quinta-feira, 7 de novembro de 2024

7 DE NOVEMBRO - ALEXANDER DUBČEK

EFEMÉRIDE - Alexander Dubček, chefe de estado da antiga Checoslováquia, líder do Partido Comunista em 1968 e iniciador das reformas da chamada Primavera de Praga, morreu em   Pragam no dia 7 de Novembro de 1992. Nascera em Uhrovec, Checoslováquia, actualmente Eslováquia, em 27 de Novembro de 1921.

O pai era um operário que emigrou para a União Soviética. A sua educação foi na URSS. A família voltou à Eslováquia em 1938.

No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial, tomou parte na resistência contra a ocupação nazi. Demonstrou a sua capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista eslovaco contra as tropas alemãs no Inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.

Em 1949, foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e, em 1951, foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida a Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.

Entre 1955 e 1958, Dubček deu assistência à Escola Superior de Mandos do Partido, em Moscovo.

Dois anos depois, já era membro do Presidium do PCCh. Em Maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia. E em Janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.

Dirigiu a tentativa de democratização socialista no seu país. O seu propósito, era destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, o que foi referendado por grande parte da população checoslovaca.

A tentativa (o «Socialismo com face humana») seria abortada sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em Agosto de 1968.

Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados a Moscovo, onde «os fizeram entrar na razão».

Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo e considerado como um cadáver político.

Até 1969m foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia, não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como burocrata de uma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal na qual ratificava os postulados democráticos de 1968, criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do primeiro secretário Husak. Era considerado um «checoslovaquista», contrário à partição da Checoslováquia entre a Chéquia e a Eslováquia e defensor da opção federativa.

Em 26 de Novembro de 1989, Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.

Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1 de Setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.

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