domingo, 30 de setembro de 2018

30 DE SETEMBRO - MICHEL TOGNINI


EFEMÉRIDE - Michel Ange-Charles Tognini, piloto de testes francês, general-brigadeiro da Força Aérea Francesa e astronauta da Agência Espacial Europeia, nasceu em Vincennes no dia 30 de Setembro de 1949.
Graduou-se como oficial piloto na Academia da Força Aérea Francesa em 1973 e, na sua carreira como aviador militar, acumulou mais de 4 000 horas de voo em 80 tipos de aeronaves, mais particularmente em caças de combate e aviões de transporte, como os F-104, MiG-25, Tupolev Tu-154 e Gloster Meteor. Em 1982, formou-se como piloto de testes na Grã-Bretanha e nesta função testou vários sistemas de armamentos para os protótipos do Mirage 2000.
Em 1985, a França abriu um programa de recrutamento para aumentar o seu corpo de astronautas e Tognini foi um dos sete seleccionados pela CNES (Centre National d'Études Spatiales) para treino e um dos quatro enviados para exames médicos na Agência Espacial Russa, em Moscovo. Designado como tripulante-reserva da missão Soyuz TM-7, em Novembro de 1986, foi para o Centro de Treino de Cosmonautas Yuri Gagarin, na Cidade das Estrelas, a fim de treinar como piloto da missão conjunta ARAGATZ, com soviéticos e franceses, incluindo treino em actividades extra-veiculares.
Entre 1989 e 1990, trabalhou no desenvolvimento do programa Hermes, da ESA, em Toulouse. De volta à Rússia, em 1991, foi designado para participar no programa franco-russo ANTARES.
Tognini fez o seu primeiro voo espacial em Julho de 1992, na Soyuz TM-15, lançada do Cosmódromo de Baikonur para uma missão na estação orbital Mir. A missão conjunta ANTARES foi realizada durante duas semanas. Ele e os soviéticos Alexander Viktorenko e Alexander Kaleri levaram a cabo diversas experiências preparadas por cientistas dos dois países. Voltou à Terra na Soyuz TM-14 em Agosto.
Pelo resto da década, Tognini passou a exercer funções junto da NASA, em Houston, onde trabalhou no departamento de robótica, planeamento de operações da Estação Espacial Internacional e como CAPCOM (comunicador de voo) com as tripulações da ISS.
Em 1999, fez o seu segundo voo, desta vez na nave espacial Columbia, STS-93. Tognini foi ao espaço tanto na Soyuz como na nave espacial, sendo um dos poucos astronautas não russos ou norte-americanos a fazer isto, numa missão de cinco dias, na qual a sua principal tarefa foi dar assistência ao lançamento em órbita do observatório de raios-X Chandra.
Retirou-se do serviço activo em 2003. É comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra e oficial da Ordem Nacional do Mérito.  Recebeu também a Ordem da Amizade dos Povos.

sábado, 29 de setembro de 2018

ZÉ AMARO - Malhão do Beijo


29 DE SETEMBRO - ELIZABETH GASKELL


EFEMÉRIDE - Elizabeth Cleghorn Gaskell (apelido de solteira: Stevenson), romancista e contista britânica da Era Vitoriana, nasceu em Londres no dia 29 de Setembro de 1810. Morreu em Holybourne, em 12 de Novembro de 1865. É muitas vezes identificada simplesmente por Mrs Gaskell.
Grande parte da infância de Elizabeth foi passada em Cheshire, onde morava com uma tia, em virtude do falecimento da mãe.  O pai casou novamente. 
A família do marido veio a estabelecer-se em Manchester, onde o ambiente industrial inspirou alguns dos seus romances.
Os seus livros constituíam um retrato detalhado da vida de muitos estratos da sociedade, incluindo os mais pobres, e - como tal - atraíam simultaneamente o interesse dos historiadores sociais e dos amantes de literatura. O seu primeiro romance, “Mary Barton”, foi publicado em 1848.  The Life of Charlotte Brontë”, publicado em 1857, foi a primeira biografia da escritora Brontë. Alguns dos romances mais conhecidos de Gaskell são: “Cranford” (1851/53), “North and South” (1854/55) e “Wives and Daughters” (1865).
Todos os livros de Mrs Gaskell foram escritos em Plymouth Grove. Do seu círculo de amigos, faziam parte grandes literatos, dissidentes religiosos e reformadores sociais. Charles Dickens e John Ruskin eram visitas de Plymouth Grove, assim como os escritores americanos Harriet Beecher Stowe e Charles Eliot Norton.
Gaskell tornou-se muito popular pela sua escrita, especialmente também pelas suas histórias de fantasmas. Foi auxiliada por Charles Dickens, que publicou alguns dos seus trabalhos na revista “Household Words”.
Em “Mary Barton”, Gaskell chocou alguns leitores ao apresentar o submundo dos trabalhadores fabris, expondo as suas péssimas condições de vida e tornando- personagens fulcrais. Caracterizou-os com riqueza de detalhes e, inclusivamente, usou o seu dialecto em alguns diálogos. Segundo certos estudiosos, a sua precisão como observadora social pode ser comparada a trabalhos de Friedrich Engels.
Faleceu com 55 anos. Em Setembro de 2010, um memorial foi-lhe dedicado em Poets' Corner na Abadia de Westminster.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

28 DE SETEMBRO - PAPA JOÃO PAULO I


EFEMÉRIDE - Papa João Paulo I, de seu nome Albino Luciani, morreu no Vaticano em 28 de Setembro de 1978. Nascera em Canale d'Agordo no dia 17 de Outubro de 1912. Oriundo de uma família modesta, foi papa da Igreja Católica apenas durante 33 dias, entre 26 de Agosto de 1978 e a data da sua morte.
Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pela alcunha de “Papa do Sorriso”, pela sua afabilidade. Foi proclamado venerável na sessão ordinária da Congregação para a Causa dos Santos, em 7 de Novembro de 2017, sendo esta a última etapa antes da beatificação.
Foi o primeiro papa, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher o modo de iniciar o seu pontificado. Não aceitava ser carregado numa liteira, como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro, ao adoptar um nome papal duplo, uma homenagem aos seus dois antecessores, João XXIII e Paulo VI.
De origem humilde, viu o seu pai, que era socialista, ser inúmeras vezes forçado a buscar trabalho noutros países, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. A mãe, católica fervorosa, incentivou-o a seguir a formação religiosa. Iniciou os seus estudos no Seminário Minori, em Murano, tendo-os concluído no Seminário Georgiano, em Belluno. Foi ordenado padre em Setembro de 1935, assumindo a posição paroquial que tanto desejara.
Embora, segundo consta, não tivesse grande ambições, foi nomeado bispo por João XXIII e cardeal pelo papa Paulo VI. Esteve presente no Concílio Vaticano II, convocado em 1962 por João XXIII.
Albino Luciani era o Patriarca de Veneza quando, com 65 anos, foi eleito Papa, em 26 de Agosto de 1978, na terceira votação do conclave que se seguiu à morte do papa Paulo VI. Segundo se conta, a princípio, o atónito Luciani teria declinado aceitar o pontificado, mas foi persuadido do contrário pelo cardeal holandês Johannes Willebrands, que estava sentado a seu lado na Capela Sistina. Para isso, ter-lhe-ia dito: «Coragem. O Senhor dá o fardo, mas também a força para o carregar».
Morreu na madrugada de 28 de Setembro de 1978, no Palácio Apostólico do Vaticano.
Embora João Paulo I tenha sido encontrado morto por uma freira que trabalhava para ele e o acordava de manhã, a versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um dos seus secretários, enunciando a morte como «possivelmente associada a um infarto do miocárdio». Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características do seu cargo e que, não as tendo suportado, teria vindo a perecer. A citada freira, após a morte do papa, fez voto de silêncio.
Outra hipótese levantada foi a de que teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer modo, a sua morte provocou enorme consternação entre os católicos. Mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando dos serviços fúnebres. Em sua homenagem, Karol Wojtyła, o seu sucessor, adoptaria o seu nome papal ao ser eleito, em Outubro de 1978, tornando-se o papa João Paulo II.
Houve várias teorias de conspiração. Entre elas, o autor britânico David Yallop, no seu livro de 1984, “In God's Name”, sugeriu que João Paulo I teria sido envenenado, porque estava prestes a descobrir escândalos financeiros supostamente envolvendo o Vaticano.  Estranho o facto do seu corpo não ter sido autopsiado.
A revista italiana “30 Giorni” revelou, com base em declarações de um dos irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por “Santo Padre”. O então cardeal Luciani ficou impressionado e perguntou-lhe: «Porquê?», ao que a Irmã Lúcia respondeu: «Vossa Eminência será um dia eleito papa, mas o seu pontificado será muito curto».

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

27 DE SETEMBRO - DONALD O'CONNOR


EFEMÉRIDE - Donald David Dixon Ronald O’Connor, dançarino, cantor e actor norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 27 de Setembro de 2003. Nascera em Chicago, em 28 de Agosto de 1925. Ficou famoso internacionalmente ao protagonizar vários filmes musicais, sobretudo “Singin' in the Rain” (“Serenata à Chuva”) em 1952, ao lado de Gene Kelly e Debbie Reynolds.
Donald O’Connor viveu sempre próximo do mundo do espectáculo, porque era membro de uma família tradicionalmente ligada ao circo e ao vaudeville. Tinha apenas três dias de idade, quando foi levado ao palco para escutar os aplausos do público. Estreou-se em cena no final dos anos 1920 e, como actor infantil, entrou em filmes desde os 12 anos. Em “Beau Geste”, fez de Gary Cooper em menino.
O seu aspecto juvenil contribuiu definitivamente para que ele fosse encaixado em papéis de “menino bonzinho e bem-educado” durante toda a década de 1940, quando protagonizou para o Estúdio Universal alguns pequenos filmes musicais e comédias.
Em 1943, mobilizado para a vida militar, apresentou mais de 3 000 espectáculo para as tropas americanas.
O seu momento de glória chegou em 1952, ano em que actuou em “Serenata à Chuva”. Os seus volteios e saltos mortais tornaram-se uma marca registada. Recebeu um Globo de Ouro de Melhor Actor (comédia musical), no ano seguinte.
Entre os seus filmes mais destacados, encontram-se os da série com a mula Francis, “Mula Falante”; “O Mundo da Fantasia”; “O Palhaço que não ri”, em que encarnou Buster Keaton; a antologia “Isto era Hollywood”; e “Na época do Ragtime”. Em 1997, participou em “Out To Sea”, de Martha Coolidge, com Jack Lemmon e Walter Matthau. Foi o último dos seus 58 filmes.
Foi casado duas vezes, tendo tido quatro filhos. Em determinada época (anos 1960), passou a abusar do álcool. Chegava embriagado ao trabalho. Outras vezes faltava. Chegou a ser considerado persona non grata nos meios do espectáculo, mas recuperou e trabalhou ocasionalmente na televisão (anos 1970). Teve a sua primeira crise cardíaca. Foi operado no final dos anos 1980.
Em certo momento, definiu assim a sua particular relação com o show business: «Nasci e fui educado para entreter os outros. Escutei risos, aplausos e senti muita tristeza».
Faleceu de insuficiência cardiorrespiratória, aos 78 anos. Foi homenageado postumamente, na cerimónia da entrega dos Oscars em 2004. Tem uma estrela no Hollywood Walk Of Fame.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

26 DE SETEMBRO - GEORGE RAFT


EFEMÉRIDE - George Raft, actor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 26 de Setembro de 1895. Morreu em Los Angeles, em 24 de Novembro de 1980.
Tonou-se uma estrela após o sucesso do filme “Scarface” e chegou a ser considerado, nos anos 30 do século XX, como um dos três ‘gangsters’ mais populares do cinema (os outros dois eram Edward G. Robinson e James Cagney).
Foi pugilista, electricista, jogador de basebol e dançarino de cabarés, antes de se tornar actor, no fim dos anos 1920.
Nas décadas de 1930 e 1940, foi um dos artistas mais bem pagos do cinema, atingindo o auge com o “Scarface” (1933).
Tornou-se uma escolha frequente para viver papéis principais, em filmes sobre criminosos elegantes e violentos. Apesar da fama, nos anos 1940, a sua carreira começou a declinar. Conta-se que recusou alguns dos melhores papéis criados ao seu estilo, como em “High Sierra” (porque não queria morrer no fim) e “The Maltese Falcon” (porque não queria trabalhar com um director estreante). Ambos os filmes fizeram surgir uma nova estrela e seu ‘sucessor’ - Humphrey Bogart. Em 1944, também recusou o papel em “Double Indemnity”, um clássico do cinema noir.
Na vida real, perdeu ao jogo boa parte do seu dinheiro. Por duas vezes, foi condenado por um júri federal norte-americano, no final da década de 1960, por fuga aos impostos e transacções financeiras realizadas no submundo do crime.
A sua última actuação foi em 1980, na comédia “O Homem com o rosto de Bogart”. Faleceu neste mesmo ano, vítima de leucemia.
Tinha-se casado em 1923, mas separou-se pouco tempo depois. A esposa, porém, recusou o divórcio e ele teve de lhe entregar 10% do dinheiro que ganhava, durante 46 anos.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

25 DE SETEMBRO - ADALBERTO CAMPOS FERNANDES


EFEMÉRIDE - Adalberto Campos Fernandes, médico e político português, ministro da Saúde desde Novembro 2015, nasceu em Lisboa no dia 25 de Setembro de 1958.
Licenciou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. É especialista em Saúde Pública, tendo um mestrado na especialidade. É doutorado em Administração em Saúde pela Universidade de Lisboa.
Foi presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria e Hospital Pulido Valente), gestor do Hospital de Cascais (público-privado) e presidente da comissão executiva do SAMS.
Ensinou Administração Hospitalar na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

24 DE SETEMBRO - HELENA FREITAS


EFEMÉRIDE - Helena Maria de Oliveira Freitas, professora universitária e política que se debate pela ecologia, nasceu em 24 de Setembro de 1962.
Formada em Biologia, na Universidade de Coimbra (1985), doutorou-se em 1993 em Ecologia, especialidade de Taxonomia e Ecologia Vegetal, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) em colaboração com a Universidade de Bielefeld, na Alemanha. Depois, realizou um pós-doutoramento na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em 1994/95.
Enquanto professora catedrática, no Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, a sua principal área de investigação é a referida ecologia vegetal, com especial incidência sobre a eco fisiologia de populações e comunidades vegetais terrestres e costeiras.
Foi igualmente professora catedrática do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, onde integrou o Conselho Científico. É detentora da Cátedra Unesco para a Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável.
Foi membro do Conselho Geral da Universidade de Coimbra (2011/15). Como vice-reitora, teve as competências relativas às relações institucionais, ao desporto, à habitação universitária, ao polo de Alcobaça e aos museus, bem como o acompanhamento ao Estádio Universitário e ao Museu da Ciência. Foi directora do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (2004/12).
Presidente da Liga para a Protecção da Natureza (1999 e 2002), foi ainda primeira provedora do Ambiente e Qualidade de Vida de Coimbra (2002/05) e directora do Centro de Ecologia Funcional.
Depois, foi presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia e vice-presidente da Federação Europeia de Ecologia (2009/12).
Coordenou o Centro de Ecologia Funcional, uma unidade de investigação interdisciplinar, no âmbito das Ciências Biológicas e Ambiente.
Desde Outubro de 2015, exerceu as funções de deputada à Assembleia da República, eleita pelo Círculo Eleitoral de Coimbra, na lista do Partido Socialista, como independente, cuja lista encabeçava. Deixou estas funções em Março de 2016. Neste mês, foi escolhida para dar apoio ao Gabinete do primeiro-ministro, nas funções de coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, com estatuto equivalente ao de subsecretária de Estado (XXI Governo Constitucional), função que deixou em Julho de 2017. Isto, após o grande incêndio de Pedrógão Grande, onde morreram mais de 64 pessoas, vítimas do fogo, e o facto de aparentemente ter tomado posições políticas contrárias ao Governo de que fazia parte, sobre a sustentabilidade e ordenação da floresta.
Tem sido orientadora ou co-orientadora de várias dissertações de Mestrado e de Doutoramento.
Foi membro do Painel de Avaliação das Candidaturas individuais a Bolsas de Mestrado, Doutoramento e Pós-doutoramento. Área de Ambiente do Ministério da Ciência e Tecnologia. (1998/2004). Coordenadora desde 2006.
Enquanto membro do Painel de Avaliação, foi responsável de vários projectos e acções. É delegada nacional do Global Biodiversity Information Facility, desde Junho de 2006.
Fez parte do júri de vários prémios. Foi um dos 15 mil cientistas de 184 países signatários que, em Novembro de 2017, através da publicação de um artigo na revista “BioScience”, alertaram para o facto de «estarem em curso danos ambientais “irreversíveis” e “substanciais” no nosso planeta».

domingo, 23 de setembro de 2018

23 DE SETEMBRO - ARLINDO ROCHA


EFEMÉRIDE - Arlindo Gonçalves da Rocha, escultor português, nasceu no Porto em 23 de Setembro de 1921. Morreu em 1999.
É um pioneiro da escultura abstracta em Portugal, podendo ser considerado - ao lado de Jorge Vieira, Manuel Pereira da Silva e Fernando Fernandes - como uma das personalidades mais influentes do movimento que emancipou a escultura da sua vocação estatuária.
Foi um dos membros do Grupo Independentes, com exposições no Porto, Lisboa, Coimbra, Leiria e Braga (entre 1943 e 1950).
Formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1945, realizando depois um estágio na Missão Estética de Férias.  Em 1953, obteve uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, para Itália, e - em 1959- uma bolsa da BCG para o Egipto, Grécia e visita aos principais museus da Europa.
Em 1954, expôs individualmente em Lourenço Marques (actual Maputo) e na Beira em Moçambique, para o que contou com o patrocínio do Ministério do Ultramar. 
Em 1957, esteve presente na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e participou no concurso para o Monumento ao infante D. Henrique a ser erguido em Sagres.
Em 1958, produziu “Poesia” e foi convidado a fazer parte da representação portuguesa à Exposição Internacional de Bruxelas, na qual receberia a medalha de prata. Foi premiado com o Prémio do Salão dos Novíssimos, em 1959. Ainda neste ano, exibiu “Ritmo de Primavera”, alcançando o Prémio de Arte Moderna, em Viana do Castelo.
Em 1961, na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, apresentou “Ciência” (1956/1960), uma peça inovadora em metal branco e estanhado, que abriu caminho à abordagem geométrica da forma.
Nos anos seguintes, esteve presente em importantes certames artísticos, como a I Exposição dos Artistas Premiados nos Salões dos Novíssimos, em Lisboa, a VIII Bienal de Arte de São Paulo (1965), a exposição Levantamento da Arte do século XX no Porto, patente no Museu Nacional de Soares dos Reis (1975), e a exposição Aspectos da Arte Abstracta em Portugal, na SNBA, em Lisboa (1981).
A par dos seus notáveis trabalhos originais, que lhe garantiram um lugar de destaque no panorama da Escultura nacional, desenvolveu, também, obras figurativas para responder a encomendas nas áreas da arte pública, da medalhística e da arte sacra.
A partir dos anos 1980, aproximou-se do movimento Construtivista, produzindo obras que fundem escultura e arquitectura, nomeadamente as peças que mostrou na IV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, e peças que homenageiam grandes figuras da cultura nacional: “Homenagem a Florbela Espanca” e “Homenagem a António Aleixo”, de 1985,” e “Homenagem a Camilo”, de 1987, exibidas na II Bienal das Caldas da Rainha.
Arlindo Rocha está representado no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, e na Secretaria de Estado da Cultura, em Lisboa.

sábado, 22 de setembro de 2018

POEMA DA PAZ (1970)


22 DE SETEMBRO - FÉLIX SAVÓN


EFEMÉRIDE - Félix Savón Fabre, ex-pugilista cubano, nasceu em San Vicente no dia 22 de Setembro de 1967. Mesmo tendo permanecido como amador durante toda a carreira, é considerado um dos maiores pugilistas da história da modalidade.
Nascido numa pequena cidade da província de Guantánamo, Savón iniciou a sua vida no boxe muito cedo, quando tinha apenas treze anos de idade. Permaneceu activo até aos 34 anos, idade limite fixada para o boxe amador.
Entre as suas várias conquistas, destacam-se as medalhas de ouro nas edições dos Jogos Olímpicos de 1992, 1996 e 2000, façanha só igualada na história das Olimpíadas pelo seu conterrâneo Teófilo Stevenson e pelo húngaro László Papp. Venceu também os Jogos Pan-Americanos de 1987, 1991 e 1995, e seis Mundiais Amadores consecutivos (1986/1997).
Savón foi convidado diversas vezes para se profissionalizar nos Estados Unidos, mas sempre recusou, declarando que combatia por amor à modalidade (dedicando as suas vitórias a Fidel Castro), ao contrário dos profissionais, que lutavam sobretudo por dinheiro.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

21 DE SETEMBRO - MICHEL BRAULT


EFEMÉRIDE - Michel Brault, director de fotografia, encenador e realizador de cinema canadiano, morreu em Toronto no dia 21 de Setembro de 2013. Nascera em Montreal, em 25 de Junho de 1928.  Trabalhou em mais de duzentos filmes.
Foi um dos grandes cineastas canadianos. Fez a ponte entre o Quebeque e a Nova Vaga francesa, nomeadamente graças à sua colaboração com Jean Rouch. Mostrou na Europa os conhecimentos adquiridos, então recentemente, no que respeitava ao cinema directo (ou “cinema verdade” para os anglófonos).
Estudou Iluminação no Office national du film du Canada (ONF), numa época em que a iluminação hollywoodesca estava omnipresente nos documentários filmados em estúdio. Michel Brault demarcou-se, dando maior mobilidade aos personagens, utilizando mais a luz ambiente e centrando a atenção sobre as figuras humanas em detrimento dos décors.
Fez parte das obras icónicas do cinema directo da ONF, como em “Les Ordres”, filme incontornável sobre a Crise de Outubro de 1970, no Quebeque, que lhe valeu o Prémio de Encenação no Festival de Cannes em 1975.
Apaixonado pela técnica, colaborou com o fabricante das câmaras Éclair, na criação de máquinas concebidas especialmente para filmar com elas ao ombro. Com as suas reflexões, com a sua prática, polivalência, inteligência, técnica e teoria do cinema, Brault terá tido uma influência considerável na tradição de director de fotografia-cameraman no Quebeque.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

20 DE SETEMBRO - JIM CROCE


EFEMÉRIDE - Jim Croce, de seu verdadeiro nome James Joseph Croce, compositor, guitarrista e cantor norte-americano, morreu em Natchitoches no dia 20 de Setembro de 1973. Nascera em Filadélfia, em 10 de Janeiro de 1943.
Começou a sua carreira profissional tocando em bandas, quando era ainda estudante na Universidade de Villanova, na Pensilvânia, em 1964. No final dos anos 1960, a Capitol Records assinou um contrato de gravação com Jim e sua esposa Ingrid, com quem ele tinha formado um duo. O álbum foi um fracasso e Jim voltou à sua cidade natal. Trabalhou durante algum tempo como motorista de camião, actuando à noite em bares. Continuou a escrever canções e, mais tarde, assinou contrato como artista a solo da ABC Records.
Teve três álbuns e vários singles de grande sucesso, como “You Don't Mess Around With Jim” (top de vendas em 1973, com dois milhões de exemplares vendidos), “Operator”, “Bad, Bad Leroy Brown”, “I Got A Name”, “Time In A Bottle” (canção que compôs em homenagem ao filho) e “I'll Have to Say I Love You in a Song”.
A sua carreira acabou tragicamente, quando ele e os seus colegas músicos embarcaram num avião privado rumo ao Texas, onde iam fazer um show. O avião caiu em Natchitoches, Louisiana, pouco após a decolagem não se salvando ninguém.
Actualmente, a viúva de Jim Croce, Ingrid Croce, tem um hotel steakhouse nos Estados Unidos em homenagem ao seu falecido marido. Jim Croce era católico e muito religioso.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

19 DE SETEMBRO - ADAM WEST


EFEMÉRIDE - Adam West, de seu verdadeiro nome William West Anderson, actor norte-americano, nasceu em Walla Walla (Washington) no dia 19 de Setembro de 1928. Morreu em Los Angeles, em 9 de Junho de 2017, vítima de leucemia.
Estreou-se na carreira artística em 1957, no filme “Voodoo Island”, mas não teve o seu nome creditado. Participou em inúmeras séries de televisão e ficou conhecido sobretudo pelo papel de Batman na série de mesmo nome, que foi transmitida entre 1966 e 1968.
Apareceu também no filme de ficção científica “Robinson Crusoe on Mars” (1964) e fez dobragens nas séries animadas “The Fairly OddParents”, “The Simpsons” e “Family Guy”.
Aos 10 anos, Adam coleccionava quadrinhos de bandas desenhadas e o personagem Batman impressionou-o bastante. Quando a mãe casou novamente, mudaram-se para Seattle juntamente com o seu irmão mais novo. Aos 14 anos, entrou na Lakeside School e em seguida cursou o Whitman College, formando-se em Literatura e Psicologia. Durante o seu último ano na faculdade, casou-se com Billie Lou Yeager.
Começou a trabalhar como DJ numa estação de rádio, enquanto fazia uma pós-graduação em Stanford. Dispensado do exército, passou dois anos tentando colocar uma estação de TV militar no ar - uma em San Luis Obispo, Califórnia, e outra na área militar Fort Monmouth, Nova Jérsei.
Nesse meio tempo, viajou pelo mundo com a esposa, até que parou no Havaí, onde estrelou um programa infantil chamado “The Kini Popo Show in Hawaii”. Nessa época, divorciou-se e, de seguida, casou.se com uma dançarina taitiana chamada Ngatokoruaimatauaia Frisbie Dawson (ele chamava-a simplesmente “Nga”), com quem teve uma filha em 1957 e um filho no ano seguinte. Este segundo casamento durou até 1962.
Em 1959, Adam foi para Hollywood, adoptou o nome artístico “Adam West” e conseguiu pequenos papéis em filmes de faroeste. Após sete anos em Tinseltown, conseguiu finalmente um papel que o levou à fama quando, em 1966, fez de Batman, para a rede ABC.
Em 1972, casou com Marcelle Tagand Lear com quem teve dois filhos (1976 e 1979). Em 1994, lançou uma autobiografia intitulada “Back to the Batcave”.
West repetiu várias vezes o seu papel como Batman/Bruce Wayne, primeiro na série animada “The New Adventures of Batman” e noutras séries como “The Batman/Tarzan Adventure Hour”, “Tarzan and the Super 7”, etc. Em 1979, West - mais uma vez - vestiu o uniforme de Batman no especial de televisão “Legends of the Superheroes”. Em 1985, a DC Comics homenageou-o na publicação “Fifty Who Made DC”, em comemoração dos 50 anos da editora.
O actor retomou o seu papel de Batman para a curta-metragem animada “CGI Batman: New Times”. Em 2016, voltou a interpretar o Batman no filme animado “Batman: Return of the Caped Crusaders”. Morreu aos 88 anos.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

18 DE SETEMBRO - BENJAMIN PÉRET


EFEMÉRIDE - Benjamin Péret, um dos mais importantes poetas surrealistas franceses e destacado militante trotskista, morreu em Paris no dia 18 de Setembro de 1959. Nascera em Rezé, Loire-Atlantique, em 4 de Julho de 1899.
A sua influência literária pode ser percebida em escritores como Octavio Paz e César Moro. Péret foi casado com a cantora lírica brasileira Elsie Houston, irmã de Mary Houston Pedrosa, esposa do crítico modernista e militante trotskista Mário Pedrosa.
O jovem Benjamin foi obrigado pela própria mãe a alistar-se no exército, nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. O facto provocou nele uma profunda repulsa pelo autoritarismo, que procurou combater ao longo de toda a sua vida.
Após a Guerra, filiou-se no movimento Dadá, com o qual romperia em 1922, juntamente com o seu amigo André Breton. Ambos, ao lado de personalidades como Louis Aragon, Philippe Soupault e Paul Éluard, fundaram o surrealismo. Ao lado de Pierre Naville, foi responsável pela edição dos primeiros números da revista “La Révolution Surréaliste” (1924). Ganhava a vida como editor de jornais e redactor policial no “Petit Parisien”.
Em 1927, casou-se com a cantora lírica brasileira Elsie Houston. Entre 1929 e 1931, residiu no Brasil militando com Mário Pedrosa, Lívio Xavier e Aristides Lobo, na formação da Oposição de Esquerda no Brasil. Em Agosto de 1931, nasceu o seu filho Geyser no Rio de Janeiro. Foi expulso do Brasil em 1931 por Getúlio Vargas, regressando a França.
Tomou parte na Guerra Civil Espanhola ao lado dos Republicanos. Em 1936, conheceu, em Barcelona, a pintora Remedios Varo, com quem manteria uma longa relação, casando-se com ela em 1943, depois do falecimento de Elsie Houston.
Depois da ocupação da França pelos nazis, foi para o México, lá permanecendo de 1942 a 1947. No México, conheceu Natália Sedova (viúva de Trotsky), exilada na capital (1941/1948). Regressou depois a Paris, para actuar com Breton, na direcção do Movimento Surrealista até à sua morte. Foi o único dos surrealistas fundadores que permanece ao lado de Breton até ao fim. Está sepultado no cemitério Batignolles em Paris.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

17 DE SETEMBRO - MANUEL DA MAIA


EFEMÉRIDE - Manuel da Maia, arquitecto e engenheiro português, morreu em Lisboa no dia 17 de Setembro de 1768. Foi baptizado na mesma cidade em 5 de Agosto de 1677.
Manuel da Maia, que foi regente da Aula de Fortificação, onde teve como aluno o futuro rei D. José I, foi incumbido da realização de trabalhos de fortificação em Lisboa, Estremoz (1703), Beira (1704) e Abrantes (1704). Em 1747, participou na reedificação do novo Hospital Termal da Rainha D. Leonor nas Caldas da Rainha.
Nomeado Engenheiro-Mor do Reino em 1754, esteve directamente envolvido e foi o responsável pela elaboração da planta da cidade de Lisboa e por alguns dos mais ambiciosos projectos de engenharia da sua época, como o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa.
Foi alvo de várias homenagens em vida, das quais se destaca o título de fidalgo da Casa Real e de General.
Contudo, seria em Novembro de 1755, quando tinha cerca de 80 anos, que na sequência do Terramoto de Lisboa, Manuel da Maia deixaria, talvez, o seu maior legado: a coordenação da reconstrução da cidade. Optando pela proposta do capitão de engenharia Eugénio dos Santos, foi um dos responsáveis pela Baixa Pombalina tal como a conhecemos hoje.
Menos conhecido, mas igualmente de grande importância para a história de Portugal, foi o trabalho desenvolvido por Manuel da Maia enquanto 31º Guarda-mor da Torre do Tombo, lugar que assumira em Novembro de 1745 (até 1768).
O Museu da Água, em Lisboa, dedicado à história do abastecimento de água à cidade, homenageia Manuel da Maia.
Se hoje os arquivos da Torre do Tombo estão intactos, muito se deve ao seu guarda-mor. Pouco depois das nove da manhã de 1 de Novembro de 1755, Lisboa sucumbiu ao terramoto e ao maremoto. Enquanto a população fugia apavorada das explosões e dos múltiplos incêndios, Manuel da Maia, deixou a sua casa a arder e correu até ao topo do Castelo de São Jorge, onde estavam as instalações do Arquivo Real.
Tinha 78 anos, mas esqueceu-se das maleitas da idade e enfrentou as chamas para retirar os documentos. A coragem serviu de exemplo a empregados e populares que, sob o seu comando, acabaram por resgatar todo o recheio, um património acumulado de 1161 a 1696 na torre do castelo. Os quase 90 mil documentos originais, reunidos em 526 calhamaços, ficaram armazenados num barracão improvisado próximo do castelo.
A solução provisória corria o risco de se tornar definitiva à boa maneira portuguesa. Foi a sua teimosia que acabou por ditar, mais uma vez, os destinos do arquivo. Deu cabo da paciência ao Marquês de Pombal com sucessivas cartas, advertindo para os perigos a que o seu tesouro estava exposto. Foi, portanto, pela sua insistência que o espólio passou poucos anos depois para o Convento de São Bento.
Postumamente, foi dado o seu nome a ruas em Loures, Seixal, Portimão, Caldas da Rainha, Sesimbra, Évora e Amadora. Em Lisboa, tem o seu nome numa avenida.

domingo, 16 de setembro de 2018

16 DE SETEMBRO - EDWARD ALBEE


EFEMÉRIDE - Edward Albee, dramaturgo norte-americano, morreu em Montauk (Nova Iorque) no dia 16 de Setembro de 2016. Nascera em Washington, em 12 de Março de 1928.
As suas peças, de carácter psicológico, analisam e desmascaram as crises do homem e da sociedade actual. Viveu no seio de uma família rica, que estava envolvida na gestão de teatro de vaudeville, e a casa era frequentada por performers aposentados. Edward era filho adoptivo e nunca se sentiu confortável com os pais. Interessou-se desde cedo pelas artes, descobrindo a poesia quando tinha nove anos. Lembrava-se de ter sido admoestado por ter retirado um livro da biblioteca familiar.
Por ser adoptado, tinha a sensação de não ter uma relação familiar por inteiro. Sentia-se como se fosse uma visita permanente.
Aos treze anos, foi para Greenwich Village que, para ele, era o local onde estavam as pessoas interessantes. Completou a sua educação visitando os grandes pintores abstractos e expressionistas. Ouvia também toda a música contemporânea e via espectáculos na Broadway, sem falar nos livros e na convivência com escritores.
A sua primeira peça foi feita em duas semanas. Chamou-lhe “Zoo Story” (1958). Albee dizia que escrevia as suas peças com aquilo que tinha na cabeça, coisas simples, fáceis e verdadeiras. «Não sou um dramaturgo didáctico», dizia. Acreditava que algumas das suas melhores peças foram as menos populares. Preferia pequenas audiências, pequenos teatros, público atento e quanto mais jovem, melhor.
Segundo ele, qualquer arte deve ter a sua utilidade. Se é meramente decorativa é perda de tempo. Um livro, uma peça, uma pintura, uma música, deve expandir os horizontes, fazer pensar de modo diferente, pensar com maior vigor, numa experiência útil, senão será apenas perda de tempo.
A sua maior preocupação com os rumos da América, no início do século XXI, eram os perigos contra a democracia devido a um eleitorado que vota de uma maneira por vezes mesquinha. Muitos dos votos não se preocupam com a maioria da sociedade. Isto pode matar a democracia muito rapidamente. A forma de Albee contribuir para que isto não aconteça estava em persuadir as pessoas a manterem-se atentas, não se venderem nem se comprometerem. Encorajava-as a fazerem isto, para que haja sempre esperança.
Para as gerações de escritores deixou o recado de buscarem na própria mente e imaginarem o que querem fazer com a vida, de uma forma real, e que percebam quem realmente são. Que não percam tempo a fazer algo que os aborreça, que seja fútil ou pura perda de tempo. A vida, o bem mais precioso, deve ser utilizada da melhor forma.
Obras suas foram premiadas com 3 Prémio Pulitzer (1967, 1975 e 1994). É de sua autoria a conhecida peça “Quem tem medo de Virgínia Woolf?”, publicada em 1963 e depois adaptada ao cinema (1969).
Ganhou um Tony Award de Melhor Peça do Ano em 2002, com a peça “The Goat or Who is Sylvia?”, que teve 309 representações. Em 2005, recebeu ainda um Special Award for Tony Lifetime Achievement.

sábado, 15 de setembro de 2018

15 DE SETEMBRO - RICK WRIGHT


EFEMÉRIDE -Richard “Rick” William Wright, músico britânico, autor-compositor-intérprete da banda de rock progressivo Pink Floyd, morreu em Londres no dia 15 de Setembro de 2008. Nascera na mesma cidade em 28 de Julho de 1943.
Começou a interessar-se pela música aos 12 anos. Tocava guitarra, trompete e piano. Seguiu cursos teóricos de música e composição, tocando igualmente trombone e saxofone, sob influência da renovação do jazz na Grã-Bretanha nos anos 1950.
Entrou para a escola particular Harberdashers e, aos 20 anos, ingressou na Escola de Arquitectura. Ali conheceu o baixista Roger Waters e o baterista Nick Mason. Formaram um grupo (Sigma 64), embrião dos Pink Floyd, e escolheram, seis meses depois, Syd Barrett para a guitarra.
Wright não possuía técnica comparável aos demais tecladistas britânicos que despontaram nos anos 1960 e 1970, porém, compensava esta desvantagem valendo-se de grande criatividade na criação de texturas com os instrumentos que utilizava. Como compositor, contribuía com duas ou três músicas por álbum, ou colaborava na estruturação de obras colectivas como “Echoes” ou “Time”. “Dark Side of the Moon” (1973) representa o seu auge nos Pink Floyd, tendo participado na composição de cinco das dez músicas.
A partir do disco “Animals” (1977), iniciou-se o processo de domínio dos Pink Floyd por Roger Waters, apesar de neste disco Rick Wright ter realizado um competente trabalho no comando dos teclados da banda.
O sucesso começou a afectar as relações pessoais dentro do grupo. Trabalhos a solo eram a única saída para os demais integrantes da banda e Wright realizou “Wet Dream” em 1978, acompanhado por Mel Collins (sax), Snowy Whithe (guitarra), Larry Steele (baixo) e Reg Isadore (bateria).
Quando os Pink Floyd iniciaram as gravações de “The Wall”, em 1979, Roger Waters tinha assumido o total controlo da banda. Rick Wright foi mesmo afastado do processo de criação e concepção, o que culminou com a sua exclusão do grupo durante as gravações, apesar de - mais tarde - participar nos shows. Não obstante o controlo de Waters, os acontecimentos exactos que culminaram na saída de Wright continuam envoltos em mistério.
Depois da saída dos Pink Floyd, Wright juntou-se com Dave Harris no grupo Zee e gravaram “Identity” em 1984.
O regresso de Wright aos Pink Floyd deu-se em 1987, nas gravações de “A Momentary Lapse Of Reason”. Ele chegou no meio das gravações, ocasião em que não trouxe contribuição relevante para o álbum, mas participou na tournée mundial de promoção do disco.
 Já em “The Division Bell”, Rick Wright voltou a participar activamente no processo criativo, retomando-se a cooperação colectiva que se havia perdido nos anos 1970. Wright foi co-autor de “Wearing the Inside Out” com Anthony Moore e das músicas “Cluster One”, “What Do You Want From Me”, “Marooned” e “Keep Talking”com David Gilmour.
Em 1996, Rick Wright lançou o seu terceiro álbum a solo, “Broken China”, gravado no estúdio da sua casa em França. Ele mesmo produziu o disco, juntamente com Anthony Moore, que também escreveu as letras. Foi mixado por James Guthrie. Participaram neste álbum os guitarristas Tim Renwick, Dominic Miller e Steve Bolton, o baterista Manu Katche e o baixista Pino Palladino. Sinead O'Connor canta em duas faixas - “Reaching for the Rail” e “Breakthrough”.
Apesar do papel coadjuvante, é quase consensual entre antigos fãs que os teclados de Richard Wright se apresentavam como elemento fundamental para a constituição do som dos Pink Floyd.
Morreu na sua casa de Londres em Setembro de 2008 e a informação foi dada por um porta-voz do grupo. Wright tinha 65 anos e sofria de doença oncológica.
Casou-se três vezes, tendo tido três filhos. Os casamentos acabaram em divórcio. Nos seus últimos anos, viveu em França e passou algum tempo num iate que possuía nas Ilhas Virgens. 

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