segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

8 DE FEVEREIRO - KING VIDOR

EFEMÉRIDE - King Wallis Vidor, realizador de cinema norte-americano de ascendência húngara, nasceu em Galveston, Texas, no dia 8 de Fevereiro de 1894. Morreu em Paso Robles, Califórnia, em 1 de Novembro de 1982.

O pai foi madeireiro e sócio da Miller-Vidor Lumber Company, que era proprietária de vários quarteirões em Galveston, além de terras, engenhos e ferrovias do leste texano. As cidades de Vidor e Milvid foram baptizadas por ele.

O avô, Charles Vidor, era um refugiado húngaro da revolução de 1848 e chegou a Galveston no início da década de 1850.

Entre 1908 e 1909, período em que serviu na Academia Militar de Peacock, em San Antonio, conheceu Edgard Sedgwick, que seria o seu parceiro em muitos filmes.

A carreira cinematográfica de King começou na adolescência, como projeccionista num teatro de Galveston. Fez um filme amador baseado no furacão de 1900 e, em 1915, abriu em Houston a sua primeira companhia, a Hotex, cujo vice-presidente seria o seu pai, após a falência da madeireira.

Depois de alguns filmes amadores, aos 21 anos King mudou-se para Hollywood, decidido a aprender mais sobre a arte do cinema. Em Hollywood, a sua carreira iniciou-se nos primeiros filmes mudos, à ‘idade do ouro’, marcada pelas produções de David O. Selznick, com quem fez “Duelo ao Sol”, em 1946.

Mesmo com a sua longa carreira hollywoodiana, Vidor nunca abandonaria as suas raízes texanas. Ele próprio se considerava um sulista, fazendo vários filmes que dignificavam os pobres e expunham o racismo e os horrores da guerra, como em “The Big Parade” (1925), “Billy the Kid” (1930), “Our Daily Bread” (1934), “The Texas Rangers” (1936), “Northwest Passage” (1940), e “The Fountainhead” (1951).

Embora Vidor seja provavelmente lembrado pela sua colaboração com Selznick, que resultou em alguns dos maiores filmes da história, ele fez mais filmes com a Metro-Goldwyn-Mayer, que produziu a sua primeira obra consagrada - “The Big Parade”, em 1925, que foi exaltada pela crítica como um pungente filme antiguerra.

Our Daily Bread” obteve um prémio da Liga das Nações pela sua «contribuição para à humanidade».

King escreveu ainda dois livros: “A Tree Is a Tree” (1953) e “King Vidor on Filmmaking” (1972).

Nas décadas de 1920 e 1930, enquanto a sua carreira descolava, a sua vida pessoal era um turbilhão. Divorciado de Florence (que lhe deu uma filha), em 1924 casou-se com Eleanor Boardman, de quem teve duas filhas, divorciando-se em 1932, para se casar com Elizabeth Hill, com quem viveria até morrer.

Quando se aposentou do cinema, Vidor leccionou na University of Southern California e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Foi nomeado cinco vezes para o Oscar de Melhor Realizador, mas nunca ganhou. Em 1979, a Academia concedeu-lhe o Oscar honorário, pela sua relevante contribuição para o cinema.

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