Autor de dezenas de livros e
trabalhos, era membro da Éscola dos Annales, pertencente à
terceira geração, empregou-se em antropologia histórica do ocidente medieval. Recebeu
o Prémio Gobert em 1996.
Antigo estudante da École
Normale Supérieure, estudou na Universidade Carolina
em 1947/1948.
Professor de História em
1950 e membro da École Française de Rome, foi nomeado assistente da Faculté
de Lille (1954/1959) antes de ser nomeado pesquisador
no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) em 1960.
Em seguida, foi mestre-assistente
da VI seção da École pratique des hautes études (1962) - sucedeu
a Fernand Braudel no comando da École des hautes études en sciences
sociales, onde foi director dos estudos. Cedeu o seu lugar a
François Furet, em 1967.
Na qualidade de director de
estudo na École des hautes études en sciences sociales, Jacques Le Goff
publicou estudos que renovaram a pesquisa histórica,
sobre mentalidade e
sobre antropologia da Idade Média. Os seus seminários
exploraram os caminhos então novos da antropologia histórica. Ele publicou
artigos sobre as universidades medievais, o trabalho, o tempo, as maneiras, as imagens, as lendas, as transformações intelectuais da Idade
Média.
Co-director da Éscola dos Annales,
dirigiu os estudos ligados à Nova História, como a colectânea “Faire de
l’histoire” em 1977 e o volumoso “Dictionnaire
de la Nouvelle Histoire” publicado no ano seguinte, levando à revolução dos
Annales. Sinal do sucesso das suas teses, ele
actuou na renovação pedagógico de história, participando na redacção de um manual escolar.
Em1980, trabalhou numa biografia
de São Luís, publicada em 1996. Tudo em recordações das etapas essenciais do
reinado de Luís IX, ele renovou o género biográfico pelos seus métodos e suas
reflexões sobre a possibilidade de conhecer realmente um personagem da Idade
Média.
Le Goff actuou no sentido de
levar a História para além do mundo académico, apresentando um programa na
rádio estatal francesa France Culture, sendo consultor de produções para
a TV e cinema, incluindo o filme “O Nome da Rosa”, adaptação do livro de
Umberto Eco, estrelado por Sean Connery. Era poliglota, sendo fluente nos
idiomas inglês, italiano, polaco e alemão.
Faleceu aos 90 anos de idade, na
capital francesa.
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