Rafsanjani foi presidente do
Irã entre 1989 e 1997. Em 2005, concorreu a um terceiro mandato, vencendo a
primeira volta das eleições e perdendo na segunda para o prefeito de Teerão,
Mahmoud Ahmadinejad.
Em 2009, surgiu como figura
do Movimento Verde de protestos populares em oposição ao regime, embora
não o tenha apoiado publicamente. A sua filha chegou a ser detida.
Em 2013, anunciou a sua
candidatura, como representante do campo reformista e moderado, às eleições
presidenciais, apenas minutos antes do encerramento das inscrições.
A sua candidatura foi
considerada inválida. Mas o candidato do seu campo - que o “New York Times”
considerava mesmo a sua alma gémea política - Hassan Rohani, foi o vencedor.
Presidiu a Assembleia dos
Peritos, um órgão deliberativo dos Mujtahids encarregado de eleger,
monitorar e demitir o Líder Supremo do Irão, e o Conselho de
Discernimento (um colegiado não eleito, que resolve conflitos legislativos
entre o Majlis (parlamento iraniano) e o Conselho dos Guardiães.
Rafsanjani era associado aos
empresários iranianos e hostil a Ahmandinejad e à tendência mais ideológica da República
Islâmica. Era descrito como pragmático e conservador, e adoptava uma
posição de centro, no plano doméstico, e uma posição moderada, no plano
internacional, que procurava evitar conflitos com os Estados Unidos.
Internamente, Rafsanjani
buscou uma economia de livre comércio, possibilitada pelo grande orçamento
disponível.
Nas relações exteriores,
obteve êxito com os países árabes e da Ásia Central, incluindo Azerbaijão, Turquemenistão
e Cazaquistão. Todavia, não alcançou progresso significativo nas relações com a
União Europeia e os Estados Unidos.
Em 25 de Outubro de 2006,
promotores argentinos acusaram Rafsanjani de envolvimento no atentado contra a AMIA,
Associação Mutual Israel-Argentina, em Buenos Aires, ocorrido em 1994. O
presidente Ahmadinejad defendeu seu antecessor, apesar de ser seu adversário
político internamente e de já tê-lo acusado de ser corrupto e pró-ocidente.
Em 8 de Janeiro de 2017, o
ex-presidente foi hospitalizado, após um ataque cardíaco, mas não resistiu.
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