Foi
considerado o 27º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista
norte-americana “Rolling Stone”.
Baptizado
Ellas Otha Bates, mudaria o seu nome mais tarde para Ellas McDaniel devido à
sua mãe adoptiva, Gussie McDaniel. Usou o nome artístico Bo Diddley,
provavelmente um jargão dos negros do sul dos Estados Unidos que significa «nada
por enquanto». Outra fonte diz que este era o seu apelido quando da
sua carreira como pugilista.
Diddley
ganhou a primeira guitarra de sua irmã, ainda na juventude (na mesma época,
frequentava aulas de violino). A sua principal influência para se tornar um
artista de blues veio de John Lee Hooker.
Ele
é mais conhecido pela «batida Bo Diddley», uma batida meio rumba feita
usando-se a clave. Esta batida seria usada por vários outros artistas,
incluindo Johnny Otis e a sua “Willie and the Hand Jive” e Buddy Holly
em “Not Fade Away”, assim como canções mais obscuras como “In Love
Again”, de Gene Vincent e “Callin’ All Cows” dos Blues Rockers.
O
ritmo é tão importante na música de Bo Diddley que a harmonia é frequentemente
reduzida a uma inclusão mínima. As suas canções (por exemplo, “Hey Bo
Diddley” e “Who Do You Love?”) na maioria não apresentam mudanças de
acorde; isto é, elas não foram compostas com claves musicais, e o músico tem de
cantar e tocar no mesmo acorde durante todo o tempo.
Vários
artistas gravariam as suas versões das canções de Diddley através dos anos. Os Animals
gravaram “The Story of Bo Diddley”, os Yardbirds “I’m a Man”
e tanto os Woolies quanto George Thorogood alcançaram sucesso com “Who
Do You Love”, também a favorita dos The Doors.
Bo
Diddley usava uma variedade doutros estilos entretanto, do back beat ao pop,
frequentemente com o uso das maracas de Jerome Green. Ele foi também um
influente guitarrista, com vários efeitos especiais e outras inovações no tom e
no ataque. Ele também tocava violino e violoncelo; este último é o destaque da
sua triste instrumental “The Clock Strikes Twelve”.
Embora
Diddley tenha alcançado sucesso do público, ele raramente direccionava as suas
composições para o público adolescente. A excepção mais notável é provavelmente
o álbum “Bo Diddley’s a Surfer”, que apresentava a canção “Surfer’s
Love Call”. Apesar de nunca ter subido numa prancha, Bo exerceu uma
influência definitiva nos guitarristas de surf rock.
Em
complemento às várias músicas lançadas por ele, Diddley escreveu o pioneiro
sucesso pop “Love is Strange” para a dupla Mickey Baker e Sylvia
Vanderpool (sob um pseudónimo, para aumentar os seus royalties).
Em
17 de Maio de 2007, foi anunciada a internação de Didley no Creighton
University Medical Center em Omaha, Nebraska, depois de um derrame durante
uma apresentação em Council Bluffs, Iowa, em 13 de Maio. Ele já apresentava um
histórico de hipertensão e diabetes, e exames indicaram que o derrame afectou o
lado esquerdo de seu cérebro, comprometendo a fala e compreensão.
Em
Agosto de 2007, Diddley sofreu um incidente cardíaco enquanto se submetia a um
check-up médico e foi internado num hospital da Flórida.
Diddley
veio a falecer em Junho de 2008, aos 79 anos, na sua casa na Flórida, vítima de
insuficiência cardíaca. Foi sepultado no Rosemary Hill Cemetery,
Bronson, Flórida no Estados Unidos.

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