EFEMÉRIDE – Cesária Évora, cantora com maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana, nasceu no Mindelo em 27 de Agosto de 1941. O género musical com o qual é maioritariamente relacionada é a “morna”, apesar de ter também sucessos noutros géneros musicais.
O pai tocava cavaquinho, violão e violino e a mãe trabalhava em cozinhas de brancos ricos, que adoravam sobremaneira a comida que ela fazia. A mãe foi a sua confidente durante toda a vida. O pai faleceu quando ela tinha sete anos.
Em jovem foi viver com uma avó, que tinha sido educada por freiras, e assim passou por uma experiência que a ensinou a desprezar todas as morais mais severas.
Cesária começou muito cedo a cantar e actuava aos domingos na praça principal da sua cidade, acompanhada por um irmão que tocava saxofone.
Aos 16 anos conheceu um marinheiro, que lhe ensinou os tradicionais estilos de música cabo-verdiana, como a morna e a coladera. As mornas são canções ligadas à tristeza, à mágoa e aos desejos impossíveis de serem realizados. Évora começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou estímulo para desenvolver as suas habilidades e já era considerada pelos fãs como a “Rainha da Morna”. Tornava-se famosa em Cabo Verde mas, internacionalmente, ainda era pouco conhecida.
Aos vinte anos foi convidada para trabalhar como cantora para a “Congelo”, uma companhia de pesca criada por capital local e português, e ficou emocionada ao poder fazer parte do que ela considerava uma notável empresa. O salário provinha das suas actuações, que tinham lugar basicamente durante jantares.
Em 1975 Cabo Verde tornou-se independente, mas o seu líder histórico, Amílcar Cabral, não pôde testemunhar esse momento, porque fora assassinado dois anos antes. Frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas às dificuldades económicas e políticas de Cabo Verde, desistiu de cantar para melhor poder sustentar a família. Évora ficou sem cantar durante dez anos. Durante esse tempo lutou contra o alcoolismo.
Cesária Évora retomou as suas apresentações após ter sido encorajada por Bana (líder de banda e empresário cabo-verdiano que vivia em Portugal). Ele fez-lhe convites para realizar shows em Portugal, os quais ela aceitou e fê-lo com o patrocínio de uma organização local de mulheres.
Em Cabo Verde um francês persuadiu-a para ir a Paris e, ali, Cesária gravou um álbum em 1988 “La diva aux pieds nus” (A diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Ao contrário do que é divulgado, ela canta descalça simplesmente por gostar, por se sentir assim mais segura, e não em solidariedade para com os “sem-abrigo” e as mulheres e crianças pobres do seu país. Esse álbum foi aclamado pela crítica e proporcionou-lhe a gravação de “Miss Perfumado” em 1992. Tornara-se assim uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2003 conquistou um Grammy Award. Em 2009 o presidente francês Nicolas Sarkozy distinguiu-a com a medalha da Legião de Honra Francesa. Nesse mesmo ano, apresentou-se com muito êxito em Telavive.
O pai tocava cavaquinho, violão e violino e a mãe trabalhava em cozinhas de brancos ricos, que adoravam sobremaneira a comida que ela fazia. A mãe foi a sua confidente durante toda a vida. O pai faleceu quando ela tinha sete anos.
Em jovem foi viver com uma avó, que tinha sido educada por freiras, e assim passou por uma experiência que a ensinou a desprezar todas as morais mais severas.
Cesária começou muito cedo a cantar e actuava aos domingos na praça principal da sua cidade, acompanhada por um irmão que tocava saxofone.
Aos 16 anos conheceu um marinheiro, que lhe ensinou os tradicionais estilos de música cabo-verdiana, como a morna e a coladera. As mornas são canções ligadas à tristeza, à mágoa e aos desejos impossíveis de serem realizados. Évora começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou estímulo para desenvolver as suas habilidades e já era considerada pelos fãs como a “Rainha da Morna”. Tornava-se famosa em Cabo Verde mas, internacionalmente, ainda era pouco conhecida.
Aos vinte anos foi convidada para trabalhar como cantora para a “Congelo”, uma companhia de pesca criada por capital local e português, e ficou emocionada ao poder fazer parte do que ela considerava uma notável empresa. O salário provinha das suas actuações, que tinham lugar basicamente durante jantares.
Em 1975 Cabo Verde tornou-se independente, mas o seu líder histórico, Amílcar Cabral, não pôde testemunhar esse momento, porque fora assassinado dois anos antes. Frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas às dificuldades económicas e políticas de Cabo Verde, desistiu de cantar para melhor poder sustentar a família. Évora ficou sem cantar durante dez anos. Durante esse tempo lutou contra o alcoolismo.
Cesária Évora retomou as suas apresentações após ter sido encorajada por Bana (líder de banda e empresário cabo-verdiano que vivia em Portugal). Ele fez-lhe convites para realizar shows em Portugal, os quais ela aceitou e fê-lo com o patrocínio de uma organização local de mulheres.
Em Cabo Verde um francês persuadiu-a para ir a Paris e, ali, Cesária gravou um álbum em 1988 “La diva aux pieds nus” (A diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Ao contrário do que é divulgado, ela canta descalça simplesmente por gostar, por se sentir assim mais segura, e não em solidariedade para com os “sem-abrigo” e as mulheres e crianças pobres do seu país. Esse álbum foi aclamado pela crítica e proporcionou-lhe a gravação de “Miss Perfumado” em 1992. Tornara-se assim uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2003 conquistou um Grammy Award. Em 2009 o presidente francês Nicolas Sarkozy distinguiu-a com a medalha da Legião de Honra Francesa. Nesse mesmo ano, apresentou-se com muito êxito em Telavive.
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