quinta-feira, 9 de março de 2017

9 DE MARÇO - ANDRÉ COURRÈGES

EFEMERIDE – André Courrèges estilista francês, nasceu em Pau no dia 9 de Março de 1923. Morreu em Neuilly-sur-Seine, em 7 de Janeiro de 2016.
Engenheiro civil por formação, o que o atraía era o desenho e a arquitectura. Instalou-se em Paris logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, seguindo diversos cursos na Escola da Câmara Sindical da Costura.
Trabalhou com o costureiro Balenciaga, nos anos 1950, aprendendo novas técnicas. Fundou depois a sua própria casa de alta-costura em 1961. Em 1964, lançou a colecção “Space Age” que foi um sucesso mundial.
Em 1965, a sua colecção revolucionou a alta-costura, contribuindo para o sucesso da minissaia (iniciado por Mary Quant, em Londres) e para o uso de calças pelas senhoras. Courrèges idealizava peças mais curtas e materiais e formas inovadoras, como as suas botas e roupas em PVC. Destacou-se no uso do branco, não negligenciando porém as cores contrastantes.
Em 1972, foi convidado para criar os uniformes oficiais para os Jogos Olímpicos de Munique. No mesmo ano, lançou o seu primeiro perfume, “Empreinte”.
No meio da década de 1990, sentindo-se doente, reformou-se e nomeou a sua mulher como directora artística da empresa. Era casado, desde 1967, com Coqueline, sua assistente desde os tempos de Balenciaga.
Em 2002, André Courrèges decidiu consagrar-se a outros projectos, como a pintura, a escultura e os automóveis não poluentes, criando uma filial – a Courrèges Énergie.
Em 2011, a sua marca foi vendida a dois investidores, Frédéric Torloting e Jacques Bungert, executivos da agência de publicidade Young & Rubicam.
 Atingido pela doença de Parkinson desde o fim dos anos 1980, faleceu em 2016, com 92 anos de idade.

quarta-feira, 8 de março de 2017

8 DE MARÇO - KURT MAHR

EFEMÉRIDEKurt Mahr, de seu verdadeiro nome Klaus Mahn, escritor de ficção científica alemão e consultor de física da NASA, nasceu em Frankfurt no dia 8 de Março de 1934. Morreu na Florida em 27 de Junho de 1993, vítima de acidente na estrada. Participou na série “Perry Rhodan” desde o seu começo, em 1961, como autor e consultor em física.
Após estudar Arquitectura, acabou por se diplomar em Física. Mudou-se para os Estados Unidos em 1972, indo trabalhar para a empresa Pratt & Whitney. Morou na Florida até à sua morte, apenas com um pequeno intervalo em que esteve na Alemanha (1977).
A sua carreira literária iniciou-se no fim da década de 1950, escrevendo romances sentimentais e westerns. Só depois começou a dedicar-se à ficção científica.  O seu primeiro livro do género (“Zeit wie Sand”) foi publicado em 1960, na colecção “Terra”.
Além de novelas para “Perry Rhodan”, Kurt Mahr escreveu também inúmeras histórias para a série “Romances Planetários”.
Colaborou igualmente nas séries “Guerra na Via Láctea”, com seis novelas, e “O longo caminho para a Terra” com cinco.
Kurt Mahr escreveu, de 1985 até 1993, 1250 resumos de várias séries de ficção científica, juntamente com o escritor austríaco Ernst Vlcek.

terça-feira, 7 de março de 2017

7 DE MARÇO - ANDRÉ MORELLET

EFEMÉRIDEAndré Morellet, filósofo, escritor, enciclopedista e tradutor francês, nasceu em Lyon no dia 7 de Março de 1727. Morreu em Paris, em 12 de Janeiro de 1819. Foi um dos filósofos do Iluminismo e, nesta função, aparece em muitas memórias, como na de Madame de Rémusat.
Educado inicialmente num colégio de jesuítas de Lyon, estudou mais tarde na Universidade da Sorbonne. Formou-se sacerdote, mas sem grandes convicções. Voltaire chamava-lhe “L'Abbé Mords-les”, devido ao seu mordaz e vivo engenho.
Amigo de vários filósofos, contribuiu para a “Enciclopédia”, redigindo seis artigos de crítica literária, de teologia e de filosofia.
Os seus escritos mais controversos foram um panfleto em resposta à obra de Charles Palissot, “Les Philosophes”, e uma resposta ao “Commerce des bleds” (1770) de Ferdinando Galiani. O panfleto valeu-lhe dois meses de prisão na Bastilha.
Mais tarde, empregou-se em comunicações semi-diplomáticas com homens de estado ingleses e obteve uma pensão, além de se tornar membro da Academia Francesa, em 1785. Participou na redacção do “Dicionário” da Academia.
Um ano antes do seu falecimento, editou quatro volumes de “Mélanges de littérature et de philosophie du XVIIIe siècle”, compostos sobretudo por uma selecção das suas publicações anteriores. Após a sua morte, foram editadas as suas “Mémoires sur le XVIIIe siècle et la Révolution” (2 volumes, 1821).
A sua tradução satírica do “Directorium Inquisitorum”, de Nicolau Aymerich, teve influência na decisão da Igreja Católica de cessar algumas das suas práticas inquisitórias.

segunda-feira, 6 de março de 2017

GLOSANDO SOFIA... (2010)


"VOLVER A LOS 17" - Mercedes Sosa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Gal Co...

6 DE MARÇO - LUIGI ALAMANNI

EFEMÉRIDELuigi Alamanni, poeta, homem da Igreja e político italiano, nasceu em Florença no dia 6 de Março de 1495. Morreu em Amboise (França), em 18 de Abril de 1556, vítima de disenteria. E um dos mais perfeitos exemplos da cultura italiana no século XVI.
O pai era um adepto ferrenho do partido dos Medici, mas Luigi, sofrendo de uma suposta injustiça, juntou-se a outros numa conspiração fracassada contra Giulio di Giuliano de Medici, mais tarde Papa Clemente VII. Foi obrigado, em consequência disso, a refugiar-se em Veneza e, depois, a fugir para a França.
Quando Florença se libertou do jugo papal, em 1527, Alamanni regressou e foi ocupar mesmo um cargo proeminente na gestão dos assuntos da República.
Com a restauração dos Medici, em 1530, voltou a refugiar-se em França, onde compôs a maior parte das suas obras. Era um dos favoritos de Francisco I, que o enviou como embaixador a Carlos V, após a Paz de Crépy, em 1544.
Após a morte de Francisco I, Alamanni desfrutou também da confiança do seu sucessor Henrique II e, em 1551, foi colocado em Génova na qualidade de embaixador.
Escreveu um grande número de poesias, que se distinguem pela pureza e excelência do estilo. A melhor delas é um poema didáctico, “La Coltivazione” (Paris, 1546), escrito como imitação das “Geórgicas” de Virgílio. A sua “Opere Toscane” (Lyon, 1532) é composta de peças satíricas escritas em versos livres.
Poeta prolífico e versátil, houve quem dissesse que Alamanni tinha sido o primeiro a usar o epigrama na poesia italiana, mas essa distinção pertence ao seu contemporâneo Gian Giorgio Trissino.

domingo, 5 de março de 2017

5 DE MARÇO - REX HARRISON

EFEMÉRIDE – Reginald “Rex” Carey Harrison, actor britânico, nasceu em Huyton no dia 5 de Março de 1908. Morreu em Nova Iorque, em 2 de Junho de 1990, vítima de cancro no pâncreas. Foi galardoando com um Oscar e dois Tony Awards.
Estudou no Liverpool College. Devido a sequelas do sarampo, perdeu quase totalmente a vista esquerda, o que o prejudicou várias vezes ao longo da carreira.
Iniciou-se em 1924 no Liverpool Rep Theatre. Interrompeu a carreira durante a Segunda Guerra Mundial, durante a qual serviu na Royal Air Force. Depois desse interregno, representou até Maio de 1990, menos de um mês antes do seu falecimento com 82 anos de idade.
Começou a sua carreira no cinema em 1930 (“The Great Game”) e, depois, impôs-se em várias comédias.
Estreou-se na Broadway no espectáculo “Sweet Aloes”, na década de 1940. O seu desempenho conquistou o público americano. Quando foi contratado pela produtora Fox de Hollywood, para fazer “Anna e o Rei do Sião”, em 1946, já era um actor muito popular.
Foi porém nos anos 1960 que Rex inscreveu o seu nome na galeria dos grandes actores, ao participar em filmes como “Cleópatra”, ao lado de Elizabeth Taylor e Richard Burton, desempenhando o papel de Júlio César; “Doctor Dolittle” (1967); “Agonia e Êxtase” (1965), como Papa Júlio II; e “My Fair Lady”, ao lado de Audrey Hepburn, desempenhando o papel do arrogante professor Henry Higgins, personagem que lhe valeu o Oscar de Melhor Actor em 1964.
Ficou conhecido sobretudo por interpretar personagens amáveis, cultos e muito elegantes, mas na vida real era bastante temperamental e casou-se seis vezes. Destacou-se pelos seus casos amorosos, que lhe valeram a alcunha de “Sexy Rexy”.
Rex Harrison abrandou a sua carreira cinematográfica em 1970, pondo um ponto final em 1982, para se consagrar aos palcos e à televisão.
Tem duas estrelas no Hollywood Boulevard, uma pela sua carreira no cinema, outra pela sua contribuição televisiva. Foi condecorado pela rainha Isabel II no Buckingham Palace, em 1989.

sábado, 4 de março de 2017

FRANÇOISE HARDY - "Tous Les Garcons..." (1962)

GISELA JOÃO - "O senhor extraterrestre"

4 DE MARÇO - GARRETT MORGAN

EFEMÉRIDEGarrett Augustus Morgan, inventor afro-americano, nasceu em Claysville no dia 4 de Março de 1877. Morreu em Cleveland, em 27 de Agosto de 1963. Inventou um capuz de protecção respiratória, além de ter inventado um semáforo e uma preparação para alisamento do cabelo.
Aos quinze anos, Garrett mudou-se para Cincinnati, em busca de emprego. A maioria de seus anos de adolescência foram passados a trabalhar como caseiro numa fazenda, como acontecia com muitos afro-americanos da época.
Morgan tinha deixado a escola – ainda pequeno – para trabalhar, mas – na adolescência – conseguiu arranjar o seu próprio tutor e recomeçar os estudos.
Em 1895, mudou-se para Cleveland, onde trabalhou a consertar máquinas de costura para um fabricante de roupas. Os boatos sobre as suas habilidades para consertar coisas espalharam-se rapidamente, abrindo-lhe muitas oportunidades de emprego.
Em 1907, construiu a sua própria máquina de costura e abriu uma sapataria. Foi o primeiro de vários dos seus negócios. No ano seguinte, ajudou a fundar a Associação de Homens Negros de Cleveland.
Em 1909, para expandir os negócios, abriu uma alfaiataria. A empresa fazia casacos, fatos, vestidos e outras roupas. Morgan descobriu um líquido que impedia as máquinas de costura de queimar os tecidos. Percebeu que o líquido podia servir também para alisar os cabelos humanos. Confeccionou então um creme com esse produto. Assim nascia a GA Morgan Hair Refining Company.
A partir de 1914, data do brevet, produziu um capuz de segurança para protecção de fumos. Foi utilizado na Primeira Guerra Mundial, para proteger os soldados da inalação de gás clorado. Esta invenção tornou-se conhecida internacionalmente, quando ele e três homens a usaram para salvar duas pessoas numa explosão de um túnel, no lago Erie (1916). Morgan foi premiado com a Medalha de Ouro por Bravura pela International Association of Fire Chiefs.
Os primeiros automóveis norte-americanos foram introduzidos antes da viragem do século XX. Peões, bicicletas, carroças puxadas por animais e todos os tipos de veículos a motor circulavam pelas mesmas estradas. Entre 1913 e 1921, muitas versões de sinais de trânsito foram instaladas em todo o território dos Estados Unidos. Em 1923, um sistema inventado por Garrett fazia parar o tráfego de viaturas para permitir aos peões atravessarem as ruas com mais segurança. Morgan vendeu os direitos à General Electric por 40 000 dólares. A maior vantagem sobre os outros tipos de semáforo era a capacidade de ser operado à distância, usando dispositivos mecânicos.
Garrett Morgan faleceu aos 86 anos. Foi casado duas vezes, tendo tido três filhos da sua segunda esposa.

sexta-feira, 3 de março de 2017

3 DE MARÇO - JÓZSEF BAJZA

EFEMÉRIDEJózsef Bajza, escritor e crítico húngaro, morreu em Peste no dia 3 de Março de 1858. Nascera em Szűcsi, condado de Heves, em 31 de Janeiro de 1804.  
Os seus primeiros trabalhos foram publicadas na “Aurora de Károly Kisfaludy”, uma revista literária, onde foi editor de 1830 a 1837. Colaborou também, substancialmente, nos jornais “Kritische Blätter”, “Athenaeum”, “Figyelmezö” e “Observer”. As suas críticas sobre arte dramática foram consideradas as melhores, entre textos sobre variados temas.
Em 1830, publicou traduções de alguns dramas estrangeiros e, em 1835, uma colectânea dos seus próprios poemas.
Em 1837, Bajza foi nomeado director do recém-criado Teatro Nacional, em Peste. Durante alguns anos, dedicou-se à escrita histórica e publicou sucessivamente a “Biblioteca Histórica” (“Történeti Könyvtár”), 6 volumes, 1843/45; o “Plutarco Moderno” (“Uj Plutarch”), 1845/47; e a “História Universal” (“Világtörténet”), 1847. Estas obras eram, em certa medida, traduções de autores alemães.
Em 1847, editou o jornal da oposição, “Ellenör”, em Leipzig. Em Março de 1848, Lajos Kossuth nomeou-o editor do seu jornal, “Kossuth Hirlapja”. Em 1850, Bajza teve uma doença cerebral que o levaria à morte oito anos mais tarde. Era membro da Academia Húngara das Ciências

quinta-feira, 2 de março de 2017

PEDRO LAMARES - "Quando vier a Primavera" de Alberto Caeiro


ELIS REGINA & TOM JOBIM - "Águas de Março" - 1974

2 DE MARÇO - PEDRO LAMARES

EFEMÉRIDEPedro Lamares, actor português, nasceu no Porto em 2 de Março de 1979. Estudou Artes Plásticas, passou pela Escola de Jazz do Porto (1996/97) e frequentou o Curso de Preparação para Licenciatura em Música Sacra, na Universidade Católica do Porto (1997/98). É actor desde 1997.
Complementou a sua formação com cursos e oficinas de teatro de rua (Natural Theatre Company, de Inglaterra); voz (Bernard Messuir, da Bélgica); naturalismo (Rogério de Carvalho, de Moçambique); clown (Alan Richardson, de Inglaterra); máscara neutra (Kuniaki Ida, do Japão); e dança vertical (Roc in Lichen, de França).
Estudou Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo, entre 1998 e 2001. Tem participado em espectáculos de teatro, dança e poesia. Participou em representações de “As Três Irmãs” de Tchekov, “Tio Vânia” de Howard Barker, “O Quebra Nozes” de Tchaikovsky, “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” de Jorge Amado, “Os Saltimbancos” de Chico Buarque e “Carmina Burana” de Carl Orff.
Pertence ao colectivo Caixa Geral de Despojos, com o qual colabora – desde 2003 – nas “Quintas de Leitura”, espectáculos de poesia, música e performance no Teatro do Campo Alegre.
Na televisão, deu-se a conhecer em “Dei-te Quase Tudo” (2005), na TVI, para participar – de seguida – em “Paixões Proibidas” (2006), co-produção da RTP com a Rede Bandeirantes, gravada no Rio de Janeiro. Teve o primeiro papel de vilão em “Deixa-me Amar” (2007) na TVI. No mesmo canal, participou ainda em “Casos da Vida” (2008), “Olhos nos Olhos” (2008) e “Sentimentos” (2009).
Na RTP, integrou o elenco de “Pai à Força” (2009). Participou ainda nas curtas-metragens “Supercolla” de David Bonneville (2000) e “De alto e coração” de Clara de Oliveira (2008), e na média-metragem “Chapéu-de-chuva” de Diogo de Sousa (2008).
Representou Fernando Pessoa na película “Filme do Desassossego” de João Botelho (2010). Em 2015, foi convidado para apresentar um programa (“Literatura Agora”) sobre poesia, na RTP2, em colaboração com a jornalista e poeta Filipa Leal. Na 2.ª temporada, o programa passou a chamar-se “Literatura Aqui”.
Foi professor de Expressão Dramática no Colégio do Sardão, em Oliveira do Douro, entre 2004 e 2006.
Dirigiu espectáculos de poesia e música, na Casa das Artes de Famalicão, no Teatro do Campo Alegre, na Casa da Cultura de Paredes e no Auditório de Castro Daire, entre outros locais.
Dedica-se actualmente ao cinema e a espectáculos itinerantes de poesia e música. Co-dirige, com Álvaro Teixeira Lopes, o projecto “COiNCIDÊNCIA”.

quarta-feira, 1 de março de 2017

1 DE MARÇO - JOSÉ AGOSTINHO

EFEMÉRIDEJosé Agostinho, militar que se distinguiu como meteorologista e naturalista de renome internacional, nasceu em Angra do Heroísmo no dia 1 de Março de 1888. Morreu na mesma cidade em 17 de Agosto de 1978. Publicou algumas centenas de artigos sobre meteorologia, sismologia e biologia, para além de ter realizado mais de uma centena e meia de palestras radiofónicas sobre as mesmas matérias.
Fez os estudos preparatórios no Liceu de Angra do Heroísmo, terminando-os em Lisboa. Destinado a seguir a carreira militar, ingressou na Escola Politécnica em 1904, tendo terminado o respectivo curso em 1908. Frequentou depois a Escola do Exército onde se graduou, ingressando na arma de Artilharia.
Na sua carreira militar, integrou o Corpo Expedicionário Português enviado para França durante a Primeira Grande Guerra, tendo ali comandando um grupo de artilharia. Pelo seu desempenho na frente de batalha, foi condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª Classe e com o grau de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada.
Terminada a guerra, regressou aos Açores, sendo colocado – em 1918 – como observador no Observatório Meteorológico de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, trabalhando em estreita colaboração com o naturalista (e coronel do exército) Francisco Afonso Chaves, então director do Serviço Meteorológico dos Açores.
Quando o coronel Afonso Chaves faleceu, em 1926, sucedeu-lhe no cargo de director do serviço que, sob a sua direcção, alcançou grande expansão. Passou a dedicar-se também a observações do campo magnético terrestre e a estudos de aerologia. Paralelamente, foi-se afirmando como sismólogo e naturalista, passando a corresponder-se com alguns dos principais naturalistas da época e recolhendo espécimes da fauna e flora dos Açores, que enviou aos principais centros de investigação e museus naturais.
Nesta fase, publicou numerosos trabalhos científicos de diversos países e integrou diversas comissões internacionais nas áreas do geomagnetismo e da geoelectricidade, do estudo da alta atmosfera e da meteorologia sinóptica.
Com a extinção do Serviço Meteorológico dos Açores em Outubro de 1946, por integração no Serviço Meteorológico Nacional, passou a meteorologista/chefe daquela instituição, chefiando a delegação dos Açores.
Reformou-se, por atingir o limite de idade, em Maio de 1958. Era então tenente-coronel de artilharia.
Para além da sua actividade como meteorologista profissional e como naturalista, exerceu uma extensa actividade de divulgação científica, tendo realizado centenas de palestras, incluindo uma longa série que foi transmitida pelo Rádio Clube de Angra, o que fez dele uma das personalidades açorianas mais conhecidas nas décadas de 1950 e 1960.
Era membro de múltiplas sociedades científicas internacionais e sócio correspondente do Instituto de Coimbra e da Sociedade Broteriana.
Foi sócio fundador e presidente da Sociedade de Estudos Açorianos Afonso Chaves e de várias associações açorianas, entre as quais o Instituto Histórico da Ilha Terceira, a que presidiu de 1955 a 1957. Para além do seu labor como naturalista, também se interessou por assuntos de história e de etnologia, publicando diversos artigos sobre estas temáticas.
Foi grande oficial da Ordem de Santiago da Espada, comendador da Ordem Militar de Avis, oficial da Ordem de Cristo e oficial da Ordem do Império Britânico. Esta última condecoração foi-lhe atribuída pelos serviços prestados às forças britânicas estacionadas na ilha Terceira durante a Segunda Guerra Mundial.
Em sua homenagem, o Observatório Meteorológico de Angra do Heroísmo é hoje denominado Observatório José Agostinho e uma das principais artérias da cidade de Angra do Heroísmo denomina-se Avenida tenente-coronel José Agostinho.

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Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...