Maria
Mota fez a sua licenciatura em Biologia em 1992 e obteve o mestrado em Imunologia
em 1994. Durante esse período, esteve sob a coordenação de Maria de Sousa.
Prosseguiu
os seus estudos com um doutoramento em Parasitologia molecular em 1998,
na University College em Londres.
Desde 1995, Maria Mota estudou a
malária, uma doença que apesar de descoberta há mais de um século, continua a
matar 200 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, especialmente no
continente africano onde a uma criança com malária a doença é endémica. Ela
estuda o parasita responsável pela doença, o Plasmodium, cuja picada
pode voltar a adoecer mesmo aqueles que já tiveram malária antes. Os estudos da
cientista, publicados na revista científica “Nature Communications”
revelaram que os parasitas quando entram no corpo humano percorrem um longo
caminho até ao fígado, onde se multiplicam antes de voltar à corrente sanguínea.
Essa descoberta permitiu a possibilidade de novas medidas profilácticas, que
visem o bloqueio ou diminuição da infecção do fígado. O trabalho liderado por
Maria Mota recebeu o Prémio Pfizer em 2017.
Maria
Mota foi presidente da Associação Viver a Ciência.
Desde
2005, lidera como directora o Unidade de Malária do Instituto de
Medicina Molecular (IMM), em Lisboa. E desde 2014 que assume o cargo
de directora executiva da mesma instituição. Em 2016, foi eleita membro da Organização
Europeia de Biologia Molecular (EMBO).
A
cientista considera-se feminista e assume o acesso à educação como uma das
causas por que tem lutado.
A
cientista liderou a equipa responsável pela descoberta de que o parasita da
malária atravessava várias células até chegar ao fígado. Uma vez instalado
nesse órgão, fazia o mesmo até se fixar numa dessas células.
Em
2017, demonstrou que o parasita da malária detecta o estado nutricional do
hospedeiro, torna-se mais ou menos agressivo dependendo disso.
Durante
a pandemia em 2020, Maria Mota desenvolveu o kit de diagnóstico de Covid-19
português. Esse teste serológico passou a ser produzido pelo Instituto da
Medicina Molecular (IMM), dirigido por ela.
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