Filho
mais novo de Diogo Pereira Coutinho (mas actuando em separado do seu irmão
Vasco), João Pereira Coutinho licenciou-se em Organização e Gestão de
Empresas, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A
sua família estabelecera-se no Brasil na sequência dos acontecimentos de 25
de Abril de 1974.
O
Brasil seria o pais onde o empresário iniciaria o seu percurso, na década de 1990,
quando conseguiu ter capital próprio para investir.
Em
2019, um artigo do “Diário de Notícias” dava conta que a sua holding
SGC facturava, naquele país, cerca de 450 milhões de reais (o
correspondente a 175 milhões de euros) ao ano, dando emprego a cerca de 1000
pessoas.
Além
do imobiliário, sobretudo a promoção e gestão de centros comerciais,
envolveu-se no sector automóvel, nas concessões de utilities e no
ambiente, nomeadamente na concessão de serviços de água e saneamento, e
telecomunicações.
Fora
do Brasil, estendeu os seus investimentos aos EUA, à Argentina e,
posteriormente, também a Portugal e Espanha.
Em
Portugal, ficou conhecido sobretudo como empresário no sector da distribuição e
comércio automóvel. Foi parte do seu património o grupo SAG (que
controlava com 75%), empresa então cotada na Bolsa. O Grupo SAG
detinha a SIVA, importadora de veículos das marcas Volkswagen, Audi
e Skoda para distribuição no mercado português.
Além
dos automóveis, João Pereira Coutinho também controlou em Portugal a AR
Telecom. Esta empresa foi a responsável pela introdução da TDT,
depois de ganhar o concurso para a sua instalação em Portugal.
Em
2008, era considerado o 5º empresário mais rico de Portugal. Em 2011, tinha
caído para o 34º lugar na tabela dos portugueses mais ricos.
Em
18 de Agosto de 2018, notícias vindas a público davam conta que, por força de
dificuldades financeiras, estava em risco a continuidade da SIVA. Uma
notícia do “Jornal de Negócios” referia que «a empresa agravou os
prejuízos para 10,1 milhões até Junho».
Em
2019, a SCG e o dono da SIVA aparecem com uma dívida de 704
milhões de euros. Um dos maiores credores era o BCP, onde estavam em
causa 309 milhões.
Em
2019, Pereira Coutinho vendeu a empresa SIVA por €1 à Porsche
Salzburg.
No
Brasil, tinha sido condecorado como grande-oficial da Ordem Nacional
do Cruzeiro do Sul (3 de Fevereiro de 1999); em Portugal, em 17 de Janeiro
de 2006, foi feito grande-oficial da Ordem do Mérito; e no Vaticano,
em 3 de Setembro de 2010, e foi feito comendador da Pontifícia Ordem
Equestre de São Gregório Magno
Também
recebeu o Prémio Personalidade do Ano 2006, atribuído pela Câmara de
Comércio e Indústria Luso-Brasileira.
Em
2012, um artigo do “Correio da Manhã” referia que Pereira Coutinho
possuía, entre outros bens, uma propriedade na Argentina com 31 551 km², assim
como uma ilhota em Angra dos Reis.
Foi
um dos subscritores do “Manifesto dos 100”, contra a possibilidade dum Governo
de Coligação de Esquerda e Extrema-esquerda entre o Partido Socialista,
a Coligação Democrática Unitária (Partido Comunista Português e Partido
Ecologista Os Verdes) e o Bloco de Esquerda, em Novembro de 2015, em
virtude de ser detrimental para a iniciativa económica e empresarial.
Casou
pela primeira vez, no Brasil, em 11 de Dezembro de 1980, com Gilda Pereira
Fontanella.
Casou
pela segunda vez em Carcavelos, em 28 de Setembro de 1996, com Ana Catarina
Viegas Louro Pessoa Lobo, tendo dois filhos e uma filha.
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