EFEMÉRIDE
– Fernando Augusto de Freitas Mota Luso Soares, advogado,
ficcionista, ensaísta e dramaturgo português, nasceu em Alenquer no dia 2 de
Março de 1924. Morreu em Lisboa, em 27 de Julho de 2004. Foi magistrado do
Ministério Público. Como dramaturgo, seguiu a corrente de teatro narrativo de
influência brechtiana.
Traduziu
diversos escritores para a língua portuguesa (Maiakovski, Giraudoux e Vitrac,
entre outros), tendo igualmente comentado várias obras de outros autores, como:
“História Trágico-Marítima” de Bernardo G. de Brito; “Manual dos
Inquisidores” de Nicolau Emérico; e "O Processo dos Távoras: A
Expulsão dos Jesuítas – Conselho de Ministros de D. José I”.
Como
advogado, defendeu – juntamente com Manuel João da Palma Carlos e Francisco
Salgado Zenha – alguns réus que foram perseguidos pela PIDE durante o
regime salazarista. Foi também famoso o seu processo judicial em defesa da
Infanta Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança, que reivindicava a legitimidade
enquanto Duquesa de Bragança e reclamava a chefia da Casa Real de Portugal.
Foi autor de vários compêndios jurídicos.
Co-dirigiu
“Cronos: Cadernos de Literatura” (1965/70). Na sua formação como
ficcionista, revelou-se de especial importância a leitura dos contos de
Fernando Pessoa, na apreensão das técnicas da “novela policial dedutiva”. Desenvolveu
ainda a actividade de crítico teatral.
NB – Não tendo
conseguido obter uma foto de F. Luso Soares, é utilizado, para ilustrar esta
mini biografia, o fac-simile da capa de uma das suas últimas obras.
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