quinta-feira, 7 de abril de 2022

7 DE ABRIL - ALEXANDRE BRAGA (filho)

EFEMÉRIDE - Alexandre Braga (filho), conceituado advogado e político republicano português, ligado ao Partido Republicano, morreu em Lisboa no dia 7 de Abril de 1921. Nascera no Porto, em18 de Novembro de 1868 ou 10 de Novembro de 1871.  

Nascido numa família da burguesia portuense, filho do advogado e escritor famoso do mesmo nome e sobrinho de Guilherme Braga, Alexandre Braga formou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, abrindo, depois, banca de advogado no Porto.

Desde estudante que aderiu ao ideário republi­cano, fundando efémeros jornais dedicados à causa (“Portugal”, “A Crónica”) e publicando, com Fausto Guedes Teixeira, folhetos políticos por ocasião do governo Hintze Ribeiro - João Franco (1894).

Era casado com Ana de Lancastre Vasconcelos e Sousa Leme Corte-Real, de quem teve três filhas e um filho: as gémeas Maria Manuel e Maria Alexandre Corte-Real Braga, nascidas em 1896, Maria Madalena Corte-Real Braga, nascida em 1898, e Alexandre Manuel Corte-Real Braga, nascido em 1899 e falecido em 1945.

Foi, porém, como orador que Alexandre Braga veio sobretudo a distinguir-se, tanto no foro como, e especialmente, na política. Ao lado de António José de Almeida e Afonso Costa, mas porventura maior do que eles no brilho e na construção retórica, contribuiu decisivamente para difundir os ideais que servia entre as massas. Muito popular, foi eleito deputado republicano por Lisboa em 1906 e, depois, sucessivamente, até à sua morte. Os anos de 1906/1910 corresponderam ao apogeu dos triunfos oratórios de Alexandre Braga.

A proclamação da República trouxe-lhe a decadência, tanto no discurso como no gozo da popularidade. Pelo Partido Democrático foi, no entanto, ministro do Interior no efémero governo de Azevedo Coutinho (1914/1915) e, com mais continuidade, ministro da Justiça no último governo de Afonso Costa, derrubado pelo Sidonismo (Abril a Dezembro de 1917). Mas era, já então, pouco conceituado pela sua vida dissoluta e pela sua incapacidade para a superar.

Exilado em 1917/1919, regressou depois a Portugal, distinguindo-se ainda pela sua interpretação do fenómeno sidonista e denúncia dos males internos do Partido Democrático. Retirou-se da política em 1920, falecendo pouco depois. Tem uma Rua com o seu nome na cidade de Lisboa.

Pertenceu à Maçonaria, tendo sido iniciado em 1909 na Loja Fax, de Lisboa. Nunca aceitou condecorações por ser maçon.

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