quinta-feira, 17 de agosto de 2006

SEM RUMO


Ao acaso,
procuro um rumo ...
A noite cai.
Casas são apenas
silhuetas negras,
perfilando-se ao longe.
Chuva miúda,
impertinente,
ensopando-me a roupa,
em breve os ossos.
Finalmente, um café ...
Entro.
Rolos de fumo
e vozes, muitas vozes,
ruídos de chávenas
e conversas banais.
Saio.
A chuva cai sempre,
salpica, enlameia ...
Continuo a vaguear,
procurando algo de mim
que não consigo encontrar.


NB – Menção Honrosa nos 36ºs. Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo – Fuzeta - 2006

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