sábado, 6 de julho de 2013

6 DE JULHO - JANET LEIGH

EFEMÉRIDEJanet Leigh, de seu verdadeiro nome Jeanette Helen Morrison, actriz norte-americana, imortalizada pelo filme “Psyco”, nasceu em Merced no dia 6 de Julho de 1927. Morreu em Beverly Hills, em 3 de Outubro de 2004, vítima de doença vascular.
Acabou os estudos secundários com apenas quinze anos de idade. Um pouco tímida e solitária, passava a maior parte do seu tempo no cinema. Depois de se mudar para Stockton, na Califórnia, estudou canto e dança e, também, psicologia na Universidade do Pacífico.
O pai trabalhava num resort de ski, quando a actriz da MGM Norma Shearer viu uma fotografia de Jeanette na recepção. Norma levou a fotografia para os estúdios e arranjou-lhe um primeiro papel no filme” The Romance of Rosy Ridge” (1947), em que contracenou com Van Johnson. Diz-se que foi este actor quem inventou o nome pelo qual ela viria a ser conhecida. De início, Jeanette não teria gostado da ideia, por ser demasiado semelhante ao nome da actriz Vivien Leigh.
Foi no final dos anos 1940 que Janet Leigh começou a construir a sua imagem de menina ingénua. Com 20 anos, contracenou com Robert Ryan e Van Heflin em “Act of Violence”. Ainda no mesmo ano de 1948, protagonizou um dos filmes da popular cadela Lassie, “Hills of Home”. No ano seguinte, teve o seu primeiro grande sucesso, “Little Woman”. Seguiram-se vários filmes, entre eles “Doctor and the Girl”, um drama com Glenn Ford. Na película “That Forsythe Woman”, trabalhou ao lado de Errol Flynn. Os últimos filmes de 1949 foram “Hollyday Affair” com Robert Mitchum e “How to Smuggle a Hernia Across the Boarder” com Jerry Lewis.
Em 1950, conheceu Tony Curtis, também ele uma estrela em ascensão. Começaram a namorar e, nesse período, Janet fez sobretudo comédias e musicais. Casou com Curtis no ano seguinte. Em 1952, fez – entre outros filmes – “Scaramouche”, com Stewart Granger e Mel Ferrer.
Em seguida, surgiu-lhe um dos melhores papéis da sua carreira, em “The Naked Spur” (1953), um western intenso e psicológico, com James Stewart e Robert Ryan. Um dos seus filmes mais curiosos, na década de 1950, foi “Houdini”, em que contracenou com o marido Tony Curtis. Foi o primeiro de cinco filmes em que entraram juntos. Em 1954,  fez “Living it Up”, uma comédia com Jerry Lewis e Dean Martin.
Em 1955, entrou em “My Sister Eileen”, um musical com Jack Lemmon. Em 1956, protagonizou “Safari”, um filme de aventuras de Terence Young, com Victor Mature. No ano seguinte, contracenou com John Wayne em “Jet Pilot”, outro filme de aventuras, em que uma aviadora russa e um piloto americano se perdem de amores um pelo outro.
Após todos estes anos, o público tinha de Janet a ideia de uma actriz competente mas mediana, sem grande brilho. Isto iria mudar com “A Marca da Maldade”, de Orson Welles, um das mais famosas obras da história do cinema.
Antes ainda daquele que é reconhecido como o seu melhor papel (Marion Crane, em “Psyco” de Hitchcock), Janet protagonizou três filmes: “The Vikings”, de 1958, com Tony Curtis e Kirk Douglas; “The Perferct Furlough” (1959), também com Curtis; e “Who Was That Lady?”, com Curtis e Dean Martin.
Foi sem surpresa que, em 1960, Janet foi escolhida para interpretar “Psyco”, que se baseava nas atrocidades do famoso psicopata Ed Gein. Janet ficou sobretudo conhecida pelo seu assassinato no chuveiro, cena que a colocou instantaneamente na história do cinema. Desde que se viu no filme, nunca mais tornou banho de porta aberta… Por esta interpretação, foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz. Em 1962, protagonizou outra das obras que ficariam marcadas a ouro na sua carreira, “The Manchurian Candidate”, ao lado de Frank Sinatra.
Entretanto, após 10 anos de casamento, a união com Curtis chegou ao fim. A partir daí, a sua carreira sofreu um notável abrandamento, por decisão própria. Resolveu dedicar-se às duas filhas e ao novo marido, o corretor da bolsa Robert Brandt, com o qual se manteve casada até ao fim da vida. No resto dos anos sessenta, setenta e oitenta, Janet Leigh dedicou-se sobretudo à televisão, aparecendo em numerosas séries.
De destacar ainda “The Fog”, já de 1980, uma obra de terror que juntou pela primeira vez Janet e uma das filhas, Jamie Lee Curtis. O seu último trabalho foi “Bad Girls from Valley High”, um filme produzido em 2004 e lançado no ano seguinte, já depois da sua morte.
Escrevera entretanto a sua autobiografia, “There Really Was a Hollywood”; um livro sobre a realização de “Psyco”, intitulado “Behind the Scenes of the Classic Thriller”; e ainda um romance, “House of Destiny”.

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