terça-feira, 13 de junho de 2017

13 DE JUNHO - ANDRÉ GAGO

EFEMÉRIDEAndré Nuno de Araújo Laires Mendes Gago, actor, encenador e escritor português, nasceu em Lisboa no dia 13 de Junho de 1964.
Passou pelo Teatro da Comuna (1983), onde recebeu a sua formação inicial. Frequentou vários estágios, com Filipe Crawford, Peter Brook, Colin Egan e Ferrucio Soleri.
Estreou-se como actor em “Marat” de Peter Weiss, dirigido por João Mota. Trabalhou com Artur Ramos (“A Castro” de António Ferreira - RTP), Norberto Barroca, Ricardo Pais (“Clamor” baseado em textos do Padre António Vieira e de Luísa Costa Gomes), Ana Tamen (“Grande e Pequeno” de Botho Strauss) e Almeno Gonçalves, entre outros.
Juntamente com Filipe Crawford, dirigiu a companhia Meia Preta e participou em vários espectáculos. Também dobrou Picker em “Hannah Montana” do Disney Channel.
Explorou a commedia dell'arte, realizando trabalhos de investigação e dirigindo diversas acções pedagógicas nessa área. É, desde 2004, director da Companhia de Teatro Instável, onde – em 2007 – encenou e protagonizou “Hamlet” de W. Shakespeare.
Popularizou-se na televisão portuguesa, onde interpretou mais de vinte personagens. Protagonizou as séries “Pós de Bem-Querer” (1991) e “Milongo” (1994).
Actor pontual no cinema, protagonizou “Solo de Violino” (1992) da cineasta Monique Rutler, tendo participado ainda em “A Comédia de Deus” (1995) de João César Monteiro e em “Non ou a Vã Glória de Mandar” (1990) de Manoel de Oliveira. Em 2010, foi um dos actores principais da longa-metragem “100 Eyes” do realizador holandês Thijs Bayens.
Publicou “O Circo da Lua”, conto de sua autoria, Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores (2000). Com o romance “Rio Homem”, recebeu o Prémio Primeira Obra do PEN Clube Portugal (2010).
É um dos autores do romance colectivo “A Misteriosa Mulher da Ópera”. Colaborou em diversas colectâneas.
Adaptou “O Físico Prodigioso”, de Jorge de Sena, para o Teatro do Triângulo, e “O Romance da Raposa”, de Aquilino Ribeiro, para as Marionetas de Lisboa.
Traduziu “A Orquestra”, de Jean Anouilh, para o Teatro de Animação de Setúbal, e “Hamlet”, de W. Shakespeare, para o Teatro Instável. Recebeu ainda o Prémio Revelação de Literatura Infanto-Juvenil APE/IPLB (2002).
Até agora, criou ou encenou treze peças teatrais e colaborou em diversos recitais de poesia. Protagonizou vinte peças de teatro, nove telefilmes, dezanove séries televisivas e catorze telenovelas. 

segunda-feira, 12 de junho de 2017

12 DE JUNHO - JOSÉ MESSIAS

EFEMÉRIDEJosé Messias da Cunha, compositor, cantor, escritor, apresentador e produtor de rádio e televisão, além de jornalista, crítico musical e jurado em programas de talentos na TV, morreu no Rio de Janeiro em 12 de Junho de 2015. Nascera em Bom Jardim de Minas no dia 7 de Outubro de 1928. Foi figura de relevo na cultura artística brasileira durante várias décadas, desde a era de ouro da rádio e do início da televisão no país.
Nascido numa família pobre, mas extremamente musical (o pai e o avô eram regentes de banda; o tio era trombonista), começou ainda jovem a compor músicas para blocos de carnaval. Essa verve artística e musical iria acompanhá-lo por toda a vida nas múltiplas facetas de expressão.
Mudou-se mais tarde para Barra Mansa, levado por um parente, que o ensinou a ler e a escrever. Este parente era autodidacta, falando fluentemente Latim, Inglês, Esperanto e sendo ainda grande conhecedor da gramática Portuguesa. José Messias aprendeu também os ofícios do circo, em pequenas companhias locais, tendo actuado inclusivamente como palhaço.
Em 1945, seguiu para o Rio de Janeiro — onde viveria várias décadas — e participou em vários programas de rádio (entre os quais, “Papel Carbono”). Estudou no Liceu de Artes e Ofícios, trabalhando ainda no comércio, durante algum tempo, até ser apresentado ao compositor Herivelto Martins, de quem veio a ser secretário.
Com este trabalho e com os relacionamentos no meio artístico de então, as oportunidades começaram a surgir e José Messias chegou a substituir o Grande Otelo em vários espectáculos. Continuou a compor músicas de Carnaval e, em 1952, conseguiu que fosse gravada a “Marcha do Coça Roça”, a sua primeira grande composição, que veio a ser interpretada por Heleninha Costa. Seguiram-se, depois, várias outras interpretações de composições suas, por artistas famosos da época de ouro da rádio brasileira. Por essa altura, colaborou também em jornais e revistas.
Em 1954, o então ministro do Trabalho João Goulart nomeou-o para o Serviço de Recreação Operária, porém à disposição da Rádio Mauá, o que lhe permitiu continuar a desenvolver os seus atributos musicais.
Em 1955, estreou-se como apresentador de auditório na Rádio Mayrink Veiga. Durante dez anos, acumulou o exercício da função pública com as actividades privadas de direcção e apresentação de programas, em várias rádios emissoras no Rio de Janeiro. Identificado com a juventude da época, José Messias renovou o cenário musical de então, criando – em conjunto com Carlos Imperial e Jair de Taumaturgo – o marcante movimento de renovação e vanguarda musical que veio a ser a Jovem Guarda. Vanguardista em cultura musical, lançou no estrelato muitos cantores, por meio do seu programa “Favoritos da Nova Geração”. Figuram entre os mais conhecidos e famosos os artistas Clara Nunes, Roberto Carlos e Wanderley Cardoso. Ainda em 1955, compôs o samba “A mão que afaga”, gravado na Continental pelos Vocalistas Tropicais.
Em 1956, estreou-se em discos com a Gravadora Mocambo, gravando, de sua autoria e de Carlos Brandão, a batucada “Macumbô” e o samba “Deus e a natureza”.
Seguiram-se vários discos em diversas editoras, entre os quais o samba “O sono de Dolores” (1959) em homenagem a Dolores Duran, que acabara de falecer.
No começo dos anos 1960, foi um dos radialistas que mais apoiou o movimento ligado ao rock, prestigiando os artistas ligados à Jovem Guarda.
Actuou nas televisões Tupi, Continental, Rio e Excelsior. Na TV Tupi, participou no programa “A Grande Chance”. No SBT de São Paulo, participou, desde o ano 2000, no “Programa Raul Gil”, tendo também actuações muito frequentes nas diferentes emissoras cariocas, especialmente na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Em 2002, produziu o CD “Selecção Nota 10 De José Messias” na Warner.
Compositor desde a juventude, José Messias era sócio honorário da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música. Foi autor de mais de duzentas composições, algumas delas tendo sido gravadas por grandes nomes da música popular brasileira, como Ângela Maria, Caetano Veloso, Clara Nunes, Marisa Monte e Roberto Carlos, entre muitos outros.
Na década de 1970, enquanto ainda trabalhava na rádio, ingressou nas duas principais emissoras de televisão cariocas, a TV Tupi e a TV Rio. Pouco depois, fez parte do júri musical mais importante da televisão brasileira de então, no famoso programa “A Grande Chance”.
Em 1972, transferiu-se para a TV Bandeirantes e para o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), produzindo e dirigindo o “Clube dos Artistas”.
No início dos anos 1980, adquiriu emissoras de rádio da Região dos Lagos e do “Jornal de Negócios”, assumindo, em 1990, a superintendência do Sistema Serramar de Comunicações, que então congregava cinco emissoras. Em 1998, foi nomeado para a Secretaria de Cultura, Educação, Desporto e Lazer de Saquarema.
Em 2002, tornou-se jurado no “Programa Raul Gil”. Além da função de jurado ilustre nos vários programas de talentos apresentados por Raul Gil, em sucessivos canais de televisão, José Messias dedicou-se também a recordar momentos marcantes da rádio e da televisão brasileiras.
José Messias da Cunha foi membro da Academia Nacional de Letras e Artes. Lançou o seu primeiro livro, “Sob a Luz das Estrelas: Somos uma Soma de Pessoas”. Na obra, ele apresenta a história da sua vida e carreira, bem como as memórias da Rádio e da Televisão no Brasil, das quais foi co-protagonista.
Morreu aos 86 anos, devido a uma assepsia abdominal. Estava internado há dez dias no Hospital Italiano, no Grajaú, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Foi sepultado no Cemitério de Saquarema, no Rio.
José Messias era Cidadão Benemérito da Cidade do Rio de Janeiro, detentor da Medalha Tiradentes e recebeu o Prémio Noel Rosa do Sindicato dos Compositores Brasileiros.

domingo, 11 de junho de 2017

JOSÉ MESSIAS - desaparecido em 12/6/2015


11 DE JUNHO - CARMINE COPPOLA

EFEMÉRIDE Carmine Coppola, compositor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 11 de Junho de 1910. Morreu em Los Angeles, em 26 de Abril de 1991. Recebeu o Oscar de Melhor Banda Sonora Original em 1975.
Carmine Coppola colaborou nas bandas sonoras de vários filmes do filho, Francis Ford Coppola, como: “O Padrinho II” (1974), “Apocalypse Now” (1979), “The Outsiders” (1983), “Gardens of Stone” (1987), “New York Stories” (1989) e” O Padrinho III” (1990), entre outros.
Teve outro filho – August Coppola – professor de literatura e pai do actor Nicolas Cage que, portanto, é seu neto.
Era casado com Italia Coppola, filha do compositor napolitano Francesco Pennino. Faleceu em 2004 em Los Angeles.
Carmine Coppola começou por tocar flauta na Juilliard School e, depois, na escola de música de Manhattan. Durante os anos 1940, trabalhou com Arturo Toscanini na Orquestra Sinfónica da NBC. Deixou a orquestra em 1951, para se dedicar à composição.   
Foi maestro na Broadway e colaborou com o filho Francis, participando na composição de músicas para diversos filmes.
Além do Oscar em 1975, pela melhor partitura original (“O Padrinho II”), recebeu ainda um Globo de Ouro pela música do filme “Apocalypse Now” (1980). Foi nomeado para diversos prémios, de que se salientam: BAFTA, Golden Globes, Grammy Awards e Oscar 1991. Morreu aos 80 anos.

sábado, 10 de junho de 2017

10 DE JUNHO - MARIEMMA

EFEMÉRIDEMariemma, de seu verdadeiro nome Guillermina Teodosia Martínez Cabrejas, bailarina e coreógrafa espanhola, morreu em Madrid no dia 10 de Junho de 2008. Nascera em Iscar, província de Valladolid, em 12 de Janeiro de 1917.
Com dois anos, emigrou com a família para França, onde – em Paris – seguiu formação na escola de dança do Teatro do Châtelet.
Considerada uma menina-prodígio, efectuou a sua primeira tournée pela França e Suíça, na companhia da irmã María Asunción. Foi nesta época que Guillermnina começou a ser conhecida por Emma e, mais tarde, Mariemma. Em 1936, compôs a sua primeira coreografia para “L'Amour sorcier”, um ballet de Manuel de Falla.
Em 1940, regressou a Espanha, apresentando-se em Madrid três anos mais tarde. Em 1955, montou a sua própria companhia de dança (Mariemma Ballet de España) com a qual fez uma tournée pela Europa e Américas do Norte e do Sul.  
Considerada como um «génio da dança», dominava quatro estilos da dança espanhola: o bolero, as danças folclóricas, o flamengo e a dança estilizada.
Começou a dar cursos de dança em 1960 e, em 1969, foi encarregada de dirigir o departamento de dança do Real Conservatorio de Arte Dramática y Danza de Madrid.
Foi autora de coreografias míticas para o Ballet Nacional de Espanha, como “Díez melodías vascas” e “Fandango” (1979) e “Danza y tronío” em 1984. Nos anos 1980, fundou a sua própria escola de dança em Madrid e em Valladolid.
Mariemma recebeu inúmeras recompensas ao longo da sua carreira, entre elas o Prémio Nacional de Dança (1950), a medalha de ouro do Círculo de Belas Artes de Madrid (1951), o Prémio Nacional de Coreografia (1955) e a Medalha de Ouro do Mérito das Belas Artes em 1981. Em 1996, foi feita cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo ministério francês da Cultura. 
Doente desde há muito tempo, morreu aos 91 anos, vítima de hemorragia cerebral enquanto dormia.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

9 DE JUNHO - MARINA SEMYONOVA

EFEMÉRIDEMarina Timofeyevna Semyonova, célebre bailarina russa, morreu em Moscovo no dia 9 de Junho de 2010. Nascera em São Petersburgo, em 12 de Junho de 1908.
Marina iniciou a sua vida artística no Teatro Kirov, na cidade de São Petersburgo. No final da carreira, dedicou-se ao ensino. Recebeu o título de “Artista Popular da União Soviética” em 1975.
Foi a primeira grande dançarina formada por Agrippina Vaganova, sendo diplomada no Ballet do Teatro Mariinsky em 1925, ano «inscrito nos anais do ballet soviético como o ano do triunfo sem precedentes de Marina Semyonova».
Actuou no Teatro Mariinsky até 1930, ano em que Estaline a colocou, juntamente com o marido, o dançarino Viktor Semyonov, no Teatro Bolshoï de Moscovo, onde permaneceu até ao fim da sua carreira de bailarina (1952).
Em 1935, actuou com o Ballet da Ópera Nacional de Paris, dançando “Giselle” com Serge Lifar.
Recebeu o Prémio Estaline em 1941 e, depois de se retirar, tornou-se uma das grandes professoras do Bolshoï. Muitas estrelas do bailado russo foram suas alunas. Reformou-se, também da actividade docente, aos 96 anos de idade. Em 2008, o Teatro Bolshoï festejou o seu centenário. Faleceu dois anos depois.  

quinta-feira, 8 de junho de 2017

8 DE JUNHO - WILLIE DAVENPORT

EFEMÉRIDE – William “Willie” D. Davenport, atleta norte-americano, especialista de 110 metros barreiras, nasceu em Troy, Alabama, no dia 8 de Junho de 1943. Morreu em Chicago, Illinois, em 17 de Junho de 2002. Estudou na Universidade de Ohio.
Participou em quatro edições dos Jogos Olímpicos de Verão, ganhando a Medalha de Ouro nas Olimpíadas do México em 1968. Em 1980, também competiu nos Jogos Olímpicos de Inverno, integrando a equipa norte-americana de bobsleigh.
Davenport participou pela primeira vez nas Olimpíadas em 1964 (Tóquio), atingindo as meias-finais dos 110 metros barreiras, mas lesionando-se depois durante um treino. No México, em 1968, atingiu a final e sagrou-se Campeão Olímpico. Em 1972, nos Jogos de Munique, foi quarto classificado e, na sua terceira presença consecutiva em finais olímpicas de 110 metros barreiras, em 1976 (Montreal), terminou em terceiro conquistando a Medalha de Bronze. Finalizou a sua carreira olímpica em Lake Placid (1980), competindo na prova de bobsleigh 4-man, terminando na 12ª posição.
Foi recordista mundial de 110 m barreiras, entre 1969 e 1975. Willie Davenport, que era soldado do Exército na altura da primeira participação olímpica e até 1965, foi promovido a coronel da Guarda Nacional dos EUA, quando da sua morte. Faleceu em 2002, aos 59 anos de idade, no Aeroporto Internacional O'Hare de Chicago, vítima de enfarte do miocárdio.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

7 DE JUNHO - JAMES YOUNG SIMPSON

EFEMÉRIDEJames Young Simpson, médico obstetra escocês e figura importante na história da medicina, nasceu em Bathgate no dia 7 de Junho de 1811. Morreu em Londres, em 6 de Maio de 1870. Descobriu as propriedades anestésicas do clorofórmio e, com sucesso, introduziu-o no uso médico geral.
Simpson foi o primeiro médico a usar anestésico (clorofórmio e éter) para aliviar a dor durante os partos (1847). Tal prática foi duramente combatida, pois alguns médicos e o clero – erradamente – diziam que ela «era contrária à natureza e à vontade de Deus», porque o livro “Génesis” diz que «o parto seria com dor». O assunto só foi superado e o método popularizado, quando a rainha Vitória aceitou ser anestesiada com clorofórmio, durante o parto do príncipe Leopoldo em 1853.
James Simpson comparou amputações em pacientes hospitalizados com não hospitalizados, e encontrou maior taxa de mortalidade nos pacientes que permaneciam no hospital. Para caracterizar este facto, usou o termo “hospitalismo”, sugerindo que o cuidado hospitalar poderia conferir um risco de infecções hospitalares aos pacientes.
James Simpson foi nomeado médico da rainha em 1847 e recebeu o título de baronete em 1866. Elaborou também um fórceps (que tem o seu nome) e interessou-se pela medicina fetal e pelo hermafrodismo. Inventou também a aspiração uterina, actualmente utilizada na IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez).

terça-feira, 6 de junho de 2017

6 DE JUNHO - JOSÉ SILVA PENEDA

EFEMÉRIDEJosé Albino da Silva Peneda, político português do Partido Social Democrata, nasceu em Matosinhos, São Mamede de Infesta, no dia 6 de Junho de 1950.
Licenciou-se em Economia na Universidade do Porto, vindo a ser depois professor na Faculdade de Economia da mesma universidade (1973/75).
Em 1979, com 29 anos, foi designado secretário de Estado junto do ministro do Interior. Reconfirmado em 1980. Eleito deputado em 1985, foi escolhido para secretário de Estado junto do ministro da Planificação. Foi ministro do Emprego e da Segurança Social, nos XI e XII Governos Constitucionais (1987/93). Afastou-se da política em 1997, dedicando-se durante uns tempos à vida empresarial.
Candidatou-se nas Eleições Europeias de 2004, sendo eleito. Em Junho de 2010, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Foi presidente do Conselho Económico e Social entre Dezembro de 2009 e 1 de Maio de 2015, dia em que renunciou para assumir as funções de assessor do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Foi presidente da Comissão Organizadora do Dia de Portugal, em 10 de Junho de 2013.
É um dos signatários da Petição em Defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico. Foi feito membro do Conselho das Ordens Nacionais em Junho de 2016.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

5 DE JUNHO - WANDERLÉA

EFEMÉRIDEWanderléa Charlup Boere Salim, cantora brasileira, nasceu em Governador Valadares no dia 5 de Junho de 1946.
Tornou-se famosa com o grupo Jovem Guarda, fazendo sucesso ao lado dos seus amigos Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Entre outros filmes que protagonizou, trabalhou como actriz principal em “Juventude e Ternura” (1968) e contracenou com Roberto e Erasmo na película “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa” (1970).
Descendente de libaneses, passou a infância em Lavras e, aos nove anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro com a família, composta pelos pais e vários irmãos, para tentarem uma vida melhor. Mal imaginaria ela que se tornaria numa das mais importantes cantoras brasileiras.
Aos dez anos, já ganhava concursos na rádio e, em 1962, foi lançado o seu primeiro compacto. No ano seguinte, saiu o primeiro LP, “Wanderléa”, editado pela CBS. Nesta gravadora, conheceu Roberto Carlos, com quem chegou a namorar, e Erasmo Carlos, passando a apresentar – em Agosto de 1965 – o programa “Jovem Guarda” na TV Record de São Paulo. Transmitido nas tardes de domingo, o programa teve uma das maiores audiências da época e lançou diversos artistas. Wanderléa e Celly Campelo foram assim as primeiras estrelas do rock brasileiro. Depois de terminada a Jovem Guarda, continuou a carreira como cantora pop. Actualmente, ainda se apresenta cantando os seus maiores sucessos, como “Pare o Casamento”, “Ternura” e “Prova de Fogo”.
Aos 15 anos, cantava em boîtes e, como era menor, pedia autorização ao Tribunal de Menores e os pais assinavam. O pai, no começo, não aceitava a carreira da filha, mas com o tempo entendeu que a jovem tinha grandes talentos musicais.
Um grande sucesso de Wanderléa, “Te Amo”, esteve na banda sonora da novela “Caras & Bocas” da Rede Globo. A mesma música já tinha entrado na telenovela dos anos 1990, “Pedra Sobre Pedra”.
Wanderléa sofreu muitas perdas na sua vida. A primeira delas foi, aos dez anos de idade, quando acordou para descobrir que a irmã mais velha fora morta por uma bala perdida. Este facto abalou para sempre toda a família.
No começo da sua carreira, aos 16 anos, começou a namorar Zé Renato, filho de Chacrinha. Com poucos meses de namoro, ficaram noivos. Após sete anos juntos, nova tragédia: Zé sofreu um acidente e ficou paraplégico. Wanderléa entrou em grave depressão e, com o tempo, o relacionamento entrou em crise porque ele não queria ser um peso na vida dela. Apesar de ter lutado por ele, respeitou a sua decisão e separou-se.
Após a separação, namorou alguns cantores e compositores de então. Depois, conheceu o guitarrista chileno Lalo Califórnia. Os dois começaram a namorar e em breve se casaram. Em 1982, nasceu o primeiro filho do casal. Em 1984, nova tragédia: o filho morreu afogado aos 2 anos de idade. O garoto estava a andar de triciclo e acidentalmente caiu na piscina. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Wanderléa, desesperada, entrou em grave crise depressiva, tendo que tomar medicação muito forte. A partir daí, o casamento desestruturou-se e eles passaram simplesmente a visitar-se. Com o tempo, o casal recuperou e tiveram mais duas filhas, ainda nos anos 1980. Passou por outras perdas, como a morte do pai, que a deixou muito abalada, e pouco tempo depois, em 1996, um irmão morreu vítima de Sida. A sua depressão foi forte, a que se seguiu um cancro no útero.
Wanderléa continua casada com Lalo até hoje, mas os dois moram em casas separadas e a cantora diz ser feliz assim. Os dois perceberam que, morando juntos, não se davam tão bem. Convivem como dois namorados.

domingo, 4 de junho de 2017

PATXI ANDIÓN - "El Maestro"

4 DE JUNHO - EDUARD KHIL

EFEMÉRIDEEduard Anatolievitch Khil, cantor barítono russo, morreu em São Petersburgo no dia 4 de Junho de 2012. Nascera em Smolensk, em 4 de Setembro de 1934. Foi condecorado com o Prémio de Artista do Povo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia (RSFSR), em 1974.
Filho de um mecânico e de uma contabilista que se divorciaram, ficou a viver com a mãe. Durante a guerra, o jardim-de-infância onde ele se encontrava foi bombardeado. Separado da progenitora, foi evacuado para Bekovo, onde ficou num lar para crianças desprovido de instalações básicas. Apesar das dificuldades, Eduard brincava normalmente junto dos soldados feridos, que eram repatriados da frente de combate e estavam num hospital vizinho. 
Só reencontrou a mãe em 1943, quando Smolensk foi libertada. Em 1949, partiu para Leninegrado (actual São Petersburgo). Em 1955, inscreveu-se no Conservatório, onde estudou sob a direcção de Evgueni Olkhovksky e de Zoïa Lodyi. Obteve o diploma em 1960. Durante os estudos, interpretou vários papéis, nomeadamente o de Fígaro, em “As Bodas de Fígaro”.
Depois de se diplomar, entusiasmou-se com a música popular ao participar num concerto de Klavdia Chouljenko. Ganhou vários prémios nas duas décadas seguintes. Venceu o Concurso Russo para Artistas Intérpretes (1962) e foi convidado para actuar no Festival das Canções Soviéticas em 1965. No mesmo ano, ficou em 2º lugar no Festival Internacional de Música de Sopot
Em 1967, o compositor Andreï Petrov conquistou o Prémio do Estado da URSS graças a uma recolha de canções interpretadas sobretudo por Eduard Khil. No ano seguinte, Khil ganhou o título de Artista Meritório da RSFSR. Em 1971, foi-lhe outorgada a Ordem da Bandeira Vermelha do Trabalho. Eram tantos os prémios recebidos que o publico passou a chamar-lhe “Símbolo de Leninegrado”.
Após se aposentar da carreira musical no fim da década de 1980, quando do desmembramento da URSS, Khil desapareceu lentamente do cenário cultural russo, só ressurgindo em 2009 quando protagonizou um vídeo que se tornou viral na Internet/Youtube: “Trololo”. O vídeo foi visto mais de 20 milhões de vezes em todo o mundo e Khil recuperou a popularidade, vendo-o mesmo transmitido pela televisão russa.
Hospitalizado em São Petersburgo (2012) na decorrência de um AVC, entrou em estrado de coma e acabou por falecer aos 77 anos de idade. Estava casado com a bailarina Zoïa Pravdina desde 1958, tendo-a conhecido no Conservatório

sábado, 3 de junho de 2017

3 DE JUNHO - PAULETTE GODDARD

EFEMÉRIDEPaulette Goddard, de seu verdadeiro nome Pauline Marion Goddard Levy, actriz norte-americana, nasceu em Nova Iorque no dia 3 de Junho de 1910. Morreu em Ronco, na Suíça, em 23 de Abril de 1990. Ficou famosa sobretudo pelos seus filmes para a Paramount Pictures nos anos 1940 e pelos seus casamentos com homens notáveis: Charles Chaplin, Burgess Meredith e Erich Maria Remarque.
O pai era judeu e a mãe pertencia à igreja episcopal. Divorciaram-se quando Paulette ainda era jovem, ficando aos cuidados da mãe. O pai praticamente desapareceu da sua vida, ressurgindo somente no final de 1930, depois dela se ter tornado uma estrela. Inicialmente, pareciam ter um bom relacionamento e assistiram juntos as estreias dos filmes, mas depois ele alegou em mais de um artigo de revista que fora ela que o abandonara quando jovem. Nunca mais se reconciliaram e, após a sua morte, ele deixou-lhe apenas um dólar em testamento. Ela ficou, assim, sempre mais perto da mãe e, nos primeiros anos, teve a ajuda de um tio-avô.
Paulette frequentou a Washington Irving High School, em Manhattan, e depois decidiu dedicar-se ao mundo artístico. Encontrou trabalhos como modelo, entre 1924 e 1928. Conseguiu participar num grupo de coristas, alegando ter nascido em 1905, o que lhe conferia 5 anos a mais e a possibilidade de poder actuar nos palcos da Broadway.
A sua estreia foi na revista “No Foolin” em 1926 e desempenhou um pequeno papel em “Rio Rita”. No ano seguinte, actuou em “The Unconquerable Male”. Entretanto, mudou o primeiro nome para Paulette e adoptou o apelido de solteira da sua mãe.
Paulette casou pela primeira vez aos 16 anos de idade, com o industrial do sector madeireiro Edward James. Em 1931, depois de se divorciar, foi para Hollywood. Participou no grupo Goldwyn Girls, em comédias musicais produzidas por Samuel Goldwyn.
Em 1932, conheceu Charles Chaplin, que a convidou para integrar o elenco de “Tempos Modernos” (1936), filme que teve grande sucesso na época. A sua carreira, contudo, não descolou logo devido aos comentários sobre o seu relacionamento com Chaplin. Casaram-se secretamente nesse mesmo ano, acabando por se separar em 1940.
Ainda antes do lançamento de “The Great Dictator” de Chaplin, em Abril de 1940, Paulette trabalhou em diversos filmes, sendo depois contratada pela Paramount Pictures, onde ficou até 1949, fazendo 21 filmes e sendo cedida a outros estúdios em 4 outras películas.
Os anos 1940 foram o período em que Paulette mais trabalhou e sempre com grandes actores e cineastas, como Cecil B. DeMille, Burgess Meredith (com quem esteve casada entre 1944 e 1949), Bob Hope, James Stewart, Gary Cooper, Fred Astaire, Charles Boyer, Olivia de Havilland e Jean Renoir, entre outros.
Foi nomeada para o Oscar, na categoria de Melhor Actriz Secundária, em 1942. O seu filme de maior sucesso terá sido “Kitty” (1945), onde desempenhou o papel principal.
No final da década de 1940, entrou em declínio. Depois de sair da Paramount, ainda fez – entre 1949 e 1954 – oito filmes como freelancer, entre eles “Anna Lucasta” (1949) e “The Torch” (1950).
Após actuar em alguns filmes secundários, abandonou o cinema e foi viver para a Suíça, onde casou com o escritor alemão Erich Maria Remarque, em 1958. Enviuvou em 1970.
Depois da morte de Remarque, com quem vivia longe do cinema, nos arredores de Lugano no sul da Suíça, Paulette dedicou-se a negócios com jóias. Ainda aceitou um papel, o de mãe de Claudia Cardinale em “Gli Indifferenti”. O seu último filme, feito para televisão, foi “Snoop Sisters”, produzido pela Universal em 1972.
Goddard foi tratada a um cancro da mama, aparentemente com sucesso, embora a cirurgia tenha sido muito invasiva e o médico tenha tido de retirar várias costelas. Veio a falecer anos depois, vítima de crise cardíaca, a menos de dois meses do seu 80º aniversário. Foi sepultada no cemitério de Ronco, ao lado de Remarque e de sua mãe.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

2 DE JUNHO - RAUL BOPP

EFEMÉRIDERaul Bopp, escritor, poeta modernista e diplomata brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 2 de Junho de 1984. Nascera em Vila Pinhal no dia 4 de Agosto de 1898.
Em 1917, fundou dois semanários (“O Lutador” e “Mignon”) em Tupanciretã, cidade gaúcha para onde se mudara com a família nos primeiros meses de vida. Neles exprimia a sua veia literária. Participou na Semana de Arte Moderna de 1922 (São Paulo), ao lado dos seus amigos Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.
Cursou Direito entre 1918 e 1925, em diversas faculdades do Brasil (Porto Alegre, Recife, Belém e Rio de Janeiro), até se graduar.
Viajou por todo o Brasil na década de 1920, tendo conhecido, sobretudo, a Amazónia, base para a construção da sua obra-prima, “Cobra Norato”, considerado o livro mais importante do Movimento Antropófago, onde mostra a grandeza do mundo em formação que é o Amazonas (1931). Pela força das suas descrições, pelo seu lirismo e aproveitamento das raízes populares, é um documento notável do Modernismo brasileiro.
Fez parte das correntes literárias Pau-Brasil e Antropofágica. Frequentou sempre ambientes literários, sendo também amigo de autores consagrados como Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade.
Com “Urucungo” (1932), Bopp voltou-se para a cultura africana e a sua influência na formação histórica do Brasil, traçando uma viagem desde as aldeias nas margens do rio Congo até à realidade das favelas brasileiras.
Como jornalista e diplomata, viveu em Los Angeles, Berna, Lima, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, entre 1942 e 1973.
Publicou, entre outros, os livros em prosa “América”, “Notas de um Caderno sobre o Itamaraty”, “Movimentos Modernistas no Brasil: 1922/1928”, “Memórias de um Embaixador, Bopp Passado a Limpo por Ele Mesmo”, “Vida e Morte da Antropofagia” e “Longitudes”.
A sua obra poética inclui ainda “Poesias” (1947) e “Mironga e Outros Poemas” (1978). “Cobra Norato” teve novas edições em vida do autor que, em cada uma delas, fazia alterações ao texto original.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

1 DE JUNHO - ROCÍO JURADO

EFEMÉRIDE – María del Rocío Trinidad Mohedano Jurado, cantora e actriz espanhola, morreu em Alcobendas no dia 1 de Junho de 2006. Nascera em Chipiona, em 18 de Setembro de 1946.
Senhora de uma voz poderosa e com uma presença forte e sedutora, o seu repertório era constituído por música andaluza e baladas românticas com estilo internacional. Em Espanha, era também conhecida pela “Maior”.
Muito jovem ainda, iniciou-se no flamengo e fez a sua aparição no cinema em 1962, contracenando com Manolo Escobar em “Os Guerrilheiros”. Desempenhou igualmente um dos papéis principais em “Proceso a una estrella” (1966) e “Una chica casi decente” (1971).
Numa época em que viveu na Argentina, participou na comédia musical, “La zapatera prodigiosa”, baseada numa obra de Federico Garcia Lorca.
Chegou a ter tal prestígio, em Espanha e na América, que cantou para Ronald Reagan na Casa Branca em 1985 e a notícia de sua morte foi amplamente divulgada pelo site da revista norte-americana “Billboard”.
Filha de um sapateiro e de uma doméstica, casou-se em 1976 com o pugilista Pedro Carrasco, tendo tido uma filha. Separaram-se em 1989. Depois do divórcio, consorciou-se com o toureiro José Ortega Cano em 1995. Precisamente neste ano, recebeu a Medalha de Ouro do Mérito das Belas-Artes outorgada pelo Ministério da Educação, da Cultura e dos Desportos espanhol. Em 1999, o casal adoptou duas crianças colombianas.
Em Agosto de 2004, Rocío Jurado foi submetida nos Estados Unidos a uma delicada operação a um cancro no pâncreas. Faleceu dois anos depois, na sua casa perto de Madrid, sendo sepultada no cemitério da terra onde nasceu.

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