Foi presidente da União
Soviética entre 1985 e 1988 e ministro das Relações Exteriores durante
três décadas.
Depois de estudar Economia,
Andrei Gromiko entrou para o serviço diplomático soviético em 1939, quando foi
nomeado chefe de seção dos Negócios Estrangeiros encarregado dos
assuntos dos EUA.
Em 1943, foi nomeado
embaixador em Washington e, como tal, foi a Teerã, Yalta e Potsdam. Em 1946,
foi o primeiro representante permanente da URSS no Conselho de Segurança
da ONU.
Protegido de Viatcheslav
Molotov, ocupou outros postos diplomáticos de alto nível, incluindo o de
embaixador no Reino Unido; assumiu o cargo de ministro das Relações
Exteriores em 1957. Gromiko ocupou o cargo até a chegada de Mikhail
Gorbachev em 1985.
Figura chave da guerra
fria, ele esteve no comando da diplomacia soviética sob a liderança de
Nikita Khrushchov, Leonid Brezhnev, Iúri Andropov e Konstantin Chernenko.
Participou em todas as
grandes questões da época (na crise dos mísseis de Cuba falou pessoalmente com John
F. Kennedy) e em todas as negociações de controlo de armas.
Ele era um negociador hábil e
um político e diplomata que conhecia o seu ofício. Os estudiosos debatem a
extensão em que participou na formação da política externa soviética e alguns
disseram que era um mero executor.
Gorbachev, que subiu a
secretário-geral do PCUS, com o seu apoio, «elevou» Gromiko a
presidente do Presidium do Soviete Supremo. Ele aposentou-se em
1988 e faleceu em Julho de 1989, não chegando a ir até à queda do Muro de
Berlim e ao colapso da própria URSS.
Em 1985, substituiu
Konstantin Chernenko como presidente do Soviete Supremo da União
Soviética, cargo, que mais tarde, em 1987, dois anos antes da sua morte,
abandonaria e seria assumido por Gorbatchov, que por sua vez, daria um novo
nome à posição: presidente da União Soviética, suprimindo o Soviete Supremo.
No Ocidente, ficou conhecido
como Mr. Niet, ou Sr. Não, por sempre negar as opiniões dos
representantes ocidentais para o bem do seu país.
Faleceu prestes a completar
80 anos e foi sepultado no Cemitério Novodevichy, em Moscovo. Anos mais
tarde, Lídia Gromiko, sua esposa, foi enterrada ao lado do marido.
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