EFEMÉRIDE – Vasco de Oliveira Granja, apresentador de televisão português, reconhecido pelo grande contributo que deu para a divulgação de desenhos animados e da banda desenhada em Portugal, nasceu em Lisboa no dia 10 de Julho de 1925. Faleceu em Cascais, em 4 de Maio de 2009.
Estudou numa escola do Bairro Alto, em Lisboa, e na Escola Industrial Machado de Castro, que abandonou após ter chumbado em álgebra no quarto ano.
Aos 15 anos começou a trabalhar nos Armazéns do Chiado. Era o responsável pelas amostras de seda que eram oferecidas às clientes. Algum tempo mais tarde, foi transferido para o departamento de publicidade, quando notaram que ele tinha grande gosto pela leitura. Pintava cartazes com anúncios para as montras.
Como o ordenado era pequeno, mudou de emprego, indo trabalhar para a Foto Áurea, na Rua do Ouro, em Lisboa. Por essa época, visitava com frequência a Biblioteca Nacional. Interessava-se igualmente por museus, pela pintura e pelo desporto, tendo sido associado do Benfica durante algum tempo.
Durante a sua infância, apaixonara-se pelo cinema. Como na altura não existia classificação etária para os filmes, percorreu todos os cinemas que existiam em Lisboa.
No decorrer dos anos 1950, portanto durante o regime fascista, associou-se ao movimento cineclubista. Em Lisboa, participava no aluguer de salas e na projecção de filmes obtidos através das embaixadas. Os filmes tinham sempre que passar pela censura. Apesar disso, conseguiram mostrar vários filmes do neo-realismo italiano. Em 1952, foi detido pela PIDE (polícia política), em consequência do dinheiro dos bilhetes vendidos para assistir aos filmes ser destinado a financiar movimentos de resistência ao regime do Estado Novo. Esteve preso durante seis meses, na prisão do Aljube.
Em 1960, esteve no Festival de Animação de Annecy, em França, em representação de Portugal. Durante esta viagem, a sua primeira ao estrangeiro, apaixonou-se pelo cinema de animação. O cineasta canadiano Norman McLaren tornou-se o seu maior ídolo, tendo vindo a conhecê-lo pessoalmente.
Vasco Granja esteve ligado ao Partido Comunista Português e participou na festa do jornal do partido (“Avante”).
Durante os anos 1960 foi novamente detido pela PIDE, devido à sua ligação ao PCP, mais concretamente à célula dos cineclubes. Esteve preso durante 16 meses, tendo cumprido parte desse tempo em Peniche. Na prisão, foi submetido a várias torturas físicas e psicológicas, como a tortura do sono.
Em 1974, deu início a um novo programa de televisão, denominado "Cinema de Animação", na Rádio Televisão Portuguesa, que viria a durar 16 anos, com a transmissão de mais de mil programas. Nesses programas, dava a conhecer a “animação” de todo o mundo, desde a realizada nos países do leste da Europa, até à proveniente da América do Norte. Pretendia, assim, divulgar, para além da própria animação, uma mensagem de paz, que considerava estar presente em muitos dos filmes que transmitia.
Ainda em 1974, foi membro do júri do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême. Em 1975, criou um curso de cinema de animação, a partir do qual viria a nascer a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.
Em 1980 foi membro do júri da quarta edição do Animafest, Festival Mundial de Animação de Zagreb, realizado na então Jugoslávia. Participara já como observador neste festival na edição de 1974, logo após o 25 de Abril.
Permaneceu na RTP até 1990, ano em que se reformou.
Estudou numa escola do Bairro Alto, em Lisboa, e na Escola Industrial Machado de Castro, que abandonou após ter chumbado em álgebra no quarto ano.
Aos 15 anos começou a trabalhar nos Armazéns do Chiado. Era o responsável pelas amostras de seda que eram oferecidas às clientes. Algum tempo mais tarde, foi transferido para o departamento de publicidade, quando notaram que ele tinha grande gosto pela leitura. Pintava cartazes com anúncios para as montras.
Como o ordenado era pequeno, mudou de emprego, indo trabalhar para a Foto Áurea, na Rua do Ouro, em Lisboa. Por essa época, visitava com frequência a Biblioteca Nacional. Interessava-se igualmente por museus, pela pintura e pelo desporto, tendo sido associado do Benfica durante algum tempo.
Durante a sua infância, apaixonara-se pelo cinema. Como na altura não existia classificação etária para os filmes, percorreu todos os cinemas que existiam em Lisboa.
No decorrer dos anos 1950, portanto durante o regime fascista, associou-se ao movimento cineclubista. Em Lisboa, participava no aluguer de salas e na projecção de filmes obtidos através das embaixadas. Os filmes tinham sempre que passar pela censura. Apesar disso, conseguiram mostrar vários filmes do neo-realismo italiano. Em 1952, foi detido pela PIDE (polícia política), em consequência do dinheiro dos bilhetes vendidos para assistir aos filmes ser destinado a financiar movimentos de resistência ao regime do Estado Novo. Esteve preso durante seis meses, na prisão do Aljube.
Em 1960, esteve no Festival de Animação de Annecy, em França, em representação de Portugal. Durante esta viagem, a sua primeira ao estrangeiro, apaixonou-se pelo cinema de animação. O cineasta canadiano Norman McLaren tornou-se o seu maior ídolo, tendo vindo a conhecê-lo pessoalmente.
Vasco Granja esteve ligado ao Partido Comunista Português e participou na festa do jornal do partido (“Avante”).
Durante os anos 1960 foi novamente detido pela PIDE, devido à sua ligação ao PCP, mais concretamente à célula dos cineclubes. Esteve preso durante 16 meses, tendo cumprido parte desse tempo em Peniche. Na prisão, foi submetido a várias torturas físicas e psicológicas, como a tortura do sono.
Em 1974, deu início a um novo programa de televisão, denominado "Cinema de Animação", na Rádio Televisão Portuguesa, que viria a durar 16 anos, com a transmissão de mais de mil programas. Nesses programas, dava a conhecer a “animação” de todo o mundo, desde a realizada nos países do leste da Europa, até à proveniente da América do Norte. Pretendia, assim, divulgar, para além da própria animação, uma mensagem de paz, que considerava estar presente em muitos dos filmes que transmitia.
Ainda em 1974, foi membro do júri do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême. Em 1975, criou um curso de cinema de animação, a partir do qual viria a nascer a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.
Em 1980 foi membro do júri da quarta edição do Animafest, Festival Mundial de Animação de Zagreb, realizado na então Jugoslávia. Participara já como observador neste festival na edição de 1974, logo após o 25 de Abril.
Permaneceu na RTP até 1990, ano em que se reformou.
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