terça-feira, 19 de setembro de 2017

19 DE SETEMBRO - JEREMY IRONS


EFEMÉRIDE - Jeremy John Irons, actor britânico, vencedor de um Oscar, três Emmys e dois Globos de Ouro, nasceu em Cowes, Ilha de Wight, no dia 19 de Setembro de 1948.
Frequentou a Sherborne School em Dorset, entre 1962 e 1966. Enquanto estudante, Jeremy fez parte de uma banda onde tocava bateria e harmónica. A banda chamava-se Four Pillars of Wisdom e Jeremy tocava temas como “Stairway to Heaven” e “Moon River”. Aos domingos à tarde, a banda tocava no laboratório de Física da escola durante duas horas. Escolhiam este local, porque os alunos não estavam autorizados a frequentar locais que não fossem de estudo, de forma a desencorajar a preguiça.
Para além da música, Jeremy fazia parte de uma dupla de comédia que actuava no Halloween e nos jantares de fim de semestre.
Jeremy Irons estudou Arte Dramática na conceituada Bristol Old Vic School e acabou por entrar para a companhia de teatro Bristol Old Vic, onde ganhou experiência a trabalhar em diversas peças, desde obras de Shakespeare até dramas contemporâneos.
Em 1971, mudou-se para Londres e conseguiu o papel de ‘João Baptista’ na peça de teatro “Godspell”. Iniciou uma carreira bem sucedida no teatro e na televisão, tendo-se estreado no cinema na película “Nijinski” (1980), que conta a história deste famoso bailarino russo. Sendo extremamente elegante e bem-falante, Jeremy Irons encaixava perfeitamente em papéis que retratassem membros da aristocracia. Assim, em 1981, desempenhou o papel principal na famosa série da BBCBrideshead Revisited”, que contava - entre outros nomes consagrados - com a presença de Laurence Olivier. A sua fama ultrapassou as fronteiras da Europa, chegando aos Estados Unidos. Nesse mesmo ano, contracenou com Meryl Streep no filme “The French Lieutenant's Woman”. Voltou a dar provas do seu talento no papel de um missionário no filme “The Mission” (1986), ao lado de Robert DeNiro, trabalho que lhe valeu uma nomeação para o Globo de Ouro.
Dois anos depois, Irons desempenhou o papel de dois gémeos ginecologistas com uma relação bastante forte e que vão caminhando, ao longo do filme, para a separação, no controverso e chocante trabalho do realizador David Cronenberg, “Dead Ringers” (1988). Em 1990, desempenhou o papel de um milionário suspeito de assassínio, no filme “Reversal of Fortune”, onde contracenou com Glenn Close, desempenho que lhe valeu o Oscar de Melhor Actor (principal) e o Globo de Ouro de Melhor Actor em Filme Dramático.
Consagrado como um dos actores mais respeitados tanto na Europa como nos Estados Unidos, a sua carreira inclui muitos outros filmes de renome. Deslocou-se também a Portugal, na década de 1990, onde se desenrolou parte das filmagens de “The House of the Spirits”, um filme inspirado no livro de Isabel Allende.
Em 1996, participou no drama romântico de Bernardo Bertolucci, “Stealing Beauty”. Um ano depois, ofereceu ao público um desempenho subtil e comovente, vestindo a pele de ‘Humbert Humbert’, no filme “Lolita”. Em 1998, juntou-se a outros nomes famosos - John Malkovich, Gérard Depardieu, Gabriel Byrne e Leonardo DiCaprio - como um dos ‘Mosqueteiros’, no filme “The Man in the Iron Mask”. Em 2002, foi o vencedor do César de Honra francês, em homenagem à sua carreira. Nesse ano, participou também em “The Time Machine”.
Em 2006, ganhou o Golden Globe Award de Melhor Actor coadjuvante em televisão e o Emmy de Melhor Actor coadjuvante com “Elizabeth I”.
Jeremy casou-se com Julie Hallam em 1969 e divorciou-se no mesmo ano. Em 1978, consorciou-se com a actriz Sinéad Cusak, com quem teve dois filhos.
Na edição de 1991 dos Tony Awards, Jeremy Irons foi uma das poucas celebridades a usar o então recém-criado laço vermelho que simboliza o apoio à luta contra a SIDA e foi a primeira celebridade a utilizar este símbolo numa transmissão televisiva. Ele apoia igualmente um grande número de instituições de caridade.
Em 2010, Jeremy protagonizou um vídeo promocional para o projecto 1billionhungry, um apelo a nível mundial para conseguir pelo menos um milhão de assinaturas numa petição para chamar a atenção dos líderes mundiais para a priorização da questão da fome nos seus programas políticos. Em 2013, narrou o documentário “Sahaya Going Beyond” sobre o trabalho da instituição de caridade Sahaya Internacional.
Em 1998, Jeremy e a esposa surgiram na lista dos maiores doadores privados do Partido Trabalhista.
Foi membro do júri de longas-metragens do Festival de Cannes 2000 e presidente do júri internacional do Festival do Filme de Sarajevo 2007. Em 2003, presidiu também o júri de curtas-metragens, no Festival Internacional do Filme de Marraquexe.
Em Outubro de 2011, foi nomeado embaixador da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

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