quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

1 DE FEVEREIRO - HUGO VON HOFMANNSTHAL

EFEMÉRIDEHugo Laurenz August Hofmann von Hofmannsthal, escritor austríaco e um dos fundadores do Festival de Salzburgo, nasceu em Viena no dia 1 de Fevereiro de 1874. Morreu em Rodaun, em 15 de Julho de 1929.
Hofmannsthal alcançou prestígio internacional graças a sua colaboração com o compositor e maestro alemão Richard Strauss. Foi um dos mais importantes representantes do movimento Fim do Século da língua alemã e fez parte do movimento literário e artístico Jovem Viena.
Era oriundo de uma família nobre de origem parcialmente judaica pelo lado do pai, mas cuja fortuna foi fortemente reduzida no seguimento da crise económica de 1873. Publicou os seus primeiros poemas aos dezasseis anos, assinando com o pseudónimo “Lorus”. Esta precocidade literária, bem assim como o abandono posterior da forma poética, fazem com que seja muitas vezes comparado ao escritor francês Arthur Rimbaud.
Hofmannsthal conheceu, aos 17 anos, o poeta alemão Stefan George que publicou os seus poemas na “Blätter für die Kunst”, revista literária que apontava para o renascimento da poesia alemã.
A partir de 1892, Hugo estudou Direito e, no mesmo ano, publicou o drama lírico “Der Tod des Tizian” (“A Morte de Ticiano)”. Um ano mais tarde, publicou “Der Tor und der Tod” (“O Louco e a Morte”). Em 1895, orientou os seus estudos para as Línguas Romanas na Universidade de Viena, curso que finalizou em 1901.
Sob influência das técnicas de psico-análise de Freud e dos escritos de Nietzsche, passou a concentrar-se sobre temas da antiguidade, elisabetianos ou de tradição católica. A sua novela “A Carta de Lord Chandos” pode ser vista como precursora da literatura existencialista (muito antes de “A Náusea” de Sartre).
Encontrou depois o compositor Richard Strauss, com o qual passou a colaborar escrevendo vários libretos de ópera. Em 1910, escreveu o libreto de “Der Rosenkavalier” que teve enorme sucesso e marcou verdadeiramente o princípio de uma frutuosa colaboração entre ambos.
Em 1912, adaptou “Everyman”, uma peça inglesa do século XV. Com a ajuda de Max Reinhardt, fundou – em 1920 – o célebre Festival de Salzburgo.
Hofmannsthal faleceu aos 55 anos na sua residência em Rodaun, nos arredores de Viena, fulminado por um ataque cardíaco quando se preparava para acompanhar o funeral de um dos seus filhos, que se suicidara dois dias antes, sem deixar uma palavra de explicação.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

ZAZ - "Je Veux"


31 DE JANEIRO - HENRI DESGRANGE

EFEMÉRIDEHenri Antoine Desgrange, ciclista, director e jornalista desportivo francês, nasceu em Paris no dia 31 de Janeiro de 1865. Morreu em Beauvallon, em 16 de Agosto de 1940.
Bateu doze recordes mundiais de ciclismo, incluindo o da hora em pista com 35,325 km (Maio de 1893). Henri Desgrange foi também o primeiro organizador do Tour de France.
Henri Antoine estudou no Liceu Rollin e obteve o bacharelato com um ano de avanço. Licenciou-se em Direito aos 20 anos. Começou a sua vida profissional trabalhando num notário. Exerceu depois a advocacia, mas decidiu dedicar-se ao desporto, tanto ao nível da sua prática como também ao de organizador e dirigente. Em 1894, foi contratado como director desportivo pelo construtor de automóveis Adolphe Clément-Bayard.
Publicou dois ensaios : “La Tête et les jambes” (1894) e “Alphonse Marcaux” (1899).  Como jornalista, colaborou em diversas revistas: “La Bicyclette”, “Paris-Vélo” e “Le Journal de sports”.  
Em 1900, foi nomeado director e chefe de redacção de um novo diário desportivo, “L'Auto-Vélo”, que seria rebaptizado “L'Auto” três anos mais tarde.
Empresário, tornara-se também director do Velódromo do Parque dos Príncipes em 1897 e do Velódromo de Inverno em 1903. Em 1907, financiou o lançamento do diário cultural “Comœdia”.
Em 1917, com 52 anos, alistou-se para participar na Primeira Guerra Mundial. Continuou sempre a praticar desporto, sendo fundista em marcha e corredor de cross-country.
Organizou a primeira Volta a França e, até 1939, continuou a ser o seu organizador. A realização da prova foi então interrompida em virtude da Segunda Guerra Mundial.
Um monumento em sua memória foi erigido, por subscrição, em Galibier. O Prémio Henri Desgrange recompensa todos os anos, na Volta à França, o primeiro ciclista a passar no topo do cume de Galibier ou no cume mais alto da corrida se aquele não fizer parte do itinerário. 
Outro Prémio Henri Desgrange é igualmente atribuído ao jornalista ou artista francês que melhor tenha servido, no exercício da sua profissão, a causa desportiva.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

30 DE JANEIRO - GENE HACKMAN

EFEMÉRIDE – Eugene “Gene” Allen Hackman, actor norte-americano, nasceu em San Bernardino no dia 30 de Janeiro de 1930. Foi nomeado cinco vezes para os Oscars, tendo ganho dois, um de Melhor Actor Principal e outro de Melhor Actor Coadjuvante.
Filho de um jornalista que deixou a família quando ele tinha 13 anos de idade, Eugene teve de conviver com o alcoolismo da mãe, que morreu vítima de um incêndio que ela mesma provocara.
Deixou a casa da mãe aos 16 anos para ingressar nos Marines, onde esteve três anos. Quando saiu, foi estudar jornalismo na Universidade de Illinois. No entanto, abandonou depois a faculdade e foi fazer um curso técnico de rádio. Resolveu seguidamente tentar a carreira de actor e matriculou-se na Pasadena Playhouse (Califórnia).
Em 1964, estreou-se na Broadway com a peça “Any Wednesday” e, no mesmo ano, fez o filme “Lilith”, ao lado de Warren Beatty. A primeira indicação para os Oscars veio em 1967, como actor coadjuvante, em “Bonnie and Clyde”. Em 1970, foi indicado de novo com “Meu Pai, Um Estranho”.
O primeiro Oscar (Melhor Actor) chegou em 1972, com o papel de detective, em “French Connection” (1971). Para ele, no entanto, “Conversação Secreta”, filme de Francis Ford Coppola, teria sido o seu melhor trabalho.
Na década de 1990, Hackman teve alguns problemas cardíacos, mas nem com a saúde debilitada parou de trabalhar e foi com o far-westOs Impiedosos”, dirigido por Clint Eastwood, que ganhou o segundo Oscar e também um Globo de Ouro (1993).
Casou duas vezes. Com a primeira esposa, uma caixa de banco, teve três filhos. Desde 1991, está casado com a pianista clássica Betsy Arakawa.
Gene Hackman conquistou no total três Globos de Ouro e dois Bafta Awards. Retirou-se de cena em 2004. Escreveu cinco romances, três em colaboração com o arqueólogo submarino Daniel Lenihan.

domingo, 29 de janeiro de 2017

29 DE JANEIRO - COLLEEN MCCULLOUGH

EFEMÉRIDEColleen McCullough, escritora australiana, morreu na ilha Norfolk no dia 29 de Janeiro de 2015. Nascera em Wellington, em 1 de Junho de 1937. É conhecida sobretudo pelo seu romance “Os pássaros escondem-se para morrer” (“The Thorn Birds”), escrito em 1977.
Era filha de mãe neozelandesa e pai escocês. Durante a sua adolescência, a família mudou-se para Sidney, onde ela estudou Medicina. No seguimento de uma alergia que a tornava inapta para esta profissão, tornou-se especialista em Neurociências.
Trabalhou em diferentes hospitais de Sidney, mudando-se para Londres em 1963, prosseguindo a sua carreira. Em 1967, foi trabalhar para o serviço de Neurologia da Yale Medical School em New Haven, no Connecticut (Estados Unidos), onde foi professora e continuou as suas pesquisas.
Para melhorar a sua situação económica, lançou-se na pintura e na literatura. Publicou “Tim”, em 1974, e “Os pássaros escondem-se para morrer”, três anos depois. Com este último romance, alcançou fama mundial.
Voltou a Inglaterra para prosseguir a carreira de cientista, mas a sua nova notoriedade empurrou-a para a literatura em exclusividade. No fim dos anos 1970, instalou-se com o marido na ilha Norfolk. 
Colleen McCullough foi autora de vários livros com temas históricos e sentimentais. Entre 1990 e 2007, publicou a série “Os Mestres de Roma”, romances consagrados à história da república romana.
Em 2006, tentou os romances policiais e escreveu cinco em que a protagonista comum era a inspectora Carmine Delmonico.
Morreu aos 77 anos. Era membro da Academia das Ciências de Nova Iorque. Duas das suas obras foram adaptadas ao cinema (1979 e 1985) e três à televisão (duas mini-séries e um telefilme). Foi galardoada com o oficialato da Ordem da Austrália.

sábado, 28 de janeiro de 2017

28 DE JANEIRO - ISMAIL KADARE

EFEMÉRIDEIsmail Kadare, escritor albanês, nasceu em Gjirokastër no dia 28 de Janeiro de 1936. Filho de um funcionário público, presenciou a devastação da Albânia pelas tropas que se digladiaram durante a Segunda Guerra Mundial, experiência que deixou marcas na sua vida e na sua obra.
Estudou História e Filologia na Universidade de Tirana e no Instituto Gorky de Literatura em Moscovo. Em 1960, a ruptura da Albânia com a União Soviética obrigou-o a volta à Albânia, onde iniciou a carreira de jornalista. Tinha, aliás, começado a escrever muito jovem, em meados dos anos 1950, mas sobretudo poesia. 
Em 1963, a publicação do seu primeiro romance, “O General da Armada Morta”, trouxe-lhe popularidade, primeiro na Albânia e depois no estrangeiro, graças à respectiva tradução em francês. As obras seguintes passaram a ser vendidas no mundo inteiro e foram traduzidas em mais de 30 línguas.
Sentindo-se ameaçado pelo regime albanês, exilou-se em França em Outubro de 1990. Actualmente, reparte a sua vida entre os dois países.
Tem ganho muitos prémios literários e foi nomeado diversas vezes para o Prémio Nobel de Literatura, aparecendo na lista dos favoritos. Em 1992, recebeu o Prémio Mundial Cino del Duca e, em 2005, o Prémio Internacional Man Booker. Em 2009, foi galardoado com o Prémio Príncipe de Astúrias das Letras e, em 2015, com o Prémio Jerusalém.
As opiniões divergem sobre se Kadare foi um dissidente ou um conformista durante o período comunista da Albânia. Em diversas ocasiões, Kadare refutou a ideia de ter sido dissidente. Argumentos podem ser esgrimidos em ambos os sentidos. A verdade é que ele era um escritor tolerado e foi mesmo deputado (1972/82) do regime de Enver Hoxha.
A sua obra, composta por novelas, romances, ensaios, poesia e peças de teatro, é reconhecida pelo público e pela crítica como uma trave mestra da literatura contemporânea.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

27 DE JANEIRO - CLAUDIO GUILLÉN

EFEMÉRIDEClaudio Guillén Cahen, escritor espanhol, morreu em Madrid no dia 27 de Janeiro de 2007. Nascera em Paris, em 2 de Setembro de 1924.
Era filho do poeta Jorge Guillén, membro destacado da Geração de 27 que, devido à Guerra Civil Espanhola, se exilou – juntamente com a família – nos Estados Unidos. Cláudio estudou em Sevilha, em Paris e nos EUA.
Durante a Segunda Guerra Mundial, alistou-se como voluntário nas forças do general De Gaulle.
Foi professor catedrático das Universidades de San Diego (1965/76), Princeton e Harvard (1978/85).
Em 1982, regressou a Espanha e, nesse mesmo ano, foi nomeado catedrático extraordinário de Literatura Comparada na Universidade Autónoma de Barcelona.
Em 2002, Claudio Guillén ingressou na Real Academia Española. Faleceu em Madrid no dia 27 de Janeiro de 2007, com 82 anos de idade.
Entre os prémios que recebeu, saliente-se o Prémio Nacional de Ensaio (Espanha) em 1999 e o Prémio Internacional de Ensaio ‘Caballero Bonald’ em 2005.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

26 DE JANEIRO - FERNANDO AMARAL

EFEMÉRIDEFernando Monteiro do Amaral, político português, morreu em Lamego no dia 26 de Janeiro de 2009. Nascera na mesma cidade em 13 de Janeiro de 1925.
Era licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, exercendo a advocacia. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Lamego.
Foi deputado à Assembleia Constituinte em 1975/76 e à Assembleia da República, em 1976/80, pelo Partido Social Democrata.
Exerceu o cargo de ministro da Administração Interna no VII Governo Constitucional e, mais tarde, o cargo de ministro-adjunto do primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão no VIII Governo Constitucional.
Foi eleito vice-presidente da Assembleia da República, de Junho de 1983 a Outubro de 1984, e o 7º presidente da Assembleia da República, de Outubro de 1984 a Agosto de 1987. Foi também designado, por inerência, membro do Conselho de Estado, na qualidade de presidente da Assembleia da República, durante o mesmo período.
De 1987 a 1989, foi igualmente membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, da qual se tornou vice-presidente.
Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lamego. Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal e com a Grã-Cruz da Ordem do Libertador da Venezuela, ambas em 1987. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

BEE GEES - "Too Much Heaven"

25 DE JANEIRO - ANTÓNIO SEBASTIÃO VALENTE

EFEMÉRIDEAntónio Sebastião Valente, arcebispo católico e administrador colonial português, primeiro patriarca das Índias Orientais, morreu em Goa no dia 25 de Janeiro de 1908. Nascera em El Puerto de Santa María, província de Cádis (Espanha), em 20 de Janeiro de 1846.
Os pais eram naturais de Mértola. Frequentou a instrução primária em Beja, formou-se em Coimbra e leccionou nos Seminários de Viseu e Santarém. Foi ordenado diácono em Setembro de 1871 e padre em Maio de 1872.
Em Setembro de 1881, foi sagrado arcebispo de Goa e primaz do Oriente pelo cardeal Gaetano Aloisi Masella.
Em 1886, com a elevação da Arquidiocese goesa à dignidade honorífica de Patriarcado das Índias Orientais, tornou-se o primeiro patriarca do Oriente. Exerceu, para além disso e por várias vezes, as funções de presidente do Conselho de Governo do Estado Português da Índia (1886, 1889, 1892, 1894, 1897 e 1905). Faleceu no exercício do patriarcado, aos 62 anos de idade.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

24 DE JANEIRO - MARIA DELLA COSTA

EFEMÉRIDE – Gentile Maria Marchioro Della Costa Polloni, actriz brasileira, morreu no Rio de Janeiro em 24 de Janeiro de 2015. Nascera em Flores da Cunha, Rio Grande do Sul, no dia 1 de Janeiro de 1926.
Estreou-se no palco, como show-girl, no Casino Copacabana. Em 1944, iniciou-se no teatro com “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo. Em seguida, veio para Portugal, estudar arte dramática com a actriz Palmira Bastos, no Conservatório de Lisboa.
De volta ao Brasil, passou a fazer parte do grupo Os Comediantes, participando em espectáculos como “Rainha Morta” de Henry de Montherlant, “Terras do Sem-Fim” de Jorge Amado, “Vestido de Noiva” de Nelson Rodrigues e “Não Sou Eu” de Edgard da Rocha Miranda.
Fundou em 1948 (juntamente com o marido, o também actor Sandro Polloni) o Teatro Popular de Arte, estreando depois a peça “Anjo Negro” de Nelson Rodrigues, no Teatro Fénix (Rio de Janeiro).
Em 1954, inaugurou a sua própria casa de espectáculos, o Teatro Maria Della Costa, no bairro da Bela Vista em São Paulo, projectado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Sandro Polloni, à frente da casa, criou um repertório considerado dos melhores de sempre do teatro brasileiro. Montagens como “Tobacco Road” de Erskine Caldwell e Jack Kirkland (1948), “Prostituta Respeitosa” de Jean-Paul Sartre (1948), “Com a Pulga Atrás da Orelha” de Feydeau (1955), “A Moratória” de Jorge Andrade (1955), “Rosa Tatuada” de Tennessee Williams (1956) e “A Alma Boa de Setsuan” de Bertolt Brecht (1958), marcaram esta fase.
A sua Companhia fez seguidamente uma excursão pela Europa e, em 1963, lotaram – durante 45 dias – diversas casas de espectáculos em Buenos Aires. Ao visitar Nova Iorque, conheceu o autor Arthur Miller e dele trouxe, para comemorar os dez anos do seu teatro (1964), a famosa peça “Depois da Queda”, dirigida por Flávio Rangel. Com este mesmo director, fez também os espectáculos “Homens de Papel” de Plínio Marcos (1967) e “Tudo no Jardim” de Edward Albee (1968), entre outros.
No cinema, actuou em diversos filmes: “O Cavalo 13” (1946) e “O Malandro e a Grã-fina” (1947), ambos realizados por Luiz de Barros; “Inocência” (1949); “Caminhos do Sul” (1949); e “Moral em Concordata” (1959). Foi dirigida pelo italiano Camillo Mastrocinque no premiado “Areião” (1952), produção da Maristela Filmes.
Na televisão, teve pouca participação: fez a novela “Beto Rockfeller” na TV Tupi, em 1968, e – na TV Globo – actuou em “Estúpido Cupido” (1976) e “Te contei?” (1978).
Em 2002, Maria Della Costa foi homenageada pelo Ministério da Cultura Brasileiro com a Ordem do Mérito Cultural.
Nos seus últimos anos de vida, residiu no município fluminense de Parati, onde administrava o seu próprio hotel. Faleceu aos 89 anos, vítima de edema pulmonar agudo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

23 DE JANEIRO - CAMILLA COLLETT

EFEMÉRIDECamilla (Wergeland) Collett, romancista norueguesa, geralmente descrita como a primeira feminista da Noruega, nasceu em Kristiansand no dia 23 de Janeiro de 1813. Morreu em Kristiania, actual cidade de Oslo, em 6 de Março de 1895. Era a irmã mais nova do poeta Henrik Wergeland e é reconhecida como das primeiras autoras a contribuir para o Realismo na literatura norueguesa.
Camilla, pertencente à grande burguesia de Kristiania, defendeu a emancipação das mulheres, deixando alguns escritos que constituem uma bíblia do feminismo burguês.
Filha de um pastor, Camilla começou por ser uma rapariga bem educada que observava e seguia os irmãos mais velhos. O pai tinha sido chamado a desempenhar – em 1814 – um papel importante no turbilhão da política norueguesa causado pelo tratado de Kiel e pela rivalidade entre a Suécia e a Dinamarca.
Para melhorar uma educação já bastante esmerada, Camilla foi enviada em 1827 para uma instituição interna de raparigas em Christianfeldt, onde estudou alemão e literatura europeia. Em 1830, regressou a Kristiania.
Com 17 anos, Camilla assistiu ao início da carreira literária do irmão Henrik, viu o casamento infeliz da irmã e apaixonou-se por um jovem poeta (Johan Sebastian Welhaven) originário de uma família burguesa arruinada. Johan preferiu, no entanto, dedicar-se apenas à vida literária. O pai de Camilla incitou-a, então, a viajar pela Europa. A jovem habituou-se a viajar desde 1834 e, nos anos 1860, passaria mesmo mais tempo nas capitais europeias do que na Escandinávia.
Livre na sua vida, mas sentindo-se revoltada constantemente pela dominação masculina, viveu dos recursos familiares e habitou a casa do pai até ao casamento com o jurista Jonas Collett em 1841. O casal teve quatro filhos e Jonas faleceu em 1851.
Camilla, que escrevia um diário desde a adolescência e tinha os meios de se dedicar à literatura, lançou-se na elaboração de pequenas novelas, sublimando a sua vida pessoal e inspirando-se na vida sentimental descrita nos seus diários íntimos. Uma recolha destas primeiras novelas foi publicada em 1860.
Em 1854/55, escreveu o seu primeiro romance psicológico, “As filhas do prefeito”, onde aborda o papel do amor e disseca o direito das mulheres a disporem das suas vidas e dos seus sentimentos.
Escreveu mais novelas e romances entre 1861 e 1885. Postumamente, em 1912/13, foram publicadas todas as suas obras (“Samlede voerker”).

domingo, 22 de janeiro de 2017

22 DE JANEIRO - STEVE PERRY

EFEMÉRIDESteve Perry, de seu verdadeiro nome Stephen Ray Perry, cantor e compositor musical norte-americano, nasceu em Hanford (Califórnia) em 22 de Janeiro de 1949. Foi vocalista da banda Journey de 1977 até 1996.
Steve, que tem ascendência portuguesa (os pais são dos Açores), tem sido muito elogiado e aclamado por ser um compositor, cantor e entertainer completo.
Aos 18 anos, mudou-se para Los Angeles correndo atrás do seu sonho de ser cantor. Começou por trabalhar como técnico de som e tocou em várias bandas locais como The Sullies e Ice and Pieces.
Em 1977, uma gravação privada da sua banda Alien Project chegou às mãos do manager Herbert, que procurava justamente um vocalista para o grupo Journey. A banda Alien Project foi entretanto dissolvida, quando um dos seus integrantes faleceu num acidente de automóvel. Herbert contactou então Steve e, em meados de 1977, ele tornou-se o vocalista dos Journey.
Passou a ser conhecido por “The Voice” (como Frank Sinatra, Whitney Houston e outros) pelos fãs, críticos e colegas, em virtude da sua voz forte, melodiosa e capaz de atingir notas altas com grande facilidade. Steve toca também guitarra, piano e bateria.
Entre 1977 e 1996, gravou vários álbuns com os Journey. Em 1985, participou num disco de apoio a artistas africanos (United Support of Artists for África), juntamente com um grupo de 44 artistas americanos, dirigido por Harry Belafonte, Kenny Rogers, Michael Jackson e Lionel Richie. “We Are The World” vendeu cerca de oito milhões de discos e recebeu o Grammy Award de canção do ano. Continua a ser a gravação de carácter humanitário mais vendida de todos os tempos.
Em 1996, Steve Perry deixou os Journey por não poder fazer uma tournée por razões de saúde. Em 1998, reapareceu em duas canções, na banda sonora do filme “Quest of Camelot”, ao lado de Bryan White. Desde aí, passou a ser produtor e a assinar diversas composições musicais e bandas sonoras para cinema. 

sábado, 21 de janeiro de 2017

STEVE PERRY - "Journey - Don't Stop Believin'"


21 DE JANEIRO - KONRAD BLOCH

EFEMÉRIDEKonrad Emil Bloch, bioquímico alemão, nasceu em Neisse no dia 21 de Janeiro de 1912. Morreu em Lexington, Massachusetts, em 15 de Outubro de 2000, vítima de insuficiência cardíaca. Foi agraciado com o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1964.
Estudou Química Orgânica na Universidade Técnica de Munique. Em 1934, devido às perseguições aos judeus levadas a cabo pelos nazis, fugiu para o Instituto de Investigação Suíço em Davos, antes de se mudar para os Estados Unidos, em 1936. Adquiriu a nacionalidade norte-americana em 1944.
Nos Estados Unidos, frequentou a Universidade de Columbia e completou um doutoramento em Bioquímica em 1938. Deu aulas na mesma universidade entre 1939 e 1946, assim como nas Universidades de Chicago e de Harvard. Nesta última, leccionou até 1982, ano em que se reformou.
Em 1964, partilhou com Feodor Lynen, o Nobel de Fisiologia ou Medicina, por descobertas relativas aos mecanismos da síntese do colesterol. Os dois cientistas, independentemente, contribuíram para o conhecimento do mecanismo intermediário da gordura e dos lípidos, o que foi decisivo no estudo das doenças circulatórias e, posteriormente, no tratamento da arteriosclerose.
K. Bloch foi também um dos primeiros cientistas a ter descoberto o papel importante do colesterol na formação das hormonas sexuais, descoberta que abriu o caminho à biossíntese de esteróides activos.

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