sexta-feira, 5 de julho de 2013

5 DE JULHO - NICÉPHORE NIÉPCE

EFEMÉRIDE – Joseph Nicéphore Niépce, inventor francês, morreu em Saint-Loup-de-Varennes no dia 5 de Julho de 1833. Nascera em Chalon-sur-Saône, em 7 de Março de 1765. Niépce começou as suas experiências fotográficas em 1793, mas as imagens desapareciam rapidamente. Ele só conseguiu imagens que demoravam mais a desaparecer em 1824 e o primeiro caso de uma imagem permanente, ainda existente, foi obtida em 1826. Ele chamava heliografia ao seu processo e demorava cerca de oito horas para gravar quimicamente as imagens numa câmara escura.
De 1780 a 1788, os seus estudos em diversos colégios religiosos tinham feito crer que ele seguiria uma carreira eclesiástica, mas aparentemente essa vocação esmoreceu, alistando-se no exército revolucionário francês em 1892. 
Dez anos mais tarde, voltou à sua terra natal para se dedicar a inventos técnicos, graças à fortuna que a família possuía. Nesta época, a litografia era muito popular em França mas, como Niépce não tinha habilidade para o desenho, tentou obter imagens através de uma câmara escura. Cobriu um papel com cloreto de prata e expôs durante várias horas na câmara, obtendo imagens fracas, parcialmente fixadas com ácido nítrico. Como essas imagens eram em negativo e Niépce, pelo contrário, queria imagens positivas que pudessem ser utilizadas como placa de impressão, determinou-se a realizar novas tentativas.
Após alguns anos, cobriu uma placa de estanho com betume branco da Judeia, que tinha a propriedade de endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afectadas, o betume era retirado com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, finalmente, expondo uma dessas placas durante aproximadamente 8 horas numa câmara escura fabricada pelo engenheiro óptico parisiense Vincent Chevalier, conseguiu uma imagem do quintal da sua casa. Apesar desta imagem não conter meios-tons e não servir para a litografia, todas as autoridades na matéria a consideram como «a primeira fotografia permanente realizada no mundo».
Em 1827, foi a Kew, perto de Londres, onde o irmão Claude se encontrava gravemente doente, levando consigo várias heliografias. Conheceu então Francis Bauer, pintor botânico, que imediatamente reconheceu a importância da invenção. Aconselhado a informar a Royal Society sobre o trabalho, Niépce, cauteloso, não descreveu o processo completo, levando a Royal Society a não reconhecer o invento.
Em 1829, substituiu as placas de metal revestidas de prata por estanho e escureceu as sombras com vapor de iodo. Este processo foi detalhado num contrato de sociedade que fez com Louis Daguerre (outro pioneiro da fotografia) que, com estas informações, pôde descobrir em 1831 a sensibilidade da prata iodizada pela luz. Niépce, ao morrer inesperadamente em 1833, deixou a sua obra nas mãos de Daguerre.
Desde 1955, a associação Gens d’images entrega anualmente a um fotógrafo francês (ou residente em França há mais de três anos) o Prémio Niépce, que conta entre os seus primeiros laureados o célebre fotógrafo Robert Doisneau.

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