Schmorell era filho de um médico
nascido e radicado na Rússia e da filha de um padre ortodoxo russo. Depois da
morte da mãe e do pai se ter casado com outra senhora, de origem alemã, mas
também radicada na Rússia, em 1921, a família abandonou o país, fugindo da
guerra civil. Schmorell cresceu na Alemanha, falando fluentemente alemão e
russo.
Depois de terminar o ensino
secundário, foi chamado ao Reichsarbeitsdiens, um serviço organizado
pelos nazis com o fim de reduzir o desemprego e que desempenhava funções de
apoio ao exército alemão. Depois de um período nesse serviço, foi chamado à Wehrmacht,
fazendo parte da ofensiva para a anexação da Áustria e para a invasão da
Checoslováquia.
Em 1939, depois do serviço
militar, começou a estudar Medicina e, no Outono de 1940, conheceu Hans
Scholl e Willi Graf, que estudavam também Medicina na Universidade
Ludwig Maximilian de Munique e que organizariam, desde 1942, um grupo de
resistência estudantil ao nazismo, a Rosa Branca.
Porém, em Junho de 1942, foi
novamente mobilizado como médico de guerra na campanha russa, na frente
oriental. Naquela mobilização, também foram envolvidos Hans Scholl, Willi Graf
e Jürgen Wittenstein que, secretamente, se opunham ao tratamento que os nazis
davam aos solidados e civis inimigos, durante aquelas campanhas militares.
Depois de regressar da Rússia,
todos continuaram os seus estudos em Munique. A criação de um grupo de oposição
ao nazismo tomou a forma definitiva da Rosa Branca e Schmorell, junto
com Scholl, escreverá os quatro primeiros panfletos lançados pelo grupo.
Em Dezembro daquele ano, contactarão
com o professor Kurt Huber, com quem escreverão, já em 1943, o panfleto “Aufruf
an alle Deutschen!” (“Chamada a todos os alemães”), que foi
amplamente distribuído. Inclusivamente, realizaram, grafites como “Nieder
mit Hitler” (“Abaixo com Hitler”) e “Freiheit” (“Liberdade”)
nos muros de Munique.
A detenção de Hans Scholl, Sophie
Scholl e Christoph Probst pela Gestapo, em Fevereiro de 1943, pôs
Schmorell imediatamente em perigo, o que o obrigou a fugir do país cara à
Suíça. Porém, foi intercepto e preso em 24 daquele mês.
Alexander Schmorell foi então submetido a um julgamento conduzido pelo Juiz Supremo do Volksgerichtshof (Tribunal Popular nazi), Roland Freisler. Aquele foi o segundo processo contra a Rosa Branca, depois das execuções dos irmãos Scholl e de Probst. Em 13 de Julho, Schmorell e Huber foram decapitados na Prisão Stadelheim, em Munique.
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