poetiza chilena, faleceu em Nova Iorque no dia 10 de Janeiro de 1957, faz hoje meio século. Nascera em Vicuña, no norte do Chile, em 7 de Abril de 1889.
Seu pai abandonou a família quando ela tinha apenas três anos, o que a fez passar uma infância pobre e difícil. Apesar de tudo, conseguiu estudar e, aos 14 anos, já trabalhava ajudando a professora.
Em 1904, publicou os seus primeiros poemas sob diversos pseudónimos, num jornal local. O primeiro reconhecimento do seu valor literário aconteceria em Dezembro de 1914, quando ganhou um prémio nuns Jogos Florais em Santiago do Chile, com uma recolha de “Sonetos sobre a Morte”. Foi desde aí que passou a assinar os seus trabalhos como “Gabriela Mistral”, pseudónimo constituído a partir dos nomes de dois poetas seus favoritos: Gabriele D'Annunzio e Frédéric Mistral.
Em 1922, foi convidada pelo Ministério da Educação do México para organizar um sistema de bibliotecas e de escolas, no quadro de uma nova política de educação do Partido Revolucionário daquele país. Foi convidada, depois, para várias conferências nos Estados Unidos e na Europa. Mais tarde, percorreu o Brasil, o Uruguai e a Argentina. Voltou ao Chile, para abandonar as funções de professora e fixar-se na Europa (França e Itália), entre 1925 e 1934.
Como muitos artistas e escritores sul-americanos, foi igualmente, e até à sua morte, cônsul do Chile em numerosos países. O livro “Tala”foi publicado em Buenos Aires e os lucros de livraria foram dados, por Gabriela Mistral, aos órfãos provocados pela Guerra Civil Espanhola.
Em 1945, ao ganhar o Prémio Nobel da Literatura, tornou-se no primeiro escritor da América Latina a recebê-lo. De saúde frágil, passou os últimos anos de vida no Estado de Nova Iorque, onde morreu vítima de cancro, aos 67 anos de idade.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Previsões para 2007...

EFEMÉRIDESimone Lucie Ernestine Marie Bertrand de Beauvoir, escritora, ensaísta, filósofa existencialista e feminista francesa, nasceu em Paris, no dia 9 de Janeiro de 1908, tendo falecido na mesma cidade, em 14 de Abril de 1986.
Com 17 anos, iniciou os seus estudos de Letras e Matemáticas. Em 1926, aderiu a um Movimento Socialista e seguiu cursos de Filosofia na Sorbonne. A sua decisão de ser escritora, no entanto, já estava tomada.
Conheceu Jean-Paul Sartre na Sorbonne, no ano de 1929, e logo se juntou estreitamente ao filósofo, numa relação “aberta”, sem coabitação, onde tudo valia e era aceite. Criaram entre eles uma relação polémica mas fecunda, que lhes permitiu compatibilizar as suas liberdades individuais com a sua vida em conjunto durante cerca de meio século.
Foi professora de filosofia até 1943, tendo pertencido ao comité de redacção do jornal “Temps modernes”. Com uma boa situação económica, em virtude da sua actividade literária, tornou-se uma viajante incansável a partir de 1947. Visitou os Estados Unidos, África, vários países Europeus, a China, Cuba e o Brasil.
O seu romance “Os mandarins” (1954) obteve o Prémio Goncourt e é considerado a sua obra-prima.
Entre os ensaios de sua autoria, destacam-se “O segundo sexo” (1949), uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade, 20000 exemplares vendidos na primeira semana e posto na “lista negra” do Vaticano; “A velhice” (1970), sobre o processo de envelhecimento, onde tece críticas à atitude da sociedade para com os mais idosos; e “A cerimónia do adeus” (1981), onde evoca a figura de Sartre, durante os seus últimos dez anos de vida. «A sua morte separou-nos. A minha morte não nos reunirá. É assim. Já foi bom as nossas vidas terem coincidido durante tanto tempo».

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Paul Marie Verlaine, poeta francês, morreu em Paris no dia 8 de Janeiro de 1896. Nascera em Metz, em 30 de Março de 1844.
Fez os seus estudos na capital francesa, empregando-se depois na Câmara Municipal. Com 22 anos, já frequentava salões e tertúlias poéticas parisienses.
Foi partidário da Comuna de Paris, reprimida num banho de sangue e, com medo das represálias, abandonou Paris juntamente com a sua mulher. Mais tarde, partiu para Inglaterra e Bélgica na companhia do também poeta Arthur Rimbaud, que veio revolucionar a sua vida. Em 1973, em plena rua, em Bruxelas, feriu Rimbaud com dois tiros de revólver numa perna. Atemorizado, Rimbaud denunciou-o à polícia. Posteriormente, viria a retirar a sua queixa, mas isso não impediu que Verlaine fosse condenado pela sua homossexualidade, que era então crime segundo a legislação francesa. Depois de sair da prisão, exerceu a profissão de professor.
A partir de 1887, embora a sua celebridade não cessasse de aumentar, mergulhou na pior miséria, ocupando o seu tempo em deambulações por cafés e hospitais. Em 1894, foi “coroado” Príncipe dos Poetas e passou a receber uma pensão. Morreu dois anos depois.
A primeira estrofe do seu poema “Canção de Outono” foi utilizada como senha pela Rádio de Londres, para informar a Resistência francesa que o desembarque na Normandia estava iminente.

domingo, 7 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Josué Marques Guimarães, escritor brasileiro, nasceu em São Jerónimo, no dia 7 de Janeiro de 1921, tendo falecido em Porto Alegre, em 23 de Março de 1986, vítima de cancro. No jornal do colégio onde estudou, escrevia cerca de seis artigos por edição e, em cada final de ano, apresentava peças teatrais de sua autoria. Ainda não tinha vinte anos, quando se mudou para São Paulo, à procura de emprego. Iniciou-se então como jornalista e ilustrador.
Ao longo da sua vida, desempenhou mais de dez profissões, mas todas relacionadas com jornais e rádio. Trabalhou em muitos periódicos, como na Folha de São Paulo, no Jornal do Brasil, e em jornais gaúchos como o Zero Hora e o Correio do Povo. Foi o primeiro jornalista brasileiro a deslocar-se à República Popular da China e à URSS, como representante do jornal Última Hora do Rio de Janeiro.
Em 1951, foi o vereador mais votado no município de Porto Alegre, ocupando a vice-presidência da Câmara.
Entre 1964 e 1969, viveu na clandestinidade, em Santos, sob o nome de Samuel Ortiz.
Cobriu a Revolução dos Cravos, em Portugal, e as consequentes independências das colónias de África. Em 1976, lançou em Portugal o jornal Chaimite, de vida porém efémera.
Publicou mais de vinte livros, entre romances, novelas, artigos, contos e histórias infantis.
HUMOR NEGRO
A CIA resolveu recrutar um atirador.
Após uma série de selecções, entrevistas e testes, escolheram três candidatos: um Francês, um Inglês e um Português.
Para a prova final, os agentes da CIA colocaram os candidatos diante de uma porta metálica e entregaram-lhes uma pistola.
-Queremos ter a certeza de que seguem as instruções, quaisquer que sejam as circunstâncias.Dizem então ao Francês:- Detrás desta porta você vai encontrar a sua mulher sentada numa cadeira. Terá que a matar!
- Estão a falar a sério? Eu jamais mataria a minha mulher!!!
- Então você não serve,
responde o agente.
Ao Inglês deram as mesmas instruções.
Pegou na arma e entrou na sala. Durante 5 minutos, tudo muito calmo. Depois regressou com as lágrimas nos olhos.
- Tentei, mas não posso matar a minha mulher.
- Você também não está preparado para trabalhar nesta agência. Pegue na sua mulher e vá-se embora.
Chegou enfim a vez do Português! Deram-lhe as mesmas instruções indicando-lhe que teria de matar a sua mulher.
Ouviram-se tiros, um estrondo e depois outro... A seguir ouvem-se gritos, barulhos de móveis partir, etc. Após alguns minutos fica tudo muito calmo...
A porta abre-se lentamente e o Português sai, limpa o suor e diz:
- Bem me podiam ter dito que os tiros eram de pólvora seca! Tive que a matar com a cadeira...

sábado, 6 de janeiro de 2007

CURIOSIDADE

http://www.says-it.com/

Visite este site e "ponha na boca" de uma personalidade à sua escolha
a frase que entender.
(com o devido respeito, bem entendido…)
EFEMÉRIDE - Ilse Lieblich Losa, escritora portuguesa de origem alemã, faleceu no Porto em 6 de Janeiro de 2006, faz agora um ano. Nascera em Melle-Buer, Hanover, em 20 de Março de 1913.
Ameaçada de ser enviada para um campo de concentração pela Gestapo, devido à sua origem judaica, abandonou o seu país natal em 1930. Foi primeiro para Inglaterra, onde teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças. Chegou a Portugal em 1934, tendo-se fixado na cidade do Porto, onde casou com um arquitecto português, tendo posteriormente adquirido a nacionalidade portuguesa.
Em 1943, publicou o seu primeiro livro "O mundo em que vivi", memórias das perseguições aos judeus, e desde essa altura dedicou a sua vida à tradução e à literatura infanto-juvenil, tendo sido galardoada em 1991 com o Grande Prémio Gulbenkian para o conjunto da sua obra dirigida às crianças. Em 1998 o seu livro À Flor do Tempo recebeu o Grande Prémio de Crónica, da Associação Portuguesa de Escritores.
Colaborou em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, e está representada em várias antologias de autores portugueses, tendo também colaborado na organização e tradução de antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão para português, alguns dos mais consagrados autores alemães. Trabalhou igualmente para a televisão, criando séries infantis.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Umberto Eco, escritor, filósofo e linguista italiano, nasceu em Alessandria, Piemonte, Itália, no dia 5 de Janeiro de 1932.
É um autor mundialmente conhecido pelos seus inúmeros ensaios sobre semiótica, estética medieval, comunicação de massas, linguística e filosofia. Do grande público, ele é sobretudo conhecido pelos seus romances, nomeadamente “O nome da rosa” e “O pêndulo de Foucault”. Do primeiro (1980), foram vendidos mais de 16 milhões de exemplares, com traduções em vinte e seis línguas.
É titular da cadeira de semiótica e director da Escola Superior de Ciências Humanas da Universidade de Bolonha e escreve regularmente na imprensa diária e semanal, sobre temas actuais. Vários desses artigos têm sido depois publicados em livro.
Detentor de uma erudição monumental, mas continuando a ser sempre pedagogo, Umberto Eco é um dos autores mais importantes do Ocidente contemporâneo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Albert Camus, escritor, romancista, dramaturgo, jornalista e filósofo francês, morreu em Villeblevin, França, num acidente de automóvel, em 4 de Janeiro de 1960. Nascera em Mondovi, na Argélia, em 7 de Novembro de 1913.
Começou a escrever muito cedo e, aos 19 anos, já tinha textos publicados na revista argelina “Sud”. Depois de obter uma licenciatura em Filosofia, tornou-se jornalista. Em 1935, começou a escrever “L'Envers et l'Endroit”, que seria publicado dois anos depois. Em Argel, fundou o Teatro do Trabalho, substituído mais tarde pelo Teatro da Equipa, também criação sua.
Entrou para o jornal da Frente Popular, mas uma reportagem-inquérito sobre a “Miséria na Cabília” levou o Governador a proibir o jornal e a providenciar para que Albert Camus não encontrasse mais trabalho.
Instalou-se então em Paris e trabalhou no Paris-Soir, começando a escrever “O Estrangeiro” e um ensaio sobre Filosofia.
Integrou a Resistência à ocupação alemã, o que não o impediu de ser o único intelectual ocidental a denunciar o uso da bomba atómica pelos americanos, precisamente dois dias antes do ataque a Hiroxima. Foi Prémio Nobel de Literatura em 1957.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Luís Carlos Prestes, militar e político brasileiro, nasceu em Porto Alegre, no dia 3 de Janeiro de 1898. Morreu no Rio de Janeiro, em 7 de Março de 1990. Foi Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro.
Em Outubro de 1924, já capitão, Luís Carlos Prestes liderou um grupo de rebeldes no Rio Grande do Sul. Cortando as linhas de cerco do governo, rumaram ao norte, até Foz do Iguaçu. Na região sudoeste do estado do Paraná, encontraram-se com os “paulistas” e formaram a chamada Coluna Prestes. Composta por 1500 homens, percorreram durante dois anos e cinco meses cerca de 25000 km. As suas baixas foram à volta de 750, devido à cólera, ao cansaço e aos poucos cavalos que tinham.
Prestes, apelidado de "Cavaleiro da Esperança", estudou marxismo na Argentina, para onde se transferiu nos finais de 1928. Em 1930, voltou clandestinamente a Porto Alegre, onde chegou a manter encontros com Getúlio Vargas. A convite da União Soviética, fixou residência neste país em 1931, trabalhando como engenheiro. Eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista, voltou de novo como clandestino ao Brasil, em Dezembro de 1934.
Em Março de 1936, foi preso, perdeu a patente de capitão e iniciou uma pena de prisão que duraria nove anos. Sua esposa, Olga Benário, de nacionalidade alemã, grávida, foi deportada e morreu na câmara de gás do campo de concentração nazi de Ravensbrück. O bebé, Anita Leocádia Prestes, nasceu numa prisão da Alemanha, mas foi resgatada pela mãe de Prestes, após intensa campanha internacional.
Com o fim do Estado Novo, foi amnistiado e posteriormente eleito Senador. As desventuras de Prestes não tinham porém acabado. Novas perseguições e penas de prisão. Após o golpe de 1964, perdeu os direitos de cidadão por dez anos. Exilou-se na União Soviética e só regressou ao Brasil depois da amnistia de 1979. Em 1982, conjuntamente com vários militantes, saiu do PCB.
A personagem de Luís Carlos Prestes foi retratada várias vezes no cinema e na televisão, como - por exemplo - na telenovela "Kananga do Japão".

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

EFEMÉRIDE - Isaac Asimov, escritor americano, bioquímico, divulgador da ciência e autor de ficção científica, nasceu em Petrovichi, na Rússia, em 2 de Janeiro de 1920. Morreu em Nova Iorque, no dia 6 de Abril de 1992, vítima de complicações cardíacas e renais, devidas a ter contraído Sida quando duma transfusão sanguínea em 1983. Este facto só seria revelado pela sua viúva, em 2002.
A família, de origem judaica, emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha apenas três anos e naturalizou-o americano em 1928. Aprendeu a ler sozinho aos cinco anos e passou parte da sua juventude a trabalhar numa loja familiar, onde teve ocasião de ler revistas de ficção científica que ali eram vendidas. Aos onze anos, começou a escrever as suas primeiras novelas. O seu QI foi estimado em 175 e foi presidente da Mensa, uma associação para pessoas superdotadas.
Os seus estudos foram de tal modo brilhantes que obteve uma bolsa para estudar na Universidade de Columbia. Ali obteve o bacharelato de Ciências, antes de obter o mestrado em Química e, finalmente, o doutoramento em Bioquímica. Foi então ensinar para a Universidade de Bóston.
Começou entretanto a escrever ficção científica, vendo publicada em 1939 a sua primeira novela. Passou a escrever regularmente para a revista Astounding Stories.
Participou na 2ª Guerra Mundial, tendo recusado participar nos ensaios da bomba atómica em 1946 no Atol Bikini. A partir de 1958, dedicou-se inteiramente à escrita, tendo sido desde sempre um escritor de sucesso. Foi autor de centenas de livros, entre os quais 116 antologias. Para além da sua capacidade de inventar, Asimov caracterizava-se por uma enorme simplicidade no modo como escrevia.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Feliz Novo Ano para Todos!
Muita Saúde, Paz e...
...o Dinheiro suficiente para não se sentir a falta dele.
EFEMÉRIDE - Pierre de Frédy, Barão de Coubertin, pedagogo e historiador francês, que ressuscitou os Jogos Olímpicos, nasceu em Paris, no primeiro dia de 1863. Morreu em Genebra, em 2 de Setembro de 1937, vítima de crise cardíaca.
Pierre de Coubertin inspirou-se nas suas visitas a colégios ingleses e americanos, para propor o melhoramento dos sistemas de educação, incluindo a promoção do desporto, que ele acreditava ser uma parte importante do desenvolvimento juvenil. Após ter idealizado uma competição internacional para promover o atletismo, concebeu um plano para fazer reviver os Jogos Olímpicos. Organizou um Congresso Internacional em 1894, na Sorbonne, onde propôs a realização de um evento internacional periódico, inspirado no que se fazia na Grécia antiga. Este congresso levou à fundação do Comité Olímpico Internacional, do qual o barão de Coubertin seria o primeiro secretário-geral. Foi também decidido que os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna teriam lugar em Atenas e que a partir daí, tal como na antiguidade, seriam realizados a cada quatro anos. Dois anos depois realizaram-se então os Jogos Olímpicos de 1896, que foram um êxito. Após estes jogos, Pierre de Coubertin tomou a presidência da organização. Apesar do sucesso dos primeiros jogos, o Movimento Olímpico enfrentou tempos difíceis, com os Jogos Olímpicos de 1900 e de 1904 a serem completamente obscurecidos pelas Exposições Mundiais em que foram integrados. A situação melhorou com a realização dos Jogos Olímpicos de 1906 que, utilizando o pretexto de comemorar os 10 anos da primeira edição, serviram para limpar a imagem e promover os Jogos como um evento autónomo. A partir daí, os Jogos tornaram-se no mais importante evento desportivo mundial. Pierre de Coubertin abandonou a presidência do COI após os Jogos Olímpicos de 1924, realizados em Paris, com um sucesso muito maior do que a anterior edição de 1900.
Foi Presidente Honorário do COI até à sua morte e foi enterrado em Lausana, sendo o seu coração sepultado separadamente, num monumento perto das ruínas de Olímpia, na Grécia.

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Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...