Nascida
na província angolana de Huíla, foi criada por padrinhos e residiu ali até aos
20 anos.
Após
o casamento, viveu no Huambo, Cuanza Sul, Benguela e, finalmente, Luanda.
Iniciou
o seu curso de História na Faculdade de Letras do Lubango (hoje ISCED
- Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla).
Em
1992, veio para Portugal, onde terminou o curso na Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa e fez o Mestrado em Literaturas
Africanas concluindo o curso em 1996.
Em
1976, foi nomeada para o Conselho Nacional de Cultura, destacando-se em
Cuanza Sul.
Actualmente,
reside em Portugal. Concluiu o Doutorado em Antropologia na Universidade
Nova de Lisboa sobre a “História e memória. Estudo sobre as sociedades
de Lunda e Cokve de Angola” e lecciona na Universidade Católica de
Lisboa.
Actuou
continuamente na área da cultura, museologia, arqueologia e etnologia,
património, animação cultural e ensino.
Tanto
a prosa como a poesia de Ana Paula Tavares estão presentes em várias antologias
publicadas em alguns países com destaque para: Portugal, Brasil, França,
Alemanha, Espanha e Suécia.
A
escrita de Ana Paula Tavares foi influência de autores brasileiros, como Manuel
Bandeira, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Mello Neto,
cujas obras chegaram a Angola por meio de viajantes. Segundo a poeta, não só a
literatura, mas também a música brasileira influenciou a sua escrita.
Prémios
e Reconhecimento: 2007 - Prémio Nacional de Cultura e Artes de Angola
(categoria literatura), pelo livro “Manual para amantes desesperados”;
2004 - Prémio Mário António de Poesia atribuído pela Fundação
Calouste Gulbenkian com o livro “Dizes-me coisas amargas como os frutos”;
2025 - Prémio Camões, pela sua «fecunda e coerente trajectória de
criação estética e pelo resgate de dignidade da Poesia» na
sua obra.

Sem comentários:
Enviar um comentário