EFEMÉRIDE – Josemaría Escrivá de Balaguer, sacerdote católico espanhol e fundador do Opus Dei, nasceu em Barbastro no dia 9 de Janeiro de 1902. Morreu em Roma, em 26 de Junho de 1975.
Fez os primeiros estudos no Colégio dos Padres Escolápios. Quando tinha doze anos, o negócio do pai faliu e, com os pais e a irmã mais velha, foi viver para Logroño. Inicialmente, Josemaría planeava estudar arquitectura mas, num dia de inverno, um acontecimento veio mudar a sua vida: enquanto caminhava, cruzou-se com um carmelita, que andava descalço pela neve. Esse episódio tocou-o muito profundamente e, pouco tempo depois, tomou a decisão de abraçar o sacerdócio.
Recebeu a ordenação sacerdotal em Saragoça no mês de Março de 1925. A sua primeira missa foi celebrada na Santa e Angélica Capela do Pilar de Saragoça, em sufrágio pela alma do pai.
Iniciou a actividade pastoral em paróquias rurais, continuando-a posteriormente pelos bairros pobres e pelos hospitais de Madrid, onde realizou numerosas obras de misericórdia.
Em Outubro de 1928, durante uns dias de retiro espiritual em Madrid, na Casa Central dos Lazaristas, viu o Opus Dei, que pode ser definido como «um caminho de santificação no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres ordinários do cristão» e, a partir desse momento, dedicou grande parte da sua actividade a promover esta procura cristã de identificação com Cristo, preferencialmente trilhado no mundo, na vida quotidiana, através do exercício do trabalho profissional e do cumprimento dos deveres pessoais para com Deus, a família e a sociedade, por cada indivíduo, actuando assim como um fermento de valores humanos e cristãos em cada ambiente onde estiver inserido.
Escrivá de Balaguer é considerado por muitos como um precursor do Concílio Vaticano II, que teria início mais de trinta anos depois, ao atribuir um papel preponderante ao cristão comum no trabalho de evangelização da sociedade.
A partir de 1930, o seu apostolado foi estendido às mulheres. Em 1933 foi aberto o primeiro centro do Opus Dei, a Academia DYA, destinada principalmente a estudantes de Direito e Arquitectura. A Academia transformou-se numa residência universitária, onde Josemaría e os primeiros membros difundiam a mensagem do Opus Dei entre os jovens; simultaneamente realizavam catequese e atendimento aos pobres e doentes dos bairros periféricos de Madrid. De tudo foi mantido informado o bispo de Madrid-Alcalá que deu a sua aprovação. Nesta época publicou “Considerações espirituais”, precursor do livro “Caminho”.
Quando rebentou a Guerra Civil Espanhola, esteve várias vezes prestes a ser capturado por militantes anti-clericais. Para escapar à perseguição refugiou-se na Legação de Honduras e em diversos outros lugares. Mesmo durante a guerra, dedicou-se clandestinamente ao trabalho pastoral. Conseguiu sair de Madrid, atravessando os Pirenéus por Andorra até ao sul da França e instalou-se em Burgos.
Com o fim do conflito, voltou a Madrid e iniciou a expansão do seu trabalho apostólico noutras cidades de Espanha. O início da Segunda Guerra Mundial impediu o começo do trabalho noutros países.
Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, Escrivá mudou-se para Roma, deixando claro que o Opus Dei era universal, destinado a todos os homens de todas as nacionalidades e de todos os tempos. Preocupava-o o facto do Opus Dei não ter um enquadramento jurídico adequado à sua realidade laical. No entanto, só nos anos 1980, já depois da sua morte, é que foi encontrada a forma jurídica desejada pelo fundador.
Em 1947, conseguiu da Santa Sé a primeira aprovação pontifícia para o Opus Dei. No ano seguinte fundou em Roma o Colégio Romano de Santa Cruz, destinado à formação de homens do Opus Dei provenientes de todas as partes do mundo. O Papa Pio XII concedeu, em 1950, aprovação definitiva ao Opus Dei. Em 1953, fundou o Colégio Romano de Santa Maria, centro internacional para a formação espiritual, teológica e apostólica de mulheres do Opus Dei.
Durante os mais de 25 anos que viveu em Villa Tevere, em Roma, Escrivá trabalhou intensamente quer no governo do Opus Dei quer no apostolado junto dos seus membros. Principalmente a partir de 1970, realizou várias viagens à Europa e à América do Sul.
Licenciado em Direito pela Universidade de Zaragoza e doutorado em Direito Civil pela Universidade de Madrid, foi também doutor em Teologia pela Universidade de Laterano (Roma) e grão chanceler da Universidade de Navarra e da Universidade de Piura (Peru).
Em 1961 foi nomeado pelo Papa João XXIII consultor da Comissão Pontifícia para a interpretação autêntica do Código de Direito Canónico.
Sob o seu impulso foi criada a Universidade de Navarra, em Pamplona, uma das universidades mais prestigiadas da Europa, e reconstruído o Santuário de Nossa Senhora de Torreciudad, em Aragão, onde a mãe o levara com poucos anos de vida em agradecimento por ele ter sobrevivido a uma doença grave.
Após o seu falecimento, 69 cardeais, cerca de 1300 bispos de todo o mundo e 41 superiores de congregações religiosas, de entre outras personalidades, pediram ao Papa o início da causa da sua beatificação e canonização. Em 1981 foi aberto o processo de beatificação. Em 1990 o Papa João Paulo II declarou a heroicidade das suas virtudes cristãs e, em 1991, decretou o carácter milagroso de uma cura atribuída à sua intercessão. Foi beatificado em 1992. Em 2002 foi canonizado pelo Papa João Paulo II. Em 2005 Bento XVI abençoou uma sua estátua em mármore, colocada no exterior da Basílica de São Pedro em Roma.
Entretanto, o Opus Dei tem tomado posições controversas, entre as quais a defesa de Pinochet (sanguinário ditador do Chile) e os ataques a Hugo Chavez (democraticamente eleito na Venezuela).
Fez os primeiros estudos no Colégio dos Padres Escolápios. Quando tinha doze anos, o negócio do pai faliu e, com os pais e a irmã mais velha, foi viver para Logroño. Inicialmente, Josemaría planeava estudar arquitectura mas, num dia de inverno, um acontecimento veio mudar a sua vida: enquanto caminhava, cruzou-se com um carmelita, que andava descalço pela neve. Esse episódio tocou-o muito profundamente e, pouco tempo depois, tomou a decisão de abraçar o sacerdócio.
Recebeu a ordenação sacerdotal em Saragoça no mês de Março de 1925. A sua primeira missa foi celebrada na Santa e Angélica Capela do Pilar de Saragoça, em sufrágio pela alma do pai.
Iniciou a actividade pastoral em paróquias rurais, continuando-a posteriormente pelos bairros pobres e pelos hospitais de Madrid, onde realizou numerosas obras de misericórdia.
Em Outubro de 1928, durante uns dias de retiro espiritual em Madrid, na Casa Central dos Lazaristas, viu o Opus Dei, que pode ser definido como «um caminho de santificação no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres ordinários do cristão» e, a partir desse momento, dedicou grande parte da sua actividade a promover esta procura cristã de identificação com Cristo, preferencialmente trilhado no mundo, na vida quotidiana, através do exercício do trabalho profissional e do cumprimento dos deveres pessoais para com Deus, a família e a sociedade, por cada indivíduo, actuando assim como um fermento de valores humanos e cristãos em cada ambiente onde estiver inserido.
Escrivá de Balaguer é considerado por muitos como um precursor do Concílio Vaticano II, que teria início mais de trinta anos depois, ao atribuir um papel preponderante ao cristão comum no trabalho de evangelização da sociedade.
A partir de 1930, o seu apostolado foi estendido às mulheres. Em 1933 foi aberto o primeiro centro do Opus Dei, a Academia DYA, destinada principalmente a estudantes de Direito e Arquitectura. A Academia transformou-se numa residência universitária, onde Josemaría e os primeiros membros difundiam a mensagem do Opus Dei entre os jovens; simultaneamente realizavam catequese e atendimento aos pobres e doentes dos bairros periféricos de Madrid. De tudo foi mantido informado o bispo de Madrid-Alcalá que deu a sua aprovação. Nesta época publicou “Considerações espirituais”, precursor do livro “Caminho”.
Quando rebentou a Guerra Civil Espanhola, esteve várias vezes prestes a ser capturado por militantes anti-clericais. Para escapar à perseguição refugiou-se na Legação de Honduras e em diversos outros lugares. Mesmo durante a guerra, dedicou-se clandestinamente ao trabalho pastoral. Conseguiu sair de Madrid, atravessando os Pirenéus por Andorra até ao sul da França e instalou-se em Burgos.
Com o fim do conflito, voltou a Madrid e iniciou a expansão do seu trabalho apostólico noutras cidades de Espanha. O início da Segunda Guerra Mundial impediu o começo do trabalho noutros países.
Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, Escrivá mudou-se para Roma, deixando claro que o Opus Dei era universal, destinado a todos os homens de todas as nacionalidades e de todos os tempos. Preocupava-o o facto do Opus Dei não ter um enquadramento jurídico adequado à sua realidade laical. No entanto, só nos anos 1980, já depois da sua morte, é que foi encontrada a forma jurídica desejada pelo fundador.
Em 1947, conseguiu da Santa Sé a primeira aprovação pontifícia para o Opus Dei. No ano seguinte fundou em Roma o Colégio Romano de Santa Cruz, destinado à formação de homens do Opus Dei provenientes de todas as partes do mundo. O Papa Pio XII concedeu, em 1950, aprovação definitiva ao Opus Dei. Em 1953, fundou o Colégio Romano de Santa Maria, centro internacional para a formação espiritual, teológica e apostólica de mulheres do Opus Dei.
Durante os mais de 25 anos que viveu em Villa Tevere, em Roma, Escrivá trabalhou intensamente quer no governo do Opus Dei quer no apostolado junto dos seus membros. Principalmente a partir de 1970, realizou várias viagens à Europa e à América do Sul.
Licenciado em Direito pela Universidade de Zaragoza e doutorado em Direito Civil pela Universidade de Madrid, foi também doutor em Teologia pela Universidade de Laterano (Roma) e grão chanceler da Universidade de Navarra e da Universidade de Piura (Peru).
Em 1961 foi nomeado pelo Papa João XXIII consultor da Comissão Pontifícia para a interpretação autêntica do Código de Direito Canónico.
Sob o seu impulso foi criada a Universidade de Navarra, em Pamplona, uma das universidades mais prestigiadas da Europa, e reconstruído o Santuário de Nossa Senhora de Torreciudad, em Aragão, onde a mãe o levara com poucos anos de vida em agradecimento por ele ter sobrevivido a uma doença grave.
Após o seu falecimento, 69 cardeais, cerca de 1300 bispos de todo o mundo e 41 superiores de congregações religiosas, de entre outras personalidades, pediram ao Papa o início da causa da sua beatificação e canonização. Em 1981 foi aberto o processo de beatificação. Em 1990 o Papa João Paulo II declarou a heroicidade das suas virtudes cristãs e, em 1991, decretou o carácter milagroso de uma cura atribuída à sua intercessão. Foi beatificado em 1992. Em 2002 foi canonizado pelo Papa João Paulo II. Em 2005 Bento XVI abençoou uma sua estátua em mármore, colocada no exterior da Basílica de São Pedro em Roma.
Entretanto, o Opus Dei tem tomado posições controversas, entre as quais a defesa de Pinochet (sanguinário ditador do Chile) e os ataques a Hugo Chavez (democraticamente eleito na Venezuela).
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