A esperança persiste...
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
domingo, 9 de janeiro de 2011

Fez os primeiros estudos no Colégio dos Padres Escolápios. Quando tinha doze anos, o negócio do pai faliu e, com os pais e a irmã mais velha, foi viver para Logroño. Inicialmente, Josemaría planeava estudar arquitectura mas, num dia de inverno, um acontecimento veio mudar a sua vida: enquanto caminhava, cruzou-se com um carmelita, que andava descalço pela neve. Esse episódio tocou-o muito profundamente e, pouco tempo depois, tomou a decisão de abraçar o sacerdócio.
Recebeu a ordenação sacerdotal em Saragoça no mês de Março de 1925. A sua primeira missa foi celebrada na Santa e Angélica Capela do Pilar de Saragoça, em sufrágio pela alma do pai.
Iniciou a actividade pastoral em paróquias rurais, continuando-a posteriormente pelos bairros pobres e pelos hospitais de Madrid, onde realizou numerosas obras de misericórdia.
Em Outubro de 1928, durante uns dias de retiro espiritual em Madrid, na Casa Central dos Lazaristas, viu o Opus Dei, que pode ser definido como «um caminho de santificação no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres ordinários do cristão» e, a partir desse momento, dedicou grande parte da sua actividade a promover esta procura cristã de identificação com Cristo, preferencialmente trilhado no mundo, na vida quotidiana, através do exercício do trabalho profissional e do cumprimento dos deveres pessoais para com Deus, a família e a sociedade, por cada indivíduo, actuando assim como um fermento de valores humanos e cristãos em cada ambiente onde estiver inserido.
Escrivá de Balaguer é considerado por muitos como um precursor do Concílio Vaticano II, que teria início mais de trinta anos depois, ao atribuir um papel preponderante ao cristão comum no trabalho de evangelização da sociedade.
A partir de 1930, o seu apostolado foi estendido às mulheres. Em 1933 foi aberto o primeiro centro do Opus Dei, a Academia DYA, destinada principalmente a estudantes de Direito e Arquitectura. A Academia transformou-se numa residência universitária, onde Josemaría e os primeiros membros difundiam a mensagem do Opus Dei entre os jovens; simultaneamente realizavam catequese e atendimento aos pobres e doentes dos bairros periféricos de Madrid. De tudo foi mantido informado o bispo de Madrid-Alcalá que deu a sua aprovação. Nesta época publicou “Considerações espirituais”, precursor do livro “Caminho”.
Quando rebentou a Guerra Civil Espanhola, esteve várias vezes prestes a ser capturado por militantes anti-clericais. Para escapar à perseguição refugiou-se na Legação de Honduras e em diversos outros lugares. Mesmo durante a guerra, dedicou-se clandestinamente ao trabalho pastoral. Conseguiu sair de Madrid, atravessando os Pirenéus por Andorra até ao sul da França e instalou-se em Burgos.
Com o fim do conflito, voltou a Madrid e iniciou a expansão do seu trabalho apostólico noutras cidades de Espanha. O início da Segunda Guerra Mundial impediu o começo do trabalho noutros países.
Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, Escrivá mudou-se para Roma, deixando claro que o Opus Dei era universal, destinado a todos os homens de todas as nacionalidades e de todos os tempos. Preocupava-o o facto do Opus Dei não ter um enquadramento jurídico adequado à sua realidade laical. No entanto, só nos anos 1980, já depois da sua morte, é que foi encontrada a forma jurídica desejada pelo fundador.
Em 1947, conseguiu da Santa Sé a primeira aprovação pontifícia para o Opus Dei. No ano seguinte fundou em Roma o Colégio Romano de Santa Cruz, destinado à formação de homens do Opus Dei provenientes de todas as partes do mundo. O Papa Pio XII concedeu, em 1950, aprovação definitiva ao Opus Dei. Em 1953, fundou o Colégio Romano de Santa Maria, centro internacional para a formação espiritual, teológica e apostólica de mulheres do Opus Dei.
Durante os mais de 25 anos que viveu em Villa Tevere, em Roma, Escrivá trabalhou intensamente quer no governo do Opus Dei quer no apostolado junto dos seus membros. Principalmente a partir de 1970, realizou várias viagens à Europa e à América do Sul.
Licenciado em Direito pela Universidade de Zaragoza e doutorado em Direito Civil pela Universidade de Madrid, foi também doutor em Teologia pela Universidade de Laterano (Roma) e grão chanceler da Universidade de Navarra e da Universidade de Piura (Peru).
Em 1961 foi nomeado pelo Papa João XXIII consultor da Comissão Pontifícia para a interpretação autêntica do Código de Direito Canónico.
Sob o seu impulso foi criada a Universidade de Navarra, em Pamplona, uma das universidades mais prestigiadas da Europa, e reconstruído o Santuário de Nossa Senhora de Torreciudad, em Aragão, onde a mãe o levara com poucos anos de vida em agradecimento por ele ter sobrevivido a uma doença grave.
Após o seu falecimento, 69 cardeais, cerca de 1300 bispos de todo o mundo e 41 superiores de congregações religiosas, de entre outras personalidades, pediram ao Papa o início da causa da sua beatificação e canonização. Em 1981 foi aberto o processo de beatificação. Em 1990 o Papa João Paulo II declarou a heroicidade das suas virtudes cristãs e, em 1991, decretou o carácter milagroso de uma cura atribuída à sua intercessão. Foi beatificado em 1992. Em 2002 foi canonizado pelo Papa João Paulo II. Em 2005 Bento XVI abençoou uma sua estátua em mármore, colocada no exterior da Basílica de São Pedro em Roma.
Entretanto, o Opus Dei tem tomado posições controversas, entre as quais a defesa de Pinochet (sanguinário ditador do Chile) e os ataques a Hugo Chavez (democraticamente eleito na Venezuela).
sábado, 8 de janeiro de 2011

Abandonada pelo pai aos três anos de idade, Yvonne foi criada pelos avós, enquanto a mãe trabalhava como empregada de mesa num restaurante. Estudou dança e artes dramáticas e, aos quinze anos, partiu com a mãe para Hollywood. Acabaram por voltar ao Canadá, tendo feito uma nova tentativa em 1940. Desta vez, a sorte sorriu-lhe: após ser figurante em vários filmes, conseguiu o papel principal em “Where She Danced” (1945), que teve grande sucesso. Intercalou a partir daí, pequenas e médias produções com títulos importantes.
Continuou popular na década de 1950, graças a westerns, filmes de acção e fantasias orientais, como “The Desert Hawk” (1950), “Silver City” (1951), “Hurricane Smith” (1952) e “Shotgun” (1955), entre muitos outros. Típica actriz de filmes de aventuras, em que o talento interpretativo não era um factor primordial, Yvonne teve entretanto o seu grande momento na superprodução “Os Dez Mandamentos" (1956) de Cecil B. DeMille, no papel de Sephora, a esposa de Moisés, que era protagonizado por Charlton Heston.
Quando começaram a diminuir as oportunidades no cinema, apareceu em diversas séries televisivas, como “Bonanza”. Entre 1964 e 1966, fez setenta e um episódios da série de culto “Os Monstros”, pelos quais é lembrada em todo o mundo. Nessa época, trabalhou também ao lado de John Wayne e Maureen O'Hara em “McLintock” (1963). Em 1971, actuou na Broadway, no elenco do premiado musical “Follies”. Dos seus últimos filmes, em diversos países, o mais marcante talvez tenha sido “Óscar” (1991), no qual faz o papel de tia do protagonista principal, Sylvester Stallone. Despediu-se das telas com uma produção de 1995 para a TV, “The Barefoot Executive”.
Yvonne casou-se uma única vez, em 1955. A união terminou em divórcio treze anos depois. Em 1987, publicou a sua autobiografia. Morreu de causas naturais no “Motion Picture & Television Fund's Retirement Home”, na Califórnia, aos oitenta e quatro anos de idade.
Yvonne de Carlo impôs-se nos anos 1940 e 1950 como um símbolo sexual, género Rita Hayworth e Ava Gardner, e como um símbolo feminista, estilo Maureen O'Hara. Ela foi igualmente uma das maiores belezas exóticas da sua época.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Durante a Segunda Guerra Mundial, participou activamente na Resistência e foi agente de ligação com o exército britânico. Depois do armistício e da capitulação alemã, viveu no Rio de Janeiro onde publicou o seu primeiro romance, “O Sangue dos homens”. De volta a Paris, frequentou os meios literários e retomou a profissão que tinha antes da guerra, o jornalismo, colaborando nomeadamente no “Fígaro”.
O seu maior sucesso, “Os Cadernos do major Thompson”, foi adaptado ao cinema em 1955 sob o título “The French, They Are a Funny Race”. Daninos publicaria, entre 1955 e 2000, quatro outros volumes do major Thompson.
Em Junho de 1967, escapou por pouco à morte num acidente de automóvel. Conduzia a sua viatura “Daimler”, quando chocou com outra que seguia em contra-mão. Ficou durante muito tempo em estado de coma, o que lhe serviria de assunto para a obra “O Pijama” (1972).
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Eugénio de Andrade, que Pacheco Pereira conheceu por volta de 1965, teve bastante influência na sua formação, dando-lhe a ler e a discutir muitos livros e poemas.
Iniciou, desde cedo, a sua actividade política em movimentos de oposição ao salazarismo.
Após contactos com o PCP, acabou por fundar a secção Norte do PCP-ML, partido marxista-leninista de inspiração maoista. Após uma rusga da PIDE a sua casa, em Fevereiro de 1973, viveu na clandestinidade, da qual só sairia completamente após o golpe de 11 de Março de 1975.
Licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1978. Já tinha aí obtido o bacharelato em 1971.
Recolheu, classificou, organizou e estudou de forma sistemática documentação sobre a vida política portuguesa, tendo lançado a revista “Estudos sobre o comunismo”. Com João Carlos Espada e Manuel Villaverde Cabral, fundou em 1984 o Clube da Esquerda Liberal.
Em 1986 apoiou activamente a primeira eleição presidencial de Mário Soares. Foi deputado pelo Partido Social Democrata durante três legislaturas (1987/1999), tendo sido eleito da primeira vez como independente, pois só se filiaria no PSD em 1988. Foi líder parlamentar e presidente da comissão política distrital de Lisboa deste partido. Foi membro da Delegação da Assembleia da República à Assembleia da NATO e Presidente do Subcomité da Europa de Leste e da ex-URSS da Comissão Política da Assembleia do Atlântico Norte. Foi também Vice-Presidente do Instituto Luso-Árabe para a Cooperação.
Em 2002 foi cabeça de lista pelo círculo eleitoral do Porto, nas eleições legislativas que culminaram com a vitória do Partido Social Democrata, então dirigido por Durão Barroso. Contudo, por ser na altura deputado europeu, não assumiu o cargo de deputado na Assembleia da República. Foi Vice-Presidente do Parlamento Europeu entre 1999 e 2004.
Em 2004 foi nomeado embaixador de Portugal na UNESCO. Um mês após a divulgação de que iria ocupar este cargo, quando soube que Santana Lopes iria substituir Durão Barroso como primeiro-ministro, demitiu-se por não querer ficar na dependência funcional de um governo que pretendia criticar. Voltou a ser eleito deputado nas eleições legislativas de 2009.
É docente no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, tendo sido também professor da Universidade Autónoma de Lisboa.
É colaborador regular da imprensa escrita. Actualmente é cronista do jornal “Público” e da revista “Sábado”. Também é comentador político na televisão, nomeadamente em “Quadratura do Círculo” (SIC Notícias). Na Internet, assina os blogues “Abrupto”, “Estudos sobre o Comunismo” e “Ephemera”.
Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 10 de Junho de 2005, pelo então Presidente da República Jorge Sampaio.
A sua biblioteca, com cerca de 100 000 títulos, é possivelmente a maior biblioteca privada portuguesa.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Trabalhou como correspondente em Praga do jornal “Le Temps”, entre 1934 e 1938. Foi fundador e director do jornal “Le Monde” de 1944 a 1969, conseguindo que o jornal tivesse grande influência política, ao mesmo tempo que mantinha a sua independência.
Apesar de ter tido uma infância difícil por causa da Primeira Guerra Mundial e tendo por origem uma família modesta, conseguiu apoios que lhe permitiram fazer os seus estudos superiores.
A sua primeira experiência como jornalista foi em “Nouvelles Religieuses”, um jornal católico e conservador.
Doutorou-se em Direito e foi colocado como professor no Instituto Francês de Praga, onde se tornou igualmente conselheiro técnico do Ministério dos Negócios Estrangeiros da jovem república Checoslovaca. Estudou o aumento dos perigos militaristas na Europa e foi também correspondente de vários diários parisienses.
Em 1942 alistou-se na Resistência Francesa, participando em combates pela libertação da ocupação alemã.
Em Outubro de 1944, quando era Chefe de Redacção da revista “Temps présent”, foi solicitado pelo General de Gaulle para criar um diário de referência, com a ajuda do governo francês. Foi assim que nasceu “Le Monde”, cujo primeiro número foi publicado em Dezembro de 1944. Foi seu director até se reformar, publicando editoriais sob o pseudónimo de “Sirius”. Em 1964 fundou igualmente “Le Monde Diplomatique”. Foi laureado com a “Pena de Ouro da Liberdade” em 1972.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Foi agraciado com o Nobel de Literatura em 2000, graças a «uma obra de valor universal, de uma lucidez amarga e uma ingenuidade linguística que abriram novos caminhos para o romance e o teatro chineses».
O pai era banqueiro e a mãe actriz amadora. Foi ela que fez despertar o interesse do filho pelas artes, pelo teatro e pela escrita. Recebeu a formação base em escolas da República Popular da China, diplomando-se em Francês no Instituto de Línguas Estrangeiras de Pequim (1962). Começou a traduzir em mandarim autores como Ionesco e Prévert, dando a descobrir aos seus compatriotas os temas e a estética da literatura ocidental contemporânea.
Quando da Revolução Cultural Chinesa, foi enviado durante seis anos para um “campo de reeducação”, vendo-se forçado a queimar uma mala onde tinha dissimulado vários manuscritos. Só foi autorizado a deixar o país depois da morte de Mao em 1979, tendo visitado então a Itália e a França.
Entre 1980 e 1987 publicou novelas, ensaios e peças de teatro, mas o seu “vanguardismo” e a sua liberdade de pensamento não eram do agrado das autoridades chinesas. As teorias literárias, expostas no “Primeiro Ensaio sobre a Arte do Romance” (1981), iam deliberadamente contra os dogmas do Estado e do realismo revolucionário apregoado pelo regime.
Vários dos seus espectáculos experimentais, influenciados por Brecht, Artaud e Beckett, foram representados no Teatro Popular de Pequim, encontrando largo eco junto do público. A peça “Paragem de bus” (1983), virulenta sátira da sociedade de Pequim, foi criticada com violência e as suas obras começaram obviamente a confrontar-se com a censura.
Em 1985, “O Homem Selvagem” foi objecto de uma grande polémica suscitando mesmo o interesse da opinião internacional. No ano seguinte, a representação de “A Outra Margem” foi proibida. Para evitar represálias, Gao começou um périplo pela província de Sichuan, descendo o rio Yang Tsé Kiang até ao mar. Em 1987 viu-se obrigado ao exílio, sendo desde então considerado “persona non grata” em território chinês. Vive em França desde 1988, depois de obter asilo político. É “Cavaleiro das Artes e das Letras”.
Gao Xingjian é autor igualmente de poemas e da ópera “A Neve em Agosto”. Algumas das suas obras foram já escritas directamente na língua francesa.
É ainda pintor, utilizando materiais chineses tradicionais (papel de arroz e pincel em pelo de cabra) e conseguindo modular a sua tinta negra em centenas de nuances. No entanto, Gao utiliza também algumas técnicas ocidentais em certas circunstâncias. Realizados com tinta-da-china, os seus quadros conjugam a abstracção, a figuração e o panteísmo. Algumas das suas obras estão reproduzidas nas capas dos livros de que é autor.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Teve como protagonistas Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco Martins Rodrigues, Francisco Miguel, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro Soares e Rogério de Carvalho
A operação, cuidadosamente planeada, foi organizada internamente por uma comissão integrada por Álvaro Cunhal, Jaime Serra e Joaquim Gomes e, no exterior, por Pires Jorge e Dias Lourenço, com a ajuda de Octávio Pato, Rui Perdigão e Rogério Paulo.
Na data aprazada, no final da tarde, um automóvel parou em frente ao forte, com o porta-bagagens aberto. Era o sinal combinado para que, no interior da prisão, se soubesse que, no exterior, estava tudo a postos para a fuga. O sinal foi transmitido pelo actor, já falecido, Rogério Paulo.
O carcereiro foi então neutralizado com o emprego de clorofórmio e, beneficiando da ajuda de um sentinela aliciado, os prisioneiros atravessaram, sem serem apercebidos pelos demais sentinelas, a parte mais exposta do percurso. Encontrando-se no piso superior, passaram ao piso inferior com o recurso a uma árvore. Correram para a muralha e desceram a mesma com o auxílio de uma “corda” que tinham feito com lençóis. Alcançaram assim o fosso exterior. Tiveram ainda que saltar um muro para chegar à vila, onde já se encontravam à espera os automóveis que os haviam de transportar para as casas clandestinas onde passariam a noite.
Cunhal passou a noite na casa de Pires Jorge, em São João do Estoril, onde ficou a viver clandestinamente durante algum tempo.
O êxito desta evasão, que se tornaria uma das mais conhecidas evasões das prisões fascistas e representou uma humilhante derrota para a PIDE, deveu-se, como o de outras fugas colectivas e individuais de militantes comunistas, à firme disposição de regressar à luta pela liberdade e pela democracia.
A fuga de Peniche representou igualmente uma grande vitória para o PCP que, ao recuperar um importante número de destacados dirigentes, criou melhores condições para dirigir e desenvolver a luta contra a ditadura fascista e as importantes lutas que tiveram lugar em 1961/1962.
Em Novembro de 1962, o destacado dirigente comunista já falecido, Octávio Pato, que do exterior do Forte ajudou a preparar a fuga e que fora entretanto preso, afirmava no seu julgamento: «Serei condenado por amar o meu povo e o meu país e por estar irmanado a todos os patriotas que anseiam libertar Portugal. Tenho, porém, a consciência de que a luta a que me devotei desde a minha juventude e que abrangeu a maior parte dos anos da minha vida não foi em vão».
domingo, 2 de janeiro de 2011

Como jogador, foi um ponta-de-lança nato e um ídolo para os adeptos do Futebol Clube do Porto, onde fez quase toda a sua carreira.
A chegada do brasileiro Mário Jardel ao F. C. do Porto, em 1996/1997, acabou por marcar a carreira de Domingos, que perdeu o seu lugar na equipa.
Nas épocas 1997/98 e 1998/1999 representou o Club Deportivo Tenerife, tendo regressado depois ao F. C. do Porto, para terminar a sua carreira na época 2000/2001.
Representou a Selecção Nacional trinta e cinco vezes (1989/1998) e foi Campeão Nacional sete vezes, tendo ganho quatro Taças de Portugal e cinco Super Taças.
Eleito o Melhor Jogador Português em 1989/1990, foi o Melhor Marcador do Campeonato de Portugal em 1995/1996.
Começou a carreira de treinador com as camadas jovens do F. C. do Porto e, depois, com a equipa B (2005/2006). Na época 2006/2007 foi treinador do Leiria.
Treinou a Académica de Coimbra até ao fim da época 2008/2009, levando-a ao 7º lugar do campeonato, posição que o clube não atingia há várias décadas.
No mês seguinte, foi para o Sporting Clube de Braga, tendo ficado em 2º lugar no Campeonato Nacional, posição nunca antes alcançada. Apurou assim a equipa para a Liga dos Campeões Europeus, o que aconteceu pela primeira vez na história do Clube.
sábado, 1 de janeiro de 2011

Seguidor de Isaac Newton, entre outros, antecipou-se a matemáticos de renome internacional, como o francês Cauchy, na formulação de diversos conceitos.
Ficou essencialmente conhecido pelos seus trabalhos nos domínios da teoria das equações, da análise algébrica, da trigonometria plana e esférica, da geometria analítica e do cálculo diferencial.
Em 1773, o Marquês de Pombal, quando instituiu a reforma da Universidade de Coimbra, teve conhecimento dos seus méritos e nomeou-o professor da Faculdade de Matemática daquela Universidade.
Condenado pela Inquisição à pena de reclusão pelo crime de heresia, a importância deste cientista português do século XVIII só viria a ser reconhecida nos fins do século XX, pela sua contribuição para a reforma do cálculo infinitesimal.
A única obra que Anastácio da Cunha deixou impressa foi “Princípios Matemáticos para instrucção dos alunos do Collegio de São Lucas, da Real Casa Pia do Castello de São Jorge” (Lisboa, 1790).
Em 2005, um conjunto de manuscritos inéditos de Anastácio da Cunha foi descoberto no Arquivo Distrital de Braga.
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