sexta-feira, 23 de novembro de 2018

23 DE NOVEMBRO - ANITA O'DAY


EFEMÉRIDE - Anita O’Day, de seu verdadeiro nome Anita Belle Colton, cantora de jazz norte-americana, pura autodidacta, morreu em Los Angeles no dia 23 de Novembro de 2006. Nascera em Chicago, em 18 de Outubro de 1919.  Devido a ter problemas com o uso de drogas (heroína) e álcool, era também conhecida por ‘a Jezabel do Jazz’.
Profissionalizou-se em 1939, depois de cantar num clube de Chicago.  O'Day foi uma das vozes mais respeitadas do jazz nas décadas de 1940/50, com as suas apelativas e atrevidas interpretações de canções como “Honeysuckle Rose” e “Sweet Georgia Brown”. Alguns especialistas situam-na ao lado de Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday.
De origem humilde, a sua paixão pela música surgiu ao ouvir discos de Mildred Bailey e Billie Holiday. No início da sua carreira, foi rejeitada pelo clarinetista Benny Goodman, que não a quis na sua orquestra, preferindo Peggy Lee.
A sua oportunidade chegou, quando foi contratada pelo baterista Gene Krupa, como vocalista da sua orquestra, em 1941. Naquele mesmo ano, a canção “Let me off Uptown” levou-a ao estrelato.
O seu trabalho com Gene Krupa deu-lhe celebridade e fama, mas em 1943 a orquestra dissolveu-se quando ele foi detido por posse de maconha. A cantora acabou por passar para a orquestra de Stan Kenton, na qual trabalhou à espera que o seu antigo chefe saísse da prisão.
Com Krupa de novo em liberdade, Anita O'Day voltou a trabalhar com ele em 1945. Depois de dois anos, deu início a uma carreira a solo, na qual conseguiu gravar alguns discos para pequenas editoras.
Após uma fase crítica, na qual também foi viciada em drogas, Norman Granz contratou-a em 1952, e com ele viveu a etapa mais frutuosa da sua carreira.
O seu grande sucesso ocorreu em 1957, quando gravou - juntamente com o trio do pianista Oscar Peterson - o álbum “Anita sings the most”, no qual demonstrou a sua capacidade de improvisação.
Em 1958, gravou “Anita O'Day sings the winners”, alternando o canto nas orquestras de Russ Garcia e de Marty Patch. Em 1962, fez - com Krupa - o disco “Drummer man” e, após romper a sua relação com a editora Verve, dedicou-se às actuações e às tournées por todo o mundo com o seu trio.
Posteriormente, ficou oito anos sem gravar e o seu regresso, em 1970, levou à gravação de um disco ao vivo no Festival de Jazz de Berlim. O êxito daquele show ao vivo animou a ‘estrela branca do jazz’ a gravar outros em Tóquio e em São Francisco (Califórnia). O seu último disco foi “Indescructible”, produzido em 2006, ano da sua morte.
Como muitos outros músicos da época, foi dependente de heroína, o que quase lhe ia custando a vida, quando de uma overdose em 1968, como ela própria contou nas suas memórias, “High Times, Hard Times”, publicadas em 1981.
Faleceu aos 87 anos, enquanto dormia num hospital de West Hollywood, devido a complicações provocadas por uma pneumonia.

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