quinta-feira, 7 de novembro de 2019

7 DE NOVEMBRO - VICTOR McLAGLEN


EFEMÉRIDE - Victor Andrew de Bier Everleigh McLaglen, pugilista e actor inglês, naturalizado norte-americano, morreu em Newport Beach no dia 7 de Novembro de 1959. Nascera em Turnbridge Wells, em 10 de Dezembro de 1886. Recebeu um Oscar em 1936. 
Primogénito entre uma dezena de irmãos, McLaglen levou uma vida aventureira, antes de se dedicar ao cinema. Após trabalhar numa fazenda no Canadá, deambulou pelos Estados Unidos como pugilista, conseguindo exibir-se em circos e shows de variedades, tendo inclusivamente lutado contra o campeão dos pesos-pesados Jack Johnson, num combate-exibição. Procurou, em vão, ouro na Austrália. Foi soldado nas Índias, guarda-costas de um marajá e, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, lutou ao lado dos Fuzileiros da Irlanda. Depois de ser chefe de polícia em Bagdad, voltou aos ringues onde, aos trinta e três anos de idade, foi descoberto por um produtor de cinema.
Após estrelar vários filmes em Inglaterra, McLaglen transferiu-se para Hollywood, onde protagonizou “O Bruto Querido” (1924). O actor de finas maneiras do cinema mudo acabou por se especializar em personagens rústicos e durões na era sonora, em virtude da sua voz áspera e do sotaque excessivamente regional. A sua actuação em “O Delator” (1935), de John Ford, valeu-lhe o Oscar de Melhor Actor no ano seguinte. A partir de meados da década de 1930, os papéis principais começaram a rarear, apesar da sua alta popularidade, e McLaglen tornou-se coadjuvante. Como tal, recebeu outra indicação para os Oscars, com “Depois do Vendaval” (1952), também dirigido por Ford (o vencedor, porém. foi Anthony Quinn, em “Viva Zapata!”, de Elia Kazan). 
McLaglen trabalhou com realizadores como Raoul Walsh, com quem fez, entre outros, os aclamados “Sangue por Glória” (1926) e a sua continuação “O Mundo Às Avessas” (1929); Howard Hawks (“Uma Noiva em Cada Porto”, 1928); e George Stevens (“Gunga Din”, 1939). No entanto, o seu nome estará sempre associado a John Ford, com quem rodou uma dúzia de filmes. 
Em 1935, publicou uma autobiografia prematura, “Express to Hollywood”. Casou-se, em 1919, com Enid Lamont, com quem teve dois filhos. Enid faleceu em 1942 e, no ano seguinte, McLaglen casou com Suzanne Brueggeman, de quem se divorciaria em 1948. Nesse mesmo ano, casou-se novamente, então com Margaret Pumphrey, com quem ficou até ao fim da vida. 
Depois de estrelar “Rapto Macabro” (1957), realizado pelo seu filho, Andrew V. McLaglen, voltou a Inglaterra, para encerrar a carreira com o filme “Porto de Fúrias” (1958). Faleceu no ano seguinte, de ataque cardíaco. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park em Glendale, Los Angeles.

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