sábado, 26 de março de 2005

EUTANÁSIA
Seja qual for a opinião de cada um sobre a eutanásia, têm sido impressionantes os esforços desenvolvidos pela Administração norte-americana e pelo Presidente Bush no sentido de apoiar uma das partes na disputa que se trava a propósito do caso Schiavo.
Independentemente de quaisquer juízos de valor, a promulgação de uma lei específica é demonstrativa do enorme poder de que dispõe o Presidente dos Estados Unidos quando ele se pretende bater por uma causa que considera justa.
Ao mesmo tempo, por uma infeliz coincidência, ocorreu mais um tiroteio numa escola norte-americana no Minnesota, protagonizado por um adolescente perturbado que matou nove pessoas para depois de suicidar. Foi mais um de uma série de tristes incidentes deste género, o mais publicitado dos quais deve ter sido o de Columbine.
Mas a associação destes dois acontecimentos (o caso Schiavo e o tiroteio do Minnesota) não pode deixar de nos induzir a especular sobre a legislação restritiva ao uso e porte de arma, que poderia já ter sido patrocinada por um Presidente que estivesse verdadeiramente empenhado, como ele alega, na protecção à vida humana.
É que, ao contrário das controvérsias legais de quem pode interpretar as vontades da senhora Schiavo, é absolutamente garantido que nenhuma das nove vítimas de Minnesota pretendia morrer.
António M. E. Teixeira in «Público» de hoje

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