EFEMÉRIDE – Georges Eugène Sorel, filósofo e sociólogo francês, muito popular não só no seu país como na Itália e nos Estados Unidos, morreu em Boulogne-sur-Seine no dia 29 de Agosto de 1922. Nascera em Cherbourg, em 2 de Novembro de 1847.
Na segunda metade dos anos 1880, publicou vários estudos em diferentes domínios, como meteorologia, hidrologia, arquitectura, física, história política, história religiosa e filosofia. Engenheiro, pediu a demissão no seu emprego aos 45 anos, mudando-se para Paris a fim de se dedicar exclusivamente a estudos de filosofia social.
Socialista e marxista, fortemente influenciado por Marx e Proudhon, seguiu uma trajectória política muito peculiar. Teórico do Sindicalismo Revolucionário de extrema-esquerda, “namorou” no entanto durante algum tempo com a extrema-direita monárquica. Admirou Charles Maurras (1910) e depois Lenine (1917), que se situavam nos dois extremos do espectro político.
Entre as particularidades de Georges Sorel esteve a preocupação com os aspectos jurídicos do socialismo e com a violência, esta bem exaltada no seu mais célebre livro “Réflexions sur la violence” (1908). Sorel odiava a dominação burguesa e o parlamentarismo. Foi um autor muito controverso quanto à sua linha política, tendo algumas das suas ideias sido aceites tanto pelo fascismo (Mussolini) como pelos comunistas italianos (Gramsci), tendo influenciado igualmente os anarco-sindicalistas.
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