segunda-feira, 27 de outubro de 2025

27 DEOUTUBRO - SOPHIE TATISCHEFF

EFEMÉRIDE - Sophie Catherine Tatischeff, editora e directora de filmes francesa, morreu em Paris no dia 27 de Outubro de 2001. Nascera em Neuilly-sur-Seine, em 23 de Outubro de 1946.

Tatischeff era filha de Jacques Tati. Começou a sua carreira como editora assistente do filme de seu pai, em 1967, “Play Time”. Também foi editora de “Trafic” (1971) e “Parade” (1974).

Posteriormente, tendo falecido Jacques Tati, produziu a versão colorida da sua obra de 1949, “Jour de fète”.

Sophie era filha de Jacques Tati e de Micheline Winter. Iniciou a sua formação cinematográfica como assistente de montagem em “Play Time” (1967), obra-prima do seu pai. Posteriormente, assumiu a montagem de “Trafic” (1971) e “Parade”, consolidando-se como montadora de estilo refinado e domínio técnico.

Além de colaborar com Tati, trabalhou em filmes de outros directores franceses de prestígio, como Jean-Pierre Melville (“Un flic”, 1972), Jean-Jacques Annaud (“Coup de tête”, 1979), e Coline Serreau (“Pourquoi pas!”, 1977).

Em 1978, Sophie estreou-se na direcção com a curta-metragem “Dégustation maison”, que lhe rendeu o Prémio César de Melhor Curta-Metragem de Ficção em 1979. No mesmo ano, co-dirigiu com o seu pai o documentário “Forza Bastia”, sobre o clube de futebol SC Bastia, cuja finalização ocorreu apenas em 2002, após sua morte.

Em 1998, dirigiu “Le Comptoir”, longa-metragem ambientada na Bretanha, demonstrando a sua sensibilidade narrativa e estética própria.

Após o falecimento de Jacques Tati em 1982, Sophie dedicou-se à preservação e restauração da sua obra.

Em 1994, fundou o estúdio Son pour Son, onde liderou a restauração da versão colorida de “Jour de fête” (1949), utilizando negativos originais que haviam sido considerados inutilizáveis.

Em 2001, co-fundou a produtora Les Films de mon oncle, com Jérôme Deschamps e Macha Makeïeff, visando recuperar os direitos dos filmes de Tati e relançá-los em versões restauradas, incluindo uma edição integral de “Playtime”.

O seu trabalho foi fundamental para a redescoberta crítica da obra de Jacques Tati e para a valorização da montagem como linguagem artística.

O filme de animação “L’Illusionniste” (2010), baseado num guião inédito de Tati, foi dedicado a ela e apresenta uma personagem inspirada na sua figura.

Sophie Tatischeff faleceu em Paris, depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro em 2001.

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