Filho de João Jorge Maria de Melo Ulrich, que foi
director da Tabaqueira, uma das empresas do império Companhia União
Fabril (CUF) de Alfredo da Silva, e de sua mulher Maria Isabel
Buzaglo Costa Duarte.
O avô paterno, Fernando Enes Ulrich, bisneto do 1º visconde
de Orta e genro do 2º conde do Cartaxo, era administrador do Banco de
Portugal, o avô materno, Mário de Sousa Costa Duarte, estava ligado às
áreas de corretagem e dos seguros. É sobrinho-trineto de Carlos Félix de Lima
Mayer, primo em segundo grau de António Pinto Leite e do pai de Daniela Ruah e
primo em terceiro grau de Isabel Moreira.
Fernando Ulrich provém duma família ligada ao comércio
bancário e à arquitectura, os Ulrich, família do Norte de Hamburgo, que se
tinham estabelecido em Portugal nos meados do século XVIII. Após o terramoto de
1755, a família cooperou activamente na reconstrução de Lisboa, a convite do marquês
de Pombal, prosseguindo os seus negócios no ramo financeiro. Mais tarde, os
Ulrich ligaram-se por laços familiares aos Mellos, herdeiros de Alfredo da
Silva.
Estudou no Instituto Superior de Economia da Universidade
Técnica de Lisboa, de 1969 a 1974, onde foi colega de Eduardo Ferro
Rodrigues, António Peres Metelo e Félix Ribeiro, mas sem terminar a
licenciatura.
Ainda estudante, entrou como colaborador económico
para a redacção do semanário lisboeta “Expresso”, o jornal de Francisco
Pinto Balsemão, onde veio a ser responsável, entre 1973 e 1974, pela secção de Mercados
Financeiros, assinando textos com o pseudónimo de ‘Vicente Marques’.
Em seguida, foi técnico do Secretariado para a
Cooperação Económica e, posteriormente, assessor do embaixador de Portugal junto
da OCDE, de 1975 a 1979, em Paris, como responsável pelos assuntos económicos
e financeiros, ocupando-se das relações com a EFTA, OCDE e GATT.
Mais tarde ainda, foi chefe de gabinete dos ministros das Finanças e do Plano
dos governos Balsemão, Morais Leitão e João Salgueiro.
Em 1980 trabalhou no departamento internacional do Banco
Pinto & Sotto Mayor. Transitou em 1983 do gabinete ministerial para a Sociedade
Portuguesa de Investimentos, com Artur Santos Silva, o que vem a dar origem
ao Banco Português de Investimento (BPI).
Em Abril de 2004, e já com o cargo de vice-presidente,
Fernando Ulrich tornou-se presidente do BPI. Identificado publicamente
com o PSD e fundador da iniciativa Compromisso Portugal, Fernando
Ulrich tem provocado polémica com algumas propostas radicais em matéria
laboral, no sentido do corte nos vencimentos dos assalariados, da liberalização
total dos despedimentos colectivos e individuais, no sector público e no
privado, embora «com avisos antecipados e indemnizações», para que a
medida não signifique «um regresso ao século XIX».
Posteriormente, ocupou os cargos de vice-presidente do
Conselho de Administração e de presidente da Comissão Executiva
do Banco Português de Investimento, bem como de presidente do Conselho
de Administração do Banco de Fomento de Angola.
Casou em Cascais, em 8 de Novembro de 1974, com Isabel
Diana Bettencourt Melo de Castro, filha de José Filomeno Lobo de Almeida de
Melo e Castro, que usou o título de 11º conde das Galveias, e de sua mulher
Daisy Maria Cohen de Bettencourt de Vasconcelos Correia e Ávila, e prima de
Luís Nobre Guedes. Tiveram três filhos: Sofia de Melo e Castro Ulrich, Ana
Margarida de Melo e Castro Ulrich e João de Melo e Castro Ulrich.
Como Fernando Ulrich, a sua mulher fez carreira no
jornalismo, até entrar para o PSD, onde foi responsável pelo gabinete de
comunicação desde 1979. Desde Abril de 2006, Diana Ulrich integra o gabinete de
apoio à Presidência da República.
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