Cresceu
em Kampala, capital de seu país, e iniciou o seu activismo em Dezembro de 2018
em razão da preocupação com os altos índices de temperatura na Uganda.
Inspirada
por Greta Thunberg a iniciar o seu próprio movimento climático no Uganda, ela
iniciou um ataque solitário contra a abstenção de posicionamento acerca da
crise climática em Janeiro de 2019.
Durante
vários meses, ela foi a única manifestante fora dos portões do Parlamento da
Uganda. Gradualmente, outros jovens começaram a responder aos seus pedidos
nas redes sociais para que ajudassem a chamar a atenção para a situação das
florestas tropicais no Congo.
Em
Dezembro de 2019, ela foi uma das poucas activistas jovens a discursar na Conferência
das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 na Espanha.
No
início de Janeiro de 2020, Nakate juntou-se a outros vinte jovens activistas climáticos
de todo o mundo para publicar uma carta aos participantes do Fórum Económico
Mundial pedindo às empresas, bancos e governos que parassem imediatamente
de subsidiar os combustíveis fósseis.
Numa
entrevista a Amy Goodman para “Democracy Now!”, Nakate expôs a sua
motivação para tornar-se activista climática: «O meu país depende fortemente
da agricultura, então a maior parte da população depende da agricultura. Então,
se as nossas fazendas são destruídas por inundações, se as fazendas são
destruídas pela seca e há menos produção agrícola, há consequentemente aumento
do preço da alimentação. Então só os mais privilegiados poderão comprar comida.
E são os principais responsáveis pela emissão de poluentes nos nossos países,
justamente os que conseguirão sobreviver à crise alimentar, enquanto a maior
parte da população que mora em comunidades rurais terá dificuldades, por conta
do aumento dos preços. Isso leva à fome e à morte. No meu país, literalmente a
falta de chuva quer dizer fome e morte para os menos privilegiados».
Em
Janeiro de 2020, a Associated Press cortou Nakate de uma foto em que
aparecia com outras activistas, incluindo Thunberg. Também estavam na foto
Luisa Neubauer, Isabelle Axelsson e Loukina Tille, após participarem no Fórum
Económico Mundial. Nakate acusou a imprensa de ter uma atitude racista;
organizações como a Whose Knowledge? denunciaram o caso como parte de um
processo de inviabilização das lutas de populações marginalizadas. A Associated
Press modificou posteriormente a fotografia e indicou que não houve má-fé,
mas não se desculpou.
Em
27 de Janeiro de 2020, a editora da agência Sally Buzbee publicou no seu Twitter
pessoal um pedido de desculpa, indicando que o fazia em nome da Associated
Press.
Vanessa
Nakate é uma das 100 Mulheres da lista da BBC de 2020.

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