Os filmes de Walken renderam
fortunas nas bilheterias dos Estados Unidos. Também interpretou o papel
principal nas peças “Hamlet”, “Macbeth”, “Romeo and Juliet”
e “Coriolanus,” de William Shakespeare. Além disso, apresentou por
diversas vezes o programa “Saturday Night Live”.
Walken fez a sua estreia como
director de cinema e guionista com a curta-metragem “Popcorn Shrimp”, em
2001. Também escreveu e interpretou o papel principal de uma peça teatral sobre
o cantor Elvis Presley, chamada “Him”, em 1995.
Nasceu numa família metodista. A sua mãe, Rosalie, era uma imigrante
escocesa de Glasgow, e o pai, Paul, migrou da Alemanha em 1928 com os seus
irmãos, Wilhelm e Alois. O pai era proprietário e gerente de uma padaria, em
Astoria.
Influenciado pelos sonhos de
estrelato de sua mãe, Walken, juntamente com os seus irmãos, Kenneth e Glenn,
foram actores infantis na televisão durante a década de 1950. Estudou na
Universidade Hofstra, em Long Island, porém não chegou a formar-se. Teve
um treino inicial como dançarino, no Washington Dance Studio, antes de
passar a interpretar papéis dramáticos no teatro e, posteriormente, no cinema.
Walken pisou os palcos pela
primeira vez aos 10 anos, dançando sapateado com os seus dois irmãos em
programas televisivos. Num deles conheceu o actor e comediante Jerry Lewis que
o aconselhou a seguir uma carreira artística. Com 15 anos, trabalhou como tratador
de felinos num circo, para poder pagar um curso de dança.
Em 1959, foi figurante numa peça
teatral protagonizada por Liza Minnelli e, no ano seguinte, chegou à Broadway
pela mão de Elia Kazan, desempenhando um papel secundário na peça “J.B.”
(1960). Continuou a trabalhar em teatro até que o realizador Sidney Lumet o
convidou para desempenhar um pequeno papel no filme “The Anderson Tapes”
(1971), onde trabalhou ao lado de Sean Connery e Harrison Ford. Continuou a
fazer cinema e televisão, sempre em participações secundárias, como em “Roseland”
(1977) e “Annie Hall” (1977), onde pela primeira vez desempenhou um
personagem desequilibrado, tónica que viria a marcar a sua carreira futura.
O seu grande êxito foi o
desempenho de Nick, um veterano da Guerra do Vietname, em “The Deer
Hunter” (1978), tornando-se célebre a cena em que joga à roleta russa,
vindo a enlouquecer posteriormente devido à pressão da guerra. A interpretação
valeu-lhe o Oscar de Melhor Actor coadjuvante.
Protagonizou, ao lado de Natalie
Wood, o último filme desta, “Brainstorm” (1983), tendo estado presente
no iate na noite em que a actriz se afogou. David Cronenberg chamou-o para
estrelar “The Dead Zone” (1983), que viria a tornar-se um filme dv culto.
Neste filme, desempenhou John Smith, que sobrevive a um acidente grave,
desenvolvendo poderes telepáticos, conseguindo adivinhar o destino de uma
pessoa através do contacto físico.
Walken foi um dos mais
carismáticos vilões da saga de James Bond, em “A View to a Kill” (1985),
e um pai malévolo que inicia o seu filho nos meandros do
crime, em “At Close Range” (1986). Continuou na saga do desempenho
de personagens neuróticos: em “Biloxi Blues” (1988), foi um sargento
pouco convencional, e - em “King of New York” (1990) - vestiu a pele de
chefe mafioso filantrópico num ambiente pós-moderno.
Foi também o requintado vilão Max
Schreck - em “Batman Returns” (1992) - e, a partir
daí, foi presença constante como actor convidado
em filmes como “Wayne’s World 2” (1993), “Pulp Fiction” (1994), “Nick
of Time” (1995), “Sleepy Hollow” (1999), “Blast From the Past”
(1999), “The Affair of the Necklace” (2001) e “Catch Me If You Can”
(2002), tendo obtido, com esta última interpretação, uma nomeação para o Oscar
de Melhor Actor coadjuvante.
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