Nascido numa
família da burguesia portuense, filho do advogado e escritor famoso do mesmo nome e sobrinho de Guilherme Braga,
Alexandre Braga formou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade
de Coimbra, abrindo, depois, banca de advogado no Porto.
Desde estudante que aderiu ao
ideário republicano, fundando efémeros jornais
dedicados à causa (“Portugal”, “A Crónica”) e publicando, com
Fausto Guedes Teixeira, folhetos políticos por ocasião do governo Hintze
Ribeiro - João Franco (1894).
Era casado com Ana de Lancastre
Vasconcelos e Sousa Leme Corte-Real, de quem teve três filhas e um filho: as
gémeas Maria Manuel e Maria Alexandre Corte-Real Braga, nascidas em 1896, Maria
Madalena Corte-Real Braga, nascida em 1898, e Alexandre Manuel Corte-Real
Braga, nascido em 1899 e falecido em 1945.
Foi,
porém, como orador que Alexandre Braga veio sobretudo a distinguir-se, tanto no
foro como, e especialmente, na política. Ao lado de António José de Almeida e
Afonso Costa, mas porventura maior do que eles no brilho e na construção
retórica, contribuiu decisivamente para difundir os ideais que servia entre as
massas. Muito popular, foi eleito deputado republicano por Lisboa em 1906 e,
depois, sucessivamente, até à sua morte. Os anos de 1906/1910 corresponderam ao
apogeu dos triunfos oratórios de Alexandre Braga.
A proclamação da República
trouxe-lhe a decadência, tanto no discurso como no gozo da popularidade. Pelo Partido
Democrático foi, no entanto, ministro do Interior no efémero governo
de Azevedo Coutinho (1914/1915) e, com mais continuidade, ministro da Justiça
no último governo de Afonso Costa, derrubado pelo Sidonismo (Abril a
Dezembro de 1917). Mas era, já então, pouco conceituado
pela sua vida dissoluta e pela sua incapacidade para a superar.
Exilado em 1917/1919, regressou
depois a Portugal, distinguindo-se ainda pela sua interpretação do fenómeno sidonista
e denúncia dos males internos do Partido Democrático. Retirou-se da
política em 1920, falecendo pouco depois. Tem uma Rua com o seu nome na cidade
de Lisboa.
Pertenceu à Maçonaria,
tendo sido iniciado em 1909 na Loja Fax, de
Lisboa. Nunca aceitou condecorações por ser maçon.
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