EFEMÉRIDE – Em 3 de Janeiro de 1960, ocorreu a chamada “Fuga de Peniche”, episódio importante no contexto da oposição à ditadura salazarista.
Teve como protagonistas Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco Martins Rodrigues, Francisco Miguel, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro Soares e Rogério de Carvalho
A operação, cuidadosamente planeada, foi organizada internamente por uma comissão integrada por Álvaro Cunhal, Jaime Serra e Joaquim Gomes e, no exterior, por Pires Jorge e Dias Lourenço, com a ajuda de Octávio Pato, Rui Perdigão e Rogério Paulo.
Na data aprazada, no final da tarde, um automóvel parou em frente ao forte, com o porta-bagagens aberto. Era o sinal combinado para que, no interior da prisão, se soubesse que, no exterior, estava tudo a postos para a fuga. O sinal foi transmitido pelo actor, já falecido, Rogério Paulo.
O carcereiro foi então neutralizado com o emprego de clorofórmio e, beneficiando da ajuda de um sentinela aliciado, os prisioneiros atravessaram, sem serem apercebidos pelos demais sentinelas, a parte mais exposta do percurso. Encontrando-se no piso superior, passaram ao piso inferior com o recurso a uma árvore. Correram para a muralha e desceram a mesma com o auxílio de uma “corda” que tinham feito com lençóis. Alcançaram assim o fosso exterior. Tiveram ainda que saltar um muro para chegar à vila, onde já se encontravam à espera os automóveis que os haviam de transportar para as casas clandestinas onde passariam a noite.
Cunhal passou a noite na casa de Pires Jorge, em São João do Estoril, onde ficou a viver clandestinamente durante algum tempo.
O êxito desta evasão, que se tornaria uma das mais conhecidas evasões das prisões fascistas e representou uma humilhante derrota para a PIDE, deveu-se, como o de outras fugas colectivas e individuais de militantes comunistas, à firme disposição de regressar à luta pela liberdade e pela democracia.
A fuga de Peniche representou igualmente uma grande vitória para o PCP que, ao recuperar um importante número de destacados dirigentes, criou melhores condições para dirigir e desenvolver a luta contra a ditadura fascista e as importantes lutas que tiveram lugar em 1961/1962.
Em Novembro de 1962, o destacado dirigente comunista já falecido, Octávio Pato, que do exterior do Forte ajudou a preparar a fuga e que fora entretanto preso, afirmava no seu julgamento: «Serei condenado por amar o meu povo e o meu país e por estar irmanado a todos os patriotas que anseiam libertar Portugal. Tenho, porém, a consciência de que a luta a que me devotei desde a minha juventude e que abrangeu a maior parte dos anos da minha vida não foi em vão».
Teve como protagonistas Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco Martins Rodrigues, Francisco Miguel, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro Soares e Rogério de Carvalho
A operação, cuidadosamente planeada, foi organizada internamente por uma comissão integrada por Álvaro Cunhal, Jaime Serra e Joaquim Gomes e, no exterior, por Pires Jorge e Dias Lourenço, com a ajuda de Octávio Pato, Rui Perdigão e Rogério Paulo.
Na data aprazada, no final da tarde, um automóvel parou em frente ao forte, com o porta-bagagens aberto. Era o sinal combinado para que, no interior da prisão, se soubesse que, no exterior, estava tudo a postos para a fuga. O sinal foi transmitido pelo actor, já falecido, Rogério Paulo.
O carcereiro foi então neutralizado com o emprego de clorofórmio e, beneficiando da ajuda de um sentinela aliciado, os prisioneiros atravessaram, sem serem apercebidos pelos demais sentinelas, a parte mais exposta do percurso. Encontrando-se no piso superior, passaram ao piso inferior com o recurso a uma árvore. Correram para a muralha e desceram a mesma com o auxílio de uma “corda” que tinham feito com lençóis. Alcançaram assim o fosso exterior. Tiveram ainda que saltar um muro para chegar à vila, onde já se encontravam à espera os automóveis que os haviam de transportar para as casas clandestinas onde passariam a noite.
Cunhal passou a noite na casa de Pires Jorge, em São João do Estoril, onde ficou a viver clandestinamente durante algum tempo.
O êxito desta evasão, que se tornaria uma das mais conhecidas evasões das prisões fascistas e representou uma humilhante derrota para a PIDE, deveu-se, como o de outras fugas colectivas e individuais de militantes comunistas, à firme disposição de regressar à luta pela liberdade e pela democracia.
A fuga de Peniche representou igualmente uma grande vitória para o PCP que, ao recuperar um importante número de destacados dirigentes, criou melhores condições para dirigir e desenvolver a luta contra a ditadura fascista e as importantes lutas que tiveram lugar em 1961/1962.
Em Novembro de 1962, o destacado dirigente comunista já falecido, Octávio Pato, que do exterior do Forte ajudou a preparar a fuga e que fora entretanto preso, afirmava no seu julgamento: «Serei condenado por amar o meu povo e o meu país e por estar irmanado a todos os patriotas que anseiam libertar Portugal. Tenho, porém, a consciência de que a luta a que me devotei desde a minha juventude e que abrangeu a maior parte dos anos da minha vida não foi em vão».
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