EFEMÉRIDE
– Mario Monicelli, guionista e realizador de cinema italiano, morreu em Roma
no dia 29 de Novembro de 2010. Nascera na mesma cidade em 16 de Maio de
1915. Em Viareggio, onde morava, vivenciou a efervescência cultural que ali
vigorou na década de 1930.
Frequentou
o Liceu Clássico Giosuè Carducci, formando-se depois em História
e Filosofia nas Universidades de Pisa e de Milão.
Ingressou no cinema graças ao seu amigo Giacomo Forzano, filho do comediógrafo
Giovacchino Forzano, fundador de um estúdio cinematográfico, com o nome de Pisorno
– uma curiosa junção do nome de duas cidades rivais: Pisa e Livorno.
Juntamente
com Alberto Mondadori, amigo e colaborador, realizou – em 1934 – a
curta-metragem “Cuore rivelatore”, à qual se seguiu, no mesmo ano, a média-metragem
“I ragazzi della via Paal”, apresentada e premiada em Veneza. Depois , sob
o pseudónimo de Michele Badiek, realizou em 1937 a sua primeira
longa-metragem “Pioggia d'estate”.
Teve
em seguida uma prolífica actividade, colaborando de várias formas e com vários
realizadores em mais de quatro dezenas de filmes.
Em
1953, iniciou verdadeiramente a sua carreira a solo, vindo a contribuir de
forma definitiva para a filmografia italiana do pós-guerra e merecendo um lugar
de destaque no cinema italiano.
“I
soliti ignoti”, de 1958, com um elenco especial composto por Vittorio
Gassman, Marcello Mastroianni, Totò e Claudia Cardinale, é considerado como o
primeiro filme da commedia all'italiana. No ano seguinte, “La grande
guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival Internacional de Cinema
de Veneza, rendendo ainda uma primeira nomeação para os Oscars. A
segunda nomeação viria, em 1963, com “I compagni”.
Trabalhou
com os maiores actores de Itália, como Totò, Aldo Fabrizi, Vittorio De Sica,
Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Ugo Tognazzi, Anna
Magnani, Alberto Sordi, Nino Manfredi e Monica Vitti, entre outros.
Recebeu,
entre outros prémios, dois Leões de Ouro em Festivais de Veneza
(1959 e 1991), tendo sido considerado o Melhor Realizador em três
edições do Festival de Berlim (1957, 1976 e 1981).
Internado
no Hospital San Giovanni, em Roma, devido a um cancro na próstata em
fase terminal, suicidou-se, atirando-se da janela do seu quarto. Tinha 95 anos
de idade.
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