domingo, 31 de maio de 2015

31 DE MAIO - SERGE BRUSSOLO

EFEMÉRIDESerge Brussolo, escritor francês, nasceu em Paris no dia 31 de Maio de 1951. Oriundo de uma família modesta, viveu uma infância difícil e atormentada, principalmente pela loucura de sua mãe. Com uma vocação precoce para a escrita, com doze anos já tentava publicar os seus primeiros trabalhos em revistas de ficção científica. Após completar os estudos de Literatura e Psicologia, ocupou vários empregos, sem nunca deixar todavia de ter em mira uma carreira literária.
O primeiro reconhecimento chegou em 1978, quando conseguiu fazer publicar a sua primeira novela, que viria a receber mesmo, no ano seguinte, o Grande Prémio da Ficção Científica Francesa.
A colecção “Presença do Futuro” publicou seguidamente uma recolha de novelas suas, uma obra muito bem recebida pelo público e que lhe valeu um novo prémio.
Muito prolífico, Serge Brussolo publicou depois uma série de romances na popular colecção “Anticipation” da editora Fleuve Noir e, em 1983, conquistou o Prémio Apollo.
Em 1990, foi iniciada uma colecção com o seu nome nas edições Gérard de Villiers, com dez romances a aparecerem a um ritmo regular de um livro em cada dois meses. A partir de 1992, reorientou-se decididamente para romances policiais e históricos, sendo um dos principais autores da colecção “Le Masque”.
Em 1995, publicou “Conan Lord, carnets secrets d'un cambrioleur”, romance no qual criou um novo personagem, uma espécie de anti-herói, vítima da Segunda Guerra Mundial, que não suportava ver sequer a sua imagem reflectida nos espelhos, riscando-os com um diamante à guisa de assinatura.
Nomeado em 2000 para a direcção literária das edições Le Masque, Serge Brussolo acrescentou à sua vasta paleta de géneros literários a literatura juvenil. As aventuras de Peggy Sue foram traduzidas em cerca de 30 idiomas. Apesar de todo este sucesso, não deixou de escrever para adultos, mas a um ritmo menos acelerado. As edições Vauvenargues iniciaram, em 2004, um vasto trabalho de reedição das suas obras anteriores, com a colecção “Intégrale Brussolo”. Em 2009, o seu livro “Les Emmurés” foi adaptado ao cinema. 

sábado, 30 de maio de 2015

30 DE MAIO - VILLEM GRÜNTHAL-RIDALA

EFEMÉRIDEVillem Grünthal-Ridala, poeta, tradutor, linguista e folclorista estoniano, nasceu em Kuivastu, Muhu, no dia 30 de Maio de 1885. Morreu em Helsínquia, em 16 de Janeiro de 1942. Wilhelm (nome que lhe foi dado à nascença) era filho de um taberneiro da ilha de Muhu.
Começou por frequentar a Escola Paroquial de Hellamaa (Pühalepa) e, seguidamente, uma escola particular de Eisenschmidt bem como o ginásio nacional de Kuressaare. A partir de 1905, estudou Finlandês e Literatura na Universidade de Helsínquia, tendo concluído o doutoramento em 1911.
De 1910 a 1919, foi professor de Estoniano em Tartu. De 1910 a 1914, foi redactor da revista “Eesti Kirjandus” e, em 1914/16, trabalhou também como jornalista na “Üliõpilaste leht”.
De 1923 até a sua morte, foi professor de Literatura e Língua Estoniana na Universidade de Helsínquia.
Tornou-se conhecido pelos seus poemas, principalmente pela sua epopeia “Toomas ja Mai” (1924) e pela série de baladas “Sinine kari” (1930), que serviram de modelo aos poetas estonianos da época. Foi influenciada pelo Impressionismo. Os motivos recorrentes nas obras poéticas de Grünthal-Ridala são as paisagens da sua ilha natal e a vida à beira-mar. Pertenceu ao grupo de literatura estoniana Noor-Eesti (Jovem Estónia) fundado em 1905.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

29 DE MAIO - BETTY GRAFSTEIN

EFEMÉRIDEBetty Grafstein, nascida Elizabeth Larner, personalidade do jet set português e empresária norte-americana, nasceu nos Estados Unidos em 29 de Maio de 1929.
Betty Grafstein é proprietária, em Nova Iorque, juntamente com o seu único filho do primeiro casamento, Roger Basile, de uma empresa de diamantes e design de jóias, a Grafstein Diamond Company, que herdou do seu segundo marido, um judeu dos Estados Unidos já falecido. O seu único filho do segundo casamento, Roger Grafstein, gere a empresa.
No dia 27 de Novembro de 1996, contraiu matrimónio, numa conservatória em Loures, Portugal, com José Castelo Branco, uma personalidade televisiva e uma figura recorrente na imprensa cor-de-rosa portuguesa. Devido ao facto de Grafstein ter mais de sessenta anos na altura do casamento, a lei portuguesa estabeleceu, entre os cônjuges, a obrigatoriedade de separação de bens.
Grafstein possui uma fortuna considerável e que já lhe tem criado alguns dissabores, sobretudo quando especulam que José Castelo Branco teria casado com ela por conveniência. Betty tem explicado sempre que «o casamento foi baseado na amizade e no amor recíprocos e que, caso contrário, não se teria casado». Completa hoje 86 anos. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

28 DE MAIO - THOMAS MOORE

EFEMÉRIDEThomas Moore, poeta irlandês, nasceu em Dublin no dia 28 de Maio de 1779. Morreu em Sloperton, em 25 de Fevereiro de 1852.
Ficou muito conhecido pelas letras de “The Minstrel Boy” (“O Menestrel”) e “The Last Rose of Summer” (“A Última Rosa de Verão”), musicadas por John Stevenson e cantadas por vários artistas ao longo dos tempos.  
Foi responsável, juntamente com John Murray, pela publicação das memórias póstumas de Lord Byron. Era apelidado muitas vezes de “Anacreonte Moore”, alusão a um famoso poeta da antiga Grécia.
Viajou pela Europa, tendo estado em Veneza, onde Byron lhe confiou o seu diário. Entre 1820 e 1822, foi acolhido em Sèvres, perto de Paris, pela família Martin de Villamil.
Em 1849, começou a mostrar sintomas de demência senil, falecendo três anos depois. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

27 DE MAIO - ARNOLD BENNETT

EFEMÉRIDE – Enoch Arnold Bennett, jornalista e escritor britânico, nasceu em Hanley no dia 27 de Maio de 1867. Morreu em Londres, em 27 de Março de 1931, vítima de febre tifóide.
Foi o facto de ter ganho um prémio literário atribuído por uma revista, em 1889, que o encorajou a enveredar pela profissão de jornalista. Em 1894, foi escolhido para editor-adjunto do magazine “Wooman”. À margem deste trabalho, iniciou a escrita do seu primeiro romance. “A Man from the North” (1898), que recebeu críticas elogiosas e lhe permitiu mesmo aceder ao lugar de editor chefe. Tendo notado a má qualidade dos folhetins literários recebidos para publicação, decidiu que poderia ser ele próprio a redigir um bem melhor. Assim nasceu o seu segundo romance, “The Grand Babylon Hotel” (1902).
Abandonou depois o seu trabalho de editor, para se dedicar unicamente à literatura, se bem que publicando também, regularmente, artigos na imprensa. Em 1926, aceitou assegurar uma crónica literária semanal no “Evening Standard”.
Em 1903, instalou-se em Paris onde passou a frequentar os meios artísticos de Montmartre e de Montparnasse. Durante oito anos, escreveu um grande número de romances e peças de teatro, reconhecendo – ele próprio – a influência de Maupassant, mormente no romance  “The Old Wives' Tale” (1908). No mesmo ano, publicou “Buried Alive”, um romance de humor negro, que seria depois adaptado ao cinema por Nunnally Johnson (filme “Holy Matrimony” realizado por  John M. Stahl em 1944).
Depois de uma viagem aos Estados Unidos em 1911, voltou a Inglaterra. Durante a Primeira Guerra Mundial, escreveu muitos textos de propaganda para o governo britânico. Depois do conflito, a sua notoriedade era tal que a publicação de cada um dos seus romances era considerada como um grande acontecimento literário. 

terça-feira, 26 de maio de 2015

26 DE MAIO - MUHAMMED FARIS

EFEMÉRIDE Muhammed Ahmed Faris, piloto militar e cosmonauta sírio, nasceu em Alepo no dia 26 de Maio de 1951. Foi o segundo árabe e o primeiro e único cidadão da Síria a ter estado no espaço.
Faris era coronel da Força Aérea Síria e especializara-se em navegação, quando foi seleccionado, em Setembro de 1985, para participar do programa espacial Intercosmos, criado nos anos 1977 pela URSS, para levar ao espaço cosmonautas de outros países.
Depois de ter passado por um período de treino na Cidade das Estrelas, Muhammed Faris viajou em Julho de 1987, como “cosmonauta pesquisador”, na nave Soyuz TM-3, ficando mais de uma semana na estação orbital russa Mir e regressando à Terra na Soyuz TM-2.
Após o voo, voltou para Força Aérea do seu país e recebeu do governo soviético a Ordem de Lenine e o título de Herói da União Soviética.
Em Abril de 2012, no contexto do conflito sírio de 2011/14, desertou e foi para a Turquia. Antes de fugir da Síria, dirigiu-se ao quartel-general dos rebeldes em Alepo, para lhes testemunhar o seu apoio. 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

SIMON & GARFUNKEL - "The Sound of Silence"


25 DE MAIO - DESMOND DEKKER

EFEMÉRIDEDesmond Dekker, de seu verdadeiro nome Desmond Adolphus Dacres, cantor e compositor jamaicano, morreu em Surrey, na Inglaterra, em 25 Maio de 2006. Nascera em Kingston no dia 16 de Julho de 1941. Foi o primeiro artista jamaicano a ser considerado uma lenda do reggae. Os seus maiores sucessos foram “Israelites” e “007 (Shanty Town)”.
Foi um dos pioneiros do skinhead reggae, sendo mencionado em canções de diversos músicos ao longo dos anos, como The Beatles em “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, Rancid em “Roots Radicals” e Frank Black em “Parry the Wind High Low”, entre outros.
Desmond perdeu os pais durante a adolescência e começou a trabalhar como soldador. No trabalho, era encorajado pelos colegas a cantar e, por esse motivo, no ano de 1961, resolveu participar em duas audições, uma para a Studio One e outra para a Treasure Isle.
Nenhuma destas editoras ficou impressionada com Desmond, que resolveu tentar ser ouvido pelo conceituado Leslie Kong. Foi contratado, mas não pôde gravar até 1963, pois Leslie Kong estava à espera que Desmond lhe apresentasse a “música perfeita”. E foi com “Honour Your Father and Mother” que isso aconteceu. A composição foi um êxito e, logo a seguir, vieram “Sinners Come Home” e “Labour for Learning”. Foi nessa época que Desmond mudou o seu apelido Dacres para Dekker.
Com a composição “007 (Shanty Town)”, tornou-se um ícone e uma das figuras mais importantes deste tipo de música. Vários títulos de Dekker foram sucessos que permitiram fazer descobrir ao mundo a música jamaicana, antes de Bob Marley. Assinale-se, a título de exemplo: “Sinners Come Home” e “Labour for learning” (1964) e “King of Ska” (1965).
Em 1968, venceu a National Song Competition da Jamaica, com “Intensified”. No final dos anos 1970, assinou com a Stiff Records e ali permaneceu de 1980 a 1983. Ainda nos anos 1980, foi contratado pela Trojan Records, que também relançou muitos dos seus álbuns.
Ao longo dos anos, fez um sem número de shows pelo mundo, principalmente pela Europa. Morreu de ataque cardíaco, na sua residência nos arredores de Londres, precisamente quando ia iniciar uma nova tournée pela Europa. Foi sepultado no cemitério londrino de Streatham Vale.

domingo, 24 de maio de 2015

DESMOND DEKKER - "007(Shanty Town)"

24 DE MAIO - NICOLAU DOS REIS LOBATO

EFEMÉRIDENicolau dos Reis Lobato, político e guerrilheiro timorense, nasceu em Soibada no dia 24 de Maio de 1946. Morreu em Turiscai, em 31 de Dezembro de 1978. Fez os estudos primários no Colégio Nuno Alvares Pereira. Estudou depois no Seminário Menor de Nossa Senhora de Fátima, em Dare, onde concluiu o 5º ano de Humanidades, com distinção em todas as matérias, com destaque para Português e Matemática.
Depois de deixar o seminário, o seu maior desejo era formar-se em Direito, vindo para Coimbra, mas a doença do pai, a educação dos irmãos mais novos e a falta de apoio financeiro do então governo português impediram-no de realizar este sonho. Prosseguiu os estudos secundários no Liceu Dr. Francisco Machado, em Díli, onde concluiu com boas notas as cadeiras de Filosofia, Organização Politica e Administrativa da Nação e Português (7º Ano). Em 1966, foi incorporado no exército português.
Regressado à vida civil em 1968, tornou-se funcionário da Missão Agronómica de Timor. Terá lido então, secretamente, os primeiros livros sobre as lutas de libertação nas então colónias portuguesas em África.
Transitou depois para a Repartição das Finanças e conheceu Isabel Barreto com quem se casou em 1972. Praticou várias modalidades desportivas. A esposa seria brutalmente assassinada no Cais de Díli, em 7 de Dezembro 1975, dia da invasão de Timor-Leste pela Indonésia.
Em meados de 1974, no seguimento da Revolução dos Cravos em Portugal, abandonou voluntariamente o funcionalismo público português para se dedicar a tempo inteiro à criação da ASDT/FRETILIN e à luta da libertação nacional de Timor-Leste.
Católico praticante, devoto de Nossa Senhora de Aitara, empenhou-se pessoalmente em transportar a estátua da Virgem, escondendo-a em Soibada, para que não fosse profanada.
Lutou, ao lado da FRETILIN, contra a ocupação militar da Indonésia no final de 1975. Foi primeiro-ministro de Novembro a Dezembro de 1975 e presidente de Timor-Leste em 1977/78, No último dia de 1978, foi apanhado numa emboscada pelas forças especiais da Indonésia e assassinado com um tiro no estômago. O seu corpo foi levado para Díli para ser visto pela imprensa indonésia.
Nicolau dos Reis Lobato é considerado um dos heróis nacionais timorenses e, devido à sua reputação, foi dado o seu nome ao aeroporto internacional de Timor-Leste, a uma avenida e ao Palácio Presidencial em Díli.

sábado, 23 de maio de 2015

23 DE MAIO - BONNIE PARKER

EFEMÉRIDEBonnie Elizabeth Parker, famosa delinquente norte-americana, morreu em Bienville Parish no dia 23 de Maio de 1934. Nascera em Rowena, em 1 de Outubro de 1910. Juntamente com o namorado Clyde e a sua quadrilha, cometeu muitos assaltos no interior dos Estados Unidos no começo dos anos 1930. Ela e o companheiro ficaram conhecidos na história criminal americana como Bonnie e Clyde.
Bonnie teve uma infância pobre e difícil com a mãe e os dois irmãos, depois do pai ter falecido quando ela tinha quatro anos. A família mudou-se então para Dallas, no mesmo estado do Texas.
Apesar de ter passado uma infância na mais absoluta pobreza, Bonnie foi uma óptima aluna de Inglês e Redacção e escrevia poemas de qualidade. Venceu mesmo um Concurso Literário, organizado pela Liga de Ensino do Condado. Na adolescência, a sua facilidade em escrever fez com que chegasse a redigir introduções de discursos para políticos locais. Descrita como uma jovem inteligente, com vincada personalidade e força de vontade, Bonnie era uma loirinha atraente de 1,50 m e 41 kg.
Bonnie casou-se em Setembro de 1926, aos quinze anos, com Roy Thornton, um seu vizinho, mas o casamento durou pouco tempo e separaram-se em Janeiro de 1929. Em 1930, quando trabalhava como empregada de mesa, conheceu o homem que mudaria a sua existência, que a levaria para uma vida aventureira e fora-da-lei e que – simultaneamente – a tornaria famosa no mundo durante várias gerações: Clyde Barrow.
Clyde tinha a mesma idade de Bonnie e, quando se conheceram, foi amor à primeira vista. Bonnie largou tudo para o seguir. Dali em diante, ela mostrou-se uma leal companheira de Clyde e, com a ajuda de outros bandidos e do irmão de Barrow, formaram uma quadrilha que aterrorizou durante cerca de quatro anos o centro dos Estados Unidos, assassinando civis e polícias e assaltando bancos, lojas e postos de gasolina. A imprensa transformou-os em verdadeiros mitos, até serem mortos numa emboscada, depois de longa perseguição numa estrada deserta perto de Bienville Parish, no estado da Luisiana, em 23 de Maio de 1934.
Em 1967, o filme sobre a vida dos dois amantes, “Bonnie e Clyde”, realizado por Arthur Penn e protagonizado por Warren Beatty e Faye Dunaway, foi um campeão de bilheteiras, sendo nomeado para dez Oscars. Conquistou dois e tornou-se uma das películas mais emblemáticas do novo cinema americano, sobretudo pela crueza das suas cenas.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

22 DE MAIO - MORRISSEY

EFEMÉRIDE – Steven Patrick Morrissey, cantor e compositor inglês, nasceu em Davyhulme no dia 22 de Maio de 1959. Depois de actuar em várias pequenas bandas, co-fundou em 1982 o grupo The Smiths, juntamente com o guitarrista Johnny Marr. Vieram a ter grande influência no rock alternativo mundial. Quando a banda terminou em 1987, devido à degradação das relações entre os dois músicos, Morrissey passou a desenvolver uma carreira a solo bem sucedida, sendo um dos poucos artistas a ter músicas no Top 10 de Vendas de Discos do Reino Unido em três décadas diferentes.
O seu primeiro disco, “Viva Hate”, foi editado em Março de 1988, seis meses após a separação dos Smiths, e teve bastante êxito. Depois de alguns singles, lançou a sua primeira colectânea, “Bona Drag”, em 1990.
Em 1991, juntamente com Mark E. Nevin, do Fairground Attraction, lançou “Kill Uncle”. Iniciou seguidamente uma parceria duradoura com os guitarristas Alain Whyte e Boz Boorer, tendo lançado os seus melhores trabalhos: “Your Arsenal” em 1992 e “Vauxhall and I” em 1994. No ano seguinte, gravou “Southpaw Grammar” e, em 1997, “Maladjusted”.
Ficou depois um largo período sem editora, mas fez várias tournées. Em 2000, apresentou quatro shows no Brasil.
Em 2004, assinou contrato com a Sanctuary Records e foi lançado “You Are the Quarry”, com grande sucesso junto da crítica e do público. Em 2006, gravou “Ringleader of the Tormentors” e iniciou nova parceria com o guitarrista Jesse Tobias. Em Dezembro, no concurso televisivo inglês “O Maior Ícone Britânico Vivo”, Morrissey classificou-se em segundo lugar, logo a seguir a David Attenborough e à frente de nomes importantes, como Paul McCartney. Em 2009, lançou mais um disco de músicas originais, a que chamou “Years of Refusal”.
Os seus concertos ficaram célebres devido ao número incrível de pessoas que constantemente invadiam o palco, para poderem tocar no seu ídolo. Vários espectáculos tiveram de ser mesmo interrompidos por causa da quantidade de pessoas ao redor do cantor, tentando agarrá-lo.
Em 2012, fez uma longa tournée mundial, actuando na América do Sul, na Ásia e na Europa. Cantou no Manchester Arena no fim de Julho, com bilhetes esgotados e uma assistência de 20 000 espectadores. Interrompeu a digressão no Outono, devido à hospitalização da mãe.
Em Outubro de 2013, foi publicada a sua autobiografia. O lançamento do livro causou polémica, porque foi editado pela Penguin Classics, que até então só publicava clássicos da literatura de autores consagrados. O livro entrou na lista dos mais vendidos do Reino Unido, com cerca de 35 000 exemplares adquiridos só na primeira semana.
Segundo o site da revista “The Hollywood Reporter” (2012), Moz – como é chamado também pelos seus fãs – afirmou ter envelhecido muito rapidamente nos últimos anos e que em breve se reformaria. No entanto, em 2015, já anunciou novos concertos na Europa e na Austrália.
Morrissey é vegetariano desde a idade de onze anos e é um activo defensor dos direitos dos animais. 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

21 DE MAIO - VLADIMIR SALNIKOV

EFEMÉRIDEVladimir Valerievitch Salnikov, ex-nadador da URSS, vencedor de quatro medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, nasceu em Leninegrado, actual São Petersburgo, no dia 21 de Maio de 1960. Era conhecido por “Czar” e é considerado o melhor nadador de meio fundo de todos os tempos. Bateu doze recordes mundiais, nas provas dos 400m, 800m e 1 500 metros livres. Foi eleito Nadador do Ano pela revista “Swimming World Magazine”, em 1982.
Quando tinha sete anos, a mãe levou-o a uma piscina para participar numa prova de natação. Um ano depois, começou a treinar regularmente sob a orientação de um treinador. Salnikov representou o Zenith e, mais tarde, as Forças Armadas Soviéticas.
Fez a sua estreia nos Jogos Olímpicos de 1976 em Montreal, com 16 anos de idade. Bateu então o recorde europeu dos 1 500m livres, mas terminou em 5º lugar. A sua longa sequência de vitórias internacionais iniciou-se no Campeonato Europeu de 1977, onde ganhou a medalha de ouro na sua prova favorita, os 1 500 metros.
Nos Mundiais de Berlim, em 1978, ganhou novas medalhas de ouro nos 400m e 1 500m, fixando um novo recorde mundial nos 400m. Um ano depois, outro recorde mundial, desta vez nos 800m, tornando-se o primeiro homem a completar a distância em menos de 8 minutos.
Nos Jogos Olímpicos de Moscovo em 1980, Salnikov ganhou as medalhas de ouro dos 400m, da estafeta 4x200m e dos 1 500m, prova que terminou em 14m58s27, sendo o primeiro atleta a nadar a distância abaixo dos 15 minutos.
Em 1982, confirmou os seus títulos mundiais e, um ano mais tarde, nos Europeus, bateu novamente o recorde mundial dos 1 500m com 14m54s76. O recorde duraria até 1991, ano em que foi batido pelo alemão Jörg Hoffmann.
A União Soviética boicotou as Olimpíadas de Los Angeles em 1984, como os EUA tinham feito em Moscovo quatro anos antes. Quando voltou, nos Jogos Olímpicos de Seul (1988), Salnikov tinha 28 anos e era já considerado velho demais. Apesar de ter estabelecido um recorde mundial em 1986, nos 800m, achavam que ele estava em declínio. Salnikov, no entanto, espantou o mundo ao ganhar os 1 500m com uma espectacular recuperação na parte final da prova. Em virtude desta proeza, quando entrou no restaurante da Aldeia Olímpica naquela noite, recebeu uma ovação de pé, de todos os atletas presentes.
Esteve invencível nos 1 500 metros entre 1977 e 1986, num total de 61 finais consecutivas. É actualmente presidente da Federação Russa de Natação

quarta-feira, 20 de maio de 2015

20 DE MAIO - BILL HEWLETT

EFEMÉRIDE – William “Bill” Reddington Hewlett, engenheiro electrónico norte-americano, nasceu em Ann Arbor, no Michigan, em 20 de Maio de 1913. Morreu em Palo Alto no dia 12 de Janeiro de 2001, vítima de insuficiência cardíaca.
Desde os três anos de idade, morou em São Francisco. Estudou na Universidade de Stanford, tendo-se formado em 1934. Graduou-se em Engenharia Electrónica em 1939. Na universidade, fez parte da Fraternidade Kappa Sigma. Efectuou o serviço militar como oficial, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1939, fundou – juntamente com David Packard – a Hewlett-Packard Company (HP), que viria a ficar famosa no mundo inteiro. Foi presidente da HP de 1964 a 1978, continuando depois nos órgãos directivos até 1987.
Em 1966, ele e a mulher criaram a William & Flora Hewlett Foundation, que Bill dirigiu até 1994. Flora Hewlett faleceu em 1977. Em 1978, Hewlett casou-se com Rosemary Bradford.
Em 1985, o presidente Ronald Reagan condecorou-o com a National Medal of Science, a mais alta condecoração científica dos EUA. Em 1995, recebeu o Prémio Lemelson para recompensar a sua brilhante carreira. Foi doutorado honoris causa por 13 universidades. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

19 DE MAIO - ELENA PONIATOWSKA

EFEMÉRIDEElena Poniatowska Amor, de seu verdadeiro nome Hélène Elizabeth Louise Amélie Paula Dores Poniatowska Amor, jornalista, escritora e activista política mexicana, nasceu em Paris no dia 19 de Maio de 1932. A sua obra literária tem sido distinguida com numerosos prémios. É filha de uma mexicana e de um aristocrata francês.
A mãe também nasceu em Paris. Pertencia à família de Porfirio Díaz, exilada em França depois da Revolução Mexicana. A avó paterna era norte-americana e o pai era de origem franco polaca, descendente do general Poniatowski, que fez parte do exército que acompanhou Napoleão até Moscovo.
Sobrinha da poetisa mexicana Pita Amor (1918/2000), a sua família conta também entre os antepassados ilustres, um arcebispo, um músico e a alguns escritores. Recebeu como herança o título de princesa de Polónia, ainda que afirme que isso não lhe interessa. Devido às suas ideias políticas, é conhecida igualmente pelo pseudónimo de “A Princesa Vermelha”.
A família emigrou da França para o México, em consequência da Segunda Guerra Mundial. Elena, aos dez anos de idade, chegou com a mãe e a irmã à cidade do México. O pai lutou até ao fim da guerra e sempre projectou reunir-se com elas mal acabasse o conflito, o que veio a acontecer.
No México, aprendeu com uma ama a pronunciar correctamente o castelhano. Estudou um ano no Liceo de México e manteve o seu nível na língua francesa, mercê das aulas dadas por uma professora da universidade. Estudou também piano e dança.
Em 1949, foi enviada para os Estados Unidos para estudar. Primeiro, num colégio católico de Filadélfia, o Convento do Sagrado Coração de Eden Hall e, depois, no Manhattanville College de Nova Iorque.
Elena decidiu dedicar-se ao jornalismo. Depois de voltar para o México (1953), começou a sua carreira trabalhando no jornal “Excelsior”, assinando as suas crónicas como Hélène. Para as suas primeira entrevistas, escolheu várias personalidades de relevo internacional, entre elas a portuguesa Amália Rodrigues. Publicava uma entrevista diariamente. Começava já a interessar-se também por questões sociais e pelo papel das mulheres mexicanas.
Em 1955, iniciou a sua colaboração no jornal “Novedades de México”, que continuará praticamente ao longo de toda a vida. Algumas das entrevistas que fez foram mais tarde reunidas em livro (“Palavras cruzadas”, 1961, e “Todos México”, 1990). 
Um emprego que viria a marcar a sua carreira literária foi o de assistente do antropólogo Oscar Lewis (1962), um dos fundadores do romance não ficção. Essa experiência inspirou-a na criação dum dos seus mais famosos projectos literários: “Hasta não verte Jesus mio”.
O primeiro livro de ficção, publicado naquele mesmo ano, foi “Lilus Kikus”, uma recolha de contos, seguida no ano seguinte por “Tudo começou no domingo”. Em 1965, viajou para a Polónia e de lá enviou uma série de crónicas intituladas “Novedades”, que «questionavam o sentido da moral estabelecida, a justiça e, de um modo geral, o absurdo da vida».
Em 1964, ouviu uma mulher a gritar de um telhado na cidade do México. Tratava-se de uma lavadeira, o que a levou a descobrir o submundo da capital. Elena começou a reunir-se com ela, todas as quartas-feiras, para a entrevistar. A partir das notas tomadas durante essas reuniões, escreveu o romance “Hasta não verte Jesus mio”, publicado em 1969.
O reconhecimento internacional chegou com os livros que escreveu de modo narrativo e testemunhal, especialmente com “La noche de Tlatelolco” (1971), sobre o massacre, principalmente de estudantes, que aconteceu em Outubro de 1968 na Praça das Três Culturas. Em 1979, recebeu o Prémio Nacional de Jornalismo.
Além de escrever as suas obras, Poniatowska realiza muitas outras actividades. Visita universidades nos Estados Unidos e na Europa, colabora com diversas publicações, escreve prefácios, participa em lançamentos de livros e faz curtas-metragens. Pertence ao conselho editorial da revista feminista “Fem”, além de ser co-fundadora da Editora Siglo XXI e da Cinemateca Nacional.
Apesar das suas origens aristocráticas, ela foi sempre politicamente de esquerda e uma defensora dos direitos humanos. Nas eleições gerais do México em 2006, apoiou Andrés Manuel López Obrador, candidato da Coligação para o Bem de Todos, que tinha sido presidente da Partido da Revolução Democrática. Perante as críticas de alguns sectores, 24 autores estrangeiros de renome, entre os quais se pode destacar José Saramago (Prémio Nobel de Literatura 1998), assinaram uma carta de apoio. Nesse mesmo ano, participou juntamente com outros intelectuais, na assinatura de uma petição condenando os ataques israelitas ao Líbano. O embaixador de Israel no México acusou os signatários de apoiarem o terrorismo.
Em 2007, o governo da cidade do México, através do Ministério da Cultura, criou o Prémio Ibero-americano de novela Elena Poniatowska, dotado de 500 mil pesos.
Em 2011, foi criada a Fundação Elena Poniatowska com o objectivo de organizar, divulgar e preservar o arquivo histórico da escritora e da sua família, apoiar grupos sociais que Elena retratou nas suas obras e promover o debate público sobre a cultura mexicana. Em 2013, recebeu o Prémio Cervantes, o mais importante da literatura de língua espanhola.  

segunda-feira, 18 de maio de 2015

18 DE MAIO - EDOARDO SANGUINETI

EFEMÉRIDEEdoardo Sanguineti, poeta, dramaturgo, ensaísta, professor e crítico literário, morreu em Génova no dia 18 de Ma1o de 2010. Nascera na mesma cidade em 9 de Dezembro de 1930. Foi um dos principais teóricos do Grupo 63 e ensinou Literatura nas Universidades de Turim, Salerno e Génova.
A família fixou-se em Turim, quando Edoardo tinha quatro anos. Era ainda criança quando, numa consulta de rotina, lhe foi diagnosticada uma doença cardíaca grave. Mais tarde, o diagnóstico foi considerado errado, mas o episódio condicionou durante muito tempo o seu estilo de vida.
Um tio que se dedicava à música e vivia também em Turim foi a primeira pessoa influente na sua formação. Em Bordighera, localidade onde passava as férias de Verão, relacionou-se com um primo que lhe transmitiu também a paixão pelo jazz.
Ao consultar um médico durante uma crise de tosse convulsa, este veio a descobrir o falso diagnóstico quanto ao coração. Considerado são, foi aconselhado a fazer exercício físico intenso para desenvolver a sua massa muscular, que entretanto tinha definhado. Ginástica, ciclismo e ténis foram, a partir daí, os desportos que praticou com assiduidade.
Em 1946, inscreveu-se no Liceu Clássico de Azeglio, começando muito cedo a frequentar os meios culturais de Turim, a visitar exposições diversas, a assistir a concertos e a conviver com figuras notáveis da cidade.
Em 1951, começou a escrever um livro a que daria o título de “Laborintus” e que mostraria somente a um número restrito de leitores, quatro nem mais. Em 1954, no seguimento de uma crítica inserida no magazine “Galleria de l'Antologia critica del Novecento”, conheceu o editor Luciano Anceschi que decidiu, em boa hora, publicar aquele seu primeiro livro.
Em 1956, depois de se ter licenciado na Faculdade de Letras da Universidade de Turim, fez o respectivo mestrado. Nos anos 1960, encontrou-se à frente da neo-vanguarda italiana, o Grupo 63. Em 1971, viveu seis meses em Berlim, voltando a Itália para exercer a profissão de professor. Começou a colaborar igualmente nos periódicos “Paesa Sera” (1974), “Il Giorno” (1975) e “Unità” (1976).
Entrei 1976 e 1981, iniciou-se na política, sendo conselheiro municipal de Génova e membro da Câmara, eleito como independente nas listas do Partido Comunista Italiano. Entre 1981 e 1983, dirigiu a prestigiosa revista “Cervo Volante”.
Em 1990, fundou – juntamente com Nadia Cavalera – a revista internacional “Bollettario. Quadrimestrale di scrittura e critica”, que dirigiu até à sua morte. Faleceu na sala de operações do hospital para onde havia sido transportado de urgência, vítima de um aneurisma.
Legou para a posteridade uma prolífica obra: 43 livros de/ou sobre Poesia; 21 livros de Teatro ou sobre Teatro e Música; e 19 Ensaios e Estudes. Traduziu vários autores estrangeiros, como Joyce, Eurípedes, Séneca, Petrónio, Eschilo, Sofocle, Shakespeare, Molière, Aristófanes, Brecht e Corneille.

domingo, 17 de maio de 2015

17 DE MAIO - HORACE DODGE

EFEMÉRIDEHorace Elgin Dodge, um dos pioneiros da indústria automóvel norte-americana e co-fundador, juntamente com o seu irmão John Francis, da empresa construtora Dodge, nasceu em Nilles, no Michigan, em 17 de Maio de 1868. Morreu em Detroit no dia 10 de Dezembro de 1920.
Os irmãos Dodge iniciaram as suas carreiras profissionais em 1886 na Murphy Engine Company, fabricando motores marítimos. Fizeram depois fortuna produzindo bicicletas. Já nas vésperas do século XX, investiram todo o seu dinheiro na construção de um vasto atelier de mecânica em Detroit. Rapidamente se tornaram nos principais fornecedores de Henry Ford. Os negócios prosperaram e eles vieram a cessar a sua cooperação com Ford, para fundar a sua própria marca em 1914. Mercê da boa reputação que tinham, as encomendas afluíram e, em breve, a sua primeira viatura passou a ser uma séria rival da Fordc T.
Em 1920, quando a produção ultrapassou pela primeira vez os 100 000 exemplares, tudo se desmoronou. Vítima de pneumonia, John morreu em 14 de Janeiro, enquanto Horace, inconsolável e deprimido, viria a morrer em Dezembro.
A fábrica passou para o controlo de um grupo bancário em 1925, antes de ser comprada três anos mais tarde por Walter Chrysler. Integrada no grupo, mas mantendo o nome, a marca Dodge continuou a apresentar uma imagem jovem e desportiva. Hoje ainda, Dodge é considerada a marca mais dinâmica do grupo, nomeadamente com uma gama sedutora de 4X4
Os dois irmãos foram os inventores, nos Estados Unidos, do primeiro automóvel com carroçaria inteiramente feita de aço. Em 1981, Horace Dodge foi incluído no Automotive Hall of Fame.

sábado, 16 de maio de 2015

B. B. KING - "The Thrill Is Gone" (Live at Montreux 1993) - DESCANSA EM PAZ!


16 DE MAIO - MARTINE CAROL

EFEMÉRIDEMartine Carol, de seu verdadeiro nome Marie-Louise Mourer, actriz francesa, nasceu em Saint-Mandé (Val-de-Marne) no dia 16 de Maio de 1920. Morreu em Monte Carlo (Mónaco), em 6 de Fevereiro de 1967. Seguiu cursos de representação ministrados por Robert Manuel e por René Simon.
Começou a sua carreira em 1940, com a peça “Phèdre”, utilizando o nome artístico Maryse Arley. No início da ocupação alemã, como muitos outros actores franceses, entrou em vários filmes financiados pela empresa alemã Continental, dirigida por Alfred Greven. 
Em 1941, figurou em “Le Dernier des six”  e em “Les Inconnus dans la maison”. Em 1942, protagonizou um filme de sketches, abertamente anti-semita e anti-americano, intitulado “Les Corrupteurs”.
Descoberta por Henri-Georges Clouzot, figurou em “Le Chat”, adaptação de uma novela de Colette, filme que nunca chegou a ser distribuído. Em 1943, entrou em “La Ferme aux loups”, contracenando com Paul Meurisse e François Périer. Este último aconselhou-a nessa ocasião a mudar de pseudónimo e ela escolheu então “Martine Carol”.
Em 1947, quando o comediante Georges Marchal, seu primeiro amor, a trocou por Dany Robin, atirou-se ao rio Sena, depois de ter ingerido álcool e barbitúricos. Um motorista de táxi salvou-a do afogamento. No final deste mesmo ano, subiu de novo ao palco para representar “La Route du tabac”, no Teatro da Renascença, ao lado de Marcel Mouloudji. Passou a aparecer regularmente no cinema, nomeadamente em “Miroir” com Jean Gabin (1947), “Les Amants de Vérone” com Pierre Brasseur (1948) e “Je n’aime que toi” com o cantor Luís Mariano (1949).
Em 1954, casou-se com o cenarista Christian-Jaque, que lhe reservou papéis à altura do sex-symbol típico dos anos 1950 em que ela se tinha tornado. Trabalhou com muitos realizadores de renome, como Sacha Guitry, René Clair, Terence Young, Vittorio De Sica, etc. Contracenou com Gérard Philipe, Raf Vallone, Charles Boyer ou ainda Vittorio Gassman.
A partir de 1956, a sua estrela começou a empalidecer à medida que começava a resplandecer a de Brigitte Bardot, que viria a ter nos anos 1960 o esplendor que Martine Carol tivera nos anos 1950
O cinema tradicional, que fizera a glória de Martine, começava a ser varrido pela Nova Vaga. Mergulhou numa depressão, consumindo muitos medicamentos e fazendo curas de emagrecimento. Após uma interrupção de quatro anos na sua carreira e novo casamento com um homem de negócios britânico, desempenhou o seu derradeiro papel em 1966 (“Jugement à Prague”). Pouco tempo depois, era encontrada morta num hotel em Monte Carlo, vítima de crise cardíaca. Falou-se num possível suicídio, mas nada ficou provado.
Martine Carol, ao longo da sua vida artística, protagonizou mais de cinquenta filmes, ficando ligada para sempre à história do cinema francês.  

sexta-feira, 15 de maio de 2015

15 DE MAIO - TRINI LOPEZ

EFEMÉRIDETrini Lopez, de seu verdadeiro nome Trinidad Lopez, actor, cantor e guitarrista norte-americano de ascendência mexicana, nasceu no bairro Little México, em Dallas, no Texas, em 15 Maio de 1937. Atingiu o auge da sua popularidade nos anos 1960.
Aos 12 anos de idade, o pai ofereceu-lhe uma guitarra e, aos quinze, já actuava numa boîte chamada Cipango. Fez sucesso com diversos hits, tais como “La Bamba”, “América”, “Perfídia”, “If I Had A Hammer” (que o celebrizou), “Lemon Tree” e “Corazón de Melón”, entre muitos outros. O seu arranjo característico era transformar todas as músicas em ritmos 2x2 dançantes, que fazem lembrar por vezes o baião brasileiro.
Durante a sua carreira, abordou quase todos os estilos musicais em álbuns temáticos: “The Latin Album”, “The Folk Album”, “The Love Album”, “Welcome To Trini Country”, etc..
Em 1964, actuou no Olympia de Paris, juntamente com os Beatles, num memorável espectáculo, que tinha como cabeça de cartaz a francesa Sylvie Vartan.
Participou em alguns filmes, como “The Dirty Dozen” de Robert Aldrich. Ganhou diversos prémios, entre eles o Lenda Viva de 2007. Tem continuado a cantar até hoje, tendo gravado um álbum em 2011.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

14 DE MAIO - MARK ZUCKERBERG

EFEMÉRIDEMark Elliot Zuckerberg, programador informático e empresário norte-americano, nasceu em White Plains no dia 14 de Maio de 1984. Ficou conhecido mundialmente por ser um dos fundadores do Facebook, a maior rede social do mundo. Fundou o Facebook em 2004, juntamente com Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes, quando eram estudantes da Universidade Harvard. Em 2010, foi nomeado pela revista “Time” como a Personalidade do Ano (a mais jovem de sempre, logo a seguir a Charles Lindbergh) e a Mais Influente do Mundo, seguido de Steve Jobs. Em Março de 2011, a revista “Forbes” colocou-o na 36ª posição da lista dos Mais Ricos do Mundo.
Mark nasceu no Condado de Westchester, no estado de Nova Iorque, filho de uma psiquiatra e de um dentista. Tem origem judaica, mas já declarou ser ateu. Estudou na Ardsley High School, onde teve grande destaque em Arte e Cultura Clássicas. Ingressou depois na Phillips Exeter Academy, onde ganhou vários prémios em Ciências da Astronomia, Matemática e Física. Nos estudos clássicos, aprendeu francês, hebraico, latim e grego antigo. Pertenceu a uma equipa de esgrima. Na faculdade, era conhecido por recitar versos de poemas épicos como a “Ilíada”. Numa festa durante o seu segundo ano na Universidade Harvard, conheceu a estudante de medicina Priscilla Chan, sua actual esposa. Em 2010, começou a estudar mandarim chinês. O casal visitou a China em Dezembro de 2010, tendo-se casado em 2012, um dia após a entrada do Facebook na bolsa de valores Nasdaq.
Zuckerberg começou a usar computadores e a desenvolver softwares ainda criança. O pai ensinou-lhe a Programação Básica Atari em 1990 e, posteriormente, contratou o técnico de software David Newman para lhe dar aulas particulares. Newman não hesitava em considerá-lo como um prodígio, acrescentando que «era difícil ficar à frente dele». Zuckerberg gostava de criar programas de computador, especialmente ferramentas de comunicação e jogos. Num desses programas, surgiu o “ZuckNet”, que permitia que todos os computadores entre a casa e o consultório odontológico do pai pudessem comunicar entre si, no que pode ser considerado uma versão simplificada do AOL Instant Messenger, que foi lançado no ano seguinte.
Durante alguns anos, Zuckerberg trabalhou numa empresa chamada Intelligent Media Group, onde construiu um leitor de música chamado “Synapse Media Player”, que usa inteligência artificial para saber os hábitos de escuta dos usuários e recebeu uma alta classificação da revista “PC Magazine”. A Microsoft e a AOL tentaram comprar o “Synapse” e contratar Zuckerberg, mas ele preferiu matricular-se na Universidade Harvard em Setembro de 2002. Estudou também Psicologia e Ciência da Computação e era membro da Alpha Epsilon Pi, uma fraternidade judaica.
Os alunos da universidade solicitaram que fosse desenvolvido um Web site, que incluísse fotos e detalhes dos alunos para fazerem parte da sua rede informática. Mark ouviu os argumentos e decidiu que, se a universidade não o fizesse, seria ele a fazê-lo. Em breve, missão cumprida e o Facebook começaria a alastrar para outras universidades e escolas. Mais tarde, espalhar-se-ia por todo o mundo.
Em Setembro de 2010, soube-se que Zuckerberg havia doado 100 milhões de dólares para o Newark Public Schools, sistema de escolas públicas de Newark. Em Dezembro do mesmo ano, declarou que se havia tornado um dos signatários da The Giving Pledge, iniciativa criada por Bill Gates e Warren Buffett. 
Um filme baseado na história de Mark e dos fundadores do Facebook, com o título “A Rede Social”, foi lançado em Outubro de 2010. Mark foi interpretado por Jesse Eisenberg que foi nomeado para o Oscar de Melhor Actor. Após ganhar o Globo de Ouro de Melhor Filme em Janeiro de 2011, o produtor Scott Rudin agradeceu a Zuckerberg «a disponibilidade para nos permitir usar a sua vida e obra como uma metáfora, através da qual se conta uma história sobre a comunicação e a forma como as pessoas se relacionam entre si».

quarta-feira, 13 de maio de 2015

13 DE MAIO - CHET BAKER

EFEMÉRIDEChet Baker, de seu verdadeiro nome Chesney Henry Baker, Jr., trompetista e cantor de jazz norte-americano, morreu em Amesterdão no dia 13 de Maio de 1988. Nascera em Yale, Oklahoma, em 23 de Dezembro de 1929.
Viveu até aos dez anos numa quinta em Oklahoma. A família fixou-se em Los Angeles no final dos anos 1930. Começou então a estudar teoria musical, influenciado certamente pelo pai, que era guitarrista, e de quem herdou a paixão pela música. Amante do jazz, passou a integrar grupos de renome na música americana dessa época.
Em 1946, alistou-se numa Army Band estacionada em Berlim. Regressando à vida civil em 1948, estudou harmonia e teoria musical. Voltou a alistar-se em 1950, após uma decepção amorosa. No ano seguinte, foi transferido para um batalhão disciplinar, desertou e foi dispensado por falta de adaptação à vida militar.
Os seus primeiros trabalhos foram com a Vido Musso's Band e com Stan Getz, mas o verdadeiro sucesso só chegou depois do convite de Charlie Parker, para actuar numa série de apresentações na Costa Oeste dos Estados Unidos. Em 1952, entrou para a banda de Gerry Mulligan, alcançando grande notoriedade com a primeira versão de My Funny Valentine. Entretanto, devido aos problemas de Gerry com as drogas, o quarteto acabou por se desfazer, não tendo chegado a durar um ano. O talento de Chet estava porém confirmado e ele tornou-se famoso na América e na Europa.
Os especialistas dividem a sua vasta obra em duas etapas: a fase cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo, e a outra, a partir de 1957, quando a sensibilidade na interpretação se tornou ainda mais evidente.
Avesso às partituras, Chet não deixou, entretanto, de integrar as big bands americanas. Era dotado de uma extrema criatividade, inaugurando um modo de cantar em que a voz era quase sussurrada.
Para tocar as músicas, Chet pedia apenas o tom. Económico nas notas (ao contrário de outros trompetistas, como Dizzy Gillespie), improvisava com sentimento. Certo dia, deram-lhe propositadamente o tom errado de uma música e, mesmo assim, Chet Baker conseguiu encontrar um caminho harmónico. No começo dos anos 1960, Chet realizou diversas experiências com o flugelhorn, um instrumento de timbre macio e aveludado.
A sua gloriosa trajectória na música não lhe rendeu, no entanto, uma vida segura e afastada de problemas. Por causa do seu envolvimento com drogas, especialmente com a heroína, Chet foi muitas vezes preso. Chegou também a ser espancado, por não ter pago uma dívida contraída com a compra de drogas (1966). Partiram-lhe o queixo e vários dentes, o que o levou a fazer uma longa travessia do deserto, só voltando a actuar em 1973.
Apresentou-se várias vezes no estrangeiro, nomeadamente em França, na Alemanha, Itália e Holanda, no Japão e Brasil (década de 1980).
Morreu aos 58 anos de idade, de forma trágica e misteriosa, caindo de uma janela do quarto do hotel em Amesterdão, onde se encontrava hospedado. Acidente ou suicídio? Nunca se soube. Chet tinha actuado naquela noite e consumido muitas drogas. 

terça-feira, 12 de maio de 2015

12 DE MAIO - BERTUS AAFJES

EFEMÉRIDEBertus Aafjes, de seu verdadeiro nome Lambertus Jacobus Johannes Aafjes, poeta e romancista holandês, nasceu em Amesterdão no dia 12 de Maio de 1914. Morreu em Swolgen, em 23 de Abril de 1993. Utilizou também o pseudónimo “Jan Oranje”.
A sua celebridade é devida em grande parte aos poemas inspirados pela luta da Resistência contra a ocupação alemã, escritos durante a II Grande Guerra Mundial. Datam dessa época os livros “A Luta com as Musas” (1940) e “Clepsidra da Morte” (1941).
O seu poema “A Odisseia de Homero” (1965) e os seus relatos de viagens testemunham também o seu fascínio e apelo pelas terras meridionais.
No total, escreveu mais de uma centena de obras, numa carreira literária que começou em 1936 para terminar em 1992, ano anterior ao seu falecimento.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

11 DE MAIO - SPENCER PERCEVAL

EFEMÉRIDESpencer Perceval, político e primeiro-ministro do Reino Unido, morreu em Londres no dia 11 de Maio de 1812. Nascera em Mayfair, em 1 de Novembro de 1762. Foi o único primeiro-ministro britânico a ter sido assassinado.
Estudou no Trinity College, em Cambridge. Em 1797, foi eleito deputado por Northampton, tendo-se feito notar pelas causas que defendia, pela sua eloquência, pelo seu zelo e pelos conhecimentos que denotava em matérias de finanças. Tornou-se líder dos Tories na Câmara dos Comuns. Foi seguidamente solicitador, procurador-geral, ministro das Finanças e, em 1809, Lord do Tesouro. Mais tarde, ascendeu a primeiro-ministro.
Foi assassinado em 1812 por John Bellingham, quando atravessava o Palácio de Westminster, onde ia para tomar parte num debate na Câmara dos Comuns. O assassino, que seria um desequilibrado, foi enforcado sete dias depois, após julgamento.
Há uma estátua de Spencer Perceval em Northampton, esculpida por Francis Leggatt Chantrey em 1817. Em 2014, mais de dois séculos após a sua morte, foi descerrada uma lápide alusiva no Palácio de Westminster.

domingo, 10 de maio de 2015

RAQUEL TAVARES - "Rosa da Madragoa"


10 DE MAIO - BERNARDO SASSETTI

EFEMÉRIDEBernardo da Costa Sassetti Pais, compositor e pianista português, morreu na Praia do Abano, Cascais, em 10 de Maio de 2012. Nascera em Lisboa no dia 24 de Junho de 1970.
A mãe era de origem italiana e o pai era neto paterno de Sidónio Pais, sobrinho materno de Luís de Freitas Branco e Pedro de Freitas Branco e primo irmão de João de Freitas Branco.
Iniciou os estudos de piano clássico aos nove anos de idade e, mais tarde, frequentou a Academia dos Amadores de Música. Dedicou-se ao jazz. Em 1987, começou a sua carreira profissional, em concertos e clubes locais. Com o quarteto de Carlos Martins e o Moreiras Jazztet, participou em inúmeros festivais com músicos estrangeiros de renome. Nos primeiros quinze anos de carreira, apresentou-se por todo o mundo ao lado de Art Farmer, Kenny Wheeler, Freddie Hubbard, Paquito D'Rivera, Benny Golson, Curtis Fuller, Eddie Henderson, Charles McPherson, Steve Nelson, integrado na United Nations Orchestra e no quinteto de Guy Barker com o qual gravou o CD “Into the blue”, nomeado para os Mercury Awards 95 – Ten álbuns of the year.
Em Novembro de 1997, também com Guy Barker, gravou “What Love is”, acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Londres e tendo como convidado especial o cantor Sting.
Como compositor, destacam-se as suites “Ecos de África”, “Sons do Brasil”, “Mundos”, “Fragments (Of Cinematic Illusion)”, “Entropé” (para piano e orquestra) e “4 Movimentos Soltos” (para piano, vibrafone, marimba e orquestra).
O seu primeiro trabalho discográfico como líder, “Salsetti”, foi gravado em Abril de 1994 com a participação de Paquito D'Rivera, e o segundo, “Mundos”, em Janeiro de 1996. “Nocturno”, lançado em 2002, foi distinguido com o 1.º Prémio Carlos Paredes.
Em Janeiro de 2006, foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Era casado com a actriz Beatriz Batarda com quem teve duas filhas.
Faleceu após ter caído de cerca de 20 metros numa falésia do Guincho, onde estava a tirar fotografias. A Capitania do Porto de Cascais recebeu uma chamada para socorrer «um indivíduo caído numas pedras a norte da Praia do Abano».
Dedicava-se regularmente à música para cinema, tendo realizado vários e importantes trabalhos, de entre os quais se destaca a sua participação no filme do realizador Anthony Minguella “O Talentoso Mr. Ripley”. Para este projecto, gravou “My Funny Valentine”, entre outros temas. Compôs igualmente, em parceria com o trompetista Guy Barker, uma série de temas para serem apresentados na estreia deste filme, realizada em Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Berlim, Paris Londres e Roma.
Como concertista, apresentou-se em piano a solo, em trio com Carlos Barreto e Alexandre Frazão ou em duo com o pianista Mário Laginha, com quem gravou os CDS “Mário Laginha/Bernardo Sassetti” e “Grândolas”, uma homenagem a Zeca Afonso e aos 30 anos do 25 de Abril.
Dos discos gravados (como solista, acompanhador e compositor), podem destacar-se os seguintes: com a Orquestra Cubana Sierra Maestra – “Dundumbanza” e “Tibiri tabara”; com Carlos Barreto – “Impressões” e “Olhar”; com Luís Represas – “Cumplicidades”; e com Carlos do Carmo “Ao vivo no Coliseu”, entre muitos outros.

sábado, 9 de maio de 2015

GABRIEL O PENSADOR - "Linhas Tortas"

9 DE MAIO - ARTUR DA TÁVOLA

EFEMÉRIDEArtur da Távola, pseudónimo de Paulo Alberto Artur da Tavola Moretzsonh Monteiro de Barros, advogado, jornalista, homem da rádio, escritor, professor e político brasileiro de origem árabe, morreu no Rio de Janeiro em 9 de Maio de 2008. Nascera na mesma cidade em 3 de Janeiro de 1936.
Iniciou a sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, foi eleito deputado constituinte pelo PTB. Afastado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do PSDB e líder de bancada na assembleia constituinte de 1988, tendo defendido alterações nas concessões de emissores de televisão, para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, mas sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB (1995/1997). Exerceu mandatos de deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Em 2001, foi durante nove meses secretário da Cultura na cidade do Rio.
Como jornalista, foi redactor e editor de diversas revistas, nomeadamente na Bloch Editores, e crítico de televisão nos jornais “Última Hora”, “O Globo” e “O Dia”, sendo igualmente director da Rádio Roquette-Pinto.
Publicou ao todo 42 livros, entre 1977 e os anos 2000, a maioria constituída por contos e crónicas. Teve obras prefaciadas por nomes conhecidos, como Fernanda Montenegro e Pedro Bial.
Távola apresentava o programa “Quem tem medo de música clássica?”na TV Senado, onde demonstrava o conhecimento e profunda paixão pela música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, marcou os telespectadores com a frase: «A música é vida interior e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão.». 
O seu compositor favorito era Vivaldi, a quem dedicou quatro programas especiais, apresentando “Le quattro stagioni” na sua versão completa e executada pela Orquestra Filarmónica de Berlim. Também exibiu, em exclusivo, execuções da Orquestra Sinfónica Brasileira no Festival de Gramado nos anos 2003 a 2007. 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

PADRÕES DE BELEZA


«‘A gordura é formosura’
Dizia-se antigamente;
Hoje mudou a figura
O magro é mais atraente»
António Mendes Claudino

PADRÕES DE BELEZA
(Décimas)

I
Tudo muda neste Mundo,
Mesmo os padrões de Beleza,
Mas é com muita surpresa
E um sorriso profundo
Que eu vejo a foto ao fundo…
…Pego a antiga gravura,
Com minha mão insegura,
E lembro a alegria
Com que então se dizia:
A gordura é formosura.

II
Ser obeso era bonito,
Talvez sinal de riqueza,
Nunca trazendo tristeza.
Era sucesso num grito
Viver-se naquele mito.
Olhava-se a adolescente
De um modo bem diferente:
«Como ela é bonitinha
Pena não ser mais gordinha»
- Dizia-se antigamente.


III
Hoje só com os bebés
‘inda é costume dizer
Para aos pais dar prazer:
«É pequenino não é?
Mas é gorducho o néné!».
A moda nem sempre dura,
Tanto dá até que fura,
E novos tempos chegaram
Que quase tudo mudaram:
Hoje mudou a figura.

IV
Ser gordo é ser pior,
Ser magro é excelente
Com todos gabando a gente.
Eu olho ao meu redor
Já não sei o que é melhor!
Por trás, de lado, de frente
Ser magro é ser diferente.
Modelos passam fominha,
Porque é outra a ladainha:
Magro é mais atraente.

Gabriel de Sousa

FORMOSA FOR EVER

FORMOSA FOR EVER
(quadras)
1
Tu serás sempre formosa,
Tempo não conta p’ra ti.
Serás a eterna rosa,
Das mais belas qu’ eu já vi!

2
Beleza não é a rosa,
Mas sim o teu coração.
Tu vais ser sempre formosa:
- Não há outra solução.

3
Ser formosa é a arte
Que consegues dominar!
- Só deixarei de amar-te
Quando o Mundo acabar.

Gabriel de Sousa

8 DE MAIO - DIRK BOGARDE

EFEMÉRIDE – Dirk Bogarde, de seu verdadeiro nome Derek Jules Gaspard Ulric Niven van den Bogaerde, actor britânico, morreu em Londres no dia 8 de Maio de 1999. Nascera na mesma cidade em 28 de Março de 1921. Oriundo de uma família de ascendência holandesa e escocesa, o pai era crítico de arde e a mãe actriz. Durante a Segunda Guerra Mundial, prestou serviço no estado-maior do general Montgomery. 
No princípio da carreira (1947), fez-se valer da sua aparência física para desempenhar papéis românticos, que fizeram grande sucesso em Inglaterra. Desse período, destacam-se os filmes da série “Doctor”, onde interpretava o papel de Dr. Simon Sparrow.
Contracenou com Jean Simmons e Brigitte Bardot, e – mais tarde – com Olivia de Havilland, Ava Gardner e Judy Garland, entre outras actrizes de renome.
A partir da década de 1960, afastou-se do cinema popular, dando prioridade a filmes de arte, considerando-os projectos mais desafiantes. Entrou então em filmes de autores como Joseph Losey, John Schlesinger e Luchino Visconti. “The Servant”, em 1963, valeu-lhe o BAFTA de Melhor Actor
Falando correctamente francês, colaborou com vários realizadores franceses, entre os quais Henri Verneuil, Alain Resnais e Bertrand Tavernier, com o qual aliás faria o seu derradeiro filme em 1990 (“Daddy”). 
Em 1971, atingiu o auge da sua carreira de actor, ao interpretar o papel de Gustav von Aschenbach, em “Death in Venice” de Visconti, película baseada na obra homónima de Thomas Mann.
Apesar do sucesso que adquiriu na Europa, Bogarde nunca se rendeu a Hollywood, tendo participado em pouco mais de duas produções norte-americanas, entre elas “Song Without End”. 
Sempre muito reservado em tudo o que respeitava à sua vida privada, foi posta em questão a sua orientação sexual, principalmente a partir da realização de “Victim”, filme de 1961, no qual interpretava um advogado que, após o suicídio de um jovem, passou a defender as vítimas de uma rede chantagista cujo alvo preferencial eram os homossexuais da alta sociedade londrina. Com efeito, em 1939, Dirk conhecera o actor Anthony Forwood que, mais tarde, se tornaria o seu manager e o seu companheiro para toda a vida, partilhando durante anos uma casa no sul de França. Forwood faleceu em 1988.
Em 1978, depois de filmar “Despair” de Rainer Werner Fassbinder, decidiu interromper a carreira de actor para se dedicar inteiramente a outra das suas grandes paixões, a escrita. Na sua autobiografia, escrita em oito volumes, Bogarde apresenta uma visão desencantada da indústria cinematográfica, escrevendo que «o cinema é agora controlado por grandes empresas, sem rosto e sem alma, preocupando-se unicamente com os lucros, nunca com uma obra de arte…». 
Dirk Bogarde foi galardoado com o grau de cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras em 1982 e enobrecido como Cavaleiro pela Rainha Isabel II em 1992. Faleceu em sua casa, em 1999, vítima de ataque cardíaco.

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