quarta-feira, 7 de maio de 2025

7 DE MAIO - H. H. HOLMES

EFEMÉRIDE - H. H. Holmes, de seu verdadeiro nome Herman Webster Mudgett, também conhecido como dr. Henry Howard Holmes, assassino em série norte-americano do século XIX, morreu na Pensilvânia em 7 de Maio de 1896. Nascera em Gilmanton, New Hampshire, no dia16 de Maio de 1861.

Apesar de ter confessado 27 assassinatos, apenas dez foram confirmados de forma plausível e várias pessoas que ele afirmou ter assassinado ainda estavam vivas.

É comum atribuir-lhe cerca de 200 mortes, embora este número seja encontrado apenas em revistas pulp dos anos 1940.

Muitas vítimas foram mortas num edifício de uso misto que ele possuía, localizado a cerca de 4,8 km a oeste da Exposição Universal de 1893, em Chicago: supostamente chamado “Hotel da Feira Nacional” (informalmente, “O Hotel dos Assassinatos”). Evidências, no entanto, sugerem de que o hotel nunca foi verdadeiramente aberto para visitantes.

Além de ser um assassino em série, Holmes também era um estelionatário e um bigamista, o que foi tema de mais de 50 processos apenas em Chicago.

Muitas histórias comuns agora dos seus crimes surgiram de relatos ficcionais que os autores mais tarde tomaram como factos; no entanto, numa biografia de 2017, Adam Selzer escreveu que a história de Holmes é «efectivamente uma nova lorota americana e, como todas as melhores mentiras, surgiu a partir de uma essência de verdade».

H. H. Holmes foi executado em 7 de Maio de 1896, pelo assassinato do amigo e cúmplice Benjamin Pitezel. Durante o seu julgamento do homicídio de Pitezel, H. H. Holmes confessou vários outros assassinatos.

Holmes era filho de Levi Horton Mudgett e Theodate Page Price, ambos descendentes dos primeiros colonos europeus na área. Por meio do seu avô paterno, Samuel Mudgett, foi descendente do Imperador Carlos Magno, sendo parente da actual Família Real britânica.

De acordo com o Most Evil 2007 sobre Holmes, o seu pai era um alcoólatra violento e a sua mãe era metodista. Ele alegou que, quando criança, os colegas o forçaram a ver e tocar um esqueleto humano depois de descobrirem o seu medo do médico local. Os bulligs inicialmente o levaram lá para assustá-lo, mas Erik Larson especula que ao invés disso ele ficou totalmente fascinado, e logo se tornou obcecado com a morte.

Holmes abriu um hotel em Chicago para a Exposição Universal de 1893. Ele foi finalmente apanhado em 1895 pelo detective Frank Geyer, da famosa agência Pinkerton, encarregado de investigar o desaparecimento de três crianças, filhas do então parceiro de Holmes, Benjamin Pitezel. Geyer solucionou o caso, o que levou ao julgamento e execução de Holmes. O detective escreveu um livro contando a sua história, “O Caso Pitezel-Holmes”.

Apesar de ter confessado a morte de 27 pessoas, apenas nove foram confirmadas. O caso foi notório na sua época, e recebeu publicidade através de uma série de artigos do jornal “William Randolph Hearst”.

Morbidamente, mantinha no porão de seu hotel um calabouço da morte, em que atraía as suas vítimas, anestesiando-as logo em seguida. Depois de abusar sexualmente das suas vítimas mulheres, matava-as, retirando a carne dos ossos e vendendo-os às faculdades de medicina.

Holmes chegou a Chicago alguns anos antes de se tornar um assassino em série. Ele trabalhava, então, numa farmácia cujo dono era um homem chamado E. S. Holton, que estava morrendo de cancro. Depois de Holton falecer, Holmes comprou a farmácia da então viúva do dono. Acontece que, além de assassino, Holmes era também um mau pagador das suas dívidas e, quando a viúva percebeu que não receberia o dinheiro da venda, procurou um advogado para ajudá-la a recuperar o estabelecimento. Misteriosamente, a viúva de Holton acabou por morrer.

Com a viúva fora de seu caminho, Holmes conseguiu comprar outro terreno em frente da farmácia, no qual começou a construir um edifício grande que viria a ser um hotel, teoricamente. A construção do hotel já era estranha por si só, uma vez que Holmes contratou e demitiu várias construtoras enquanto o edifício era edificado. Isso permitiu que somente Holmes tivesse noção de como era curiosa a estrutura como um todo. Quando o hotel finalmente ficou pronto, ele fez do andar térreo a farmácia que, nessa altura, já era sua. Em seguida, chamou o lugar como Hotel da Feira Nacional.

Interessado nos crimes de Holmes, foi revivido em 2003 por Erik Larson em “The Devil in the White City”, um best-seller de não ficção, que conta a história da Feira Anual e de Holmes.

Em 2004, o cineasta John Borowski realizou o primeiro documentário a filmar a vida inteira do médico torturador, intitulado “H. H. Holmes: America’s First Serial Killer” (“H. H. Holmes: O Primeiro Assassino em Série da América”) e um livro intitulado “The Strange Case of dr. H.H. Holmes” (“O Estranho Caso do dr. H.H. Holmes”), que contém a própria versão de Holmes, assim como outros materiais que datam da época do caso.

A série “Supernatural” dedicou a H. H. Holmes o episódio 6 da segunda temporada, chamado “No Exit”, onde mulheres loiras eram mortas num prédio pelo fantasma de Holmes.

Na série “Sherlock” há uma referência no episódio 2, da quarta temporada, em que o vilão tem um hospital que só ele sabe exactamente a planta pois contratou e demitiu diversos projectistas, exactamente como H. H. Holmes. O vilão Culverton Smith também faz uma referência directa sobre H. H. Holmes, questionando Sherlock se ele seria o seu irmão, pois tem o mesmo sobrenome.

Na quinta temporada de “American Horror Story”, um episódio chamado “Hotel” teve a história e o hotel construído por Holmes como inspiração. O personagem James March foi inspirado em H. H. Holmes.

O jogo “The Dark Pictures Anthology: The Devil in Me” é um drama interactivo de 2022, em que há a réplica do hotel e de Holmes.

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