quarta-feira, 25 de junho de 2025

25 DE JUNHO - WALEED AL-HUSSEINI

EFEMÉRIDE - Waleed Al-Husseini, ou também Walid Husayn, escritor e blogueiro palestiniano, nasceu em Calquília nom dia 25 de Junho de 1989.

Em Outubro de 2010, a Autoridade Palestina prendeu-o sob a alegação de blasfemar contra o Islão no Facebook e em blogues; a sua prisão atraiu a atenção internacional. Mais tarde, ele escapou para França, onde solicitou asilo com êxito.

Em 2013, fundou o Conselho dos Ex-Muçulmanos de França (CEMF).

Al-Husseini é o autor de uma autobiografia, “Blasphémateur! : les prisons d’Allah”, publicadas por Grasset em 2015, bem como de vários artigos no “Le Monde”, “A Regra do Jogo” ou “Libération”, e um segundo livro, “Une trahison française: Les collaborationnistes de l’islam radical devoilés”, denunciando os «colaboracionistas do islamismo radical».

Nascido na Cisjordânia, Waleed Al-Husseini estudava ciência da computação. Estando desempregado, ele ajudava, algumas horas por dia, o pai na sua barbearia. Alguns conhecidos descreveram-no como um «sujeito comum» que regularmente rezava na mesquita às sextas-feiras.

Por volta dos 20 anos, Al Husseini passava muito tempo conectado à Internet. Quando a sua mãe encontrou artigos seus sobre o ateísmo no seu computador, ela cancelou a assinatura da Internet, esperando que ele desistisse. Em vez disso, ele começou a frequentar o cyber café local, onde passava até sete horas por dia, isolado num canto.

Em Outubro de 2010, Waleed foi preso pela Autoridade Palestiniana, acusado de blasfémia contra o Islão. Além das suas páginas no Facebook, que agora foram apagadas, também publicou ensaios em árabe num blogue chamado “Noor al-Aqel” (“Iluminação da Razão”) e em língua inglesa no Proud Atheist (“o ateu orgulhoso”), identificando-se como «um ateu de Jerusalém - Palestina». Entre outros argumentos, descrevia Alá como «um deus primitivo, beduíno e antropomórfico», e Maomé como um «maníaco sexual».

Muitos muçulmanos de Calquília acreditam que ele deve ser executado, e membros da sua própria família consideram que deveria passar o resto da vida na prisão.

Al-Husseini sublinhou que não estava a insinuar que o cristianismo ou o judaísmo eram melhores que o islamismo, e que, em sua opinião, todas as religiões eram «um amontoado de lendas incríveis e uma pilha de disparates que competem entre si em estupidez». Hussein rejeitou as alegações de que o Islã era uma religião de tolerância, paz, igualdade e justiça. Ele também criticou o tratamento dado pelo Islã às mulheres, a supressão da criatividade humana e as alegações de que o Alcorão contém milagres científicos.

Os grupos do Facebook que ele alegadamente criou suscitaram centenas de comentários zangados, ameaças de morte e a formação de mais de uma dúzia de grupos do Facebook contra ele. No seu auge, o “blog” em língua árabe de Hussein teve mais de 70 000 visitantes.

Após dez meses de prisão, Al-Husseini foi libertado sob fiança, mas foi várias vezes preso e detido pela Polícia de Segurança durante vários dias de cada vez. Alegou ter sido torturado nas instalações da polícia. A Autoridade Palestiniana destruiu os seus dois computadores e ordenou-lhe que deixasse de publicar as suas opiniões na Internet.

Após obter asilo político em França, aí fundou, em Julho de 2013, com outros ex-muçulmanos, o Conselho dos Ex-Muçulmanos de França.

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