Actualmente, desempenha as funções de deputado na Assembleia
da República e presidente da Comissão Parlamentar do Ambiente e Energia.
Fez o ensino secundário em Braga. Depois de fazer o
doutoramento em Bioquímica, em 2007, na Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra, esteve em Madrid, em 2011,
passou pelos Estados Unidos e, mais tarde, viveu na Grã-Bretanha e na Irlanda
do Norte, onde trabalhou no Cancer Research UK, em Cambridge.
Foi notícia, em 2013, pela investigação que
desenvolveu na área da Oncologia, na detecção precoce do cancro.
Ao fim de 6 anos em Cambridge, decidiu aceitar o
convite de António Costa para regressar a Portugal e ser o candidato do PS
por Viana do Castelo, em 2015.
Em 26 de Novembro de 2015, toma posse como ministro da
Educação do XXI Governo Constitucional.
Em Abril de 2016, procedeu à alteração do sistema de
avaliação externa das aprendizagens no ensino básico, através da introdução de
provas de aferição, de aplicação universal e obrigatória, a realizar no final
do 2º, do 5º e do 8º ano de escolaridade. Este modelo manteve as provas finais
de ciclo, realizadas no final do 9º ano de escolaridade, que têm como objectivo
a avaliação do desempenho dos alunos, certificar a conclusão do ensino básico e
criar a possibilidade de prosseguimento de diferentes percursos escolares.
Em Janeiro de 2016, em declarações públicas sobre esta
matéria, que suscitaram controvérsia, Tiago Brandão Rodrigues afirmou que «o
modelo anterior estava errado e era nocivo» e que era necessário acabar com
o «estreitamento curricular» que conduzia as escolas a concentrarem-se
no ensino do Português e de Matemática, desvalorizando as
restantes áreas disciplinares. Nessa mesma altura, emitiu a opinião de que
treinar para os exames era «pernicioso e até nocivo».
Em Abril de 2016, criou o Programa Nacional de
Promoção do Sucesso Escolar que tem como finalidade «promover um ensino
de qualidade para todos, combater o insucesso escolar, num quadro de
valorização da igualdade de oportunidades e do aumento da eficiência e
qualidade da escola pública».
O Ministério da Educação pretende aplicar «aprendizagens
essenciais» das diferentes disciplinas. A ideia é focar, nos programas,
aquilo que é essencial que os alunos aprendam.
Em 2021, revogou os Programas e Metas Curriculares,
do 1º ao 12º ano, deixando para a leccionação no ano lectivo de 2021/2022,
apenas o conjunto de documentos designados por Aprendizagens Essenciais,
publicados em 2018.
Em Setembro de 2017, o provedor de Justiça,
José de Faria Costa considerou que o concurso para professores do quadro era
inadequado e injusto para os docentes, reconhecendo que a repetição
prejudicaria o arranque do ano escolar.
José de Faria e Costa explicou, citando as queixas
recebidas, que os docentes mostram que a opção de colocar a concurso - na
primeira fase - os horários completos (22 horas de aulas por semana) resultou no
«desrespeito pela ordenação assente na graduação».
Como resultado, houve muitos docentes menos graduados
que obtiveram colocação na primeira reserva de recrutamento em escolas que
docentes mais graduados haviam escolhido preferencialmente.
Tiago Brandão Rodrigues solicitou a elaboração de um
documento que definisse os valores e competências a serem adquiridos pelos
alunos portugueses no fim de completarem o 12º ano de escolaridade. O Perfil
dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória foi apresentado em Fevereiro
de 2017 pelo secretário de Estado da Educação, João Costa, entrando em
vigor em Julho do mesmo ano. O documento abriu portas à flexibilização
curricular e a uma maior autonomia curricular por parte das escolas e
professores, mudanças que geraram críticas em alguns grupos do sector.
Em Janeiro de 2018, o Ministério desafiou as
escolas portuguesas a um dia de debate e reflexão acerca do documento. O dia 15
de Janeiro foi assim instituído como o Dia do Perfil do Aluno em Portugal.
A não retenção no Ensino Básico está previsto
no Programa de Governo. O fim dos chumbos vai permitir uma poupança de
250 milhões de euros por ano. Anualmente, o Estado gasta este valor com
a reprovação de cerca de 50 mil alunos.
Cada chumbo custa aos cofres do Estado cinco
mil de euros por aluno, valor que vai ser poupado com o plano de não retenção
no Ensino Básico. Durante a legislatura, a poupança poderá mesmo ser de
mil milhões de euros.
Em 2021, Tiago Brandão Rodrigues considerou que as
listagens de estabelecimentos de ensino baseadas nas médias dos exames
nacionais são injustas e redutoras, além de não reflectirem a qualidade do
trabalho das escolas.
Tiago Brandão Rodrigues foi, em 12 de Abril de 2022, nomeado presidente da Comissão de Ambiente e Energia, na Assembleia da República.
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