O pai foi madeireiro e sócio da Miller-Vidor
Lumber Company, que era proprietária de vários quarteirões em Galveston,
além de terras, engenhos e ferrovias do leste texano. As cidades de Vidor e
Milvid foram baptizadas por ele.
O avô, Charles Vidor, era um
refugiado húngaro da revolução de 1848 e chegou a Galveston no início da década
de 1850.
Entre 1908 e 1909, período em que
serviu na Academia Militar de Peacock, em San Antonio, conheceu Edgard
Sedgwick, que seria o seu parceiro em muitos filmes.
A carreira cinematográfica de
King começou na adolescência, como projeccionista num teatro de Galveston. Fez
um filme amador baseado no furacão de 1900 e, em 1915, abriu em Houston a sua
primeira companhia, a Hotex, cujo vice-presidente seria o seu pai, após
a falência da madeireira.
Depois de alguns filmes amadores,
aos 21 anos King mudou-se para Hollywood, decidido a aprender mais sobre a arte
do cinema. Em Hollywood, a sua carreira iniciou-se nos primeiros filmes mudos,
à ‘idade do ouro’, marcada pelas produções de David O. Selznick, com quem fez “Duelo
ao Sol”, em 1946.
Mesmo com a sua longa carreira
hollywoodiana, Vidor nunca abandonaria as suas raízes texanas. Ele próprio se
considerava um sulista, fazendo vários filmes que dignificavam os pobres e
expunham o racismo e os horrores da guerra, como em “The Big Parade”
(1925), “Billy the Kid” (1930), “Our Daily Bread” (1934), “The
Texas Rangers” (1936), “Northwest Passage” (1940), e “The
Fountainhead” (1951).
Embora Vidor seja provavelmente
lembrado pela sua colaboração com Selznick, que resultou em alguns dos maiores
filmes da história, ele fez mais filmes com a Metro-Goldwyn-Mayer, que
produziu a sua primeira obra consagrada - “The Big Parade”, em 1925, que
foi exaltada pela crítica como um pungente filme antiguerra.
“Our Daily Bread” obteve
um prémio da Liga das Nações pela sua «contribuição para à humanidade».
King escreveu ainda dois livros: “A
Tree Is a Tree” (1953) e “King Vidor on Filmmaking” (1972).
Nas décadas de 1920 e 1930,
enquanto a sua carreira descolava, a sua vida pessoal era um turbilhão.
Divorciado de Florence (que lhe deu uma filha), em 1924 casou-se com Eleanor
Boardman, de quem teve duas filhas, divorciando-se em 1932, para se casar com Elizabeth
Hill, com quem viveria até morrer.
Quando se aposentou do cinema,
Vidor leccionou na University of Southern California e na Universidade
da Califórnia, em Los Angeles.
Foi nomeado cinco vezes para o Oscar
de Melhor Realizador, mas nunca ganhou. Em 1979, a Academia
concedeu-lhe o Oscar honorário, pela sua relevante contribuição para o
cinema.
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