Feoktistov lutou no Exército
Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, escapando de morrer
quando, após ser capturado pela Wehrmacht, foi submetido a um pelotão de
fuzilamento com outros soldados russos, mas a bala que lhe era destinada apenas
roçou a sua garganta, permitindo-lhe escapar por entre a pilha de corpos de
prisioneiros executados ao anoitecer e voltar para as linhas soviéticas.
Após a guerra, formado em Engenharia
e doutorado em Física, em 1955 juntou-se à equipa que construiria as
sondas e naves espaciais Sputnik, Vostok, Voskhod e Soyuz,
sob a liderança do engenheiro-chefe do programa espacial soviético, Sergei
Korolev. Nesse período, ele também trabalhou nos estudos da construção de uma
nave impulsionada por íon, capaz de levar uma tripulação humana até Marte.
Em 1964, Feoktistov foi seleccionado
como parte de um grupo de engenheiros indicados para o treino de cosmonautas e
veio a integrar a tripulação multidisciplinar da Voskhod 1, indo ao
espaço em 13 de Outubro de 1964, junto com o piloto Vladimir Komarov e o médico
Boris Yegorov, a primeira missão soviética com mais de um tripulante numa nave
espacial.
O seu treino e aproveitamento
para futuras missões espaciais viu-se interrompido, entretanto, por razões
médicas.
Depois de seu voo, foi
condecorado como Herói da União Soviética. Continuou a trabalhar como
engenheiro espacial e, mais tarde, tornou-se o chefe do organismo soviético de
design espacial, que construiu as estações orbitais Salyut e Mir,
nas décadas de 1970 e de 1980.
Faleceu aos 83 anos, sendo
sepultado no cemitério Troïekourovskoïe, em Moscovo.
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