Apesar
de ser de tendência conservadora e nunca ter estado ligado a qualquer movimento
de contestação ao Estado Novo, apoiou a Revolução do 25 de Abril de
1974.
Fez
o curso de Infantaria na Escola do Exército, o curso de Oficial
de Transmissões e Informações, o curso geral e complementar de Estado-maior
e o curso de Altos Comandos.
Foi
promovido a alferes em Março de 1943, a tenente em Dezembro de 1946, a capitão
em Dezembro de 1948, a major em Dezembro de 1957, a tenente-coronel em Maio de
1961, a coronel em Maio de 1968, a brigadeiro em Agosto de 1973, a general em Fevereiro
de 1976 e a general de 4 Estrelas em Julho de 1979.
Começou
por prestar serviço em Lamego, no Regimento de Infantaria 9, em São
Miguel e Terceira, e Angola (1946 /1948), Braga, de novo em Angola (1949/1953),
Ministério do Exército (1953/1961), Funchal, de novo no Ministério
(1963/1969), Quartel-general da Região Militar de Angola (1969/1971), Estado-Maior
do Exército, Região Militar de Angola no Comando da Região, Governo
Militar dos Açores e Comando-Chefe das Forças Armadas dos Açores
(1975/1976), Estado-Maior do Exército (1976/1979) e Estado-Maior-General
das Forças Armadas (1979/1984).
Em
7 de Fevereiro de 1955, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar
de Avis. Em 7 de Novembro de 1962, foi elevado ao grau de Comendador e,
em 31 de Agosto de 1970, ao grau de Grande-Oficial desta mesma ordem.
Foi
nomeado governador militar dos Açores, em 6 de Janeiro de 1975, funções que
desempenhou até 29 de Agosto de 1976, acumulando o cargo com a presidência da Junta
Regional dos Açores no período de 22 de Agosto de 1975 a 29 de Agosto de
1976. Terá sido responsável, nessa altura, pelas demissões dos governadores
civis António Borges Coutinho e Oldemiro Cardoso de Figueiredo, quando da
manifestação de 6 de Junho de 1975. Ordenou a detenção de vários dos
alegadamente envolvidos nos actos criminosos relacionados com a manifestação.
Também
exerceu funções civis: governador do Distrito de Uíge (1972/1974), vogal
da Junta Governativa de Angola (1974) e presidente da Junta Regional
dos Açores (1975/1976).
Em
1985, falou-se a sua candidatura à Presidência da República.
Foi
presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes, entre 1986 e
1996. Nessa qualidade, foi presidente da Comissão Executiva do Monumento
Nacional aos Combatentes do Ultramar sugerido em 29 de Janeiro de 1987,
pela Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar.
A
sua carreira militar regista 15 louvores ao nível de Comando, de Governador
e de Ministro. Recebeu ainda oito Medalhas nacionais, seis brasileiras,
uma francesa e uma jugoslava. As nacionais são das mais elevadas: três (prata e
ouro) de Serviços Distintos com Palma e a Grã-Cruz da Ordem Militar
de Cristo, em 3 de Agosto de 1984, pela Presidência da República
Portuguesa.
Enquanto
director do Instituto da Defesa Nacional, foi o coordenador e co-redactor
da sua publicação “Nação e Defesa”, em 1983, e do “Livro Branco da
Defesa Nacional” de 1986.
Fez
igualmente parte de um dos quarenta conselheiros, do Conselho Supremo da
Sociedade Histórica da Independência de Portugal, nomeado em 30 de Maio de
1986.
Possuía
o curso de piloto de aviões de turismo.
Falece
em 2019, aos 96 anos de idade, em Oeiras.
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