O Catálogo do Concurso Miss Portugal de 1973, que reencontrei no meu baú de recordações, tinha na sua primeira página este belo poema inédito de José Carlos Ary dos Santos:
ÀS MULHERES DO MEU PAÍS
Ai mulheres do meu país
uvas de casta bravia
aonde nasce a raiz
da vossa carne sadia?
É nos campos do Mondego?
Nos trigais do Alentejo?
Mulheres postas em sossego
pelos corvos do desejo.
Ai mulheres do meu país
amendoeiras cortadas
gavinhas de quem subiu
com ambas mãos amarradas.
Ai mulheres do meu país
videira mal amanhada:
quem vos possui não vos quis
quem vos pisa não é nada.
ÀS MULHERES DO MEU PAÍS
Ai mulheres do meu país
uvas de casta bravia
aonde nasce a raiz
da vossa carne sadia?
É nos campos do Mondego?
Nos trigais do Alentejo?
Mulheres postas em sossego
pelos corvos do desejo.
Ai mulheres do meu país
amendoeiras cortadas
gavinhas de quem subiu
com ambas mãos amarradas.
Ai mulheres do meu país
videira mal amanhada:
quem vos possui não vos quis
quem vos pisa não é nada.
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