Sendo
um dos militares responsáveis pelo Golpe de Estado de 25 de Abril de 1974,
Marques Júnior foi um dos denominados Capitães de Abril, esteve ligado
ao Movimento das Forças Armadas (MFA) e foi membro do Conselho
da Revolução.
Posteriormente,
foi deputado à Assembleia da República por mais de um quarto de século,
primeiro pelo PRD e depois pelo PS.
António
Alves Marques Júnior nasceu no concelho de Vagos, onde o pai era guarda
florestal. Era o mais velho de quatro irmãos.
Até
aos 17 anos, viveu na Marinha Grande, onde concluiu a escolaridade obrigatória
e, posteriormente, prosseguiu estudos no Externato Afonso Lopes Vieira.
Trabalhou
na Fábrica-Escola Irmãos Stephens, num forno de cal e nas matas
florestais.
Em
1963, a família mudou-se para Viana do Castelo, onde Marques Júnior concluiu o
ensino liceal em 1966.
Marques
Júnior licenciou-se em Ciências Militares na Academia Militar, em
1970, e era coronel de Infantaria do Exército.
Em
1974, casou com Maria Luísa, que conheceu em Mafra, e foi pai de uma filha,
Filipa.
Foi
membro do MFA (Movimento das Forças Armadas) e do Conselho da
Revolução, enquanto este existiu (1975/1982).
Entre
1982 e 1985, na Escola Prática de Infantaria, foi comandante de
companhia e membro do Conselho de Arma de Infantaria. Passou à reserva
em Março de 1985, terminando assim a carreira militar.
Marques
Júnior foi deputado à Assembleia da República, entre 1985 e 2011, em
oito legislaturas, tendo chegado a ser vice-presidente da Assembleia da
República (1985/1989). Foi membro da delegação da Assembleia da
República à Assembleia Parlamentar da NATO.
Dirigente
do Partido Renovador Democrático (PRD) foi eleito nas listas
deste partido pelo Círculo eleitoral de Setúbal em duas legislaturas (IV
e V, 1985/1991).
Passaria
a ser eleito nas listas do Partido Socialista (PS), em 1991 (VI legislatura)
por Lisboa, em 1995, 1999 (já filiado no PS) e 2002 (VII, VIII e IX) por
Viana do Castelo e, finalmente, em 2005 e 2009 (X e XI) pelo Porto.
Integrou
as Comissões de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias
e de Defesa Nacional, onde foi coordenador do grupo parlamentar do PS.
Foi
membro do Conselho Superior de Defesa Nacional e do Conselho das
Ordens Nacionais Honoríficas Portuguesas.
Dentro
do PS, chegou a ser membro das Comissões Política e Nacional.
Entre
2008 e 2012, foi presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de
Informações, de que já havia sido membro entre 1986 e 1994 e entre 2004 e
2008.
Marques
Júnior faleceu com 66 anos, no Hospital de São Francisco Xavier, em
Lisboa, onde estava internado, vítima de derrame cerebral.
Depois
de prestadas homenagens na Academia Militar e na Basílica da Estrela,
em Lisboa, os seus restos mortais foram colocados no jazigo da sua família, em
São Martinho de Bornes, Pedras Salgadas, uma paróquia da freguesia de Bornes de
Aguiar, concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real.
Recebeu,
entre outras homenagens, a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (15 de
Novembro de 1982), o grau de comendador da Ordem do Mérito da Costa do
Marfim (20 de Março de 1991) e a Consagração do topónimo Alameda Coronel
Marques Júnior num arruamento da freguesia das Avenidas Novas, em
Lisboa (3 de Julho de 2019).

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