sexta-feira, 31 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEJoanne Rowling, conhecida como J. K. Rowling, escritora britânica, autora dos sete livros da famosa série Harry Potter, nasceu em Yate, Gloucestershire do Sul, no dia 31 de Julho de 1965. Desde criança, demonstrou grande interesse em ler contos, o que fez nascer nela o desejo de se tornar escritora.
Ficou conhecida por escrever em cafés e bares, com a filha ao lado no carrinho. Enfrentou muitas dificuldades até atingir a riqueza e a fama como escritora, passando-se muitos anos até que “Harry Potter e a Pedra Filosofal” chegasse às prateleiras das livrarias. Desde então, J. K. Rowling escreveu os outros seis livros que a tornaram rica e lhe deram capacidade financeira para ajudar instituições que se dedicam ao combate às doenças, às injustiças e à pobreza.
Os seus livros, traduzidos pelo menos em 65 línguas, venderam mais de 400 milhões de exemplares em todo o mundo e renderam à autora cerca de 576 milhões de libras, segundo estimativa da “Forbes” em 2004. Em 2006 foi nomeada pela mesma revista como a segunda personalidade feminina mais rica do mundo, atrás apenas da apresentadora da televisão americana Oprah Winfrey.
A abreviatura K é de Kathleen, nome da sua avó Kathleen Rowling, e foi escolhida na ocasião do lançamento do primeiro livro da série no Reino Unido, quando o seu agente literário e a editora Bloomsbury, temendo que as crianças não lessem um livro escrito por uma mulher, pediram a Joanne para assinar com iniciais.
Com seis anos, escrevera o seu primeiro livro (“Rabbit”, 1971), a história de um coelho que tinha sarampo.
Em 1987 licenciou-se na Universidade de Exeter. Fez alguns trabalhos temporários, como secretária bilingue e trabalhou na Amnistia Internacional, no Departamento Franco - Africano.
Mudou-se para Londres e, durante a viagem, começou a imaginar um personagem que mudaria o curso da literatura juvenil. Em 1990 os primeiros rascunhos de Harry Potter tomaram forma e, no fim do mesmo ano, Joanne instalou-se em Manchester.
Com o falecimento da mãe e um desentendimento com o namorado, resolveu responder a um anúncio em que se procurava uma professora de inglês em Portugal. Contratada para dar aulas de inglês no Encounter English, Joanne partiu da Inglaterra para a cidade do Porto. Aos sábados, com algumas amigas, divertia-se na discoteca Swing. Harry Potter não foi esquecido e os rascunhos tinham feito parte da sua bagagem.
Joanne conheceu um estudante português num bar, que chamou a sua atenção. Chamava-se Jorge Arantes e não demorou muito para passarem a viver juntos. Joanne ficou grávida, sofrendo depois um aborto espontâneo. Jorge, entretanto jornalista, pediu Joanne em casamento em Agosto de 1992, mas o relacionamento tempestuoso, pontuado por brigas, fez com que o casamento perdesse rapidamente todo o encanto. Joanne ficou novamente grávida, enquanto Jorge se mostrava cada vez mais ciumento e possessivo.
O bebé nasceu em 27 de Julho de 1993 e Joanne diz que foi a melhor coisa que lhe aconteceu na vida. O casal, porém, continuava com brigas e, após ser posta fora de casa, voltou ao Reino Unido levando a bebé. A pobreza tomou conta dela e, junto com a falta de dinheiro, veio a falta de esperança e Joanne caiu nas garras da depressão.
Ela e a filha mudaram-se para um pequeno apartamento em Leith, na capital escocesa, onde viveu com a ajuda do governo, mas sentindo-se humilhada pela situação.
Joanne Rowling passeava a filha no carrinho e, quando a menina adormecia, ia até ao bar Nicolson's ou ao The Elephant House Café. Pedia um café e escrevia os enredos de Harry Potter até a filha acordar.
Entre o final de 1994 e meados de 1995, conseguiu um emprego como secretária e foi aceite num curso para se habilitar a dar aulas. Divorciou-se.
Só em Junho de 1997 conseguiu editora para “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. A primeira edição foi pequena, 1000 exemplares, 500 dos quais para bibliotecas. Actualmente um exemplar desses pode alcançar o valor de 25000 libras.
Logo de início, o livro - com várias reedições - esteve entre os mais vendidos. Com o dinheiro que ganhou ao receber os direitos de autor, Joanne comprou um apartamento em Edimburgo, mais espaçoso e mais seguro para ela e para a filha. O sucesso do primeiro livro abriu as portas para o segundo e, desde então, os olhos do público voltavam-se sempre para o lançamento do livro seguinte.
A influência de J. K. Rowling, somada ao seu poder aquisitivo e à sua capacidade de escrever, manteve-a ocupada também em projectos sociais, com destaque para a MS Society Scotland, organização que ajuda portadores de esclerose múltipla.
Escreveu também dois livrinhos, “Quadribol Através dos Séculos” e “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, que arrecadaram juntos 15.7 milhões de libras, 10.8 milhões das quais foram doadas à instituição Comic Relief, que se dedica ao combate à pobreza.
Em 2006 Joanne voou até Bucareste, para granjear fundos para o “Children's High Level Group”, que defende os direitos das crianças com deficiências mentais. No mesmo ano, doou uma grande soma para a construção de um novo Centro de Medicina Regenerativa na Universidade de Edimburgo.
Tem recebido várias honrarias. Entre muitas outras, foi nomeada Oficial do Império Britânico (2000), Doutora Honoris Causa em Letras pela Universidade de Exeter (2000), Doutora Honoris Causa em Direito pela Universidade de Aberdeen (2006) e Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra Francesa (2009).
Todos os livros de Harry Potter foram adaptados ao cinema obtendo grande êxito no mundo inteiro.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEMichelangelo Antonioni, famoso realizador italiano, morreu em Roma no dia 30 de Julho de 2007. Nascera em Ferrara, em 29 de Setembro de 1912.
Licenciou-se em economia na Universidade de Bolonha. Em 1940 foi para Roma, onde estudou no Centro Sperimentale di Cinematografia da Cinecittà. Aqui conheceu alguns artistas, com quem acabou por trabalhar nos seus filmes.
O primeiro grande sucesso de Antonioni foi “L'avventura” (1960), que foi seguido por “La notte” (1961) e “L'eclisse” (1962), que constituíram uma trilogia sobre o tema da alienação. O seu primeiro filme colorido, “Il deserto rosso” (1964), também explorou temas modernistas da alienação e, juntamente com os três filmes anteriores, formou uma tetralogia. A actriz Monica Vitti apareceu nestas quatro películas, actuando em papéis de mulheres desconexas que lutavam para se ajustar ao isolamento da modernidade. O seu primeiro filme em inglês, “Blowup” (1966), com a actriz Vanessa Redgrave, teve igualmente grande êxito e abriu-lhe as portas de Hollywood.
Em 1985, um acidente vascular cerebral deixou-o parcialmente paralítico e quase impossibilitado de falar. No entanto, não parou as suas actividades e, ajudado pelo amigo Wim Wenders, realizou “Além das Nuvens” em 1995. Nesse mesmo ano, foi premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra. O seu último filme “Eros”, em 2004, foi realizado juntamente com Wong Kar-Wai e Steven Soderbergh, tinha então 92 anos.
Antonioni apresentava-se como um intelectual marxista, mas alguns autores colocam algumas dúvidas sobre a sua real adesão às ideias do Marxismo. Em contraste com os seus contemporâneos, incluindo os neo-realistas e também Federico Fellini e Pier Paolo Pasolini, cujas histórias focavam geralmente a vida da classe trabalhadora e a rejeição e incompreensão da sociedade, os filmes mais notáveis de Antonioni mostravam a elite e a burguesia urbana. Porém, ao contrário do que alguns críticos dizem, os seus filmes descrevem os personagens ricos como pessoas vazias e sem alma, em vez de as romantizar.
Entre muitas distinções recebidas, contam-se: Prémio Especial no European Film Awards, em reconhecimento da sua carreira no cinema (1993), Palma de Ouro no Festival de Cannes (1966), dois Prémios do Júri nos Festivais de Cannes (1960 e1962), Prémio do 35º Aniversário no Festival de Cannes (1982), Urso de Ouro no Festival de Berlim (1961), dois Leões de Ouro nos Festivais de Veneza (1964 e 1983) e Leão de Prata no Festival de Veneza (1955).
CRISE(S)
(Sextilhas Humorísticas)


I

Esta coisa do Simplex
É muito complicadex!
Crianças vão mal falar:
- Por culpa do “Magalhães”
Dirão cãos em vez de cães…
…Onde irá isto acabar?

II

Só faltou um peditório
E rezas no oratório
Para ajudar os banqueiros…
O Emprego que se lixe
O Governo é que é fixe
Votem “neles” companheiros!



Gabriel de Sousa
mote:
“Pedreiras, tu és a meta
Dos meus tempos de menino”



PEDREIRAS

Do barro tem a ternura,
Da pedra a robustez,
Terra de muita bravura,
É orgulho Português,
É a musa do poeta,
A toada de um hino:
Pedreiras, tu és a meta
Dos meus tempos de menino.


Gabriel de Sousa

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDE Herbert Marcuse, influente sociólogo e filósofo alemão, naturalizado norte-americano, pertencente à Escola de Frankfurt, faleceu em Starnberg (Baviera) no dia 29 de Julho de 1979. Nascera em Berlim, em 19 de Julho de 1898.
A família era constituída por judeus assimilados. Membro do Partido Social-Democrata entre 1917 e 1918, participou num Conselho de Soldados durante a revolução berlinense de 1919, abandonando o partido depois do assassinato de Karl Liebknecht e de Rosa Luxemburgo. Estudou filosofia, primeiro em Berlim e depois em Freiburg, onde também se dedicou à literatura alemã contemporânea e complementarmente à economia política. Em 1924 "descobriu" o livro “Ser e Tempo” de Heidegger, com quem viria a estudar em 1928. Em 1933 exilou-se em Genebra e depois nos Estados Unidos em virtude da ascensão nazi no seu país.
Todos os filósofos que tinham participado até então na formação de Marcuse tiveram a sua importância muito diminuída quando foram editadas as obras da juventude de Karl Marx em 1932. Marcuse foi um dos primeiros a interpretar criticamente os “Manuscritos Economico-filosóficos” de Marx e «pensava encontrar neles um fundamento filosófico da economia política no sentido de uma teoria da revolução». Para ele, já não era necessário recorrer a Heidegger para fundamentar filosoficamente o marxismo, já que encontrava no próprio Marx a possibilidade dessa fundamentação.
Em 1933 foi admitido no Instituto de Pesquisas Sociais, que seria mais tarde associado à Escola de Frankfurt. Em 1950 os colaboradores do Instituto regressaram à Alemanha, mas Marcuse decidiu permanecer nos Estados Unidos onde pensou, escreveu e leccionou em várias universidades.
Marcuse preocupava-se com o desenvolvimento descontrolado da tecnologia, o racionalismo dominante nas sociedades modernas, os movimentos repressivos das liberdades individuais e o aniquilamento da Razão. O proletariado iria ser substituído por aqueles a quem a sociedade moderna não permitia a ascensão, pelos miseráveis a quem o bem-estar geral não chegava, pelas minorias raciais e pelos imigrantes.
Marcuse retomou de Hegel duas noções capitais, a ideia de “Razão” e da “Negatividade”. A Razão é a faculdade humana que se manifesta no uso completo feito pelo homem das suas possibilidades. Não se pode compreender a “possibilidade” longe do conceito de “necessidade”. A necessidade dirige-nos para certas coisas cuja falta sentimos. Se queremos um apartamento mas não temos dinheiro para o comprar, o objecto da nossa necessidade é o apartamento e a medida da nossa possibilidade é o dinheiro que nos falta.
No livro “Ideologia da Sociedade Industrial”, Marcuse repetiu a crítica ao racionalismo da sociedade moderna e tentou ao mesmo tempo esboçar o caminho que poderia afastar-nos dele. O caminho seria a contestação da sociedade pelos "marginais" que a sociedade desprezava ou não conseguia beneficiar. O desenvolvimento extremo da tecnologia deveria vir a ter, segundo Marx e Marcuse, efeitos revolucionários. O problema da sociedade moderna seria a invasão da mentalidade mercantilista e quantificadora em todos os domínios do pensamento.
Em 1955, em “Eros e civilização”, adoptou uma leitura marxista de Freud, criticando o revisionismo neo-freudiano.
Engendrou o conceito da «sublimação não repressiva» e denunciou o carácter desumano e irracional do princípio do rendimento, que é fundado na resignação, na falsificação dos instintos e na repressão das potencialidades humanas.
Em 1964 escreveu “O Homem unidimensional” que foi publicado em França em 1968 e se tornou um pouco a bandeira teórica da revolta estudantil do “Maio de 68”. Viajou então pela Europa e fez múltiplas conferências e discussões com os estudantes. Nos anos 1960/1970 Marcuse tornou-se um dos mais célebres intelectuais da época. Morreu aos 81 anos durante uma estadia na Alemanha.

quarta-feira, 15 de julho de 2009


INTERRUPÇÃO PARA FÉRIAS…

…REGRESSO NO FINAL DE JULHO.

ABRAÇO AMIGO PARA TODOS (AS)
Recordando "Abril"

EFEMÉRIDE Aníbal António Cavaco Silva, economista e político português, nasceu em Boliqueime, Loulé, no dia 15 de Julho de 1939. É, desde 2006, Presidente da República Portuguesa.
Foi primeiro-ministro de 1985 a 1995, tendo sido a personalidade que mais tempo esteve na liderança do governo do país desde o 25 de Abril.
Licenciado em Finanças em 1964 no ISCEF, veio a ser professor no mesmo Instituto a partir de 1966. Doutorou-se posteriormente em Economia na Universidade de York, Inglaterra, em 1974. Ao regressar a Portugal, trabalhou no Instituto de Ciências Económicas e Financeiras, na Universidade Nova de Lisboa, na Universidade Católica e no Banco de Portugal. Neste último, foi director do Departamento de Estudos Económicos.
Ocupou o cargo de Ministro das Finanças e do Plano no Governo de Francisco Sá Carneiro, em 1980, ganhando uma reputação de economista liberal. Após a morte do primeiro-ministro num acidente de aviação, recusou continuar no governo que se seguiu, chefiado por Francisco Pinto Balsemão (1981).
Foi eleito presidente do Partido Social Democrata (PSD) em Junho de 1985 no congresso da Figueira da Foz.
Após as eleições legislativas seguintes, o seu partido obteve menos de 30% dos votos e apenas 88 deputados mas, porque foi o mais votado, Cavaco Silva formou governo e foi empossado como primeiro-ministro.
Os cortes nos impostos e a liberalização económica, incluindo privatizações de empresas públicas, deram origem a um crescimento económico apreciável, que fez subir a popularidade de Cavaco Silva. No entanto, em 1987, a oposição aprovou uma moção de censura ao Governo, provocando a queda do mesmo e forçando o recém-eleito presidente Mário Soares a convocar eleições legislativas antecipadas.
Com um resultado que espantou mesmo os seus apoiantes mais optimistas, os sociais-democratas de Cavaco Silva conseguiram 50,22% dos votos e 148 dos 250 deputados. Era a primeira vez na história da política portuguesa que um único partido assegurava uma maioria absoluta.
As eleições de 1991 foram outro triunfo para Cavaco Silva, com nova maioria absoluta (50,60%).
Cavaco Silva decidiu não continuar à frente do partido para as eleições legislativas de 1995 e o PSD perdeu 48 assentos parlamentares, sendo o Partido Socialista o vencedor.
Em Outubro de 2005, anunciou a sua candidatura às Presidenciais do ano seguinte, recebendo o apoio do PSD e do CDS-PP. Venceu as eleições com 50,59% dos votos na primeira volta. De salientar que foi o primeiro Presidente da República, desde 1986, fora da área socialista.
O seu primeiro acto oficial foi agraciar o seu antecessor na Presidência, o socialista Jorge Sampaio, com o grande colar da Ordem da Liberdade.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEErnst Ingmar Bergman, dramaturgo e cineasta sueco, nasceu em Uppsala no dia 14 de Julho de 1918. Faleceu em Fårö, em 30 de Julho de 2007.
Estudou na Universidade de Estocolmo, onde se interessou pelo teatro e, mais tarde, também pelo cinema.
Iniciou a sua carreira em 1941, escrevendo a peça teatral "Morte de Kasper". Três anos mais tarde, desenvolveu o primeiro argumento para a película "Hets", tendo realizado o seu primeiro filme em 1945 ("Kris").
Entre vários galardões que recebeu, salientam-se: três Oscars (foi nomeado mais nove vezes); seis prémios em Festivais de Cannes; quatro em Festivais de Veneza e o Urso de Oiro num Festival de Berlim.
É considerado um dos maiores realizadores da história do cinema, com uma obra ligada sobretudo a temas metafísicos, a introspecções psicológicas ou familiares e à análise do comportamento dos casais.
É o único cineasta a ter recebido a “Palma das Palmas” num Festival de Cannes (1997).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDE Arnold Franz Walter Schönberg, compositor austríaco de música erudita e criador do dodecafonismo, um dos mais revolucionários e influentes estilos de composição do século XX, faleceu em Los Angeles no dia 13 de Julho de 1951. Nascera em Viena, em 13 de Setembro de 1874.
As suas primeiras obras, apesar de ligadas à tradição pós-romântica, já prenunciavam um método de composição inovador, que evoluiu para a atonalidade e, mais tarde, para um estilo próprio, o dodecafonismo. Schönberg foi também pintor e importante teórico musical, autor de “Harmonia e Exercícios Preliminares em Contraponto”.
Originário de uma família judaica ortodoxa natural da Hungria, Arnold Schönberg desde cedo entrou em contacto com as artes, influenciado por um tio que era grande admirador da poesia e da literatura francesas. Aos oito anos de idade, iniciou a educação musical e passou a ter aulas de violino, compondo, nessa época, as suas primeiras músicas. Mais tarde, tornou-se autodidacta na aprendizagem de piano e violoncelo.
Em 1889 a família enfrentou dificuldades financeiras e Schönberg, para ajudar, tornou-se empregado de um banco, onde trabalhou seis anos. O seu interesse pela arte não tinha porém arrefecido. Desde 1894, passou a ter aulas de composição com o seu cunhado Alexander von Zemlinsky.
No final do século XIX, começou a dar aulas e a trabalhar em companhias musicais e em conservatórios. Data dessa época a sua primeira composição de relevo, o sexteto de cordas Verklärte Nacht. Em 1898, converteu-se ao protestantismo. Em 1933, no entanto, depois de deixar a Alemanha devido à ascensão do nazismo ao poder, reconverteu-se ao Judaísmo numa sinagoga em Paris e acabou por se instalar nos Estados Unidos.
Além das suas obras musicais, escreveu ensaios sobre a situação social e histórica do povo judaico, peças de teatro, poesias, etc. Foi também pintor, sobretudo auto-retratista, suficientemente notável para que as suas obras fossem expostas ao lado de artistas consagrados. Foi um bom tenista amador, tendo chegado a pensar tornar-se jogador de ténis profissional.
Arnold vivia fascinado pela numerologia. Este fascínio perseguiu-o por toda a vida, pois ele pensava que poderia saber o futuro através de complexos cálculos numéricos. Tinha uma certa obsessão pelo número 13. Arnold tinha nascido num dia 13 e estava seguro que o número 13 viria a estar ligado à sua morte. Como os números sete e seis somam 13, Arnold Schönberg resolveu acreditar que iria morrer com 76 anos. Ao verificar o calendário, Arnold viu horrorizado que o dia 13 de Julho de 1951 seria uma sexta-feira.
Quando aquele fatídico dia chegou, Arnold tentou ludibriar a morte, permanecendo deitado durante todo o dia, para desespero da mulher, que não aceitava aquelas “maluquices”. Arnold dizia para todos que estava decidido a passar o dia inteiro na cama, de modo a evitar eventuais acidentes. Poucos minutos antes da meia-noite, a esposa foi ao quarto para brincar com ele, pois nada de mal tinha acontecido. Ao chegar no quarto, encontrou Schönberg deitado. Ele olhou para a esposa, pronunciou apenas a palavra “harmonia” e morreu. A hora da sua morte foi às 23:47, portanto treze minutos antes da meia-noite, numa sexta-feira 13, com 76 anos de idade…

domingo, 12 de julho de 2009

Recordando "Abril"
EFEMÉRIDEAlfred Dreyfus, capitão do exército francês, de origem alsaciana e religião judaica, faleceu em Paris no dia 12 de Julho de 1935, vítima de crise cardíaca. Nascera em Mulhouse, em 9 de Outubro de 1859. Injustamente acusado e condenado por traição, foi mais tarde amnistiado e reabilitado, tendo sido o fulcro do famoso “Caso Dreyfus” durante a 3ª República Francesa.
Alfred Dreyfus decidira alistar-se no exército, desejando que a Alsácia, anexada pelos alemães em 1871, voltasse a ser francesa. Em 1893 foi destacado como capitão estagiário para o serviço de informações e espionagem.
Em 1894 foi acusado de ter vendido segredos militares aos alemães. Incriminado por um conjunto de documentos falsos, foi condenado a prisão perpétua na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. O seu caso foi discutido em todo o mundo e aos poucos foi sendo esclarecido sobretudo graças à acção dos escritores Anatole France e Émile Zola. O incidente viria a envolver toda a sociedade francesa.
Foram-lhe retirados os galões de oficial numa cerimónia humilhante realizada em 1895, em que a multidão furiosa gritava «Abaixo o traidor, abaixo o judeu!».
Entretanto, no desterro, a sua saúde e a sua moral pioravam de dia para dia. Um outro prisioneiro contou mais tarde que ele afirmara conseguir falar com os tubarões e que estes vinham ao seu chamamento. Só conseguia dormir com a ajuda de calmantes. Enchia cadernos escrevendo unicamente o nome da sua mulher e algumas figuras geométricas.
Em 1898, no jornal L'Aurore, Émile Zola escreveu a famosa carta aberta ao presidente, com o título “Eu Acuso!”, denunciando o Alto Comando Militar francês, os tribunais, enfim, todos os que o tinham condenado, incendiando a opinião pública nacional. O escritor apoiava-se no trabalho do chefe do serviço secreto francês, coronel Picquart, que descobrira que os documentos contra Dreyfus haviam sido todos forjados ou alguns nem sequer existiam. Zola, ameaçado, para evitar ser preso, exilou-se na Inglaterra.
Amnistiado, Dreyfus foi libertado mais tarde. Só seria no entanto oficialmente reabilitado em 1906, sendo-lhe confiado o comando de uma unidade de artilharia e recebendo a Legião de Honra.
Em 1908 foi vítima de um atentado, quando da transferência para o Panteão das cinzas do escritor Émile Zola. Nova injustiça: o autor dos tiros, se bem que descoberto, preso e julgado, não foi condenado.
Entrou na Primeira Guerra Mundial como tenente-coronel e viu a “sua” Alsácia voltar a ser território francês.
Em 12 de Julho de 2006, numa cerimónia organizada na Escola Militar, na presença do Presidente da República Francesa Jacques Chirac, foi-lhe prestada a homenagem póstuma que há muito a França lhe devia.

sábado, 11 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDELaurence Kerr Olivier, actor, produtor e director de teatro e de cinema britânico, faleceu em Steyning, West Sussex, no dia 11 de Julho de 1989. Nascera em Dorking, Surrey, em 22 de Maio de 1907. Ganhou vários Oscars, um Globo de Ouro e por quatro vezes o Emmy Award. É considerado por muitos como o maior actor anglófono de todos os tempos.
Agraciado com o título de “Sir” em 1947, Laurence Olivier foi um dos mais carismáticos actores do século XX. A sua presença em palco fascinava o público e a sua credibilidade como intérprete, tanto nos dramas como nas comédias, proporcionou-lhe os maiores êxitos.
Filho de um pastor anglicano, pisou o palco pela primeira vez numa montagem amadora de "Júlio César", aos dez anos de idade, e foram justamente as peças de Shakespeare que lhe proporcionaram as maiores glórias da sua carreira, no cinema e no teatro.
Participou em 121 peças de teatro, apresentando-se em palcos da Inglaterra, de vários países da Europa e nos Estados Unidos da América. A sua trajectória no cinema foi extensa mas irregular, tendo feito 65 filmes, alguns deles também como director.
Quando da Segunda Guerra Mundial foi mobilizado. Seguiu cursos de pilotagem e esteve dois anos na Força Aérea, não tendo contudo chegado a combater.
Recebeu o primeiro Oscar em 1946, pela sua actuação e direcção em "Henrique V". Dois anos depois com "Hamlet" ganhou quatro Oscars: melhor filme, melhor actor principal, melhor direcção de arte e melhor figurino. Em 1978 recebeu um Oscar especial pelo conjunto da sua obra e pela sua contribuição para o Cinema.
Foi um dos fundadores do Royal National Theatre da Grã-bretanha que dirigiu de 1962 a 1973. Tinha fundado e dirigido também o Chichester Festival Theatre de 1962 a 1966.
Em 1970 a rainha Isabel II outorgou-lhe o título de Lorde, com direito a frequentar o Parlamento britânico.
Constatando que o seu trabalho, apesar do sucesso, não o tinha deixado ao abrigo de preocupações económicas, a partir dos anos 1970 começou a multiplicar as aparições no cinema e na televisão com fins estritamente financeiros.
Morreu, aos 82 anos, de doença cancerígena no estômago, sendo enterrado no “Canto dos Poetas” na Abadia de Westminster.
Laurence Olivier deixou-nos dois livros: “Confissões de um actor” e “Ser Actor” onde descreve a sua vida.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDE Vasco de Oliveira Granja, apresentador de televisão português, reconhecido pelo grande contributo que deu para a divulgação de desenhos animados e da banda desenhada em Portugal, nasceu em Lisboa no dia 10 de Julho de 1925. Faleceu em Cascais, em 4 de Maio de 2009.
Estudou numa escola do Bairro Alto, em Lisboa, e na Escola Industrial Machado de Castro, que abandonou após ter chumbado em álgebra no quarto ano.
Aos 15 anos começou a trabalhar nos Armazéns do Chiado. Era o responsável pelas amostras de seda que eram oferecidas às clientes. Algum tempo mais tarde, foi transferido para o departamento de publicidade, quando notaram que ele tinha grande gosto pela leitura. Pintava cartazes com anúncios para as montras.
Como o ordenado era pequeno, mudou de emprego, indo trabalhar para a Foto Áurea, na Rua do Ouro, em Lisboa. Por essa época, visitava com frequência a Biblioteca Nacional. Interessava-se igualmente por museus, pela pintura e pelo desporto, tendo sido associado do Benfica durante algum tempo.
Durante a sua infância, apaixonara-se pelo cinema. Como na altura não existia classificação etária para os filmes, percorreu todos os cinemas que existiam em Lisboa.
No decorrer dos anos 1950, portanto durante o regime fascista, associou-se ao movimento cineclubista. Em Lisboa, participava no aluguer de salas e na projecção de filmes obtidos através das embaixadas. Os filmes tinham sempre que passar pela censura. Apesar disso, conseguiram mostrar vários filmes do neo-realismo italiano. Em 1952, foi detido pela PIDE (polícia política), em consequência do dinheiro dos bilhetes vendidos para assistir aos filmes ser destinado a financiar movimentos de resistência ao regime do Estado Novo. Esteve preso durante seis meses, na prisão do Aljube.
Em 1960, esteve no Festival de Animação de Annecy, em França, em representação de Portugal. Durante esta viagem, a sua primeira ao estrangeiro, apaixonou-se pelo cinema de animação. O cineasta canadiano Norman McLaren tornou-se o seu maior ídolo, tendo vindo a conhecê-lo pessoalmente.
Vasco Granja esteve ligado ao Partido Comunista Português e participou na festa do jornal do partido (“Avante”).
Durante os anos 1960 foi novamente detido pela PIDE, devido à sua ligação ao PCP, mais concretamente à célula dos cineclubes. Esteve preso durante 16 meses, tendo cumprido parte desse tempo em Peniche. Na prisão, foi submetido a várias torturas físicas e psicológicas, como a tortura do sono.
Em 1974, deu início a um novo programa de televisão, denominado "Cinema de Animação", na Rádio Televisão Portuguesa, que viria a durar 16 anos, com a transmissão de mais de mil programas. Nesses programas, dava a conhecer a “animação” de todo o mundo, desde a realizada nos países do leste da Europa, até à proveniente da América do Norte. Pretendia, assim, divulgar, para além da própria animação, uma mensagem de paz, que considerava estar presente em muitos dos filmes que transmitia.
Ainda em 1974, foi membro do júri do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême. Em 1975, criou um curso de cinema de animação, a partir do qual viria a nascer a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.
Em 1980 foi membro do júri da quarta edição do Animafest, Festival Mundial de Animação de Zagreb, realizado na então Jugoslávia. Participara já como observador neste festival na edição de 1974, logo após o 25 de Abril.
Permaneceu na RTP até 1990, ano em que se reformou.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEMary Barbara Hamilton Cartland, escritora inglesa, uma das romancistas mais bem sucedidas do mundo, nasceu em Edgbaston, Birmingham, no dia 9 de Julho de 1901. Faleceu em 21 de Maio de 2000, quase a completar 99 anos de idade. Foi uma das mais populares personalidades junto da imprensa inglesa, aparecendo frequentemente em eventos e na televisão, quase sempre vestida em tons cor-de-rosa e coberta de jóias, falando sobre o amor, a saúde e os problemas sociais.
Pertencia a uma família da classe média, cuja situação financeira foi severamente abalada com o suicídio do seu avô paterno, que disparou sobre si mesmo depois de revelar a falência da sua empresa.
Logo a seguir, o pai de Barbara morreu numa batalha em Flandres, na Bélgica, durante a Primeira Guerra Mundial. A mãe abriu então uma loja de vestidos para poder assegurar o sustento e a educação de Barbara e dos seus dois irmãos, ambos mortos em 1940 numa batalha durante a Segunda Guerra Mundial.
Barbara foi educada no Malvern Girl's College e na Abbey House, uma instituição educacional em Hampshire. Em breve se tornaria uma jornalista de sucesso e uma notável escritora de ficção romântica.
Trabalhava como colunista para o “London Daily Express” em 1923, quando publicou o seu primeiro romance, “Jigsaw”, que logo se tornou um bestseller. Nunca mais parou de escrever.
Nos anos 1920 e 1930, Cartland já era uma mulher muito conhecida na sociedade londrina, notada pela sua beleza, pelo seu charme e pelas suas festas. A sua fama também era devida ao modo de se maquilhar e à sua forma de vestir, sendo uma das principais clientes do costureiro que fazia igualmente os vestidos para a Rainha Isabel II. Andava quase sempre acompanhada de um cão pekinois.
Em 1983, Barbara Cartland entrou para o “Who's Who” britânico, uma publicação que contém informações biográficas de várias personalidades de relevo. No mesmo ano, apareceu no Guinness Book of World Records, como a autora top-seller do mundo. Os seus 723 romances foram traduzidos para mais de 36 idiomas. Depois de vender um bilião de livros nos anos 1990, a revista “Vogue” apelidou-a de “A Verdadeira Rainha do Romance”. Os seus leitores e admiradores enviavam-lhe em média vinte mil cartas por ano.
Em 1991, a Rainha Isabel II nomeou-a “Comendadora da Ordem do Império Britânico” em honra dos seus 70 anos de contribuição literária, política e social.
A saúde mental e psíquica de Barbara Cartland começou a decair no meio dos seus 90 anos, mas o espírito e coragem permaneceram inalteráveis e ela continuou a ser uma favorita da imprensa, dando entrevistas a agências internacionais até aos derradeiros meses da sua vida. Uma das suas últimas entrevistas foi dada à BBC.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

ALMADA & TEJO
(quadras)

1

Vou festejar São João
Na outra margem do Tejo,
Almada é o coração
Do sonho que mais desejo.

2

Almada mirando o Tejo,
Arraiais e procissão:
- Que belas coisas eu vejo
Em louvor de São João!

3

Há tascas e petiscada,
Diversões que eu invejo,
Por isso vou a Almada
Do outro lado do Tejo!


Gabriel de Sousa
Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEAmélia Scmidt Lafourcade Rey Colaço Robles Monteiro, encenadora e actriz portuguesa, faleceu em Lisboa no dia 8 de Julho de 1990. Nascera na mesma cidade em 2 de Março de 1898.
Considerada a mais notável figura do teatro português do século XX, nasceu no seio de uma família de artistas e recebeu, desde criança, uma formação que privilegiou as artes. Apaixonou-se pelo teatro aos quinze anos, ao assistir, na Alemanha, a espectáculos de Max Reinhardt. Recebeu aulas de representação e, em 1917, estreou-se no então Teatro República (actual Teatro São Luís), na peça “Marinela”. Para fazer a personagem, uma rude vagabunda, aprendeu durante meses a andar descalça e a usar farrapos, no interior do jardim do seu palacete.
Casou-se em 1920 com o também actor Robles Monteiro. No ano seguinte os dois fundaram uma companhia de teatro própria. Seria a mais duradoura de toda a Europa, com cinquenta e três anos de existência - a “Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro”, sediada no Teatro Nacional D. Maria II e oficialmente extinta em 1988, altura em que a actriz se viu obrigada a leiloar o recheio da casa do Dafundo (cedida pela marquesa do Cadaval) e a abandoná-la, já depois de deixar, em 1968, a moradia onde nascera, na Lapa.
Na direcção da companhia, actuou em vários planos. Estruturou um grupo coeso e disciplinado, metódico e exigente, lutou pela dignificação social dos actores, conquistando para eles um estatuto de superioridade inovador, e organizou, ao mesmo tempo, um reportório ambicioso e diversificado, alternando autores contemporâneos com clássicos e estrangeiros com portugueses.
Chamou pintores prestigiados para colaborarem com ela nos cenários, casos de Raul Lino, Almada Negreiros e Eduardo Malta. Contratou actores que eram ídolos do público (Palmira Bastos, Alves da Cunha, Lucília Simões, Estêvão Amarante, Maria Matos, Vasco Santana, etc.) e revelou, fazendo escola, novos actores, como Raul de Carvalho, Álvaro Benamor, Maria Lalande, Assis Pacheco, João Villaret, Eunice Muñoz, Carmen Dolores, Maria Barroso, João Perry, Rogério Paulo, Lurdes Norberto, Varela Silva, Ruy de Carvalho, etc.
Abriu as portas à dramaturgia portuguesa, apresentando peças de José Régio, Alfredo Cortez, Romeu Correia, Bernardo Santareno e Luís de Sttau Monteiro, entre outros. Com ousadia, e contornando a censura do Estado Novo, revelou, por outro lado, nomes como Jean Cocteau, Jean Anouih, Frederico Garcia Lorca, Bertolt Brecht, Alejandro Casona, Eugene O'Neill, Tennessee Williams, Arthur Miller, Pirandello, Ionesco, etc.
Desempenhou o seu último grande papel aos 87 anos, representando D. Catarina na peça de José Régio “El-Rei D. Sebastião”.
Foi galardoada pelo governo francês com as insígnias de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras e, em Portugal, com as comendas da Ordem de Instrução Pública, da Ordem de Santiago da Espada e da Ordem Militar de Cristo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEPierre Cardin, costureiro, mecenas e homem de negócios italiano, naturalizado francês, nasceu em Sant'Andrea di Barbarana no dia 7 de Julho de 1922.
Os pais eram ricos agricultores venezianos, mas vieram a conhecer a pobreza depois da Primeira Guerra Mundial e emigraram para França em 1924.
Pierre Cardin fixou-se em Paris em 1945. No ano seguinte, desenhou o guarda-roupa de “A Bela e o Monstro”, filme de Jean Cocteau, e começou a trabalhar na Casa Dior.
Fundou a sua própria casa em 1950 e começou com a alta-costura três anos depois. Cardin foi o primeiro costureiro a reconhecer o Japão como um mercado da moda, visitando este país em 1959.
Actualmente mostra as suas colecções no seu próprio teatro “Espace Cardin” (aberto em 1970), outrora Théâtre des Ambassadeurs, perto da Embaixada dos Estados Unidos em Paris. Através do “Espace Cardin”, promove igualmente novos talentos artísticos, companhias de teatro, bandas de música, etc.
Em 1978 foi o primeiro empresário francês a implantar-se na República Popular da China. Adquiriu em 1981 o restaurante parisiense Maxim's.
Em 1991 foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO e apoiou activamente a fundação destinada a pesquisas relacionados com a SIDA. Em 1992 foi o primeiro costureiro a entrar na Academia das Belas-Artes.
Pierre Cardin reabilitou as ruínas do castelo de Lacoste, que tinha pertencido ao Marquês de Sade. Nele organiza com regularidade festivais de teatro. Cardin é igualmente proprietário de uma casa em Veneza, que pertenceu ao célebre escritor e aventureiro Casanova.
Foi já distinguido com a Legião de Honra e com a Ordem Nacional do Mérito, tendo sido também nomeado Cavaleiro das Artes e Letras.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEToquinho, de seu verdadeiro nome Antonio Pecci Filho, autor, compositor, intérprete e violonista brasileiro, nasceu em São Paulo no dia 6 de Julho de 1946.
De origem italiana, iniciou a aprendizagem de tocador de violão aos catorze anos, estudando depois harmonia e violão clássico. Seguiu igualmente um curso de orquestração.
Começou a dar espectáculos amadores em colégios e faculdades, tendo-se profissionalizado nos anos 1960, em shows promovidos por Walter Silva no teatro Paramount em São Paulo. Compôs com Chico Buarque “Lua cheia”, a sua primeira canção a ser gravada. Em 1969 acompanhou-o a Itália, pais onde - até hoje - continua a apresentar-se periodicamente.
Em 1970 compôs com Jorge Benjor, o seu primeiro grande sucesso: “Que Maravilha”. Ainda nesse ano, Vinicius de Moraes, o mundialmente famoso autor de “Garota de Ipanema”, convidou-o para participar numa série de espectáculos em Buenos Aires, formando uma parceria que iria durar onze anos, com 120 canções, 25 discos e mais de mil shows, muitos deles também com Maria Creuza.
Após a morte do “poetinha”, Toquinho seguiu a sua carreira a solo, gravando com êxito muitos discos e fazendo várias tournées. É um músico de sucesso não só no Brasil, mas também em muitos países estrangeiros.

domingo, 5 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEIvo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy, médico, professor, conferencista, autor de obra especializada e cirurgião plástico brasileiro, nasceu em Belo Horizonte no dia 5 de Julho de 1926.
Começou a cursar medicina na Universidade de Belo Horizonte, tendo-se formado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946.
No final dos anos 1940, a cirurgia plástica ainda não era reconhecida como uma especialidade médica. Com uma bolsa de estudos, Pitanguy partiu para os Estados Unidos da América, para trabalhar como “cirurgião-residente” no Hospital Bethesda, em Cincinnati, Ohio (1948/1949). Na mesma época, frequentou a Clínica Mayo, no Minnesota, e o Serviço de Cirurgia Plástica do Dr. John Marquis Converse, em Nova Iorque.
De volta ao Brasil, em 1949, criou o Serviço de Cirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, o primeiro de cirurgia de mão na América do Sul, onde atendia pacientes pobres e vítimas de deformidades.
Entre 1950 e 1951, em Paris, acompanhou o trabalho de Marc Iselin, um dos criadores da cirurgia de mão e uma referência no atendimento aos mutilados da 2ª Guerra Mundial. Na mesma ocasião frequentou igualmente outros serviços de cirurgia plástica em França e na Inglaterra.
Novamente no Brasil, Pitanguy esteve, entre 1952 e 1955, no Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. Em 1954, passou a chefiar o Serviço de Cirurgia Plástica e Reparadora da Santa Casa de Misericórdia. Em 1960, criou o curso de pós-graduação em cirurgia plástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O curso já formou 45 turmas, cerca de 500 alunos de mais de 40 países.
Em Dezembro de 1961 ocorreu o incêndio do “Gran Circo Norte-Americano”, em Niterói, o maior incêndio em recinto fechado ocorrido no mundo, que provocou 2 500 feridos e 500 mortos - a maioria crianças. Pitanguy e uma equipa de voluntários dedicaram-se, durante meses, ao tratamento das vítimas, através da cirurgia reparadora mas também da cirurgia estética, na época ainda algo desprezada. Nessa ocasião, Pitanguy organizou o Serviço de Queimados do Hospital António Pedro, no Rio de Janeiro.
Em 1963 fundou a Clínica Ivo Pitanguy, que se tornou um centro de excelência em cirurgia plástica estética e reconstrutora. Ali o professor Pitanguy supervisiona uma equipa de cirurgiões plásticos que operam segundo as técnicas e a filosofia do Mestre.
Semanalmente, às quartas-feiras, o professor vai à 38ª enfermaria da Santa Casa, onde orienta cirurgias, discute os casos mais complexos e compartilha a sua experiência com os residentes.
Ivo Pitanguy é autor de mais de 800 trabalhos incluídos em revistas científicas de todo o mundo. Tem muitos livros publicados em diversos países.
É membro titular da Academia Nacional de Medicina, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Academia Brasileira de Letras, desde 1990. Tem ganho inúmeros prémios e recebido várias condecorações.

sábado, 4 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDE Alfredo di Stéfano Laulhé, ex-futebolista argentino, nasceu em Buenos Aires no dia 4 de Julho de 1926. Foi um dos melhores jogadores de todos os tempos. É presidente honorário do Real Madrid.
Começou a sua vida como trabalhador agrícola e guardador de cavalos e vacas. A sua carreira futebolística iniciou-se no River Plate da Argentina em 1943. Disputou o seu primeiro jogo oficial em 1945, contra o Huracán, no qual marcou um golo aos quinze segundos, que foi por muito tempo o mais rápido da história do futebol argentino.
No ano seguinte, foi emprestado precisamente ao Huracán para ser "rodado". Porque teve um desempenho brilhante, foi chamado de volta. Em 1947, conquistou o seu primeiro título, o campeonato argentino, sendo considerado o melhor jogador, além de ser o melhor marcador. Bisou um campeonato da Argentina.
Foi depois, em representação do Millonarios, quatro vezes campeão colombiano e venceu uma Taça da Colômbia.
Ganhou o Campeonato Sul-Americano de 1947, pela Argentina. Foi, entretanto, contratado pelo Real Madrid, vencendo uma Taça de Espanha, cinco Taças Europeias e sendo oito vezes Campeão de Espanha.
Naturalizou-se espanhol em 1957, mas nunca brilhou nos Mundiais: uma vez, porque a Espanha não passou das eliminatórias (1958), outra porque se lesionou (1962).
Em 1963, durante uma tournée do Real pela América do Sul, foi raptado por revolucionários venezuelanos em Caracas.
Di Stéfano transferiu-se no fim da sua carreira para o Español de Barcelona, onde jogou duas épocas, antes de se retirar aos quarenta anos de idade. Passou a ser treinador, tendo dirigido com sucesso o Boca Juniores, o River Plate, o Valência e o Real Madrid.
Como jogador venceu duas “Bolas de Oiro”, foi o melhor marcador do campeonato da Colômbia por duas vezes e do campeonato espanhol por cinco vezes. Marcou ao todo 893 golos em 1180 jogos oficiais.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDETom Cruise, de seu verdadeiro nome Thomas Cruise Mapother IV, actor e produtor norte-americano, nasceu em Siracusa, no dia 3 de Julho de 1962.
Entre os catorze e os quinze anos permaneceu num Mosteiro Franciscano e esteve prestes a entrar para esta Ordem. Depois, no liceu, descobriu o interesse pela carreira de comediante ao entrar em vários espectáculos.
Tom Cruise partiu então, aos dezoito anos, para Nova Iorque para tentar a sorte no cinema, tendo iniciado estudos de interpretação. Fez diversos "castings" e trabalhou no que lhe foi aparecendo até conseguir realizar o seu sonho. Em 1981 fez a primeira aparição no cinema num filme de Franco Zeffirelli, começando assim a sua carreira cinematográfica. Os três anos seguintes foram decisivos, trabalhando para o realizador Francis Coppola.
Tendo começado a sua carreira como galã de filmes para adolescentes, em breve se afirmaria no entanto como um actor bastante eclético, com as mais díspares representações e para os mais variados públicos.
Em 1986, passou à categoria de astro do cinema com a actuação no filme “Top Gun”. Em 1990, conseguiu a aceitação dos críticos com “Days of Thunder”. Enquanto isso, já rodava o filme “Terror a Bordo”. Em 1992, interpretou a personagem de advogado em “Questão de Honra”, com Jack Nicholson. Neste filme bateria um recorde na sua carreira profissional, cobrando mais de doze milhões de dólares pelo seu cachet. Reconhecido em Hollywood, entrou para o grupo dos actores mais bem pagos do cinema. Protagonizou o filme de Stanley Kubrick “Eyes Wide Shut ”.
Em 1996, estreou-se como produtor de filmes em “Missão impossível”. Em 2002, trabalhou com o famoso director de cinema Steven Spielberg, pela primeira vez, no filme de ficção-científica “Minority Report”, e com ele voltou a trabalhar em 2005 em “Guerra dos mundos”.
É um dos mais fervorosos adeptos e defensores da Cientologia (seita religiosa) desde 1980, juntamente com John Travolta, o que lhe tem provocado alguns problemas.
Tem uma estrela na célebre Calçada da Fama e, em 1990, 1991, 1992, 1997, 1999, 2000 e 2001, a revista “People” indicou Cruise como uma das 50 pessoas mais bonitas no mundo. Tem vários casamentos e divórcios “no seu activo”.
Politicamente estará próximo da esquerda, como o prova o apoio a Hillary Clinton. Porém, em 2007, tomou parte na campanha presidencial do conservador francês Nicolas Sarkozy.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDE Jean René Lacoste, famoso jogador de ténis francês, nasceu em Paris no dia 2 de Julho de 1904. Morreu em Saint-Jean-de-Luz, no País Basco, em 12 de Outubro de 1996. Foi também empresário e um inovador. Era conhecido como "o crocodilo" (ou “o alligator”) pelos seus fãs. Deu o nome à camisola de ténis Lacoste, que inventou em 1929. Ele usou a sua criação pela primeira vez no US Open.
Foi um dos “Quatro Mosqueteiros” do ténis francês, que ganharam a Taça Davis para a França de 1927 a 1932.
Abandonou o ténis aos 25 anos, por lhe ter sido diagnosticada tuberculose. Tinha acumulado muitos títulos, mas passou a dedicar-se exclusivamente aos negócios.
René Lacoste foi o primeiro a ter conseguido, muito tempo antes de Yannick Noah, tanta fama na sua carreira desportiva como na sua reconversão profissional… não com o cantor mas como designer. As suas camisolas Lacoste tornaram-se um nome comum no mundo da moda e do pronto-a-vestir.
Ele era também um inventor. Entre as suas invenções conta-se sobretudo, em 1963, a primeira raquete de ténis em aço: uma revolução na modalidade que pôs em causa a supremacia da raquete em madeira, usada até aí, e abriu caminho para os modelos actuais.
Entrou para o “International Tennis Hall of Fame” em 1976, foi nomeado Oficial da Legião de Honra em 1977 e era Presidente de Honra da Federação Francesa de Ténis.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Recordando "Abril"

EFEMÉRIDEMarisa de Azevedo Monte, cantora, compositora e produtora musical brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 1 de Julho de 1967.
Estudou canto, piano e bateria ainda na infância. Na adolescência, participou no musical “Rock Horror Show”, dirigido por Miguel Falabella, com alunos do “Colégio Andrews”, mas nunca abandonou o estudo de canto lírico, que tinha começado aos catorze anos.
Aos dezanove, mudou-se para Itália, mais especificamente para Roma, onde durante dez meses estudou “bel canto”, do qual desistiu em seguida, passando a apresentar-se em bares e casas nocturnas, cantando música brasileira acompanhada de amigos. A um destes espectáculos assistiu o produtor musical Nelson Motta, que dirigiu depois o seu primeiro show no Rio de Janeiro, em 1987. O show “Veludo Azul” teve temporadas no Rio e em São Paulo e despertou o interesse de várias editoras discográficas.
Marisa Monte já conquistara o público e a crítica quando gravou o primeiro disco: “Marisa Monte ao Vivo” (1988). O disco seguinte, “Mais” (1991), lançou-a no mercado internacional também como compositora. A partir daí, prosseguiu com dois discos: “Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-rosa e Carvão” (1994), considerado por muitos o melhor álbum da sua carreira, e o duplo “Barulhinho Bom” (1996). Este último provocou grande polémica pela capa, um desenho do artista porno-naif Carlos Zéfiro, censurada nos EUA. Este CD marcou uma maior aproximação com o samba carioca, suas diversas escolas e gerações.
Como produtora, actuou também em “Omelete Man” (1998), disco de Carlinhos Brown. No fim de 2002, lançou o CD e DVD “Tribalistas”, projecto idealizado por ela e pelos seus parceiros Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, que ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas no Brasil, sem nenhuma campanha promocional.
Em 2000 Marisa lançou o CD “Memórias, Crónicas e Declarações de Amor”, muito aclamado pela crítica. A tournée para este lançamento durou aproximadamente um ano e gerou um DVD homónimo, com os melhores momentos do show.
Após quase cinco anos sem aparições relevantes, Marisa voltou no primeiro semestre de 2006, lançando simultaneamente dois discos dedicados a canções inéditas do samba e de música popular.
Marisa Monte já vendeu mais de nove milhões de discos no Brasil e no estrangeiro. Ela foi considerada pela revista "Rolling Stone Brasil" como a principal cantora brasileira, reconhecimento anteriormente concedido a Elis Regina.

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